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Categoria: Catolicismo

14 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

O que pode a superstição!

Fundo dourado contra a fome? – Não. Ofertas dos crentes à Igreja Católica

 

Fotos tiradas numa exposição de material religioso no Convento de Mafra em Junho de 2011.

São ofertas dos crentes à Igreja Católica. São em ouro. Tinha um padre a olhar por aquilo, mas consegui fotografar para memória. (Kavkaz)

12 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

Isabel Jonet prefere “caridade” a “solidariedade”

Se dois machos castos, Salazar e Cerejeira, amigos do peito e da hóstia, pudessem ter procriado, babar-se-iam de gozo se tivessem uma filha como Isabel Jonet.

O primeiro vestia-se de homem e era um tirano de botas e chapéu, o outro usava trajes femininos e cobria-se com a mitra. Ambos viam em Mussolini o defensor da civilização cristã e ocidental. Salazar tinha na secretária a foto do «enviado da Providência», epíteto usado pelo Papa de turno, após os acordos de Latrão que obrigaram o Estado italiano a ensinar, nas escolas, a única religião verdadeira e concederam ao Vaticano – um bairro de 44 hectares – o estatuto de Estado; o segundo, conhecido por cardeal Cerejeira, tinha a escultura do patrão no altar e no patriarcado e Salazar no coração.

Para os dois dirigentes e mentores do Centro Académico da Democracia Cristã (CADC) a guerra colonial era uma cruzada na defesa dos valores cristãos e ocidentais, sem nunca terem definido o meridiano que separava o leste do ocidente. Mais do que a criada que ambos partilharam (no estrito sentido patronal), unia-os a desconfiança no progresso e a crença nas virtudes da pobreza e da fé. Salazar ficou com a criada e o Governo e o outro conseguiu a mitra, o báculo e o anelão. Eram fascistas vindos do seminário, manhosos e cheios de ambição. Salazar era um rural e conquistou o poder para nunca mais o largar. Cerejeira era o príncipe da Igreja, aristocrata e mestre dos silêncios. Calou-se perante o exílio do bispo do Porto e nunca deixou de ser cúmplice da ditadura. Um deteve o poder absoluto na política, o outro conquistou-o na religião e ambos foram algozes vitalícios.

Ambos acreditavam na virtude da ignorância e da pobreza cuja apologia faziam com a refinada coerência dos reacionários. As perseguições por delitos de opinião ou heresias eram legitimadas pela vontade divina e pela maldade dos dois. Um tinha a PIDE ao seu serviço e o outro um exército de bispos, cónegos, padres, monsenhores e catequistas.

Nenhum deles soube o que era a justiça social ou a solidariedade. A primeira cheirava a comunismo e a segunda era suspeita. Os dois afinavam pelo mesmo diapasão: era Deus que definia previamente quem devia ser rico ou pobre, quem devia mandar e quem era obrigado a obedecer. Cabia aos ricos dar esmolas e aos pobres receber os sobejos que cristãmente deviam agradecer ao Senhor. Era a caridade no seu esplendor.

Foi dessa escola que veio, num parto tardio, a atual presidente do Banco Alimentar que alimenta o ego, e as aspirações políticas, com a caridadezinha. Não admira que diga ser “mais adepta da caridade do que da solidariedade“. Foram 48 anos de pedagogia fascista e o 25 de Abril foi só há 38.

Que seria de gente assim, sem a fome, para alimentar o prestígio, o poder e o paraíso?

4 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

Momento zen de segunda_03_12_12 da era vulgar

João César das Neves (JCN) voltou à cruzada contra o aborto e o casamento entre indivíduos do mesmo sexo.

Sofre como se um e outro fossem obrigatórios e parece temer que o primeiro tenha efeitos retroativos. Sangra-lhe o coração por, nas últimas eleições americanas, três estados terem votado a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo; dilacera-se-lhe a alma porque na França a medida foi aprovada há pouco e na Nova Zelândia, Inglaterra e Escócia se preparara decisão idêntica.

O pio JCN, bem procura exorcizar os pecados com a defesa da moral eclesiástica mas o mundo, que julga criado pelo deus do Papa, é o que é e não o que o clero gostaria que fosse. Pelo menos, na lei.

Mas nada faz sofrer tanto o devoto JCN como os «milhões de embriões chacinados pelo aborto todos os anos». Nem se lembrou da médica dentista, de 31 anos, que os médicos deixaram morrer, com septicémia, porque a legislação da Irlanda os impediu de a salvar enquanto o feto teve batimentos cardíacos.

JCN é um talibã católico que quer impor aos outros a moral que julga de origem divina. Lastima-se, na homilia de hoje, no DN, da facilidade do divórcio, dizendo que «custa mais despedir a criada [sic] do que o marido». E, sem se benzer, acaba a queixar-se da ideologia antifamília que considera responsável pela baixíssima taxa de fertilidade, 1.3 filhos por mulher.

Na obsessão pela abstinência sexual – virtude que sempre recomenda –, JCN nem se dá conta de que a castidade é o método mais eficaz contra a prossecução da espécie.

30 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

Espanha – católicos envergonhados com privilégios da ICAR

Os privilégios incontáveis da Igreja Romana em Espanha também incomodam muitos católicos, até mesmo muitos clérigos e teólogos. Agora, quem levanta a voz são cristãos de Base de Madrid , que reúnem centenas de comunidades e paróquias, além de algumas organizações de associação em massa conhecida como redes cristãs .

O desacordo é expresso numa carta ao primeiro-ministro Mariano Rajoy, em que o convidam a denunciar os acordos chamados entre a Santa Sé e o Estado espanhol assinado em janeiro de 1979, substituindo concordatas anteriores.

20 de Novembro, 2012 Ricardo Alves

Na ICAR estas coisas não se votam?

A igreja anglicana recusou hoje, numa votação renhida (faltaram seis votos para os necessários dois terços), que as mulheres (que já podem ser «padresas») possam ser «bispas».
Só uma questão aos católicos portugueses: quando é que uma questão destas irá a votos (votos, democracia, isso mesmo) na igreja católica romana?
[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]
18 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

Banco Alimentar e a Igreja católica

Os meios de comunicação social dominantes e os piedosos moralistas defensores da especulação caritativa deram azo à sua veia “humanista”, neste últimos tempos, enaltecendo o “trabalho” de uma entidade chamada Banco Alimentar contra a Fome por uma recolha “monumental” de produtos alimentares que, segundo os seus promotores, serão entregues a 2116 “instituições de solidariedade social” com quem aquele mantém “acordos”.

De onde vieram os produtos? dos próprios contribuintes. Boa malha.

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17 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

A Igreja investe palavreado na crise

Por

Kavkaz

A Conferência Episcopal Portuguesa reuniu esta semana em Fátima, a cidade dos segredos.

Os bispos, desejosos de mediatização, aparecem-nos a dar entrevistas nos órgãos de comunicação. Que dizem eles? Será que nos comunicam o que os deuses pensam? Os bispos escondem a opinião dos deuses e nem falam deles. Dão-nos, simplesmente, a opinião pessoal que, com a desinformação, se transforma em posição colectiva da Igreja Católica. Uns dizem uma coisa, outros dizem outra, mesmo que o segundo contrarie o primeiro, mas no final será tudo inspirado em deuses, que são três como afirmam, mas igual a um para contrariar a verdade da Matemática.

O Sr. José Policarpo, o mais importante celibatário católico, disse que a crise económica” abre “oportunidades de evangelização”. Ele sabe que é o momento certo para aproveitar as dificuldades económicas e convencer mais pessoas para o seu negócio da venda de serviços religiosos. Ele não estará a pensar em construir empresas que darão trabalho aos desempregados. Isso é para os outros fazerem. O Sr. Policarpo dará apenas mais opiniões e mais missas aos crentes. É o investimento dele na crise.

O Sr. Januário Ferreira critica desvairadamente as medidas de austeridade e quer correr com o governo, mas receia sempre candidatar-se a eleições livres e democráticas. Prefere nunca assumir as responsabilidades políticas da governação e não se expor aos seus resultados provavelmente desastrosos. Ganha muito mais assim e dorme bem melhor.

O Sr. Manuel Clemente quer falar com a Troika, passando à frente de deus. Ele não se propõe pagar as dívidas do país, mas vai pedir, o que ele tem experiência de fazer, que não incomodem muito os portugueses com o pagamento dos créditos recebidos. Melhor seria dar-lhes ainda mais empréstimos para gastar.

Com tantos problemas económicos para os portugueses ultrapassarem aparece-nos outro bispo, o Sr. Antonino Dias, a ver a “luz ao fim do túnel”. Acha que as famílias devem investir em mais filhos. Realmente, em período de crise, mais filhos fazem-se de graça. Uma ideia gratuita celibatária deste bispo para haver mais trabalho em Portugal.

Conclusão: Os bispos falam, falam, mas não propõem que sejam os deuses a resolver a crise. Estes são sempre poupados para não se cansarem. Os bispos propõem, sim, que sejam os outros, os portugueses, a fazerem milagres. É o palavreado católico…

15 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

Igreja pede mais bebés às famílias

Por

Kavkaz

A Igreja Católica pede o que não dá

A Igreja Católica tem pouco que fazer e precisa de acção. Mas quem acha ela que tem de trabalhar? Os outros, os portugueses! A razão apresentada é a baixa natalidade em Portugal que é, segundo as estatísticas, de 1,3 filhos por mulher dos 15 aos 49 anos.

As causas da baixa natalidade são várias, incluindo a crise económica que não permite largos “voos” às famílias portuguesas. Fazem-se comparações com os outros países e Portugal estará no final da lista da natalidade. Em geral, no mundo, a população continua a aumentar imparavelmente e poderão criar-se graves crises de falta de alimentos e água, outros bens necessário às populações em crescimento.

Os assalariados da Igreja Católica continuam voluntaria e estatutariamente a não dar “uma para a caixa” na natalidade. São o pior exemplo para os portugueses. Não se aprende nada com eles da vida familiar. Agora põem-se a pedir aos outros aquilo que eles próprios se recusam a dar. A moral deles é bem conhecida, a do “faz o que digo, não faças o que eu faço”.

Os bispos, padres e freiras, eles próprios gerarem os seus próprios filhos, criarem-nos, educarem-nos, pagarem dos seus bolsos as despesas para saberem como é e quanto custa? Nada! Isso é para os outros porque eles estão cá só para ver os outros e regozijarem-se com a vida. Adivinho porque não pediram um contributo a “Deus” para a natalidade dos portugueses. Não conseguiriam nada, também, pois os deuses não existem e até seriam judeus se fossem reais. O clero precisa de mais clientes na ICAR para terem mais trabalho. Este vai escasseando… Isto é que vai uma crise católica!