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5 de Maio, 2017 Carlos Esperança

A catadupa das aparições a ‘Doris’

Versões aumentadas de um embuste 

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Terá sido nessa capela [Pontevedra] que Lúcia teve duas aparições do Menino Jesus, uma delas com Nossa Senhora, que lhe terá pedido para consagrar o mundo ao Imaculado Coração de Maria.

À saída da capela, a Lusa apanhou um grupo de cerca de 20 mexicanos que, em peregrinação pelos locais de passagem da vidente, referiram que não houve apenas uma irmã Lúcia, mas sim três.

(…)

Em conversa com a Lusa, o bispo jubilado Inácio Dominguez, de 81 anos, revelou que nesta cidade galega [Tuy] “muitíssima pouca” gente sabe que a vidente viveu lá e teve como visão a Santíssima Trindade que, na sua opinião, é de todas a mais importante do ponto de vista teológico.

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4 de Maio, 2017 Carlos Esperança

Fartar, vilanagem

Ensino Moral e religião católica (EMRC)

«No biénio 2013/2014, o Estado concedeu 63 milhões de euros de benefícios fiscais aos colégios, que se somaram aos 388 milhões de euros que receberam em apoios diretos. A denúncia é da Inspeção-Geral de Finanças que critica a falta de controlo do Estado sobre um total de 451 milhões transferidos para os colégios.

Segundo o Correio da Manhã, a auditoria da IGF detetou falhas no controlo do destino dado ao dinheiro dos contribuintes. “Os documentos de prestação de contas” dos colégios “carecem de procedimentos de controlo pela Direção-Geral da Administração Escolar”, revela o relatório.

A maioria dos colégios “não publicita os apoios públicos que recebe” afirma a IGF acrescentando que “alguns dos maiores beneficiários de contratos de associação não cumprem o dever de divulgação das mensalidades praticadas nem a autorização de funcionamento do estabelecimento.” Também nos contratos simples a auditoria verificou “insuficiência na confirmação da situação socioeconómica do agregado familiar de alunos candidatos a apoios” a quem o Estado financia a frequência no colégio.»

Nota: Esqueci-me de registar a fonte.

4 de Maio, 2017 Carlos Esperança

Segundo um estudo da Universidade Cattólica

Fonte: Expresso (Pode ler-se o artigo na íntegra)


«Ao contrário da tendência de diminuição de católicos, duplicou a percentagem de pessoas com uma religião diferente (2,7% em 1999 para 5,7% em 2011), assim como cresceu o número de pessoas sem qualquer religião (de 8,2% para 13,2%), um aumento sentido em todas as categorias: os indiferentes passaram de 1,7% para 3,2%, os agnósticos de 1,7% para 2,2% e os ateus de 2,7% para 4,1%.

3 de Maio, 2017 Carlos Esperança

Fátima

O sagrado e o profano em Joana de Vasconcelos

2 de Maio, 2017 Carlos Esperança

Declarações de livres-pensadores

“Um grande negócio” e uma “mistificação”

Dois presidentes de associações, uma de ateus e outra que defende a separação entre Igreja e Estado, contam como olham para Fátima.
CAMILO SOLDADO 30 de Abril de 2017, 6:58

A Associação República e Laicidade (ARL) nasceu em 2003 para defender a separação entre o Estado e a Igreja, mas nela cabem ateus, católicos, agnósticos e pessoas cuja fé é difícil de definir. “Tenho uma visão negativa” sobre o fenómeno que nasceu “num contexto de criar uma manifestação contra a Primeira República” devido à questão do Estado laico afirma Ricardo Alves, que é o presidente da associação, mas que sublinha que fala ao PÚBLICO sobre Fátima a título pessoal.

“Foi para isso que serviu em 1917”, sentencia. Depois disso, durante o Estado Novo, “passa a ser contra o comunismo”. Actualmente “é um grande negócio e provavelmente uma das grandes fontes de sustentação de Igreja Católica em Portugal”. Não há forma de verificar esta declaração de Ricardo Alves.

(…)

“Uma multinacional da fé”
Carlos Esperança, presidente da Associação Ateísta Portuguesa, também observa Fátima pelo prisma financeiro e não vê na visita do Papa Francisco motivos para o suavizar. “A Igreja Católica é uma multinacional da fé. O Papa é o seu primeiro director-geral, como tal não pode abandonar as suas sucursais”.

Ateu desde os 14 anos mas com formação católica, Carlos Esperança lembra mesmo que há “muitos católicos que não se revêem” nesta versão da “vinda de uma virgem saltitante pelas azinheiras” e fala numa “mistificação muito bem caracterizada” pelo Padre Mário de Oliveira (que escreveu o livro Fátima S.A.).

Tal como o responsável da ARL, Carlos Esperança entende que Fátima teve os seus alvos consoante o período histórico: Primeira República no começo, comunismo depois e, mais recentemente, “transformou-se numa plataforma contra o ateísmo”. “Em 2008 até houve um cardeal português que presidiu a uma peregrinação sob o lema “contra o ateísmo”, recorda, criticando o que vê como “carácter belicista” de Fátima.

Carlos Esperança foi a Fátima em contexto laboral e acabou por passar pelo santuário. Foi há cerca de 15 anos, mas recorda a “grande impressão” de ver as pessoas a fazerem o percurso de joelhos. “Uma situação pela qual tenho imenso respeito”, realça.

In Público

2 de Maio, 2017 Carlos Esperança

A frase

Tolerância intolerante

«Mais de 100 anos após deixar de ter religião oficial, Portugal é um país que ainda confunde liberdade religiosa com liberdade de ser católico».

(Fernanda Câncio – DN, 1 de maio de 2017)

1 de Maio, 2017 Carlos Esperança

Notas soltas – abril/2017

Índia – O parlamento do estado de Gujarat, no oeste do País, aprovou um projeto de lei que admite pena de prisão perpétua e multas até 100 mil rúpias para crimes de massacre de vacas, animais sagrados para os hindus. E há sempre quem exija respeito pela fé!

Turquia – O partido islamita (AKP) confunde-se com o Governo e o Estado. Erdogan usa-o para asfixiar as liberdades, perseguir opositores e abolir a laicidade, a caminho do poder totalitário com que deseja consagrar-se como sultão otomano até 2029.

Boko Haram – Este ramo africano do ISIS, já usou, em 2017, 27 menores em atentados suicidas. Desde 2014, segundo a Unicef, contam-se 117 (80% meninas), na Nigéria, Chade, Níger e Camarões. É a dilatação da fé com o Corão na mão e bombas à cinta.

UE – Erdogan consolidou o poder com o referendo, em estado de emergência. A paz na Síria fica mais difícil, os curdos mais ameaçados e a Europa apavorada, sob chantagem, com 4 milhões de refugiados na Turquia. Vem aí mais uma ditadura islâmica.

Fátima – Os crentes merecem respeito e a verdade ainda mais. As visões, não originais, passaram a aparições. Em 1917 eram contra a República, em 1930 contra o comunismo e, após a implosão da URSS, contra o ateísmo. A fé e a superstição têm pés de barro.

Governo – A tolerância de ponto, em 12 de maio, foi a nódoa que manchou o percurso de uma governação honesta, numa cedência gratuita ao populismo que feriu a laicidade e atentou contra a lei da liberdade religiosa.

Vaticano – A viagem de alto risco do Papa Francisco ao Egito foi um ato de coragem e simbolismo a um país onde os cristãos coptas (10% da população) correm o risco de extermínio pelo fanatismo assassino dos Irmãos Muçulmanos.

30 de Abril, 2017 Carlos Esperança

Momento Zen – O beato César das Neves (JCN) voltou a ter visões

 

Pouco depois de o Papa Francisco ter iniciado o seu pontificado, o beato João César das Neves abandonou as homilias pias e dedicou-se às políticas, onde zurze a esquerda com o desvelo com que soía azorragar os infiéis ao seu deus.

Neste sábado, dia 29 de abril, teve uma recaída. Um súbito ataque de fé fê-lo regressar à defesa das “aparições” de Fátima, com o mesmo desvelo com que defende Cavaco Silva e Passos Coelho, e igual ódio a hereges religiosos ou políticos.

O homem não ensandeceu, mas nada aprendeu depois do concílio de Trento. Espuma de raiva contra os «clérigos [que] parecem dizer que, afinal, a Senhora não esteve lá», em Fátima e pergunta dilacerado: «Descobriu-se algo de novo ou são mais confusões e mal-entendidos?».

O ódio de estimação vai para Anselmo Borges, catedrático jubilado de filosofia e padre, por ter afirmado ao Expresso que “é evidente que Nossa Senhora não apareceu em Fátima”, e até “D. Carlos Azevedo, bispo-delegado do Conselho Pontifício da Cultura no Vaticano e um dos mais respeitados historiadores portugueses da religião”, por quem tem grande respeito e admiração, ao contrário do outro, afirmou que “Maria não vem do céu por aí abaixo”.

E, para provar que a Senhora de Fátima fez excursões à Cova da Iria, faz o paralelismo: «Jesus, após a sua ressurreição, apareceu repetidamente aos discípulos. Não vinha na forma anterior, pois ficava oculto à primeira vista (Lc 24, 16; Jo 20, 14), surgia nas salas com as portas fechadas (Jo 20, 19) ou desaparecia de repente (Lc 24, 31). Apesar disso, tinha um corpo que podia ser tocado (Lc 24, 39; Jo 20, 27), partia o pão (Jo 21, 13; Lc 24, 30) e comia peixe assado (Lc 24, 43; Jo 21, 15).

JCN, não atribui à sua senhora de Fátima o apetite que Jesus tinha em defunção, e que dificilmente podia ser saciado com a merenda dos pastorinhos.

Depois de se atirar ao padre Anselmo Borges como gato a bofes (ódio de estimação), de lhe reprovar a repugnante afirmação, “Posso ser um bom católico e não acreditar em Fátima porque não é um dogma”, o que, sendo verdade (JCN dixit) só pode fazer “um fiel que se limite aos dogmas dificilmente consegue amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.»

«Que Nossa Senhora esteve realmente em Fátima sabemo-lo com segurança desde 1930, quando a autoridade competente, o senhor bispo de Leiria, decidiu “declarar como dignas de crédito as visões das crianças na Cova da Iria, freguesia de Fátima, desta diocese, nos dias 13 de maio a outubro de 1917” (carta pastoral de D. José Correia da Silva de 13 de Outubro de 1930)», um bispo a quem reconhece mais autoridade que a si próprio.

JCN não elucida os leitores sobre o meio de transporte e a proveniência da sua senhora de Fátima, avatar lusófono da de Lourdes, em 1917, mas termina admoestando os dois clérigos: «Esta situação, afinal, é uma realidade profundamente evangélica. O Senhor Jesus disse-o abertamente uma vez, quando lamentava a falta de fé das cidades privilegiadas de Corazim, Betsaida e Cafarnaum: “Eu te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque isso foi do teu agrado.” (Mt 11, 25-26).»

E foi assim que o beato JCN, ‘não sendo sábio, mas pequenino’, terminou a homilia «A Senhora veio mesmo».

Bem-aventurados os pobres de espírito…