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Categoria: Catolicismo

2 de Maio, 2008 Carlos Esperança

Se fosse fascista não havia problemas

A eleição de Fernando Lugo para a Presidência do Paraguai coloca o Vaticano numa situação sem precedentes: é a primeira vez que um bispo, ainda que aposentado e afastado das suas funções de sacerdote para actuar na política, chega ao cargo executivo mais alto de um país.

Segundo o código do direito canónico, o conjunto de leis que governa a igreja, a ordenação de Lugo como bispo não pode ser anulada.  (…)

27 de Abril, 2008 Mariana de Oliveira

As preocupações do Papa

O papa Bento XVI exprimiu hoje «preocupação e sofrimento» pelos bombardeamentos e as confrontações armadas na Somália, no Burundi e no Darfur, onde «uma tragédia sem fim afecta centenas de milhares de pessoas».

Bento XVI exortou as autoridades políticas locais e a comunidade internacional a não pouparem esforços para obter o fim da violência e o cumprimento dos acordos assinados «com vista a criar pilares sólidos para a paz e o desenvolvimento».

«As notícias que chegam de alguns países africanos continuam a ser motivo de sofrimento profundo e viva preocupação. Peço-vos que não esqueçam estes trágicos acontecimentos nem os nossos irmãos e irmãs neles implicados» , exortou o chefe da Igreja Católica.

O Bispo de Roma acrescentou que na Somália, especialmente em Mogadíscio, fortes confrontos armados tornam «cada vez mais dramática a situação humanitária dessa querida população, desde há anos oprimida pela brutalidade e pela miséria».

Bento XVI também referiu se referiu ao Darfur, sublinhando que «apesar de haver um raio de luz, permanece a tragédia sem fim para centenas de milhares de pessoas indefesas e abandonadas à sua sorte».

Fonte: Sol, 27 de Abril de 2008.

23 de Abril, 2008 Carlos Esperança

Sobre Bento 16. Opinião de um leitor

Incendiário e Terrorista é ele ou ele e os seus capangas, clero e frades/freiras, embicados a exaltar sagas e mágicas absurdas, transtornados eles sim de ódios ocultos como o que ficou algures aqui narrado do Pogrom (Lisboa, 1506) em que, por três dias, começando a 19 de Abril (1506) e terminando terça-feira seguinte, houve uma perseguição assassina aos judeus, incluindo cristãos-novos, delapidando vidas (até de bebés) e bens. Damião Góis dá uma descrição detalhada do acontecido em que as figuras relevantes, que impulsionaram e exaltaram os ânimos foram frades (Dominicanos? Jesuítas?) que acabaram por serem sentenciados à morte.

Decorreram já 500 anos. A fúria de mortes prolongou-se pela Idade Média com a tétrica Inquisição semeando mortes e torturas sobretudo em Espanha e Portugal. Perseguição, ódio, fúria cega contra outras influências, outras culturas, outros modos de estar e viver. Houve o pretendido e largamente consumado genocídio pela continuada condenação idiota de judeus no Holocausto do século 20. Essa fixação maníaca contra os apóstatas, os hereges, os judeus e muçulmanos, o desprezo obsessivo pelas mulheres, taras misóginas, tudo isso repetido e repensado, tal a convicção que se estabelece nessas mentes que não se entendem como doentes paranóicos e, múltiplas vezes, de elevada perigosidade.

 O terrorismo persiste ainda com as figuras demoníacas, o fogo dos infernos, penas terríveis para os não crentes, para os pecadores, pecados da carne e do pensamento, esse terrorismo às populações indefesas e culturalmente mal preparadas.

Loucura!

Há que acabar com isto!!!

a) Jorge Alarcão

23 de Abril, 2008 Carlos Esperança

Papa faz o habitual número de circo

O Papa Bento XVI rezou uma oração contra o terrorismo, este domingo, numa cerimónia carregada de emoção no Ground Zero, o local ocupado pelas Torres Gémeas antes dos atentados de 11 de Setembro de 2001.

Comentário: Como é que Deus sabe se a oração é a favor ou contra?

22 de Abril, 2008 Carlos Esperança

A morte lava mais branco

O funeral do cónego Eduardo Melo, da Sé de Braga, deu origem a uma importante concentração fúnebre.

Uns foram para ter a certeza de que ficam livres de uma testemunha incómoda, outros para prestar homenagem a um homem que não hesitaria em defender a Igreja à bomba.

Não foi a devoção que o celebrizou, foi o poder que o tornou temido e respeitado. A estátua que lhe fizeram não foi uma homenagem às ave-marias que rezou, às missas que disse ou à frequência com que sacava do breviário. Foi a paga dos favores que fez, das cumplicidades que teceu, do poder que detinha. Não era homem para andar de hissope em punho a aspergir beatas que arfavam lubricamente à sua volta antes da Revolução de Abril, era um homem de acção. Do futebol à política. Do salazarismo ao MDLP.

O cónego Eduardo Melo pode não ter sido o responsável pelo assassínio do padre Max, cuja morte ficou impune embora se saiba a origem dos explosivos.

Na morte teve a acompanhá-lo o inevitável presidente da Câmara, Mesquita Machado, o Governador Civil e um secretário de Estado, além de gente anónima que aproveitou os autocarros gratuitos para ir a Braga.

O bem-aventurado cónego, que nunca renegou a sedução por Salazar e o aborrecimento pela democracia, foi a enterrar quatro dias antes do 25 de Abril que tanto detestava. Se Deus existisse tê-lo-ia deixado viver até ao 28 de Maio. Era uma data mais grata à sua alma de fascista, uma consolação para quem nunca se adaptou à democracia. 

22 de Abril, 2008 Carlos Esperança

O catolicismo sempre foi tolerante

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, inaugura terça-feira o «memorial às vítimas da intolerância» evocativo do massacre que vitimou entre 2 a 4 mil lisboetas em 1506, suspeitos de professarem o judaísmo.
(…)
O início da cerimónia está marcado para as 11h00 de terça-feira, contando com a presença do presidente da autarquia lisboeta, do cardeal-patriarca de Lisboa D. José Policarpo e do rabino de Lisboa, Eliezer Sahi Di Martino.  (SOL)

21 de Abril, 2008 Carlos Esperança

B16 regressou à toca

B16 já regressou ao antro do Vaticano depois de exibir os vestidinhos e as toucas da profissão pelo País mais poderoso do mundo. Teve a recebê-lo um presidente que já falou com Deus para desgraça do Iraque e da paz mundial.

Deus não é melhor nem pior do que eles. Apenas tem a vantagem de não existir. Já os dois cruzados, que se aliaram, existem e fazem excessivo mal à humanidade.

Os EUA constituem um país que se afastou da matriz ideológica dos seus fundadores, que fizeram uma Constituição laica, com profunda desconfiança do clero cujas tropelias conheciam da Europa. Deu-lhe para a religião como lhes dá para as armas. Gostam do que é violento. Não admira que tenham em boa conta o Antigo Testamento.

B16 lá andou de missa em missa, chegando a juntar 50 mil genuflectidos, metade dos professores que em Portugal se reúnem para contestar uma decisão ministerial. Depois de ter pedido perdão pelos ataques pedófilos dos seus padres, o papa quis convencer os americanos do martírio do seu Deus. Falou para crentes mas não reabilitou as dioceses falidas pelas indemnizações pagas pelos crimes dos seus padres.

B16 felicitou os americanos, num ataque de suprema hipocrisia, pela tolerância que têm para com todas as religiões. Fala um talibã que, quando pode, adverte que só há uma religião verdadeira. E, de facto, passe o exagero de uma a mais, só há uma verdadeira.

As religiões são o rastilho do ódio e da intolerância. A forma de nos defendermos delas não é combatê-las, é desacreditá-las.

Ámen.