In “Tugaleaks”
“Uma pulseira que tem escrito “EMRC, eu quero” está a ser distribuída um pouco por todo o país. Os pais criticam a falta de liberdade religiosa e a posição da escola.
O Artigo 41º da Constituição da República Portuguesa é bem claro, no seu ponto 4, quando afirma que “[a]s igrejas e outras comunidades religiosas estão separadas do Estado e são livres na sua organização e no exercício das suas funções e do culto”. Mas o Estado, ou neste caso o Ministério da Educação, deixou várias escolas, um pouco por todo o país, distribuírem estas pulseiras que dizem “eu quero” a alunos que nunca frequentaram sequer a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica.”
A notícia completa pode ser lida aqui: http://www.tugaleaks.com/pulseira-religiao-moral-emrc.html
Comentário:
Proselitismo religioso- porque só produtos de fraca qualidade e origem duvidosa necessitam de publicidade enganosa e agressiva.
Esta peregrinação (13 de maio de 2008) sob o lema «contra o ateísmo» foi comandada pelo então chefe da Repartição «para a causa dos santos», Sr. Saraiva Martins, com a patente de cardeal.
Segundo o JN, de ontem, o bispo Manuel Felício, quis silenciar um caso de pedofilia que tinha como suspeito o padre Luís Mendes, vice-reitor do seminário do Fundão e que só a PJ afastou dos alunos, detendo-o.
O bispo emérito da Guarda, António dos Santos, foi alvo de uma reação violenta da sua antiga diocese pois chamou imprudente ao padre Luís, porque «se deitava com alunos». O sucessor não se conteve e questionou a sanidade do bispo emérito, tendo declarado que «o seu estado de saúde está gravemente afetado» e que “qualquer declaração por ele prestada ou que venha a prestar (…) carece de fundamento e só pode ser atribuída a boatos” – segundo o comunicado episcopal.
Apesar das numerosas denúncias e provas que o incriminavam, o JN revela nas páginas 12 e 13, em artigo do jornalista Nelson Morais, que o atual bispo – segundo a mãe de uma vítima –, ficou zangado com a denúncia feita por ela à PJ. Em suma, teria querido abafar o caso sem preocupação com o sofrimento das crianças.
O artigo do JN trouxe-me à memória a conduta do bispo Manuel Felício para com outro padre que, ao contrário do arguido de pedofilia, logo afastou das paróquias onde exercia o múnus. Foi o caso do padre de Almofala, Vermiosa e Escarigo, as três paróquias onde esse padre era estimado e cujos paroquianos se revoltaram com a transferência.
Os fiéis destas localidades, indignados com a transferência do padre, entraram em rutura com o bispo que, após de lhe terem insultado a mãe, numa visita pastoral, excomungou as paróquias e privou-as de sacramentos durante longos meses, privação que por aquelas aldeias ainda incomoda os que se habituaram a ser crentes de nascença.
Soube-se depois que o padre castigado, não era suspeito de pedofilia, mas havia fortes indícios de ter cometido um horroroso pecado. Não era com crianças que se deitava, era com uma mulher. Isso, que os paroquianos aceitavam, bem como uma filha que lhe era atribuía, tornou-se insuportável para o piedoso bispo Manuel Felício.
Câmara de Ourém violou princípios da concorrência e transparência em concurso público
O Tribunal de Contas recusou o visto ao contrato de instalação do sistema de mobilidade da Cova da Iria, Fátima, por considerar que a Câmara de Ourém violou várias normas legais no concurso internacional para a obra.
Situação que impede o município de pagar a execução do projecto que inclui a instalação de instrumentos tecnológicos para a gestão da circulação e estacionamento no valor global de 883.500 euros.
Ler artigo completo em «O Mirante».
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A. Horta Pinto (advogado)
“CASO DOS CTT” – UM PONTO CONTESTÁVEL DA DECISÃO
Foi ontem conhecida a decisão do Tribunal de Coimbra sobre o chamado “caso dos CTT”.
Um dos arguidos – pelo menos – foi condenado em pena de prisão cuja execução ficou suspensa, ficando essa suspensão subordinada ao cumprimento do dever de entregar a duas instituições de solidariedade social uma contribuição monetária de determinado valor. Tal subordinação é inquestionavelmente permitida pelo disposto nos artigos 50 e 51 do Código Penal.
O que já é contestável é a escolha feita pelo Tribunal das instituições beneficiárias dessa contribuição monetária: a “Casa de Formação Cristã da Rainha Santa Isabel” e a “Obra do Frei Gil”. Não se duvida de que ambas se dedicam também a obras caritativas. Mas a verdade é que a primeira, como o seu nome indica, tem como principal objetivo “a formação cristã” (leia-se “católica”). Quanto à segunda, informa o “Google” que um dos seus fins é “proteger a família, zelando pelo culto dos padroeiros da Ordem Dominicana”.
Não se compreende que, sendo Portugal um Estado laico, um órgão de soberania obrigue um cidadão a subsidiar a “formação cristã” e o “culto dos padroeiros da Ordem Dominicana”.
O escritor Christopher Hitchens tem algumas dúvidas sobre a santidade da madre. Primeiramente ele a acusa de ter usado o dinheiro das doações para abrir conventos em 150 países, ao invés de inaugurar um hospital-escola, que era o objetivo inicial das doações. Para ele as Missionárias da Caridade são um culto que promove o sofrimento para o próprio benefício financeiro.
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A boneca de Fátima foi levada para o Instituto Politécnico de Tomar com sintomas de mau estar devido à sua idade avançada. Será observada e efectuará diversas análises especializadas, traçar-se-á o diagnóstico do seu estado debilitado, receberá tratamento e operações de limpeza e rejuvenescimento. A boneca terá tratamento VIP (Very Important Puppet), o que as bonecas pobres dificilmente conseguirão por falta de dinheiro.
A boneca de Fátima, mais conhecida por “Nossa Senhora de Fátima”, foi esculpida em madeira há mais de 90 anos para representar as aparições imaginadas de Fátima e alimentar a ilusão religiosa nos crentes. Trata-se apenas de uma boneca, mas é comum os crentes confundirem-na com uma personagem real de acção milagreira. Por isso, perseguem a boneca e andam à volta dela pedindo-lhe milagres e mais milagres. Ao mesmo tempo, a Igreja Católica, sempre sorrindo, vai conseguindo sempre mais e mais receitas miraculosas.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.