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Categoria: Catolicismo

4 de Outubro, 2011 Carlos Esperança

Mão pesada da justiça para padre sem habilitações

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Salvo o devido respeito pelo Tribunal de Santo Tirso que condenou Agostinho Caridade a dois anos e meio de prisão, com pena suspensa, devo expressar a minha perplexidade pelo peso da pena. Nem o facto de a comarca ter um nome de santo e o arguido o apelido de uma das três virtudes teologais, lhe evitaram a condenação.
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Agostinho Caridade celebrou missas, casamentos, baptizados e funerais em todo o país, inclusive na Sé de Braga, durante quatro anos. Os paroquianos apreciavam as homilias e verificaram que os baptizados, casamentos e funerais foram realizados segundo o estado da arte. Em suma, preferiam-no aos colegas que arrastaram as sotainas pelos seminários e foram ungidos por um bispo.
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O Sr. Caridade não está isento de impostos, isso é privilégio dos colegas diplomados, e, por esse motivo, por evasão fiscal, falta de recibo verde e fuga ao IVA, devia ter sido condenado, mas ele apenas foi tão severamente castigado por exercer funções a que um estado laico é alheio. Não me consta que o alvará de pároco seja da competência dos órgãos do estado nem que este tenha capacidade para lhe retirar competências.
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Se, em vez de exercer o múnus espiritual, o Sr. Caridade se tivesse dedicado a consertar persianas ou a reparar canalizações, embora fosse muito menos competente, nunca seria julgado. Perdeu-o o facto de alguém o denunciar, não por inépcia, mas por ter exercido uma profissão num sector fortemente monopolista.
Tendo estagiado com o pároco de Santiago de Bougado, na Trofa, então já num estado de saúde muito debilitado, aprendeu a transformar a água vulgar em benta e a transubstanciar a hóstia. Faltou-lhe o diploma.
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É uma injustiça não lhe darem uma oportunidade para exercer legalmente a vocação e exonerarem-no do pagamento de 4.272 euros a três pessoas que burlou, pois o dinheiro recebido não teve pior destino do que o óbolo depositado no andor do Senhor dos Passos ou na caixa de esmolas de um santo de qualquer paróquia.
27 de Setembro, 2011 Carlos Esperança

Equiparação justa

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A Amnistia Internacional considera que os abusos cometidos na Irlanda contra milhares de crianças que estavam a cargo de instituições controladas pela Igreja católica e pelo Estado equivalem a tortura e violam a legislação internacional sobre direitos humanos.
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Essa é uma das conclusões do parecer “A plena vista” elaborado para a Amnistia pela doutora Carole Holohan a partir dos dados oficiais publicados nos últimos anos sobre esses abusos.
24 de Setembro, 2011 Ricardo Alves

Milhares em protesto contra Ratzinger

Milhares de pessoas protestaram em Berlim contra a visita de B-16, com o slogan «nenhum poder aos dogmas». Podem ver a reportagem da manifestação aqui, e fotografias aqui. Ratzinger, a cada país europeu que visita, chama multidões que protestam contra a influência indevida que a ICAR tem nas sociedades. Quem se recorda de Wojtyla não pode deixar de reparar que o ambiente em volta do catolicismo está a mudar radicalmente.

[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]

23 de Setembro, 2011 Carlos Esperança

Demorou…

Imagem do «Público», hoje

19 de Setembro, 2011 Carlos Esperança

Momento zen de segunda_19-09-2011

João César das Neves (JCN) é um dos raros exemplares de crentes que acreditam na sua Igreja e que julgam que é a única verdadeira e santa.

Na sua beata devoção, JCN vê apenas pequenos delitos, frutos da época, nas atrocidades cometidas ao longo da história do catolicismo romano. Para ele, os crimes violentos não passam de «erros, abusos, conflitos, violências e injustiças».

Omite deliberadamente a evangelização e o extermínio dos índios na América do Sul do mesmo modo que esquece o carácter anti-semita do Novo Testamento e os  pogroms, a que não faltaram as bênçãos e a participação activa do clero católico ou os desvarios da contra-reforma. Muito menos lhe ocorre a cumplicidade com Franco, Hitler, Mussolini, Jozef Tiso, Pinochet, Videla, Salazar e outros monstros amigos do papa e da hóstia.  

Queixa-se o bem-aventurado beato do exagero com que os próprios católicos execram «a Inquisição, as Cruzadas, o poder temporal do Papado e, agora, a pedofilia» – únicos erros ou abusos que reconhece –, mas cuja crítica considera «descabida e injusta».

A sua homilia de hoje, no DN, «A santa vergonha» é mais uma reprimenda aos que não se conformam com as barbaridades da sua santa Igreja do que às atrocidades de XX séculos. JCN não é capaz de aceitar a responsabilidade de numerosos papas e da Igreja na espoliação dos países pobres, na escravatura e no atraso dos povos que oprimiram.

JCN admite que «muitos católicos se envergonham hoje da gloriosa história da sua fé» mas atribui o facto, não aos desmandos do clero mas aos ataques de que a Igreja tem sido alvo. A inocente !!!!

19 de Setembro, 2011 Carlos Esperança

Para quem acredita que deus está em toda a parte…

Na sua intervenção, divulgada também pelo site oficial do Vaticano, o Papa diz que não quer fazer “turismo religioso” ou promover um “show”, nesta viagem de quatro dias, mas promover o desejo de “voltar a ver Deus” para que os católicos ofereçam ao mundo “uma luz de esperança, que é luz que vem de Deus e ajuda a viver”.

“Deve tratar-se do facto de que Deus volte ao nosso horizonte, este Deus que tantas vezes está totalmente ausente, do qual, no entanto, temos tanta necessidade”, indicou.