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Categoria: Catolicismo

22 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

A ICAR e o casamento

O casamento entre pessoas do mesmo sexo, cuja aprovação o primeiro-ministro anunciou para a próxima legislatura, vai contar com a oposição enérgica por parte da Igreja Católica, que não aceita a utilização da palavra casamento.

Mais uma vez reconheço à ICAR o direito de manifestar a sua oposição ao Código Civil mas é útil que admita que as normas do Código  Canónico não devem ser impostas ao Estado laico e, muito menos, aos não crentes ou crentes de outra fé.

A ameaça de missas contra a lei que autorizará os casamentos homossexuais é um direito cuja eficácia não temem os que, há muito, esperam que a lei não os discrimine e se, a alguns, isso os torna infelizes, só têm de culpar a religião que os exclui.

Pode haver confusão entre a liberdade, que a lei concederá, e a obrigação que a Igreja parece temer. O casamento não é obrigatório e a futura lei apenas iguala direitos, sem discriminação sexual, como manda a Constituição.

Quanto à palavra «casamento», que a ICAR abomina para matrimónios homossexuais, como durante  o salazarismo  reprovava uniões que escapassem à sua bênção, é património da língua portuguesa e consagra uma concepção jurídica que esteve reservada – e mal – apenas para as núpcias heterossexuais.

Nem que fosse para tornar feliz uma única pessoa já valia a pena mexer na lei actual pois não prejudicará ninguém e, decerto, vai permitir a felicidade de muitos.

19 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

Fábrica dos milagres não pára…

Cidade do Vaticano, 18 jan (RV)Don Carlo Gnocchi, conhecido como o “pai dos mutiladinhos” e considerado também como benemérito dos transplantes, pois foi um dos primeiros a oferecer as próprias córneas, no leito de morte, será beatificado.

Bento XVI assinou ontem o decreto que aprova o milagre a ele atribuído, decisão que completa a precedente, que o declarava ‘venerável’ e aprovava as virtudes heróicas.

14 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

Decisão do Santo Ofício

Cidade do Vaticano, 13 Jan (Lusa) – O Vaticano proibiu o teólogo jesuíta norte-americano Roger Haight de dar aulas em qualquer escola e de publicar livros, por considerar que a sua obra “Jesus: Símbolo de Deus” tem graves erros doutrinais contra a fé.

14 de Janeiro, 2009 Ricardo Alves

Pede-se um pouco mais de coragem, cidadão Policarpo!

O José Policarpo acha que as portuguesas não se devem casar com muçulmanos. As mulheres, note-se, pelo que se presume que os portugueses podem casar com muçulmanas. Portanto, o problema é o machismo dos muçulmanos, que quando levam as incautas portuguesas «para o país deles» as «sujeitam ao regime das mulheres muçulmanas». Eu concordo com o Policarpo. Não simpatizo muito com machismos e sujeições, ainda mais quando religiosamente justificados e acompanhados de véus obrigatórios e outras menorizações das mulheres.

Só há um pequeno problema. Há também machismo entre judeus e cristãos. Os primeiros costumam rezar todas as manhãs «abençoado sejas, Deus nosso Senhor, por não me teres feito mulher», e em Israel não permitem às mulheres que iniciem um processo de divórcio (aos homens permitem). Os segundos não têm mulheres sacerdotes e continuam obcecados com a «virgem Maria», sem nada dizerem da virgindade de «Cristo», o que é revelador…

Enfim, que o Policarpo ande desgostoso com o Islão, eu compreendo (e partilho). Também concordo que «é muito difícil» dialogar com islâmicos, pois acham que «a verdade deles é única e é toda». Acontece que tenho tido o mesmíssimo problema com católicos e outros cristãos.

Se Policarpo quer ser levado a sério, tem que dar mais um ou dois passos (o que requer uma coragem que eu duvido que tenha), e aplicar a outros a crítica que faz ao islão. Pode começar pela casa dele.

[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]

13 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

Maldito proselitismo (2)

Papa defende Baptismo de crianças

O Papa Ratzinger, ao mesmo tempo que afirma que os filhos não são propriedade dos pais, pede a estes que eduquem os filhos na verdadeira liberdade, eufemismo com que quer dizer «religião católica».

Acompanho o ex-prefeito do Santo Ofício, ao considerar falsas todas as outras religiões, e, apenas, lhes acrescento a sua. Nego-lhe, todavia, autoridade para se pronunciar sobre os deveres dos pais, matéria em que não se conhece a sua experiência.

Sei por formação profissional como é fácil doutrinar e fanatizar crianças e o perigo que representa entregá-las ao cuidado das madraças, sejam elas muçulmanas ou católicas. O baptismo católico, ou outro, e posterior doutrinação, coarctam a liberdade de escolha de quem deve ser educado para a liberdade e não para a adoração de um mito.

Um pouco por todo o lado, há crentes que não se limitam a conquistar para si o Paraíso, querem impô-lo aos outros, como é o caso do chefe da única teocracia europeia.

O Vaticano, entre numerosos crimes, tem na sua história o repugnante rapto da criança judaica de 6 anos, Edgardo Mortara, removida à força pela polícia papal da tutela dos pais, em Bolonha, 1858, então integrante dos Estados Pontifícios. Os inquisidores que ordenaram o rapto da criança usaram o pretexto de que tinha sido baptizada in extremis por uma criada.

A doutrinação de crianças política, religiosa ou filosoficamente, incluindo naturalmente o ateísmo, é uma forma perversa de atentar contra a liberdade, a pretexto da vontade de um deus inventado pelos homens na Idade do Bronze.

13 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

Maldito proselitismo

Papa defende Baptismo de crianças

Bento XVI pede aos pais que eduquem filhos na verdadeira liberdade e afirma que «estes não são propriedade dos progenitores».

Bento XVI defendeu este Domingo o Baptismo de crianças, prática habitual na Igreja Católica, considerando que o mesmo não é “uma violência” sobre os menores.

7 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

Os índios acendiam fogueiras…

(…)

P – Reza todos os dias ao Papa João Paulo II?

R – Certamente, sobretudo quando há problemas graves, que são muitos para um bispo, e nos simples também. Dou um exemplo: tenho de celebrar e está um grande temporal e eu digo – Santo Padre, ajude-me. E ele ajuda. Sabe que quando chovia na Praça de S. Pedro, muitas vezes a chuva acabava por desaparecer.

Aconteceu o mesmo na Ucrânia, num grande encontro com a juventude, quando chovia de tal maneira que não se ouvia o que o Papa dizia. Deixou de lado os papéis e começou a cantar um cântico popular. A chuva desapareceu e surgiu o sol.