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Categoria: Catolicismo

6 de Dezembro, 2010 Carlos Esperança

Momento zen de segunda_06_12_2010-12-06

Pio e casto JCN

O bem-aventurado João César das Neves (JCN) voltou hoje a dar público testemunho da sua fé, como manda a Igreja de que é avençado e um dos mais denodados prosélitos.

O Papa está para JCN como a droga para os toxicómanos, é imprescindível.

A homilia de hoje «O tema da nossa geração», é um ataque aos insultos de que o Papa foi alvo em Barcelona e Londres pelas suas posições homofóbicas e a campanha contra o preservativo, recentemente mitigada e com pronta reprovação dos bispos espanhóis.

Diz JCN que a ICAR é, entre outras coisas, contra a fornicação (sic), para logo acrescentar «o sexo, uma das coisas mais maravilhosas que Deus fez, só deve ser vivido numa relação estável e fecunda no seio do matrimónio, sem barreiras artificiais contraceptivas». Ou seja, «o sexo… que Deus fez» (honni soit qui mal y pense) só é legítimo a pessoas legal e canonicamente casadas e… sem preservativo.

São da homilia de JCN estas pérolas: «No pecado gravíssimo do sexo fora do matrimónio, o preservativo torna-se um detalhe. Quem despreza o sexto mandamento, cometendo adultério ou recorrendo à prostituição, não tem escrúpulo de violar essa outra regra menor». Se JCN tivesse experimentado o sexo antes do matrimónio, ainda que tivesse atrasado a cerimónia, nunca teria proferido tão insanas afirmações.

O pio e casto JCN, vítima da teologia do látex, atribui ao preservativo a «queda drástica de fertilidade e casamento, envelhecimento da população, degradação da família (que) estiolam o crescimento, dinamismo social, vitalidade cultural», ao mesmo tempo que faz a apologia da castidade.

Não se dará conta o bem-aventurado de que a castidade é o caminho mais implacável para a queda drástica da fertilidade e que a obsessão, levada ao extremo, como é incentivada pela sua Igreja conduz à extinção da humanidade?

27 de Novembro, 2010 Carlos Esperança

Explorar a angústia

Por
José Moreira

Acabo de “ouver” (como se sabe, é a junção de “ouvir” e “ver”), nas televisões, que o bispo vai rezar missa para os despedidos da Groundforce..

Fico feliz, e esperançado. Para já, fico feliz por ser um bispo e não um mero padre a rezar a missa. Certamente que um bispo é muito mais poderoso e estará muito mais perto do “altíssimo” do que um sacerdote.Tem mais influência, certamente. Claro que se fosse um cardeal seria muito melhor, mas pronto, não podemos ser muito exigentes… Também é verdade que na tal sociedade civil, designadamente ao nível da política,  as melhores cunhas são as dos porteiros e/ou motoristas, em detrimento dos directores-gerais ou secretários. Mas a o que é certo é que a separação entre a Igreja e o Estado é um facto, e ainda bem, porque o efeito de cópia é terrível, e correríamos o risco de ver as cunhas sagradas a serem metidas por sacristães, isto é, poderia ser um sacristão a rezar a tal missa.

Adiante.
A minha esperança reside no facto de a missa rezada pelo bispo contribuir para a resolução dos problemas que se levantam às famílias dos futuros desempregados. Isto é, que eles arranjem, imediatamente, novo emprego, que lhes saia o Euromilhões de modo a que mandem às malvas a entidade patronal, ou outra coisa para aí. Porque a assim não ser, isto é, se a tal missa, ainda por cima rezada por um bispo, não contribuir para a resolução dos problemas, pergunta-se para que servirá – para além claro, do inevitável peditório, para o qual certamente contribuirão também os tais futuros desempregados.

Claro que os crentes de piquete ao DA afirmarão que a vida não é só matéria, que o espírito também conta, que o apoio moral é importante… E eu pergunto se isso tudo dá para comprar pão e outros alimentos. Para matar a fome, em suma. E pergunto mais, de que serve alimentar a alma – seja lá isso o que for – se o corpo estiver a morrer à fome. Não seria mais útil o bispo meter os pés ao caminho e tentar arranjar emprego àquela gente? Valendo-se, claro, da inegável influência que a Igreja tem na terra? Certamente bem maior que a que tem no céu?

25 de Novembro, 2010 Ricardo Alves

O papa e o preservativo

No jornal: «O Papa diz que o uso de preservativos é aceitável».

Comentário do homem que segura o jornal: «Nem todas as notícias são más para a Irlanda, Sean! O Santo Padre disse que não há problema em usar um preservativo quando se é um prostituto homossexual infectado com SIDA.»

(Fonte: Macleod Cartoons.)

23 de Novembro, 2010 Carlos Esperança

Não sabem onde se coloca

Dúvida: Evitam falar ‘nas missas do uso do preservativo’ ou ‘do uso do preservativo, nas missas’ ?