5 de Maio, 2012 Carlos Esperança
João César das Neves: acudam, que se faz tarde…
Por
E – Pá
“O economista João César das Neves defende que o problema da Saúde em Portugal não tem que ver com dinheiro, mas é religioso, sustentando que “o Serviço Nacional de Saúde não existe, é uma ficção”.
“O problema verdadeiro da Saúde é religioso e quem tem a solução é a pastoral da saúde”, ou seja, “passa pelo trabalho da comunidade cristã”, defendeu o economista, em Fátima, no penúltimo dia do XXIV Encontro Nacional Da Pastoral Social da Igreja Católica Portuguesa.
O professor de economia da Universidade Católica afirmou ainda que “falar sobre o SNS é como discutir a paz no mundo, a fome em África, a globalização”, acrescentando:”É apenas uma maneira de fazer congressos em sítios simpáticos”.
A verdade, defende, é que o SNS é uma entidade abstrata e “aquilo com que temos de nos preocupar é com aquilo que é real, com as pessoas e os prestadores de cuidados de saúde que nos são próximos”.
Contudo, João César das Neves afirmou ainda “o problema da pastoral da saúde não é tratar dos pobrezinhos, que isso até os comunistas e os ateus o fazem”.
Os cristãos “não são chamados a serem bonzinhos, mas a serem felizes, mesmo no sofrimento dos hospitais e isso só é possível confiando em Jesus Cristo”, frisou.” link
Acabo de ler esta notícia e não quero acreditar!
Trata-se de um professor da Universidade Católica. Um professor de economia de uma instituição que segundo ‘reza’ o seu site “afirmou-se ao longo destes anos pela qualidade do seu ensino, pela exigência da sua formação, pelo prestígio dos seus professores, pelos importantes quadros dirigentes que formou, que se afirmam não apenas no país mas também no estrangeiro”… link
E se o Professor JCN, nos intervalos das suas ‘orações’, ‘prédicas’ e ‘cruzadas‘, dedicasse algum do seu tempo a estudar ‘proselitismo’ e a combater o ‘sectarismo’, quiçá, a controlar compulsivos instintos ‘fundamentalistas’’?
Não seria mais útil à sua ‘pastoral‘, ao SNS e aos portugueses?
Como é possível caminhar tão apressadamente da crença ao ridículo sem a mínima noção da realidade?