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Categoria: Política

18 de Janeiro, 2008 Carlos Esperança

Amnistia Internacional

El artículo 104 del Código Penal iraní describe que la pena con la que se castigará el “delito” del adulterio será la lapidación. Para ello se usarán piedras “no tan grandes como para matar a la persona de uno o dos golpes, ni tan pequeñas como para no poder considerarlas piedras”. En el artículo 102 se detalla que para ejecutar este castigo, en el caso de un hombre, se le enterrará en el suelo hasta la cintura, y en el caso de las mujeres, hasta el pecho.

Amnistía Internacional lanza hoy el informe contra la lapidación en Irán, mientras, al menos 11 personas, están condenadas.

Tu firma es una herramienta útil. Úsala para que podamos desterrar este castigo cruel. Sólo necesitarás dedicar un minuto de tu tiempo. Además si puedes, reenvía esta campaña a todos tus contactos.

De todo corazón, gracias.

Esteban Beltrán

Director – Amnistía Internacional

16 de Janeiro, 2008 Ricardo Silvestre

cavalo de Tróia

A Constituição dos Estados Unidos da América tem na sua primeira emenda a seguinte frase: “O Congresso tj3.JPGnão pode emitir leis respeitantes ao estabelecimento de religião, ou que proíbam o seu livre exercício”. No primeiro dia de Janeiro de 1802, Thomas Jefferson escrevia à Associação Baptista de Danbury, CT, onde assegurava esta congregação (que alias estava a ser perseguida…por outra congregação, neste caso, Protestante) que “existiria um muro entre o Estado e as Igrejas”.

Ao longo dos tempos, os fanáticos religiosos daquele país tem lutado contra esta emenda, tentado tornar os USA numa “nação cristã”. As diferentes denominações parecem não ser um problema, apesar da gentalha ser da mais diversa, mormons, baptistas, protestantes, católicos e outros grupelhos. Estas hordas querem é só um resultado, “in God we trust” deixar de ser uma frase nas notas e moedas, e passar a ser o cabeçalho da Constituição. 

Mas apesar de todas as tentativas, os secularistas sempre conseguiram defender essa emenda, e fazer com que os US não resvalem para o precipício.

Well, not anymore. O “cavalo de Tróia” está bem lançado. Vejam aqui. 

Para quem é menos versado em Inglês, o que Huckabee disse em campanha no Michigan foi: “Eu tenho adversários políticos que não querem mudar a Constituição. Mas eu acredito que é mais fácil mudar a Constituição do que mudar a palavra de Deus. E é isso que precisamos fazer – fazer uma emenda na Constituição para que esta esteja de acordo com os padrões de Deus, do que tentar mudar os padrões d’Ele para acomodar  visões contemporâneas.” 

Para além deste atrasado mental estar errado, o problema maior é este teocrata ser o candidato que lidera nas intenções de voto dos republicanos para as eleições deste ano!! 

Os Talibans podem sorrir de satisfeitos. Estão a um passo de tornar a América naquilo que eles são. 

15 de Janeiro, 2008 ricardo s carvalho

o princípio do fim?

«[…] A visita do Papa à Universidade de La Sapienza, em Roma, foi cancelada pelo Vaticano devido a protestos de professores e alunos que acusaram Ratzinger de “reaccionário” e “obscurantista”. […]

Esta é a primeira vez que o Papa cancela uma visita devido a protestos, desde que iniciou o seu mandato em 2005. A agitação começou quando sessenta e sete mestres da Universidade La Sapienza argumentaram, em texto divulgado, que o Pontífice é “reacionário” e “obscurantista” em assuntos científicos, referindo-se a um discurso de 1990 no qual o então cardeal Joseph Ratzinger citou o filósofo Feyerabend para dizer que “o veredicto contra Galileu foi racional e justo”.

Os estudantes também se associaram ao protesto, reclamando a laicidade da ciência, recusando preconceitos como a homofobia e acusando o vaticano de “querer invadir todo o espaço político e social”. […]»

(via Esquerda.Net)

14 de Janeiro, 2008 Ricardo Alves

O catecismo católico-fascista em Espanha

«[Franco é] o homem providencial, escolhido por Deus para governar a Espanha (…) é como a encarnação da Pátria e tem o poder recebido de Deus para nos governar».

As palavras são do Catecismo Patriótico espanhol, escrito por dois padres que, em pleno franquismo, produziram para as crianças uma descrição da síntese de fascismo e catolicismo conseguida por Franco. No livro em causa, classificam a Espanha de Franco como um Estado «totalitário cristão». Um caso típico que mostra como o fascismo e o catolicismo dos anos 30 foram duas realidades apenas separáveis no âmbito teórico.

9 de Janeiro, 2008 Carlos Esperança

A ICAR e a política espanhola

Lluís Martínez Sistach não é só o arcebispo nomeado para a diocese de Barcelona, é o comissário político do Vaticano na luta contra o PSOE.

Barcelona foi recentemente dividida em três dioceses e cabe ao cardeal Martinez ser o rosto visível da luta contra o PSOE e contra a política que Zapatero seguiu em relação aos temas a que a Igreja católica é mais sensível.

Depois do comício de Madrid, a dois meses das eleições legislativas, a Igreja espanhola abandonou a aconselhável prudência e saiu à rua em manifestações de acentuado cunho político, com ataques explícitos ao Governo e ao partido que o sustenta, num arriscado braço de ferro que tanto pode significar desespero como revelar a natureza franquista dos seus bispos.

A plataforma organizadora da manifestação de repúdio ao Governo – é lícito chamar-lhe assim – reúne numerosa paróquias, colégios, minúsculas ordens religiosas e associações católicas de alunos. Depois do gigantesco protesto de 30 de Dezembro em Madrid, está marcado para Barcelona, abrilhantado com a presença do cardeal Martinez, «um grande acto pela vida, a família e as liberdades» que terá lugar em 27 de Janeiro.

O grande paradoxo reside no facto de o clero não gerar vida, não constituir família nem apreciar a liberdade, pelo menos o clero espanhol.

9 de Janeiro, 2008 Carlos Esperança

Os homens nascem ateus

Os homens nascem ateus mas a família, a sociedade e os padres logo os corrompem à nascença com um qualquer ritual iniciático que os integra numa sociedade exotérica donde apenas se sai com o anátema de apóstata e a cabeça a prémio.

Quando uma criança aprende a ler, logo lhe ensinam o catecismo. Servem-lhe os rituais e conduzem-na pelos trilhos da tradição que faz de uma pessoa crente e deste prosélito.

É assim que a geografia da fé faz muçulmanos no Médio Oriente, católicos no Sul da Europa e nos países colonizados pela cruz e a espada, protestantes nos países de cultura anglo-saxónica e hinduístas e budistas na Ásia, com excepções e oásis de pluralismo onde o Estado se tornou laico ou os acasos da história criaram condições propícias.

Seja qual for a religião, é a vocação totalitária que devora os crentes. Não lhes basta o Paraíso que os espera, exigem aos outros que os acompanhem nem que para isso seja preciso usar os métodos preconizados nos livros sagrados.

É assim que os homens se habituam a viver de joelhos quando a honra lhes exigia que ficassem de pé e acabam de rastos quando os padres lhes apontam a vontade do deus à custa de quem vivem.

Os homens nascem ateus mas há sempre quem queira transformar cidadãos em beatos e livres-pensadores em prosélitos da fé. 

5 de Janeiro, 2008 Ricardo Silvestre

Sistemas de apoio

Mike Huckabee teve uma primeira vitória nas primárias do partido republicano para ver quem vai ser o candidato desse partido à presidência dos Estados Unidos.

Este produto da criação directa de deus, que não teve, na sua opinião, de passar pelos estágios da evolução das espécies, quer “devolver a América a cristo” (que na verdade nunca lhe “pertenceu”) através da Casa Branca.

M

Até aqui, tudo bem. Este idiota tem o direito de fazer o que quiser, mesmo concorrer para o emprego que deve ser uma das maiores dores de cabeça que pode existir, com uma economia caótica, uma guerra do Iraque sem saída à vista, e um dólar sem qualquer relevância.

Mas, tal como com Pat Robertson antes dele, apesar destes charlatães não terem nada de concreto a nível político (com o Huckabee a ser o exemplo mais ridículo que se podia

encontrar, não percebe nada de economia, relações internacionais, ciência, educação, etc, etc) apelam aos “movimentos evangelistas” e a todos os fanáticos que estão mortinhos para o fim dos tempos.

Reparem só nos sistemas de apoio que Huckabee teve em Iowa (onde foi a primeira eleição destas primárias). Entre as várias organizações a trabalhar com este simplório pode-se contar: o Iowa Family Policy Center, mais um grupo de focos nos valores de famílias cristãs; a Home School Legal Defense Association, esta associação então é de abanar a cabeça em descrédito uma vez que tenta defender os direitos de “educação parental em residência” ou seja, as crianças serem educadas na vertente académica em casa – artificio normalmente associado a famílias cristãs que não querem os filhos “expostos” à ciência ensinada nas escolas; a FairTax uma organização cristã de angariação de fundos, e a Iowa Christian Alliance, entre outras.

Porque é isto importante? Porque 80% dos que votaram em Huckabee caracterizam-se a eles próprios como cristãos evangélicos!!!!

Ou seja, o futuro presidente dos USA pode ser eleito porque a plataforma que o pode eleger é aquela que está mais bem organizada. Que se lixe a visão política (ou a falta dela), a competência, ou as crenças.

Façam as vossas contas, aproxima-se o regresso do JC

5 de Janeiro, 2008 Ricardo Alves

O clericalismo não é exclusivo dos cristãos

A judia fundamentalista Esther Mucznick brindou-nos, no Público de quinta-feira, com a sua (má-)fé e fanatismo habituais.

Exemplo:

  • «(…) a laicidade radical que considera a religião como um factor de atraso e obscurantismo a banir do espaço público, e se possível da estratosfera, está de facto completamente ultrapassada, não só em França, mas onde quer que ela se manifeste. Existe apenas em cabeças dogmáticas que fizeram do laicismo e do anticlericalismo a sua própria religião».

Em primeiro lugar, a laicidade constitucional é bem mais «radical» nos EUA do que em França (note-se os subsídios estatais de que gozam centenas de igrejas católicas em França, e que seriam inconstitucionais nos EUA). Em segundo lugar, considerar a religião «um factor de atraso e obscurantismo» não é anticlericalismo (ou laicismo), mas sim anti-religiosidade. Em terceiro lugar, os laicistas sabem distinguir o espaço estatal (que deve ser religiosamente neutro) do espaço público (que pode ser
pluriconfessional). Em quarto lugar, considerar o laicismo uma religião necessita de um conceito tão abrangente de religião que duvido que a senhora Mucznick lhe aturasse as consequências. Mas é de registar a espontaneidade com que associa dogmatismo e religião.

E continua:

  • «“Se não tiveres Deus”, afirma T.S. Eliot, “terás de te prostrar perante Hitler ou Estaline.” Certo ou errado, a verdade é que a religião tem sido frequentemente um fermento no combate às ditaduras políticas e militares: contra os regimes comunistas no Leste europeu, contra as próprias ditaduras militares seculares no mundo islâmico, onde as mesquitas são frequentemente, e com os excessos que se conhecem, o único centro de oposição política, ou mais recentemente na resistência dos monges birmaneses a um dos regimes mais opressivos do mundo.»

Esqueceu-se a senhora Mucznick do papel de «combate» às ditaduras desempenhado pela ICAR em Portugal (saberá onde fica?), na Espanha de Franco a Aznar, na França de Pétain, na Alemanha do católico Hitler, na Eslováquia do padre Tiso, na Croácia de Pavelic e Stepinac, na Argentina dos militares, no Chile de Pinochet, e, já agora, o papel de «fermento» da religião no Irão dos aiatolás, no Tibete feudal, na Arábia Saudita onde as
mulheres não podem sair à rua sozinhas, ou no Sudão, para nos ficarmos apenas pelos casos mais recentes. Esqueceu-se também a senhora Mucznick de que quem se prostrou perante Hitler foi o Partido do Centro Católico que lhe votou os plenos poderes (ditadura) e o Pio 12 da Concordata que a ICAR recebeu em troca. Esqueceu-se ainda de que o ser humano não tem nenhuma tendência natural para a prostração ou para rastejar, são as
religiões abraâmicas que o tentam transformar em escravo.

No fundo, o clericalismo judeu é pior do que o católico, embora se dê menos por isso.