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Categoria: Catolicismo

30 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

Espanha – católicos envergonhados com privilégios da ICAR

Os privilégios incontáveis da Igreja Romana em Espanha também incomodam muitos católicos, até mesmo muitos clérigos e teólogos. Agora, quem levanta a voz são cristãos de Base de Madrid , que reúnem centenas de comunidades e paróquias, além de algumas organizações de associação em massa conhecida como redes cristãs .

O desacordo é expresso numa carta ao primeiro-ministro Mariano Rajoy, em que o convidam a denunciar os acordos chamados entre a Santa Sé e o Estado espanhol assinado em janeiro de 1979, substituindo concordatas anteriores.

20 de Novembro, 2012 Ricardo Alves

Na ICAR estas coisas não se votam?

A igreja anglicana recusou hoje, numa votação renhida (faltaram seis votos para os necessários dois terços), que as mulheres (que já podem ser «padresas») possam ser «bispas».
Só uma questão aos católicos portugueses: quando é que uma questão destas irá a votos (votos, democracia, isso mesmo) na igreja católica romana?
[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]
18 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

Banco Alimentar e a Igreja católica

Os meios de comunicação social dominantes e os piedosos moralistas defensores da especulação caritativa deram azo à sua veia “humanista”, neste últimos tempos, enaltecendo o “trabalho” de uma entidade chamada Banco Alimentar contra a Fome por uma recolha “monumental” de produtos alimentares que, segundo os seus promotores, serão entregues a 2116 “instituições de solidariedade social” com quem aquele mantém “acordos”.

De onde vieram os produtos? dos próprios contribuintes. Boa malha.

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17 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

A Igreja investe palavreado na crise

Por

Kavkaz

A Conferência Episcopal Portuguesa reuniu esta semana em Fátima, a cidade dos segredos.

Os bispos, desejosos de mediatização, aparecem-nos a dar entrevistas nos órgãos de comunicação. Que dizem eles? Será que nos comunicam o que os deuses pensam? Os bispos escondem a opinião dos deuses e nem falam deles. Dão-nos, simplesmente, a opinião pessoal que, com a desinformação, se transforma em posição colectiva da Igreja Católica. Uns dizem uma coisa, outros dizem outra, mesmo que o segundo contrarie o primeiro, mas no final será tudo inspirado em deuses, que são três como afirmam, mas igual a um para contrariar a verdade da Matemática.

O Sr. José Policarpo, o mais importante celibatário católico, disse que a crise económica” abre “oportunidades de evangelização”. Ele sabe que é o momento certo para aproveitar as dificuldades económicas e convencer mais pessoas para o seu negócio da venda de serviços religiosos. Ele não estará a pensar em construir empresas que darão trabalho aos desempregados. Isso é para os outros fazerem. O Sr. Policarpo dará apenas mais opiniões e mais missas aos crentes. É o investimento dele na crise.

O Sr. Januário Ferreira critica desvairadamente as medidas de austeridade e quer correr com o governo, mas receia sempre candidatar-se a eleições livres e democráticas. Prefere nunca assumir as responsabilidades políticas da governação e não se expor aos seus resultados provavelmente desastrosos. Ganha muito mais assim e dorme bem melhor.

O Sr. Manuel Clemente quer falar com a Troika, passando à frente de deus. Ele não se propõe pagar as dívidas do país, mas vai pedir, o que ele tem experiência de fazer, que não incomodem muito os portugueses com o pagamento dos créditos recebidos. Melhor seria dar-lhes ainda mais empréstimos para gastar.

Com tantos problemas económicos para os portugueses ultrapassarem aparece-nos outro bispo, o Sr. Antonino Dias, a ver a “luz ao fim do túnel”. Acha que as famílias devem investir em mais filhos. Realmente, em período de crise, mais filhos fazem-se de graça. Uma ideia gratuita celibatária deste bispo para haver mais trabalho em Portugal.

Conclusão: Os bispos falam, falam, mas não propõem que sejam os deuses a resolver a crise. Estes são sempre poupados para não se cansarem. Os bispos propõem, sim, que sejam os outros, os portugueses, a fazerem milagres. É o palavreado católico…

15 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

Igreja pede mais bebés às famílias

Por

Kavkaz

A Igreja Católica pede o que não dá

A Igreja Católica tem pouco que fazer e precisa de acção. Mas quem acha ela que tem de trabalhar? Os outros, os portugueses! A razão apresentada é a baixa natalidade em Portugal que é, segundo as estatísticas, de 1,3 filhos por mulher dos 15 aos 49 anos.

As causas da baixa natalidade são várias, incluindo a crise económica que não permite largos “voos” às famílias portuguesas. Fazem-se comparações com os outros países e Portugal estará no final da lista da natalidade. Em geral, no mundo, a população continua a aumentar imparavelmente e poderão criar-se graves crises de falta de alimentos e água, outros bens necessário às populações em crescimento.

Os assalariados da Igreja Católica continuam voluntaria e estatutariamente a não dar “uma para a caixa” na natalidade. São o pior exemplo para os portugueses. Não se aprende nada com eles da vida familiar. Agora põem-se a pedir aos outros aquilo que eles próprios se recusam a dar. A moral deles é bem conhecida, a do “faz o que digo, não faças o que eu faço”.

Os bispos, padres e freiras, eles próprios gerarem os seus próprios filhos, criarem-nos, educarem-nos, pagarem dos seus bolsos as despesas para saberem como é e quanto custa? Nada! Isso é para os outros porque eles estão cá só para ver os outros e regozijarem-se com a vida. Adivinho porque não pediram um contributo a “Deus” para a natalidade dos portugueses. Não conseguiriam nada, também, pois os deuses não existem e até seriam judeus se fossem reais. O clero precisa de mais clientes na ICAR para terem mais trabalho. Este vai escasseando… Isto é que vai uma crise católica!

5 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

A Espanha, o aborto e o aborto do ministro da Justiça

A promessa do ministro espanhol da Justiça, Alberto Ruiz-Gallardón, de alterar o atual quadro legal para pôr fim ao direito à interrupção voluntária da gravidez, incluindo previsíveis anomalias fetais, levou os profissionais de saúde a mobilizarem-se.

Centenas de ginecologistas e obstetras opõem-se ao retrocesso civilizacional pretendido pela direita mais reacionária, que impele o Governo para posições superadas e regressar à discussão política de temas já considerados pacíficos.

O problema de saúde pública que levanta e o risco para as famílias a quem cabe o ónus de cuidar de deficientes graves, que um módico de humanidade pode evitar, não coíbe o ministro de abrir velhas guerras e restringir os direitos conquistados pelas mulheres.

O mais elementar exame de consciência da direita espanhola, daquela direita que calou o genocídio franquista contra o povo, a existência do garrote como método de execução para a pena de morte, as valas comuns e as bombas alemãs sobre Guernica, essa direita jurássica não pretende apenas manifestar as suas convicções, pretende impô-las a todos os espanhóis num processo de retaliação de que não prescinde.

O espírito dos reis católicos, Fernando e Isabel, a frieza de Torquemada e os métodos da Inquisição continuam a habitar a velha Espanha franquista, a sempiterna Espanha que se distinguiu pela crueldade da evangelização da América do Sul e extermínio dos índios.

O regresso à discussão do aborto serve para disfarçar a crise internacional que, tal como em Portugal, fustiga Espanha e, sobretudo, para distrair o povo da tragédia económica e social que o Governo é impotente para enfrentar e a que a União Europeia tarda em dar resposta.

25 de Outubro, 2012 Carlos Esperança

A Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado e os direitos humanos

É sempre com uma ponta de comiseração que, nos meus passeios diários, pela cidade de Coimbra, observo o Carmelo onde a Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado ou, simplesmente, Irmã Lúcia, para os amigos, passou seis décadas de intensa clausura.

Saía apenas para votar na União Nacional quando as listas eram únicas, guardada por outras freiras, e, durante a democracia, de que a Virgem nunca lhe falou, para votar não se sabe onde. A estas saídas precárias acrescentou duas idas a Fátima, para ser exibida com dois Papas de turno, Paulo VI e João Paulo II, em distantes 13 de maio.

Já antes passara cerca de 25 anos enclausurada, primeiro no Porto, desde os 14 anos, por decisão do bispo de Leiria, para ser protegida de peregrinos e curiosos, no Colégio das Doroteias, antes de professar, como doroteia, em Tui, em 1928. Regressaria a Portugal em 1946 onde estagiou para carmelita, tendo professado três anos depois nessa rigorosa Ordem. Esteve ininterruptamente enclausurada quase 84 anos, tornando-se a mais antiga prisioneira do mundo.

Penso que a renúncia à liberdade é um direito da própria liberdade que, se Lúcia o fez de livre vontade, não merece qualquer reparo. Todavia, se foi coagida, houve da parte do Estado português um atentado, por omissão, não lhe garantindo direitos, liberdades e garantias que a Constituição consagra a todos os cidadãos portugueses.

O facto de estar convencida de que Salazar foi enviado pela Providência para governar Portugal, segundo confidenciou ao cardeal Cerejeira, que, por sua vez, o transmitiu ao ditador, leva à presunção de que precisaria de uma consulta médica especializada. Mais do que o prurido da sarna que a atormentou, as conversas com Cristo, em Tui, e a visita ao Inferno, posteriormente abolido sem efeitos retroativos, indiciam confusões mentais à espera de um acompanhamento médico. E o Estado não cumpriu o seu dever para com uma cidadã que já em criança via, enquanto guardava cabras, uma Virgem a saltitar de azinheira em azinheira e a pedir-lhe para rezar pela conversão da Rússia.

Dos três pastorinhos de que o clero se serviu, primeiro contra a República, e contra o comunismo, depois, a Irmã Lúcia foi a única que viu e ouviu a Senhora de Fátima, já que a Jacinta só ouvia e não via, e o Francisco não via nem ouvia. Esta singularidade merecia que o Estado a não tivesse abandonado e lhe levasse o apoio médico de que carecia. Nunca saberemos se Lúcia suportou de motu proprio o mais longo cativeiro de que há memória ou se foi vítima de cárcere privado para propaganda religiosa.

A liberdade é um bem que não pode ser deixado ao poder discricionário de quaisquer instituições privadas nem ao capricho exótico de um deus qualquer.