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Categoria: Catolicismo

19 de Abril, 2008 Mariana de Oliveira

Cónego Melo deixou de ser

O monsenhor Eduardo Melo Peixoto, mais conhecido por cónego Melo, morreu hoje em Fátima revelou o arcebisbo de Braga, D. Jorge Ortiga.

Fonte do santuário de Fátima adiantou que foi encontrado morto no quarto em que se encontrava hospedado da Casa Nossa Senhora do Carmo, tendo o corpo já sido transportado para o Instituto de Medicina Legal de Tomar.

O sacerdote estava em Fátima para participar num encontro de cursilhos da Cristandade que está a decorrer no Santuário e terá morrido de causas naturais durante a noite, tendo sido encontrado deitado na cama hoje de manhã.

Fonte do Santuário de Fátima endereçou, em nome da instituição, as condolências à família e à arquidiocese de Braga. “Merece a maior consideração pelo trabalho desenvolvido”, acrescentou a mesma fonte.

O presidente da Câmara Municipal de Braga, Mesquita Machado considera que o falecimento do cónego Melo é uma “grande perda” para a Igreja, o país e, sobretudo, para a cidade. “Monsenhor Eduardo Melo era um grande homem, um grande sacerdote e um grande bracarense, que tudo fazia pela cidade, pelas suas instituições e pelas suas gentes”, afirmou.

O autarca socialista acentuou que o Cónego Melo, além da sua extensa actividade no seio da Arquidiocese de Braga da Igreja Católica, estava presente em muitas outras instituições da cidade, como o Sporting de Braga, tudo fazendo para as ajudar”.

Fonte: Público, 19 de Abril de 2008.

18 de Abril, 2008 Mariana de Oliveira

ICAR da Costa Rica realiza operações financeiras ilegais

Nas contas bancárias da Conferência Episcopal da Costa Rica, foram recolhidas contribuições de instituições da Igreja e de laicos nacionais e estrangeiros. Também foi canalizado dinheiro para empréstimos particulares, pelo menos desde 2002.

O bispo Ángel San Casimiro explicou  que a Igreja conta, de facto, com um fundo, administrado por um grupo financeiro, que se destina a cumprir obrigações pastorais e obras sociais.

O prelado referiu que se trata de «dinheiros privados de paróquias e religiosos, de pessoas muito concretas que confiaram na administração da Igreja», acrescentando que foram recolhidos fundos de particulares.

San Casimiro alegou que, desde que a Superintendência Geral de Entidades Financeiras indicou que a Igreja não podia realizar esta prática, a Conferência Episcopal começou a aplicar as medidas correspondentes, como devolver o dinheiro aos investidores.

No entanto, a Conferência Episcopal mantém operações de intermediação financeira, apesar de a lei o proibir.

Como exemplos cita as contribuições para a Associação de Frades Franciscanos da Guatemala e para a Congregação das Irmãs Betlemitas da Costa Rica.

Fonte: Sol, 18 de Abril de 2008.

18 de Abril, 2008 Mariana de Oliveira

Papa na ONU

O Papa discursou hoje na Assembleia-Geral das Nações Unidas. Aos Estados-membros da ONU, Bento XVI apelou a uma acção colectiva contra os problemas mundiais, lamentando que sejam ainda tomadas decisões com base na posição de “um pequeno número de países”.

O Sumo Pontífice considera que a noção de consenso multilateral está “em crise, por continuar a estar subordinado às decisões de um pequeno grupo, quando os problemas do mundo pedem intervenções na forma de uma acção colectiva pela comunidade internacional”. Esta é uma questão já levantada por vários Estados-membros da ONU, nomeadamente os países em desenvolvimento, que criticam os poderes detidos pelas grandes potências na gestão de assuntos mundiais, nomeadamente no seio do Conselho de Segurança.

“As questões de segurança, os objectivos de desenvolvimento, a redução de desigualdades, a protecção do ambiente, de recursos e do clima, requerem que todos os responsáveis ajam de forma concertada e estejam prontos a trabalhar com base na boa fé, no respeito do direito, para promover a solidariedade com as zonas mais frágeis do planeta”, sustentou Bento XVI.

No seu discurso, o Papa lembrou ainda que todos os Estados têm “o dever primordial de proteger a sua população contra as violações graves e repetidas dos direitos humanos”, numa aparente referência a casos como o conflito na região sudanesa do Darfur. “Se os Estados são incapazes de garantir essa protecção, a comunidade internacional deve intervir através de meios jurídicos fornecidos pela Carta das Nações Unidas e outros instrumentos internacionais”, continuou Bento XVI.

O Sumo Pontífice chamou aos direitos humanos, nomeadamente a liberdade religiosa, “a linguagem comum e substrato ético das relações internacionais”, acrescentando que “a promoção dos direitos humanos é a melhor estratégia para eliminar desigualdades entre países e grupos sociais”.

Fonte: Público, 18 de Abril de 2008.

17 de Abril, 2008 Mariana de Oliveira

Missa para 50 mil

O Papa Bento XVI celebrou hoje missa para mais de 48 mil pessoas reunidas no recém inaugurado Nationals Park Stadium, em Washington, referindo-se pela terceira vez desde o início da viagem aos EUA ao escândalo de pedofilia que abalou a Igreja católica no país, mas pedindo aos fiéis para continuarem a confiar no clero.

“Nenhuma palavra minha pode descrever o sofrimento e os danos causados por tais abusos”, declarou o Papa, referindo-se aos abusos sexuais contra menores cometidos ao longo de décadas por padres católicos. Os abusos permaneceram cobertos durante décadas, muitas vezes com a conivência da hierarquia eclesiástica, e só em 2002 a verdadeira dimensão do escândalo se tornou conhecida, levando as dioceses americanas a pagar mais de dois mil milhões de dólares em indemnizações às vítimas.

Bento XVI considera que, nos últimos anos, a Igreja católica fez grandes esforços para lidar “de forma honesta e justa” com as consequências deste escândalo, mas admite que os “danos causados na comunidade da Igreja” ainda não foram ultrapassados.

O Sumo Pontífice pede por, isso, aos católicos para apoiarem as vítimas e se reconciliarem com o clero, lembrando que a percentagem dos envolvidos no escândalo era muito pequena. “Peço-vos que ameis os vossos padres e que reconheçais o excelente trabalho que eles fazem”, apelou.

A eucaristia de hoje foi a primeira grande celebração realizada por Bento XVI desde a sua chegada a território norte-americano, na terça-feira. Amanhã, o líder da Igreja católica segue para Nova Iorque, onde no dia seguinte celebrará missa na catedral de Saint Patrick, mas o acontecimento mais mediático está agendado para domingo, altura em que visitará o Ground Zero.

Fonte: Público, 17 de Abril de 2008.

17 de Abril, 2008 Carlos Esperança

Assembleia da República – Lei do divórcio aprovada

«O diploma teve o voto contra da deputada do PS Matilde Sousa Franco, a abstenção da deputada Teresa Venda e mereceu o voto favorável de sete deputados do PSD e a abstenção de 11, entre os quais Pedro Duarte, da direcção da bancada e Jorge Neto».

Uma lei que mereceu tão amplo consenso parlamentar, apesar das ameaças e chantagem do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, vem ao encontro da maioria dos portugueses. Ninguém ficará obrigado a divorciar-se mas fica atenuado o calvário a que eram submetidos os cônjuges para quem o casamento tinha terminado e ficavam reféns dos vínculos.

Não deixa de ser curioso que o PSD cujo líder não vive com a esposa, como fez questão de revelar à comunicação social, acompanhado da namorada, fosse um partido que na sua maioria se opôs à nova lei.

E, como suprema ironia, coube ao líder parlamentar, Santana Lopes, debitar esta pérola: «O PSD é contra a iniciativa que visa “tornar mais fácil e mais célere a possibilidade de dissolução dos vínculos do matrimónio” quando “faltam incentivos para apoiar a estabilidade e a continuidade” da instituição nos dias de hoje».

Ao menos podia ter-se feito substituir por um deputado com maior espírito monogâmico e menor instabilidade matrimonial.

Quando o clero, que tanto se opôs a esta lei, for autorizado a casar, o divórcio deixa de ser pecado e passa a sacramento.

15 de Abril, 2008 Carlos Esperança

Momento Zen de segunda

João César das Neves (JCN), por espírito prosélito ou penitência, parece um cruzado depois de ouvir uma prédica de Urbano II ou um devoto de Santo Escrivá depois de algumas horas de cilício e oração.

O divórcio está para JCN como o Eixo do mal para Bush. É preciso exterminá-lo. JCN julga que o casamento é uma pena perpétua, que é preferível a violência doméstica à revogação do contrato, que a irredutível vontade de um dos cônjuges se doma com o chicote da lei.

«Por causa da lei agora revista, haverá lágrimas amargas, sofrimentos lancinantes, que o legislador alegremente ignora» – diz, pungente, o pio catequista. Não sei se o devoto defensor da moral já pensou nas lágrimas, sofrimento e sangue que levam ao divórcio, mas isso não lhe interessa, cuida das aparências.

Analisemos um parágrafo da sua homilia de segunda-feira:

«Durante mais de mil anos quem em Portugal casou as pessoas foi a Igreja Católica.

RE: Não havia outra forma de casamento, o divórcio era interdito e o catolicismo era obrigatório e ferozes os métodos de persuasão. É este passado de ignomínia que nos quer lembrar?

 No século XIX os laicistas e maçons fizeram da crítica a este facto uma bandeira central. (…). Os passos principais são o Decreto de 16 de Maio de 1832 de Mouzinho da Silveira e o Código Civil de 1867. Foi apenas com a República, na Lei da Família de 25 de Dezembro de 1910 que se verificou a mudança definitiva».

RE: É verdade, até 1867 quem se quisesse casar só o podia fazer pela Igreja católica. Achará justo JCN? Ou só haverá o direito de professar a «única religião verdadeira»?

No salazarismo o divórcio passou, com a Concordata, a ser proibido para os casamentos católicos. Seria uma atitude justa de um país soberano ou uma prepotência eclesiástica, própria de um protectorado do Vaticano?

JCN pensa que a facilitação do divórcio o torna obrigatório. Esqueceu-se de que Sá Carneiro viveu amancebado com uma grande senhora, Snu Abecasis, porque a lei não lhe permitia o divórcio da primeira mulher. É com o regresso à lei a que o saudoso ministro da Justiça, Salgado Zenha, pôs termo que JCN sonha?

Por que obsessão beata quer complicar a vida aos casais que falharam o matrimónio? À democracia JCN quer opor a teocracia.

12 de Abril, 2008 Carlos Esperança

Espectáculo mórbido – Papa no Ground Zero

O momento de oração em silêncio que Bento XVI viverá no Ground Zero, a base desde a qual se elevavam as Torres Gémeas, será um dos «momentos mais emocionantes e esperados» de sua visita aos Estados Unidos, constata o porta-voz Vaticano.

B16 é o artista convidado para fazer o marketing da ICAR à custa da morte e da dor.