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Categoria: Catolicismo

5 de Maio, 2008 Mariana de Oliveira

Igreja polaca contra Conselho da Europa

Os bispos polacos «protestaram vivamente» contra uma recente resolução da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa que apelara aos Estados membros para despenalizarem o aborto.

«O Conselho permanente do episcopado polaco reunido em Jasna Gora (Santuário no Sul da Polónia) na presença dos bispos diocesanos, exprime o seu vivo protesto contra esta resolução», segundo um comunicado oficial.

«Os bispos manifestam a sua firme oposição face à tentativa de impor, por via administrativa, princípios opostos à sensibilidade fundamental da consciência humana», segundo este texto.

A 16 de Abril, a Assembleia apelou aos seus 47 Estados membros para despenalizarem o aborto que deve ser, segundo ela, sem riscos e legal.

Na sua resolução, a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa pediu que sejam assegurados às mulheres que queiram abortar os cuidados médicos e psicológicos desejados assim como uma adequada assistência financeira.

A interrupção voluntária da gravidez (IVG) só é autorizada na Polónia nos casos de violação, incesto e perigo para a vida ou saúde da mãe, tal como no caso de malformação irreversível do feto.

Segundo as organizações feministas, são praticados anualmente na Polónia até 180 mil abortos clandestinos.

As estatísticas oficiais referem apenas 200 a 300 abortos legais.

Fonte: Sol, 02 de Maio de 2008.

5 de Maio, 2008 Carlos Esperança

Momento zen de segunda

João César das Neves (JCN) enquanto não vir consagrado o Estado católico de Portugal, à semelhança das monarquias e repúblicas islâmicas, não se lhe aquieta a ansiedade pia nem a fúria prosélita que o consome. V/ Homilia de hoje, DN.

É um cruzado serôdio, talibã romano,  um diácono sem sotaina nem tonsura, a voz de serviço à mais troglodita visão do estado, desejoso de ver Portugal prestar vassalagem a Roma, convertido em protectorado do Vaticano.

Para JCN, o cumprimento das obrigações impostas pela ASAE e pela Segurança Social constitui um estrangulamento das creches e obras paroquiais. Preferia que a higiene e as obrigações sociais ficassem entregues à exclusiva vigilância divina.

Quanto ao divórcio, é o azedume habitual. Bom era no tempo da outra Senhora, em que era proibido. Não admite «a retracção das referências religiosas para esferas mais íntimas e assumindo dimensões menos consequenciais em outros aspectos da vida», como se lê no preâmbulo do Projecto de Lei n.º 509/X, sobre as “alterações ao Regime Jurídico do Divórcio”. O Estado só deveria legislar tendo em vista o direito canónico, tal como impõe a Constituição do Iraque: «desde que não contrarie o que o Corão determina», no caso português, depois de ouvir o Núncio Apostólico e o bispo de Braga.

Mas o que deixa JCN, apopléctico, com vontade de se afogar numa pia de água benta ou defumar-se em incenso, é “o projecto de lei que pretende retomar o espírito renovador, aberto e moderno que marcou há quase cem anos a I República”. A I República criou, para JCN, «a maior perseguição à Igreja desde Abd ar-Rahman II (emir de 822 a 852) [sic], uma perseguição quase tão cruel – digo eu –, como a que a sua Igreja moveu aos judeus, aos protestantes, aos cátaros e a todos os infiéis.

JCN, na cegueira mística que o desvaira, na ânsia do Paraíso onde sonha com rios de mel e uma assoalhada perto da casa dos padres, nem reconhece à República a virtude da separação Igreja/Estado, laicidade do ensino, reforma da universidade, divórcio, registo civil e a nacionalização de algumas propriedades do extenso património da Igreja.

Para JCN só a sua fé conta. Vê perseguições à Igreja onde apenas existe a sua obsessão de impor dogmas com a beatitude e benevolência que foram apanágio do passado.

4 de Maio, 2008 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa. Carta aos brasileiros

Caros ateus e ateias:

Aos brasileiros que têm manifestado vontade de apoiar a AAP cumpre-me, desde já, manifestar-lhes o meu sincero agradecimento.

Felizmente que a língua nos une, esquecida já a evangelização e a varíola com que o catolicismo dizimou os povos indígenas. Os jesuítas tinham tanta vontade de salvar as almas dos índios que lhes arruinaram os corpos.  Claro que a lepra da fé, mitigada pelos deuses trazidos de África, pelos escravos que o catolicismo não tinha a certeza de terem alma, ficou a fermentar nesse imenso país onde o Cristo se vende em numerosas seitas e serve de ganha-pão a imensos trapaceiros.

O surto de progresso do Brasil vai substituindo as crenças pela razão, as orações pela alfabetização e a hóstia por alimentos. Em breve será uma das maiores potências da humanidade, apesar das rezas, das missas e do dízimo. Parabéns aos brasileiros que trocam a Igreja pelo trabalho e abandonam a fé a favor do desenvolvimento.

Registo as vossas mensagens de apoio e os votos de congratulações em relação à AAP. Talvez valha a pena propor, numa futura Assembleia-geral, a criação de um núcleo de apoiantes brasileiros. A seu tempo trataremos disso e, desde já, aqui expresso a imensa gratidão pelos testemunhos de afecto e solidariedade dos numerosos brasileiros que nos acompanham no Diário Ateísta.

É tempo, também, de partirem para a criação da Associação Ateísta Brasileira. Força, amigos.

3 de Maio, 2008 Carlos Esperança

Caridade cristã

… não são dignos daquele deus.

Lo que iba a ser una tarde de paseo para un grupo de 12 jóvenes con síndrome de Down se convirtió el jueves en franca indignación.

Según publicó este viernes La Voz de Almería, cuando el grupo se encontraba de visita en la Catedral un sacerdote les echó de malos modos aludiendo a su discapacidad. Los monitores aseguraron que la excusa para echarlos fue: “Ni sienten, ni padecen, ni entienden”.

2 de Maio, 2008 Carlos Esperança

Se fosse fascista não havia problemas

A eleição de Fernando Lugo para a Presidência do Paraguai coloca o Vaticano numa situação sem precedentes: é a primeira vez que um bispo, ainda que aposentado e afastado das suas funções de sacerdote para actuar na política, chega ao cargo executivo mais alto de um país.

Segundo o código do direito canónico, o conjunto de leis que governa a igreja, a ordenação de Lugo como bispo não pode ser anulada.  (…)

27 de Abril, 2008 Mariana de Oliveira

As preocupações do Papa

O papa Bento XVI exprimiu hoje «preocupação e sofrimento» pelos bombardeamentos e as confrontações armadas na Somália, no Burundi e no Darfur, onde «uma tragédia sem fim afecta centenas de milhares de pessoas».

Bento XVI exortou as autoridades políticas locais e a comunidade internacional a não pouparem esforços para obter o fim da violência e o cumprimento dos acordos assinados «com vista a criar pilares sólidos para a paz e o desenvolvimento».

«As notícias que chegam de alguns países africanos continuam a ser motivo de sofrimento profundo e viva preocupação. Peço-vos que não esqueçam estes trágicos acontecimentos nem os nossos irmãos e irmãs neles implicados» , exortou o chefe da Igreja Católica.

O Bispo de Roma acrescentou que na Somália, especialmente em Mogadíscio, fortes confrontos armados tornam «cada vez mais dramática a situação humanitária dessa querida população, desde há anos oprimida pela brutalidade e pela miséria».

Bento XVI também referiu se referiu ao Darfur, sublinhando que «apesar de haver um raio de luz, permanece a tragédia sem fim para centenas de milhares de pessoas indefesas e abandonadas à sua sorte».

Fonte: Sol, 27 de Abril de 2008.

23 de Abril, 2008 Carlos Esperança

Sobre Bento 16. Opinião de um leitor

Incendiário e Terrorista é ele ou ele e os seus capangas, clero e frades/freiras, embicados a exaltar sagas e mágicas absurdas, transtornados eles sim de ódios ocultos como o que ficou algures aqui narrado do Pogrom (Lisboa, 1506) em que, por três dias, começando a 19 de Abril (1506) e terminando terça-feira seguinte, houve uma perseguição assassina aos judeus, incluindo cristãos-novos, delapidando vidas (até de bebés) e bens. Damião Góis dá uma descrição detalhada do acontecido em que as figuras relevantes, que impulsionaram e exaltaram os ânimos foram frades (Dominicanos? Jesuítas?) que acabaram por serem sentenciados à morte.

Decorreram já 500 anos. A fúria de mortes prolongou-se pela Idade Média com a tétrica Inquisição semeando mortes e torturas sobretudo em Espanha e Portugal. Perseguição, ódio, fúria cega contra outras influências, outras culturas, outros modos de estar e viver. Houve o pretendido e largamente consumado genocídio pela continuada condenação idiota de judeus no Holocausto do século 20. Essa fixação maníaca contra os apóstatas, os hereges, os judeus e muçulmanos, o desprezo obsessivo pelas mulheres, taras misóginas, tudo isso repetido e repensado, tal a convicção que se estabelece nessas mentes que não se entendem como doentes paranóicos e, múltiplas vezes, de elevada perigosidade.

 O terrorismo persiste ainda com as figuras demoníacas, o fogo dos infernos, penas terríveis para os não crentes, para os pecadores, pecados da carne e do pensamento, esse terrorismo às populações indefesas e culturalmente mal preparadas.

Loucura!

Há que acabar com isto!!!

a) Jorge Alarcão

23 de Abril, 2008 Carlos Esperança

Papa faz o habitual número de circo

O Papa Bento XVI rezou uma oração contra o terrorismo, este domingo, numa cerimónia carregada de emoção no Ground Zero, o local ocupado pelas Torres Gémeas antes dos atentados de 11 de Setembro de 2001.

Comentário: Como é que Deus sabe se a oração é a favor ou contra?