1 de Março, 2004 Carlos Esperança
A ICAR na Argentina. Um clero acabado de sair do Concílio de Trento
A ferocidade beata de Bin Laden, um troglodita do islão, tem ofuscado o arcaico João Paulo II; a boçalidade do mullah Omar eclipsa o guardião das virtudes católicas, cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Sagrada Congregação da Fé; a brutalidade dos ayatollas e mullahs islâmicos faz empalidecer o brilho dos bispos e padres católicos.
Mas, na América Latina, o clero procura rivalizar com os próceres do Islão.
O estado argentino aprovou a lei de saúde reprodutiva que promove a divulgação de informação sobre contracepção e o episcopado criticou que se dê «informação nos centros de saúde sobre métodos para impedir a contracepção».
Também a exortação de JP2 a Carlos Custer, «defenda o valor da vida humana», na apresentação de credenciais como embaixador no Vaticano, foi entendida como crítica velada à nomeação, para o Supremo Tribunal de Justiça da Argentina, de Carmen Argibay, ateia e defensora da despenalização do aborto.
Às religiões não se conhece utilidade, mas não lhes falta malignidade.