11 de Setembro, 2009 Ricardo Alves
Deixem-me adivinhar a data
O Ratzinger vem a Portugal em 2010. Deixem-me adivinhar a data. 5 de Outubro seria óbvio demais. Hm. Aposto em 13 de Outubro.
O Ratzinger vem a Portugal em 2010. Deixem-me adivinhar a data. 5 de Outubro seria óbvio demais. Hm. Aposto em 13 de Outubro.
O ensino da religião católica “não poderá ser substituída por matérias como história das religiões, de ética ou de cultura religiosa” porque isso significaria dano e marginalização dos estudantes que pedem para estudá-la.
O governador regional da Congregação Vaticana para a Educação Católica, Zenon Grocholewski, faz esta afirmação em carta enviada aos presidentes das conferências episcopais datada do passado 5 de maio e que hoje publica o diário “La Repubblica”.
Da Congregação para a Educação Católica aos presidentes de conferências episcopais
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 8 de setembro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos a carta circular que a Congregação vaticana para a Educação Católica enviou aos presidentes das conferências episcopais sobre o ensino da religião católica na escola.
O Papa recebeu hoje, no Vaticano, os Bispos brasileiros, a quem deixou várias orientações concretas sobre o trabalho que deve ser realizado naquele país.
O Santo Padre, cada vez mais padre e menos santo, reagiu mal à carta subscrita por 41 párocos italianos, a apoiar o direito dos doentes terminais a recusarem o tratamento. O inveterado celibatário, que o múnus e a idade tornaram casto, é igualmente adversário do preservativo, do planeamento familiar, do divórcio e do sexo que não tenha em vista a procriação.
Do velho inquisidor ninguém espera outro comportamento ou a mínima manifestação de humanidade. É assim e não se pode esperar mais. A surpresa vem do patriarca Policarpo sobre quem, durante muitos anos, correu o boato de ser tolerante e progressista.
Deu-lhe para condenar «os bispos e padres que se consideram com o direito de decidir pela sua própria cabeça» o que irritou o bispo de Viseu, Ilídio Leandro, e o comandante-chefe dos católicos fardados, Januário Torgal Ferreira, dois bispos que se arrogam o direito de decidir pela sua cabeça à semelhança dos livres-pensadores e jacobinos.
Qualquer beato sabe que a fé se baseia no dogma e não na inteligência, na obediência ao Papa e não na liberdade, sendo os referidos bispos cabeças que só o fim da inquisição permite manter ligadas ao tronco.
Se os bispos começarem a pensar, correm o risco de se tornarem pessoas normais, de se afastarem das verdades divinas e de se tornarem comuns mortais. Há nesta deriva livre-pensadora o risco da heresia, o perigo cismático, a possibilidade de deixar o Papa a falar sozinho com os apaniguados do Opus Dei e os sucessores de monsenhor Lefebvre. E o perigo ameaça tornar-se maior se os padres seguirem o caminho destes bispos que reivindicam a inteligência e, com eles, os crentes que começam por duvidar da virtude do Papa e acabam desinteressados do calvário do deus que lhes ensinaram.
A liberdade é o veneno da fé e o patriarca, sabedor disso, limita-se a preservar o dogma como um náufrago que se agarra aos destroços de um navio que se afunda.
Cidade do Vaticano, 6 Set (EFE).- O papa Bento XVI evocou hoje os factos que deram início à Segunda Guerra Mundial e pediu que a lembrança desse conflito sirva para que não se repitam “essas barbaridades” e a fim de intensificar os esforços para construir a paz.
Está confirmado: Bento XVI vai encontrar-se, no próximo dia 21 de Novembro, com um grupo de artistas modernos: arquitetos, músicos, pintores, escultores, escritores e cineastas. O evento será apresentado na Sala de Imprensa, no próximo dia 10.
Itália: Director do jornal dos bispos demite-se por causa de notícias no jornal da família de Berlusconi
Que o Papa Bento XVI tenha reagido mal a uma carta subscrita por 41 párocos italianos, a apoiar o direito dos doentes terminais a recusarem o tratamento, é a prepotência que se compreende no líder vitalício e autoritário de uma teocracia. Não lhe falta a experiência iniciada nas juventudes nazis e consolidada à frente da Congregação para a Doutrina da Fé (ex-Santo Ofício), nem a firmeza, para impor a verdade única e o castigo adequado à heterodoxia dos referidos sacerdotes.
Já se compreende mal que o Presidente da República de Portugal, que nunca pertenceu à Legião Portuguesa, à PIDE ou à União Nacional, advirta o poder legislativo contra uma lei que peca por tardia e a que sobra humanidade.
O direito de decisão dos doentes não é um favor do Estado nem uma decisão que o PR ou o Papa devam impedir, é um sinal de respeito pelos cidadãos que cabe ao Parlamento expressar pela via legislativa.
Há na cultura judaico-cristã uma tradição que obriga ao sofrimento com base na alegada vontade divina, interpretada por gerações de clérigos e assimilada por beatos capazes de negar o direito à autodeterminação individual, mas os avanços da medicina possibilitam hoje evitar o tormento e desespero dos últimos momentos de vida.
O testamento vital não é uma obrigação mas, tão somente, uma decisão do foro íntimo que cabe ao Estado respeitar. É tão anacrónico impedir o exercício deste direito como seria intolerável impô-lo.
Os cidadãos não podem estar sujeitos às idiossincrasias de líderes que prezam mais as indicações do chefe da sua religião do que a vontade individual dos seus compatriotas. Ninguém tem o direito de se servir do aparelho de Estado para exercer o proselitismo a que se julga obrigado. Os titulares dos órgãos da soberania não têm de ser ateus, crentes ou agnósticos, devem ser neutros, em matéria religiosa, no exercício das suas funções.
O lei do testamento vital que o PS adiou para a próxima legislatura depois da manifesta ameaça do PR é uma exigência ética que não pode estar dependente das concepções beatas de um PR mais interessado na remissão dos pecados e na salvação da alma do que na defesa dos direitos individuais dos portugueses.
É urgente que a próxima Assembleia da República legisle sobre este assunto ainda que os bispos se enraiveçam e o Prof. Cavaco termine o mandato a rezar ave-marias.
Vítimas iam para passeio a Fátima, organizado pela Câmara de Baião, quando o carro, com dois passageiros a mais, foi abalroado pelo comboio que seguia da Régua para o Porto. Descuido do condutor estará na origem do desastre em passagem de nível sem guarda.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.