20 de Setembro, 2008 Carlos Esperança
Quatro décadas de imposição da moral cristã
Fonte: Nair Alexandra (Revista Única, Expresso, hoje).
Fonte: Nair Alexandra (Revista Única, Expresso, hoje).
O papa Bento 16 defendeu enfaticamente na quinta-feira o seu antecessor Pio 12 da acusação de não se ter empenhado para ajudar os judeus. Deve ter confundido o empenhamento posto na protecção dos carrascos nazis e na sua deslocação para a América do Sul.
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Pio 12 não foi um celerado que arrancasse olhos aos sérvios, um carrasco que estivesse nos campos de concentração a assassinar judeus, um biltre que usasse as próprias mãos para despachar hereges a caminho do Inferno.
Pio 12 foi apenas um Papa católico, amigo da ordem e da paz, anti-semita como os seus pios antecessores e anticomunista como os sucessores. Foi com muita mágoa – dizem os panegiristas de serviço –, que assistiu em silêncio ao extermínio dos judeus e, depois da guerra, para compensar, converteu conventos e seminários em refúgios nazis, enquanto a diplomacia do Vaticano arranjava passaportes para a América do sul.
Não se pode condenar Pio 12 pelo anti-semitismo. É um dever que o Novo Testamento impõe, é o culto de uma tradição que alimentou as fogueiras do santo Ofício e um preito de gratidão a todos os santos que perseguiram judeus e moiros e dilataram a fé.
Pio 12 apenas queria celebrar concordatas com os Estados fascistas, proteger as famílias cristãs dos malefícios do divórcio e assegurar às crianças o ensino obrigatório da sua fé. Haverá odor que mais agrade a Deus do que o de um herege a ser queimado? Ou maior delícia do que a tortura de quem siga uma religião falsa?
Claro que Pio 12 deve ser canonizado. Quantos biltres o não foram já? O problema que lhe complica a vida é não ser incluído em levas de centenas e, na sua singularidade, ter ainda quem se lembre de que o Vaticano foi um antro de conivência com o fascismo.
Mas não aconteceu o mesmo com JP2, um papa que fazia milagres em vida, apesar de só os mortos terem alvará para o negócio?
Ora, canonize-se o cadáver. Com os anos que já leva de morto, há muito que não fede.
a) Carlos Esperança
O Vaticano confirmou ontem, quinta-feira (18), que o papa Bento XVI não viajará ao México para participar da Jornada Mundial da Família, prevista de 16 a 18 de janeiro de 2009, já que os médicos o desaconselharam, por precaução, devido à altitude.
Pergunta: Ou será por vergonha de não ter constituído família?
O ministro do Interior da Venezuela, Tarek El Aissami, exigiu ontem que a Nunciatura Apostólica entregue o ex-líder estudantil Nixon Moreno, que recebeu asilo diplomático do Vaticano e é acusado de estupro no seu país.
Por
José Moreira
Afinal, de vez em quando vai havendo boas notícias. Por exemplo, a ICAR, ou seja, o B 16, está de boa saúde e recomenda-se. De tal forma que é capaz de dar um golpe de rins que nem nos Jogos Olímpicos foi visto.
Só me falta saber uma coisa: como é que o pastor alemão vai fazer para conciliar a Bíblia com a Evolução? Hmmm acho que já sei, e a fórmula parece-me simples: Evolução, sim senhores, mas foi Deus quem a fez.
Cá por mim, continuo a dizer: só há um deus, que é Oparin, e Darwin é o seu profeta.
É preciso limpar o passado para absolver a ICAR e canonizar Pio XII.
CIDADE DO VATICANO (Reuters) – O Vaticano disse nesta terça-feira que a teoria da evolução é compatível com a Bíblia, mas não planeia um pedido de desculpas póstumo a Charles Darwin pela fria recepção dada a ele há 150 anos.
…150 anos após a publicação de “A Origem das Espécies”, o Vaticano anunciou um congresso internacional sobre a evolução do homem.
Comentário: Sobre a evolução da Igreja católica não há indícios.
Antes…
…E depois.
(Agradecimentos a atheisme.org e aos anarcas desconhecidos.)
Bento XVI disse este Domingo que a Igreja mantém “com firmeza” o princípio indissolubilidade do casamento e que, embora envolva com o maior afecto as pessoas divorciadas que se voltam a casar, “não pode aceitar” as iniciativas que tendem a abençoar “as uniões ilegítimas”.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.