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Categoria: Catolicismo

20 de Abril, 2008 Mariana de Oliveira

Bento XVI visita Ground Zero

O Papa Bento XVI visitou o Ground Zero, em Nova Iorque, para uma homenagem às vítimas dos atentados de 11 de Setembro de 2001, tendo voltado a pedir o fim dos apelos ao ódio em nome da religião.

O Papa rezou em silêncio, antes de acender um círio colocado sobre o altar improvisado em pleno Ground Zero, em sinal do renascimento da esperança.

O Sumo Pontífice rezou depois, em inglês, pelas vítimas dos atentados, as suas famílias e pediu a Deus para “trazer a paz a um mundo violento” e “fazer regressar ao caminho do amor aqueles cujos corações e espírito estão consumidos pelo ódio”.

A breve cerimónia contou com a presença do “mayor” de Nova Iorque, Michael Bloomberg, por representantes dos bombeiros e da polícia da cidade e por 16 familiares das vítimas dos atentados, recebidos no final pelo Papa.

Fonte: Público, 20 de Abril de 2008.

20 de Abril, 2008 Carlos Esperança

De visita ao patrão

O cardeal colombiano Alfonso López Trujillo, de 72 anos, presidente do Pontifício Conselho para a Família, morreu neste sábado em Roma de uma infecção pulmonar, informou a clínica romana Pío XI.
(…)
López Trujillo defendeu com firmeza no Conselho Pontifício para a Família a condenação do aborto, da homossexualidad, do feminismo e do uso de preservativos.

(…)
O cardeal colombiano foi um dos ferrenhos perseguidores, ao lado do então cardeal alemão Joseph Ratzinger, atualmente Papa Bento XVI, da Teologia da Libertação pregada pelo brasileiro Leonardo Boff, o salvadorenho Jon Sonbrino e o peruano Gustavo Gutiérrez. AFP 

19 de Abril, 2008 Mariana de Oliveira

Purificação na catedral

O Papa pediu hoje na catedral de S. Patrício, em Nova Iorque, para a Igreja Católica norte-americana iniciar uma “era de purificação”, depois do escândalo de abusos sexuais cometidos por clérigos pedófilos locais.

Na homilia, insistiu no escândalo dos sacerdotes pedófilos que, frisou, “tanto sofrimento” causaram.

O bispo de Roma recordou que durante esta viagem já fez pelo menos em cinco ocasiões menção aos “danos” – derivados daquele escândalo – infligidos à Igreja Católica.

Joseph Ratzinger centrou a intervenção nos desafios que a igreja romana em geral e a norte-americana em particular têm de enfrentar.

Entre eles, salientou o imperativo de entregar uma mensagem de esperança para combater o “egocentrismo, avidez, violência e cinismo que parecem sufocar, amiúde, o coração das pessoas”.

Na terça-feira, Bento XVI admitiu a “vergonha” que sentia pelo escândalo e garantiu que a Igreja Católica “fará todo o possível” para sarar as feridas causadas nas vítimas desses crimes.

Um dia depois, num discurso proferido perante prelados norte-americanos, reconheceu que a polémica foi “por vezes muito mal gerida” e pediu “compaixão e atenção para com as vítimas”, chamando igualmente a atenção para a “pornografia” e “violência” omnipresentes na sociedade.

Bento XVI voltou a falar no assunto durante uma missa oficiada no National Park Stadium de Washington, onde assegurou que já foram desenvolvidos “grandes esforços para resolver honestamente e com lealdade a trágica situação”.

O escândalo de padres pedófilos nos Estados Unidos estalou em 2002, em Boston, trazendo a público o comportamento de centenas de sacerdotes que, ao longo de várias décadas, abusaram sexualmente de milhares de crianças e adolescentes.

A Igreja Católica tem a intenção de avançar com uma reforma das leis canónicas, para penalizar os prelados que abusem sexualmente de menores.

Fonte: RTP, 19 de Abril de 2008.

19 de Abril, 2008 Mariana de Oliveira

Cónego Melo segundo o CDS-PP

O deputado CDS-PP Nuno Melo recordou “com respeito” o cónego Melo, que hoje morreu aos 80 anos, pelo “papel activo, à sua escala, na implantação da democracia que hoje existe em Portugal”.

“O cónego Melo foi uma personalidade com um papel activo, à sua escala, para a implantação da República tal como hoje a vivemos”, afirmou Nuno Melo.

Para este deputado eleito por Braga, que conheceu o ex-vigário da arquidiocese, o cónego Melo “foi uma voz forte na luta contra do PREC [Processo Revolucionário em Curso, em 1975], em que alguns quiserem impor um regime diferente daquele que hoje temos”.

Eduardo Melo atingiu notoriedade no período mais conturbado do pós-25 de Abril de 1974 ao manifestar-se contra o movimento político comunista.

Fonte: Agência Lusa, 19 de Abril de 2008.

19 de Abril, 2008 Mariana de Oliveira

Associação Industrial do Minho quer estátua do cónego

O presidente da Associação Industrial do Minho defendeu hoje ser “altura de reerguer” o processo de colocação de uma estátua em Braga ao cónego Melo, que hoje faleceu em Fátima.

“Defendo que aqueles que se bateram pela homenagem ao cónego Melo, lembrando a sua vida e obra numa praça de Braga, têm, agora, de retomar o processo”, sustentou António Marques.

Em 1993, um grupo de bracarenses mandou fazer uma estátua do cónego, que pretendiam fosse colocada na rotunda de Monte de Arcos em Braga, mas a ideia foi abandonada devido à contestação de forças políticas de esquerda, nomeadamente, PCP e Bloco de Esquerda, tendo a escultura sido guardada.

O empresário sublinha que, “independentemente da perspectiva de vida que cada um tenha, é indiscutível que o cónego foi um homem que marcou a vida da igreja, do país e da cidade”.

“A Associação Industrial do Minho não esquece que foi o cónego quem defendeu a liberdade e a iniciativa privada, contra ventos e marés, numa altura conturbada da vida do país”, afirmou, numa alusão à luta que a Igreja de Braga liderou contra a alegada tentativa de tomada do poder pelo PCP e pela extrema-esquerda política e militar em 1975.

Fonte: Agência Lusa, 19 de Abril de 2008.

19 de Abril, 2008 Mariana de Oliveira

Cónego Melo deixou de ser

O monsenhor Eduardo Melo Peixoto, mais conhecido por cónego Melo, morreu hoje em Fátima revelou o arcebisbo de Braga, D. Jorge Ortiga.

Fonte do santuário de Fátima adiantou que foi encontrado morto no quarto em que se encontrava hospedado da Casa Nossa Senhora do Carmo, tendo o corpo já sido transportado para o Instituto de Medicina Legal de Tomar.

O sacerdote estava em Fátima para participar num encontro de cursilhos da Cristandade que está a decorrer no Santuário e terá morrido de causas naturais durante a noite, tendo sido encontrado deitado na cama hoje de manhã.

Fonte do Santuário de Fátima endereçou, em nome da instituição, as condolências à família e à arquidiocese de Braga. “Merece a maior consideração pelo trabalho desenvolvido”, acrescentou a mesma fonte.

O presidente da Câmara Municipal de Braga, Mesquita Machado considera que o falecimento do cónego Melo é uma “grande perda” para a Igreja, o país e, sobretudo, para a cidade. “Monsenhor Eduardo Melo era um grande homem, um grande sacerdote e um grande bracarense, que tudo fazia pela cidade, pelas suas instituições e pelas suas gentes”, afirmou.

O autarca socialista acentuou que o Cónego Melo, além da sua extensa actividade no seio da Arquidiocese de Braga da Igreja Católica, estava presente em muitas outras instituições da cidade, como o Sporting de Braga, tudo fazendo para as ajudar”.

Fonte: Público, 19 de Abril de 2008.

18 de Abril, 2008 Mariana de Oliveira

ICAR da Costa Rica realiza operações financeiras ilegais

Nas contas bancárias da Conferência Episcopal da Costa Rica, foram recolhidas contribuições de instituições da Igreja e de laicos nacionais e estrangeiros. Também foi canalizado dinheiro para empréstimos particulares, pelo menos desde 2002.

O bispo Ángel San Casimiro explicou  que a Igreja conta, de facto, com um fundo, administrado por um grupo financeiro, que se destina a cumprir obrigações pastorais e obras sociais.

O prelado referiu que se trata de «dinheiros privados de paróquias e religiosos, de pessoas muito concretas que confiaram na administração da Igreja», acrescentando que foram recolhidos fundos de particulares.

San Casimiro alegou que, desde que a Superintendência Geral de Entidades Financeiras indicou que a Igreja não podia realizar esta prática, a Conferência Episcopal começou a aplicar as medidas correspondentes, como devolver o dinheiro aos investidores.

No entanto, a Conferência Episcopal mantém operações de intermediação financeira, apesar de a lei o proibir.

Como exemplos cita as contribuições para a Associação de Frades Franciscanos da Guatemala e para a Congregação das Irmãs Betlemitas da Costa Rica.

Fonte: Sol, 18 de Abril de 2008.

18 de Abril, 2008 Mariana de Oliveira

Papa na ONU

O Papa discursou hoje na Assembleia-Geral das Nações Unidas. Aos Estados-membros da ONU, Bento XVI apelou a uma acção colectiva contra os problemas mundiais, lamentando que sejam ainda tomadas decisões com base na posição de “um pequeno número de países”.

O Sumo Pontífice considera que a noção de consenso multilateral está “em crise, por continuar a estar subordinado às decisões de um pequeno grupo, quando os problemas do mundo pedem intervenções na forma de uma acção colectiva pela comunidade internacional”. Esta é uma questão já levantada por vários Estados-membros da ONU, nomeadamente os países em desenvolvimento, que criticam os poderes detidos pelas grandes potências na gestão de assuntos mundiais, nomeadamente no seio do Conselho de Segurança.

“As questões de segurança, os objectivos de desenvolvimento, a redução de desigualdades, a protecção do ambiente, de recursos e do clima, requerem que todos os responsáveis ajam de forma concertada e estejam prontos a trabalhar com base na boa fé, no respeito do direito, para promover a solidariedade com as zonas mais frágeis do planeta”, sustentou Bento XVI.

No seu discurso, o Papa lembrou ainda que todos os Estados têm “o dever primordial de proteger a sua população contra as violações graves e repetidas dos direitos humanos”, numa aparente referência a casos como o conflito na região sudanesa do Darfur. “Se os Estados são incapazes de garantir essa protecção, a comunidade internacional deve intervir através de meios jurídicos fornecidos pela Carta das Nações Unidas e outros instrumentos internacionais”, continuou Bento XVI.

O Sumo Pontífice chamou aos direitos humanos, nomeadamente a liberdade religiosa, “a linguagem comum e substrato ético das relações internacionais”, acrescentando que “a promoção dos direitos humanos é a melhor estratégia para eliminar desigualdades entre países e grupos sociais”.

Fonte: Público, 18 de Abril de 2008.