Por
O incontinente banqueiro Ulrich, questionado há dias acerca das bojardas que bolçou sobre os sem-abrigo, manteve o que disse, e afirmou que não recebia lições de sensibilidade de ninguém, pois lhe bastavam as que tinha recebido da sua família e da Igreja Católica.
Eu bem tinha desconfiado que andava ali o dedo da Igreja Católica. É que já é sobejamente conhecida a “sensibilidade” que esta instila nos seus mais diletos discípulos. Católico, ex-seminarista e abençoado pela Santa Igreja era Salazar, como católicos eram quase todos os seus ministros e os seus piedosos diretores da Pide; e que sensibilidade eles tinham!
Católico deve ser também o ministro Gaspar – até fez os seus estudos na Universidade Católica (que belas doutrinas económicas lá ensinam!) –, o maior produtor de sem-abrigo, de desempregados, de pobres e de miseráveis de que há memória. Católico é também o próprio chefe do bando, Passos Coelho, que, roubando o emprego a dezenas de milhares de pais e mães de família, tirando o pão a milhares de crianças, reduzindo as miseráveis pensões dos idosos pobres, tem o descaramento de dizer publicamente que apesar disso “dorme descansado”. Que sensibilidade!
Católicas são também a maior parte das “almas piedosas” que querem acabar com o Serviço Nacional de Saúde e com o ensino público e gratuito, únicos recursos dos que não têm dinheiro para pagar clínicas privadas e escolas particulares.
Isto para já não falar da “sensibilidade” da Santa Inquisição, que felizmente já acabou há muito tempo, mas apenas porque os incréus, contra a vontade da Igreja, deram cabo dela.
Não há dúvida: o catolicismo, em matéria de “sensibilidade”, tem pergaminhos. Ulrich teve boa escola!
A defesa das capelanias hospitalares é uma exigência de manutenção da assistência religiosa católica comparticipada pelo Estado a 100% enquanto às outras religiões se lhes reserva o simples consentimento de entrada no mercado da fé, sem garantia de quaisquer honorários nem a mais leve possibilidade de competição em regime de igualdade.
Mas, contrariamente aos medicamentos em que o mesmo princípio ativo goza de igualdade de tratamento legal na comparticipação, no que diz respeito às religiões tal não é possível. A religião católica exige que o Estado continue a empregar nos hospitais um capelão mantido pelo orçamento em regime de dedicação exclusiva, garantindo assim a confissão, a missa e a unção aos enfermos, deixando-lhes apenas o ónus da penitência. Quanto às outras religiões reserva-lhes uma mera autorização de acesso aos hospitais e aos seus funcionários o simples regime de chamada.
Basear tão injusta discriminação num princípio como a tradição é como manter um qualquer sinapismo ou a aplicação de sanguessugas com o argumento de que são usadas desde tempos imemoriais.
O Estado participa a confissão, a missa e a unção, deixando ao utente, como taxa moderadora, a penitência.
Os 124 textos, divulgados no site da arquidiocese por uma decisão judicial de 2007, incluem 82 relatórios que contêm informações sobre acusações de pedofilia.
O ex-primeiro-ministro italiano comparece a um comício eleitoral no centro de Roma, Itália. Berlusconi despertou revolta na esquerda italiana neste domingo, quando fez comentários em defesa do líder fascista Benito Mussolini em uma cerimônia em memória das vítimas do Holocausto nazista. 25/01/2013
O ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi despertou revolta na esquerda italiana neste domingo, quando fez comentários em defesa do líder fascista Benito Mussolini em uma cerimônia em memória das vítimas do Holocausto nazista.
Diário de uns Ateus – Foi Mussolini que tornou obrigatório o ensini da religião católica nas escolas públicas e assinou os acordos de Latrão que criaram e subsidiaram o Vaticano. O Papa de turno designou-o como enviado da providência.
Um juiz de Ourense condenou a Igreja católica a pagar o IMI sobre propriedades eclesiásticas que não estão isentas do referido imposto.
As palavras piores que balas: almas a arder no azeite fervente do Inferno; garfo de 3 dentes a empurrá-las para o fundo; chumbo derretido nos sulcos feitos por uma tenaz incandescente. A perversidade não tinha limites.
Os garotos choravam e as duas solteironas (tia e sobrinha) aproveitavam para fazer rezar mais um terço.
Bispo de Córdova, Demetrio Fernández
“A ideologia de género destroça as famílias”
O bispo de Córdova, Demetrio Fernández, atacou diretamente na sua carta semanal a “ideologia de género” porque, segundo escreveu, “destroça la família”.
“Herodes continua vivo, e não mata apenas inocentes no seio materno, como também tenta mentalizar os nossos meninos, adolescentes e jovens com esta ideologia, querendo fazer-lhes ver que há outros tipos de família”, afirma na missiva.
Consta que o conclave, donde saiu o papa Bento 16, só não elegeu o Prefeito da Sagrada Congregação da Fé (ex- Santo Ofício) à primeira votação, pelo mau aspeto que poderia provocar e para não deixar mal colocado o Divino Espírito Santo a quem se reconhece dificuldade e lentidão a iluminar cardeais.
O novo monarca absolutista e vitalício, regedor do Vaticano, bairro de 44 hectares, sede do catolicismo político, só desagradou a alguns católicos ingénuos convencidos de que a sua religião é compatível com a liberdade e a democracia, que se compadece com a modernidade e se preocupa com a explosão demográfica ou com o flagelo da SIDA que ameaça dizimar a África e provoca tragédias em todos os continentes.
Os católicos fundamentalistas, que sempre digeriram mal essa aventura liberal que deu pelo nome de Vaticano II, exultam com o novo Papa. Os muçulmanos estão de acordo com ele. A sua religião (a de cada um deles) é a única que conduz à salvação, convicção igualmente perfilhada por judeus ortodoxos. Todos têm instruções do seu Deus para converter os outros à verdadeira fé, através dos meios necessários.
Em vez de B16 podia aparecer um papa defensor da democracia, arauto da liberdade, adversário da pena de morte, inimigo da censura, entusiasta do pluralismo. Esse perigo foi esconjurado. Este papa é contra a «ditadura do relativismo», a favor da democracia da verdade única, pois sabe e apregoa que «não há salvação fora da ICAR».
Ainda antes de ser infalível, atributo que desde Pio IX detêm os papas romanos, já tinha identificado as grandes ameaças do catolicismo: «O marxismo, o liberalismo, a libertinagem, o coletivismo, o individualismo radical, o ateísmo e o vago misticismo religioso» e alertado para a necessidade de haver limite à «liberdade de opinião».
A Alemanha, o país que ficou associado à Reforma, tornou-se agora a pátria do profeta da Contra-Reforma, Joseph Ratzinger, sob o pseudónimo de Bento XVI. Desde Adriano VI (1522/23) que a defesa da fé católica não era confiada a um pastor alemão.
A Europa está de parabéns. A secularização conteve a agressividade papal e, agora, há razões para cultivar a teofobia que a emancipe definitivamente do poder clerical. E há uma razão acrescida para reforçar a laicidade do Estado, para que a lepra do islão político não corroa a liberdade cujas malhas foram tecidas pela Revolução Francesa.
Este Papa é definitivamente reacionário.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.