12 de Maio, 2008 Mariana de Oliveira
GNR também inova em Fátima
A GNR de Fátima estreou ontem uma nova sala de controlo das operações, totalmente informatizada, com ligação às câmaras de vídeo-vigilância, transmissão de dados e de rádio e um acompanhamento on-line do estacionamento.
Na véspera do início da peregrinação internacional de Maio, as autoridades concentraram num único local do posto todas as informações para gerir grandes multidões, desde investigação criminal à gestão do trânsito rodoviário.
«Isto está pronto para funcionar 365 dias por ano», afirmou o tenente-coronel Vítor Lucas, da GNR de Santarém, quando mostrava a sala.
No centro da sala, está um mapa digital da cidade onde é possível localizar e apontar as ocorrências ou os principais problemas que necessitem de uma resposta das autoridades.
No posto, é possível controlar directamente as quatro câmaras colocadas nas principais artérias da cidade, podendo encaminhar o trânsito para as zonas mais descongestionadas.
Em breve, Vítor Lucas conta ter também o controlo das câmaras de vídeo-vigilância no interior do Santuário de Fátima, um processo que está em fase de legalização pelas autoridades.
Além dos procedimentos legais, cujo pedido foi já feito pela GNR, Vítor Lucas explicou que já foi também entregue ao Santuário um estudo sobre a localização ideal dos equipamentos.
«O Santuário está a fazer um esforço de compatibilização do sistema» analógico que possui para poder ser controlado e inserido no conjunto gerido pela GNR.
Além disso, a instituição religiosa está a adquirir outras câmaras para responder às novas exigências técnicas das autoridades que contam com estes equipamentos para um melhor controlo dos carteiristas e dos furtos no interior do recinto.
Além da identificação dos carteiristas, as câmaras poderão apoiar as autoridades na gestão de grandes grupos de peregrinos, integrando o sistema na rede de equipamentos do género existentes junto da auto-estrada e das principais vias.
Embora seja um espaço privado, o recinto do Santuário não está vedado e tem uma utilização pública, uma situação que dificultou o processo de legalização daquelas câmaras por parte da instituição religiosa.
Fonte: Sol, 11 de Maio de 2008.