Em Portugal, na Europa, no século XXI !!!
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Agora percebo porque razão há políticos a receber a … côngrua !!!
Só que, neste caso, se não pagas … fazem-te o funeral !!!
Há muito que se exige um postulador da causa do bem-aventurado Aníbal, que preenche os requisitos para a beatificação e posterior canonização, exceto a defunção que, embora simulada, não aconteceu ainda.
É injusto que a subida aos altares se atrase por incúria do bispo de Lisboa a quem cabe, segundo a Constituição Divinus perfectionis Magister e a instrução Sanctorum Mater, por iniciativa própria ou a pedido de fiéis, a competência de investigar sobre a vida, virtudes ou martírio e fama de santidade e milagres atribuídos. O bispo do Algarve está arredado porque o ditoso é mártir e obra milagres longe de Boliqueime, noutra diocese, tal como Fernando de Bulhões, de Lisboa, que acabou a obrar em Pádua.
Dado que o senhor bispo da Guarda se recusa a libertar-me do batismo, encontro-me na condição de «fiel», apto a solicitar a inquirição do bem-aventurado que, há muito, devia ser considerado Servo de Deus pela Congregação para a Causa dos Santos. As virtudes em grau heroico, que o exornam, já deviam tê-lo elevado a Servo de Deus “Venerável”.
Não é preciso alegar o longo e piedoso casamento, nem a bondade com que carrega este Governo para reconhecer nele um mártir que a Igreja convidou para presidir à Comissão de Honra para a canonização do então beato Nun’Álvares Pereira. O milagre de ter sido reeleito PR era bastante para ser declarado santo por aclamação popular.
E obrou outros para os quais não são precisos médicos para assinarem curas pífias como a cura do olho esquerdo de D. Guilhermina de Jesus, salpicado de óleo fervente de fritar peixe, graças à intercessão do Beato Nuno. Os milagres do beato Aníbal, ainda omissos na Congregação para a Causa dos Santos, são públicos e nem os ateus os contestam.
1.º milagre obrado pelo bem-aventurado Aníbal – Empossou a ministra das Finanças em um Governo inexistente, com o CDS ausente e o líder irrevogavelmente demissionário. Foi um ato heroico e o milagre, que nunca tinha sido obrado na História do cristianismo romano, estupefez os créus e a todos maravilhou.
2.º milagre obrado – A transubstanciação de uma fraude fiscal do primeiro-ministro em odor pré-eleitoral, transformação evidente da substância de um delito noutra substância, o reclame ao PSD, com núcleo benzénico ou odorífero.
3.º milagre obrado, embora desnecessário, à guisa de IVA canónico – É o único Servo de Deus com a graça concedida de um sorriso das vacas açorianas.
Com estes milagres, que nem um pétreo ateu pode contestar, o bem-aventurado Aníbal torna-se digno de ser levada aos altares e receber a mesma veneração em todo o mundo, concluindo assim o processo de Canonização.
A Pátria anseia ver o beato Aníbal criado santo e a exornar o Calendário hagiológico romano.
É verdade que a emancipação da mulher a masculiniza, desprezando as características femininas, no esforço obsessivo de as provar capazes em jogos de homens.
(João César das Neves, talibã católico, in DN, pág. 8, hoje)
O crepúsculo da fé acentua-se com as descobertas científicas, o aprofundamento das liberdades individuais e a progressiva secularização das sociedades democráticas. Ela mantém-se e exacerba-se em redutos com grandes constrangimentos sociais, fortemente dependentes do poder clerical, das hierarquias tribais e de regimes totalitários.
Carl Sagan, no seu livro «Um mundo infestado de demónios», lembra-nos que o abade Richalmus escreveu um tratado sobre os demónios, por volta de 1270. Os sedutores demoníacos de mulheres chamavam-se íncubos e os de homens, súcubos. Santo Agostinho acreditava que as bruxas eram o produto dessas uniões proibidas tal como a maioria das pessoas da antiguidade clássica ou da Idade Média.
Compreendem-se hoje as freiras que, num estado de confusão, viam semelhanças entre o íncubo e o padre confessor ou o bispo e que ao acordarem se sentissem conspurcadas como se se tivessem misturado com um homem, como escreveu um cronista do século XV (pág.126, ob. citada).
A fé a superstição confundem-se. Ainda hoje vemos crentes que rumam a Fátima e à Santa da Ladeira, deixando o óbolo em ambos os locais, sem dispensarem os conselhos de uma bruxa perante a adversidade.
Dir-se-á que hoje ninguém é molestado por comer presunto, trabalhar nos dias santos, desprezar os jejuns e os sacramentos mas isso só acontece onde o clero foi contido pelo poder político. É uma conquista da laicidade e não um direito outorgado pelas religiões.
Por
João Pedro Moura
Em Mateus 19:12, a personagem Jesus disse:
«Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o.»
Portanto, vê-se a complacência e anuência do Jesus em relação à castração e uma alusão, subentendida, a uma prática que, pelos vistos, ocorria, “in illo tempore”, isto é, havia gente que se castrava, por motivos místicos…
E para se ver como a Igreja católica é extremamente lenta na compreensão e aceitação da modernidade, só em 1902 é que o papa Leão XIII proibiu o recrutamento de novos castrati para os coros de igreja.
Maldita Igreja católica, mais os seus crimes abomináveis e imperdoáveis!
http://pt.wikipedia.org/wiki/Castrato
http://www.academia.edu/4647763/Os_Castrati_a_pr%C3%A1tica_da_castra%C3%A7%C3%A3o_para_fins_musicais
El obispo de Alcalá de Henares, Juan Antonio Reig Pla, ha vuelto con declaraciones insultantes, esta vez contra el “feminismo”, que ve como “un paso en el proceso de deconstrucción de la persona”.
Sus ataques contra los homosexuales
Reig Pla, que ha generado polémica en los últimos dos años por sus ataques contra los homosexuales, a los que ha vinculado con la corrupción y la prostitución, así como sobre el aborto, ha cargado contra lo que ha calificado de “feminismo ideológico” y “radical”, durante su intervención en la presentación del libro La teología feminista, significado y valoración (BAC), del profesor Manfred Hauke, en la Universidad Francisco de Vitoria, este miércoles.
La deconstrucción de la persona
“Conviene indicar que el feminismo ideológico no es más que un paso en el proceso de deconstrucción de la persona. De hecho, los argumentos que sustentan el pensamiento feminista, en sucesivas evoluciones, han propiciado la ideología de género y las teorías Queer y Cyborg”, ha afirmado el obispo, informa Europa Press.
Um luzido séquito, capitaneado pelo vice-PM e coordenador dos assuntos económicos e canónicos, assistiu anteontem no Vaticano à criação do único cardeal português dentro do prazo e que, sob o pretexto de haver em Lisboa um cardeal com direito a voto, manteve adiado o barrete cardinalício. Só agora, após o passamento do cardeal Policarpo, logrou aconchegar o cocuruto com o ambicionado adereço.
A tradição de criar cardeal o patriarca de Lisboa é um costume do rito romano da ICAR que vem do século XVIII, um estatuto conferido por inerência de funções numa diocese patriarcal. Que desta vez o Governo tenha mandado Paulo Portas, carregado com o casal Machete e o pio secretário de Estado da Cultura, em vez de um elefante com ouro, como fez D. João V, é sinal de penúria e da degradação zoológica da comitiva.
Surpreende que um país, com graves problemas financeiros, mantenha a embaixada do Vaticano, com a de Itália a poucas centenas de metros, num Estado onde, por falta de espaço, a representação diplomática está domiciliada fora.
Quanto à ida de Paulo Portas nada há a dizer. Salvo os colegas do Opus Dei, afligidos com cilícios e mais horas de genuflexão, poucos têm tantas missas no currículo e tanta devoção exibida.
O que surpreende num país laico, onde a Constituição obriga à separação da Igreja e do Estado, é o convite ao Papa para vir a Portugal no centenário das ‘aparições de Fátima’, como se o acesso à agência lhe fosse vedado, e como se o ministro tivesse competência para certificar a Cova da Iria como local de ‘aparições’, anjódromo ou laboratório para acrobacias solares.
O Sr. Duarte Pio descobriu que os cavalos de D. Nuno se ajoelhavam em Fátima quando as cabras não tinham ainda a guardá-las crianças com queda para a santidade. Agora é o imutável Paulo Portas que certifica a beatitude do local e as aparições que o Vaticano, para evitar o ridículo, prefere qualificar de ‘visões’.
Esta gente é mais dada à fé do que à realidade e às orações do que ao sentido de Estado.
A Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, Lúcia para os amigos, íntima da Senhora de Fátima, morreu carregada de anos e de visões a 13 de fevereiro de 2005.
Em 19 de fevereiro de 2006 foi trasladada para a Basílica de Fátima onde foi sepultada junto dos primos, Francisco e Jacinta, adiantados no processo de santidade devido à precocidade na defunção. Chovia. As bátegas não pararam de fustigar os peregrinos. As novenas dos padres não conseguiram que S. Pedro contrariasse a meteorologia.
Não foi a inutilidade das rezas ou a ausência de Deus que dissuadiu os crentes, alagados de fé e chuva até aos ossos, de estarem presentes na segunda edição do funeral de Lúcia.
Não houve na repetição das exéquias fúnebres a saudade genuína das prostitutas de S. Salvador da Baía a passearem o cadáver do Quincas Berro D’Água, nas ruas em cujos botequins devorou cachaça com a mesma sofreguidão com que as beatas chupavam hóstias.
A freira, a quem o terrorismo religioso do catecismo induziu alucinações, nunca terá um Jorge Amado que a celebre em «A morte e a morte da Irmã Lúcia, vidente».
O Quincas, quando devorou, de um só trago, água em vez de cachaça, deu tal berro que passou a ser carinhosamente tratado por «Berrinho» e fez-se personagem de romance. Lúcia comungava por hábito e obrigação pia, mantinha olhos vagos e a postura de quem vive morta por dentro envergando como mortalha o hábito.
Quincas é o delicioso personagem que diverte e comove o leitor de «A morte e a morte de Quincas Berro D’Água», marginal que viveu a vida, pecador que amou e foi amado.
Lúcia é o exemplo trágico de criança pobre, fanatizada com orações e amedrontada pelo Inferno, que sonhou virgens nas azinheiras, cambalhotas do Sol no caminho das cabras, profecias de conversão da Rússia e churrascos de almas para absentistas da missa.
A criança amestrada com pios embustes sobre o divino tornou-se cadáver de estimação, acolitada pela força pública, a viajar com padres, bispos, freiras e romeiros, num cenário com quatro missas, orações pias e um futuro promissor de oferendas de gente aflita.
Não foi o final da história de uma encarcerada de Deus, foi o início da caminhada para a santidade, à espera de milagres e oferendas que hão de alimentar funcionários de Deus e manter Fátima como uma das mais lucrativas sucursais do Vaticano.
A fraude não acabou, começou um novo ciclo. Faz hoje 10 anos que iniciou a etapa da santidade.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.