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Categoria: Catolicismo

5 de Dezembro, 2008 Carlos Esperança

Vaticano – Intolerância e preconceito

Lisboa, 04 Dez (Lusa) – O Vaticano justificou hoje a não ratificação da Convenção das Nações Unidas sobre deficientes, em vigor desde Maio, com o facto de o documento apontar o aborto como um direito, noticiou hoje a agência Ecclesia.

4 de Dezembro, 2008 Carlos Esperança

Catolicismo – Crise da fé

Com o aproximar da Semana dos Seminários (9 a 16 de Novembro), D. Manuel Felício, bispo da Guarda, escreveu uma carta à diocese onde pede: “Temos de continuar a semear com generosidade para termos os padres necessários à nossa Igreja Diocesana”.

Os seminários esvaziam-se onde a liberdade e o secularismo avançam. O seminário da Guarda foi um alfobre de padres até meados da década de sessenta do século passado, hoje é um cemitério de recordações pias com fotos antigas de bandos tonsurados. Então albergava largas centenas de aspirantes ao sacerdócio, hoje é uma escola reduzida a 20 alunos que as hormonas e a vergonha compelem à desistência.

Os bispos pedem orações a favor das vocações mas o céu, farto de preces, há muito que deixou de ouvir apelos beatos e as angústias dos bispos. Deus é um mito cada vez mais desacreditado e os padres uma relíquia que a tradição mantém ocupados com baptizados e funerais.

A religião criada por Paulo de Tarso – o catolicismo –, facção do judaísmo, menos ferozmente monoteísta e menos fechada, tornou-se instrumento do Império Romano com Constantino. Este déspota sanguinário, que se proclamou o 13.º apóstolo, incumbiu Eusébio de Cesareia de criar um corpo homogéneo entre 27 versões dos evangelhos, na primeira metade do séc. IV. Tal literatura serviu de base à crença que Teodósio declarou religião do Estado em 380, interditando os cultos pagãos.

A repressão contra outros cultos atingiu o auge com Justiniano que aprovou a legislação cristã contra a heterodoxia. Os cristãos tornaram-se opressores e, em 529, foi interdita a liberdade de consciência.

É a manutenção dessa intolerância que está hoje confiada aos padres, intolerância que as outras religiões monoteístas cultivam com acrescida crueldade, em especial o Islão, que continua imune à laicidade, tendo passado ao lado da cultura grega e do direito romano.

É auspicioso que os homens, já que as mulheres estão afastadas do poder nas religiões patriarcais, em vez de se sentirem felizes nos seus vestidinhos de seda e rendas, optem por viver de pé e recusem passar a vida de joelhos. Assim, os padres católicos são uma espécie em vias de extinção. Neste caso não há que defender a biodiversidade.

2 de Dezembro, 2008 Carlos Esperança

Vaticano – A tolerância mora longe

Roma, 1 dez (EFE) – O Vaticano condenou a proposta da França para exigir a descriminalização universal do homossexualismo às Nações Unidas, apresentada pelo país como atual ocupante da presidência rotativa da União Européia (UE).

30 de Novembro, 2008 Carlos Esperança

B16 não tem emenda

ROMA – O papa Bento 16 fez uma homenagem no domingo ao pontífice da época do nazismo Pio 12, que está no centro de uma controvérsia com grupos judeus que o acusam de dar as costas ao Holocausto.

29 de Novembro, 2008 Carlos Esperança

Centralismo democrático

CIDADE DO VATICANO – As leituras não bíblicas ou não autorizadas pelo Papa devem ser evitadas nas missas, afirmou nesta sexta-feira o cardeal Francis Arinze, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

25 de Novembro, 2008 Carlos Esperança

O Papa quer um banquete

Por

Kavkaz

Ratzinger, de alcunha Bento XVI, fez mais um dos seus discursos líricos para encantar e pasmar os crentes.

Desta vez resolveu “explicar” aquilo que os crentes já ouviram muitas vezes. Parecer-lhe-á talvez que os crentes entendam mal o que lêem e ouvem, precisando de explicador. À falta de novidades de “Deus”, ele vai repetindo os temas há muito conhecidos, na tentativa de os crentes os decorarem definitivamente.

O Papa andou à volta do tema imaginário do “Reino de Deus”. É sabido que “Deus” não escolheu a República para si. Preferiu a “Monarquia” onde pode mandar sem um prazo limitado e a belo prazer. Há ainda alguns países do mundo que têm monarcas inspirados em “Deus” e reinam da mesma forma, à sua vontade. Portugal correu com eles em 1910.

O Papa “explicou” que o “Reino de Deus não é deste mundo”. Então para quê tentar o Vaticano impô-lo neste planeta? É despropositado e fora do seu devido lugar! O Papa poderia poupar tempo a impor-nos o “Reino de Deus”, reformar-se ou dedicar-se a outra actividade em vez de se desgastar com o que “não é deste mundo”. Seria bem mais realista e justo.

Ratzinger afirmou também que se deve colocar “em prática o amor ao próximo”. Lá vem o Papa oferecer amor… Neste tema ultrapassa até o D. Juan. Quer amar a todos. E se algum homossexual aceitar? Os que não precisarem dos serviços amorosos do Papa terão de se cuidar. Parece insaciável! É um perigo o homem… E é contra o uso do preservativo. Cuidem-se!

O Papa Bento XVI mostra o seu mau feitio quando ameaça com o “Juízo final” quem não levar a sério aquilo em que ele acredita. Tenta meter medo às pessoas com castigos de “Deus”, pois só dessa forma conseguirá “amar o próximo” e subordiná-lo. Truques da religião!

Bento XVI, depois de assustar os crentes, muda de atitude para terminar o seu discurso em beleza. Garante-nos que haverá um “banquete que Ele (“Deus”) preparou para todos”. Afinal, o Papa afirma saber que “Deus” está ocupado na preparação de um “banquete” e quer festa! Com uma promessa destas os crentes só podem ter adorado o discurso do Papa! Nada melhor do que a promessa do pecado da gula em banquete preparado por “Deus”! À religião também se atrai pelo estômago!

25 de Novembro, 2008 Carlos Esperança

Vaticano – Azedume contra a laicidade

O jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, chamou de “ódio anti-religioso” a decisão da justiça espanhola de mandar retirar os crucifixos de uma escola pública.

Em artigo publicado nesta segunda-feira, o autor, o escritor e jornalista espanhol Juan Manuel de Prada, colaborador regular de L’Osservatore Romano, estimou que “os crucifixos podem ofender apenas os que querem que o Estado se transforme em um novo Deus com um poder absoluto sobre as almas”.

25 de Novembro, 2008 Carlos Esperança

Espanha – Apelo ao esquecimento

Antonio María Rouco Varela, cardeal de Madrid, presidente da Conferência Episcopal Espanhola, chefe da ala mais reaccionária da Igreja católica e pirómano político que açulou manifestações contra o Governo democrático, apela agora à reconciliação.

De que reconciliação fala o raivoso agitador que desceu à rua a abanar a mitra e brandir o báculo quando a lei consagrou o direito ao casamento de pessoas do mesmo sexo? O que pretende o velho franquista, que nunca teve um gesto de arrependimento perante os assassinatos de Franco, que continua a venerar, e que só por pejo se abstém de propor a elevação aos altares com as centenas de beatos e santos com que quis provocar o confronto entre espanhóis, com a ajuda do Vaticano?

O frio e inflexível cardeal, devoto do Opus Dei, apenas deseja evitar a «recuperação da memória histórica», isto é, a averiguação sobre centenas de mortos que jazem em valas comuns, tombados pela fúria assassina do franquismo com a conivência da ICAR «y de la gracia de Dios».

Quem agora fala de «perdão e amor fraterno» é o bispo medieval com ódio à laicidade e alma de inquisidor. É o lobo, após o banquete, a apelar à reconciliação entre a alcateia e os cordeiros.

Rouco Varela é o exemplo vivo da intolerância, um avatar dos inquisidores que assaram hereges em nome da Contra-Reforma num país onde o espírito aberto da Reforma nunca entrou.