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Categoria: Catolicismo

5 de Fevereiro, 2016 Carlos Esperança

O CENTENÁRIO DE FÁTIMA

(Em nome do Pai, do Filho e do Banco Novo)

Por mais que o atual Papa se esforce para dar à religião católica uma credibilidade que a distinga, pode diferenciar-se ele dos antecessores, pelas preocupações sociais e conduta intransigente em relação a ligações perigosas do Banco do Vaticano, mas não remove os alicerces da superstição ou põe em causa os negócios dos milagres.

A vinda do papa Francisco a Portugal, no dia 13 de maio do próximo ano, para assinalar o que imprensa pia denomina “Centenário das Aparições em Fátima”, é a cumplicidade com um embuste urdido contra a República, primeiro, o comunismo, depois, durante a ditadura, e agora ‘contra o ateísmo’ que, aliás, foi o lema da peregrinação de 2008.

A dimensão anunciada da propaganda, cento e cinquenta iniciativas até 2017 e ainda uma exposição no Vaticano, em 2018, fazem prever uma colossal campanha publicitária sem precedentes nos tempos atuais.

O negócio começou com rumores, depois com anunciadas visões e, finalmente, com as aparições de uma Senhora mais brilhante do que o Sol, à semelhança de tentativas mais ou menos conseguidas em outras latitudes onde o credo romano se tornou hegemónico.

A visita do papa é mais a de um diretor-geral internacional a promover os negócios da fé numa sucursal do que a de um líder religioso moderno a promover a sua higienização e a combater a superstição num país para cujo atraso contribuiu.

O bailado do Sol, as acrobacias de uma Senhora saltitante nas azinheiras e a aterragem de um anjo no anjódromo da Cova da Iria serão promovidos a dogmas, e as conversas imaginárias que a Senhora teve com a Irmã Lúcia, a factos históricos.

Já basta a falta de espírito crítico que, como povo, nos prejudica, dispensávamos a festa do embuste na apoteose de uma data criada pela Igreja, na fase mais trauliteira, contra o regime republicano.

4 de Fevereiro, 2016 Carlos Esperança

Num país laico…

Com a aproximação do Dia da Freguesia, a Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica tem a honra de convidar toda a população a participar nas comemorações do 57º aniversário da Freguesia de São Domingos de Benfica que terão lugar no próximo domingo, 7 de fevereiro.

A abertura das comemorações inicia-se com a celebração de uma Missa Solene na Igreja de São Tomás de Aquino, a partir das 10h30, a que se segue a cerimónia de reabertura da entrada do Parque Bensaúde pela Estrada da Luz, às 12h00.

O final destas cerimónias está agendado para as 12h30 com a inauguração do novo Parque Infantil localizado na Rua Manuel da Fonseca.

Motivos suficientes para que aceite o nosso Convite!

Foto de Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica.
Foto de Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica.
Foto de Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica.
20 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança

Diverge do Novo Testamento

Vaticano: Francisco condena antissemitismo e violência em nome da religião

Terceiro Papa a visitar na Sinagoga de Roma disse que judeus e cristãos são «irmãos»

Roma, 17 jan 2016 (Ecclesia) – O Papa visitou hoje a Sinagoga maior de Roma, repetindo um gesto cumprido por João Paulo II e Bento XVI, onde condenou todas as formas de antissemitismo e afirmou que judeus e cristãos são “irmãos”.

“Não a qualquer forma de antissemitismo”, afirmou, recordando o ensinamento consagrado na Igreja Católica pelo Concílio Vaticano II (1962-1965).

A visita começou simbolicamente junto da lápide que evoca a deportação dos judeus de Roma, em 1943, durante a II Guerra Mundial, local em que Francisco quis depor uma coroa de flores.

O Papa repetiria este gesto junto do memorial dedicado a Stefano Gai Taché, criança que foi assassinada num atentado terrorista em 1982.

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17 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança

Um bispo triglodita_2

Braulio Rodriguez, arcebispo de Toledo, sucessor do ultrarreacionário cardeal Antonio Cañizares, levado para o Vaticano por Bento XVI, não dececionou quem o precedeu na cidade onde, na guerra civil, o padre que acompanhava o general franquista Moscardó, excitado, gritou aos soldados que chacinavam os resistentes republicanos: “matai, matai, irmãos…[e ocorrendo-lhe a condição cristã]…mas, com piedade.

O atual arcebispo de Toledo, Doutor em Teologia Bíblica, com 72 anos de celibato, diz que “as mulheres são assassinadas porque pedem o divórcio” sem pensar “em outro tipo de uniões afetivas, onde quase o único que as une é o físico, o genital e pouco mais.”

O especialista em violência de género num país onde, em 2015, morreram 56 mulheres às mãos dos seus companheiros ou ex-companheiros [em Portugal, 28, neste macabra contabilidade] entende, na sua experiência celibatária, que «elas são mortas porque os maridos “não aceitam as suas imposições” ou porque “pedem a separação”.».

O sermão do arcebispo, durante a missa celebrada dois dias depois do Natal, na Catedral de Toledo, referido em Espanha por El País, em 5 de janeiro, e em Portugal, pela Visão, no dia seguinte, «culpabilizou, em parte, as mulheres pelas agressões e homicídios, justificando as ações dos homens com a falta de submissão delas aos “varões”.

O piedoso prelado “também” está preocupado com esses assassinatos, mas acha que não se devem considerar esses crimes “simplesmente violência de género”.

A semelhança com qualquer mullah islâmico é pura coincidência. É apenas a herança do catolicismo franquista que se mantém viva.

‘A falta de submissão das mulheres aos maridos’ não é apenas pecado, assunto em que o bispo é perito, é deplorável que o crime não seja contemplado no Código Penal!

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.” (Mt 5.3.)

9 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança

O Vaticano e a liberdade

O Vaticano “acusou o Charlie Hebdo de não ser capaz de respeitar todos os crentes de todas as religiões”. Tem absoluta razão e o direito inalienável de exprimir a sua opinião. Não se pode negar-lhe a liberdade que as democracias reivindicam, mas teme-se que o Vaticano, se pudesse, o obrigaria a respeitar “todos os crentes de todas as religiões” ou, de preferência, os crentes da sua.

A coerência não é uma virtude teologal nem a liberdade uma epifania eclesiástica. Por que motivo há de alguém respeitar quem não respeita a vida dos outros, a igualdade de género e a liberdade individual? Que legitimidade têm as religiões para impor os seus dogmas, excentricidades e mitos de que se alimentam? Pode alguém, em seu perfeito juízo, pedir respeito por quem degola, lapida, aterroriza e impõe normas de conduta a quem despreza o deus que os homens da Idade do Bronze inventaram a partir das tribos de então e à semelhança dos seus patriarcas?

Não se deve apenas desacreditar as religiões mas procurar salvar todos os crentes dos seus venenos, através da instrução. Devemos aceitar a imposição do horror ao toucinho, a direção das micções, o ódio à música, a misoginia, a xenofobia e a vontade pia?

Quem se pode escarnecer e ofender? Os ateus, os livres-pensadores, os sátiros, o Diabo? E porque não os bombistas, os que se ciliciam, os que rezam o terço dentro ou fora de água, os que fazem retiros espirituais, apedrejam Satanás ou os distinguem a água benta da outra?

Em 2008, o patriarca Policarpo, um dos mais atilados bispos da Igreja católica, afirmou: “A maior tragédia do nosso tempo é o ateísmo”. Nem a guerra, a fome, as epidemias, os tsunamis ou os crimes religiosos lhe pareciam piores! Nesse mesmo ano, um cardeal português, Saraiva Martins, colocado no Vaticano, a rubricar milagres para a criação de beatos e santos, presidiu à peregrinação do 13 de maio, em Fátima, a maratona anual, sob o lema “Contra o Ateísmo” e não “a favor da conversão dos ateus”, com uma carga menos belicista e mais tolerável, embora de resultados igualmente duvidosos.

O horror que as religiões têm pelo ateísmo é o mesmo que os ateus têm pela superstição e pelas mentiras pias. Podemos detestar opções filosóficas alheias, o que não podemos é perseguir quem as perfilha. De um lado e do outro.

Pôr cornos ao Diabo ou meter-lhe um tridente nas garras é um exercício de imaginação igual ao de Jeová com uma bomba às costas. Deus não costuma importar-se com essas ninharias e depois de o terem acusado da criação do mundo, sem o qual ele próprio não teria sido criado, jamais fez prova de vida.

Se Deus estivesse inscrito no desemprego nunca teria recebido qualquer subsídio.

15 de Dezembro, 2015 Carlos Esperança

Joana D’Arc brasileira

A indústria dos santos continua.

Igreja Católica devolve direitos sacerdotais a Padre Cícero

O Vaticano devolveu, neste domingo, 13, os direitos sacerdotais de Padre Cícero Romão Batista. Considerado santo pelos nordestinos brasileiros, Padre Cícero tem, agora, o marco zero para sua reconsideração, beatificação e posterior santificação. O bispo diocesano de Crato, dom Fernando Panico, anunciou a reconciliação durante a missa dominical na Catedral de Crato, cidade onde Padre Cícero nasceu.