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Categoria: Não categorizado

4 de Junho, 2004 Ricardo Alves

A ICAR divulgou as suas directrizes para a família (e para a escola…)

A Conferência Episcopal Portuguesa divulgou hoje uma nova Carta Pastoral, intitulada “A Família, esperança da Igreja e do mundo“. Trata-se de um documento longo e fastidioso, como só os bispos da ICAR, com os seus empregos perpétuos e isentos de impostos, têm tempo para produzir. Sendo a CEP um dos mais influentes produtores de ideologia dos sectores conservadores portugueses, o documento é de interesse tanto para ateus como para outros (inclusivamente os católicos individuais, que evidentemente não foram ouvidos na produção deste texto que define a sua orientação em matéria de família).

Os parágrafos 66 e 67 são uma verdadeira pérola. É aí defendido que os pais “devem (…) ter o direito de recusar que a escola dê aos seus filhos uma educação sexual que vá contra os seus valores”. Ou seja, os pais devem ter o direito de poder alterar os currículos das escolas públicas em nome das suas crenças privadas e pessoais, que são legítimas mas que se deveriam restringir ao espaço privado e associativo. Não é claro como o Estado poderia gerir os conflitos entre pais católicos (contra toda e qualquer educação sexual substancial, na prática) e pais laicos (que deveriam exigir, estridentemente, o direito dos seus filhos a receberem uma educação sexual completa). Defende-se aí igualmente o financiamento das escolas privadas (católicas) em igualdade com as escolas pública, mas já sem o exagero de cartas pastorais anteriores em que se defendia quase explicitamente o cheque-educação (um dogma neoliberal). Particularmente deliciosa é a menção (no parágrafo 59) das “minorias [que] se apoderam dos instrumentos de participação existentes e os utilizam para fins que não servem os direitos e interesses da maioria das famílias”. O conceito de protecção ao aluno como indivíduo, independentemente da família e das maiorias sociológicas, continua ausente do pensamento católico. Por aí se defende também um maior empenhamento dos “pais cristãos” na gestão das escolas e na definição do projecto educativo. Teríamos assim programas escolares adaptados conforme a relação de forças em cada escola… A CEP exige igualmente que a EMRC seja uma disciplina curricular (recordar as polémicas recentes), para poder continuar a fazer propaganda contra a IVG na escola pública e a propagar crenças de uma era pré-científica…

Muito mais haveria a dizer sobre outros aspectos.

4 de Junho, 2004 André Esteves

Venham a mim as criancinhas!!!



Monsenhor josemaria escrivá a dar conselhos educativos.

Se deseja ter uma ideia das práticas nos colégios e residências da Opus Dei, recomendo uma visita à Opus Dei Awareness Network (em inglês) que segue as actividades da seita. Um dos colégios e residências em Portugal é o Colégio universitário Montes Claros. Existem mais residências em outras universidades, mas são mais discretas. Numa ironia ou coincidência, o colégio Montes Claros fica localizado na rua Vera Lagoa, antiga editora do jornal «O Diabo»…

4 de Junho, 2004 André Esteves

O «argumento» da existência de deus de 4 de Junho de 2004

Argumento Ontológico (II)

(1) Eu posso conceber um deus perfeito.

(2) Uma das propriedades da perfeição, é existir!

(3) Logo, deus existe.

Comentário:

Nada como extrair factos de hipóteses:

(1) Eu posso conceber que o Tobias fez o assassínio perfeito.

(2) Uma das propriedades da perfeição, é existir!

(3) Logo, o Tobias é culpado e deve ir para a cadeira eléctrica…

3 de Junho, 2004 Carlos Esperança

Transferências do BCP para o Governo

O BCP – banco gerido pelo Dr. Jardim Gonçalves -, é conotado com o OPUS DEI.

Até hoje não foi provado o gosto de Deus por almas, mas está sobejamente demonstrado o gosto das almas do Opus Dei por dinheiro.

O empréstimo de alguns quadros ao actual Governo não nos deve passar despercebido. É nesse sentido que aqui deixo o texto que hoje publiquei no «Diário As Beiras», de Coimbra, que só remotamente tem a ver com o ateísmo, mas que pode ser pedagógico.

Eis o texto:

A contratação do novo director-geral dos Impostos pela módica quantia de 23.480 euros mensais, deixou algumas pessoas perplexas, mas, como disse a Dr.ª Manuela Ferreira Leite, por inveja. Aliás, a ministra teve o cuidado de esclarecer que é a forma de preencher lugares com gente competente.

Foi pena que o método não estivesse em vigor quando da formação do actual Governo. Os portugueses contam com isso na formação do próximo cuja remodelação se aguarda. Por enquanto é de manter o critério tradicional pois a convicção é de que a remuneração está de acordo com o mérito dos actuais governantes.

Para já, ficou a saber-se que o Dr. Paulo Macedo, que um Banco teve a bondade de emprestar à ministra das Finanças, é três vezes mais competente que ela própria, palpite que a remuneração amplamente confirmou. Por outro lado provou-se que o Dr. Bagão Félix, que o mesmo Banco igualmente teve a generosidade de emprestar ao Governo, está longe de ter competência para director-geral.

Claro que alguns espíritos mesquinhos aproveitam estes momentos para recordar os dois anos sucessivos sem aumentos na função pública, só para demolir uma excelente decisão.

Se não fosse este Governo, qualquer dia o presidente da República ultrapassava sempre o vencimento de um director-geral e um simples ministro ganharia mais do que os seus assessores.

Além do mais, pode estar em perspectiva um enorme serviço à pátria. Com toda a experiência adquirida nas privatizações, para salvar o défice, pode estar em curso uma experiência piloto para privatizar a cobrança dos Impostos. A contratação de um quadro bancário é uma tentativa subtil para arriscar uma experiência pioneira na Europa.

Depois disso já não é o Governo de Durão Barroso que vai a reboque do dos EUA para o atoleiro do Iraque, serão os EUA a exaltarem a experiência portuguesa.

3 de Junho, 2004 jvasco

Jogo Político

Existe um jogo divertidíssimo que descobri há alguns dias na internet.

É o «nationstates» que pode ser acedido na página www.nationstates.net.

O jogador responde a perguntas e toma decisões e a «sua» nação/estado/o-que-quer-que-seja vai evoluindo consoante as decisões tomadas.

O jogo não tem «vitória» ou «derrota» definida: para certos jogadores conseguirem ter uma nação que é uma ditadura militarista pode ser uma vitória, enquanto que para outros o importante pode ser uma «orgia de direitos civis».

Cada nação é avaliada, entre outras coisas, pelo estado do meio ambiente, a criminalidade, a equidade, a economia, os direitos civis e as liberdades políticas.

O que este jogo tem de curioso é que de vez em quando há decisões a tomar que afectam a Religião. Acontece que a maioria das decisões são cedências: pioro a economia para melhorar o meio ambiente ao proibir que se construa esta central, pioro a criminalidade para aumentar os direitos civis ao impedir câmaras nas ruas, etc. No entanto, quando se trata da Religião, parece que o autor do jogo é ateu, pois as decisões que vão contra os interesses religiosos que se pronunciam tendem a aumentar sempre outro indicador (economia, direitos civis, etc.). Essas decisões não são difíceis, são «de caras», e escrevi este artigo porque hoje tive logo duas dessas (decidi cobrar impostos nas Religiões como a qualquer outra actividade, e decidi NÃO impedir a investigação sobre a clonagem). Dentro em breve a minha nação estará mais interessante…

3 de Junho, 2004 jvasco

Thomas Alva Edison

Religião é ilusão

Thomas Edison

Todos conhecemos Thomas Alva Edison: um dos maiores génios da humanidade, e um dos maiores (se não o maior) inventores de sempre! Nunca é de mais recordar a sua biografia. Encontrei uma página que o faz muito bem: www.ajc.pt/cienciaj/n32/estorias.php

Thomas Alva Edison nasceu no dia 11 de Fevereiro de 1847, no seio de uma família de classe média de Milan, Ohio, EUA. Quando tinha sete anos a família mudou-se para Port Huron, Michigan, EUA. Devido à sua dificuldade em concentrar-se e às perguntas insistentes que faziam irritar o professor, saiu da escola 12 semanas depois do início das aulas. A educação do pequeno Thomas ficou a cargo da sua mãe, permitindo-lhe então orientar os seus próprios estudos. Incentivado pela mãe, montou um laboratório no seu quarto, onde fazia experiências que, por vezes, abanavam a casa.

Para conseguir mais dinheiro para as suas experiências, deixou definitivamente a escola aos 12 anos ? até porque nem ouvia bem o professor ? e começou a trabalhar. Arranjou um emprego como ardina no comboio que fazia a ligação entre Port Huron e Detroit. Além dos jornais vendia sanduíches, doces e fruta aos passageiros. O guarda da estação tinha-lhe autorizado a guardar os doces e os jornais num vagão vazio; a pouco e pouco Edison mudou o seu laboratório também para lá… até ao dia em que houve um incêndio na carruagem! Durante este período, a surdez de Edison tornara-se evidente.

Edison desenvolveu um grande interesse por telegrafia. [Mais tarde até deu as alcunhas de “Dot” (ponto) à filha e “Dash” (traço) ao filho]. Depois de algumas aulas tornou-se telegrafista na sua terra natal. Mas como já fizera no seu vagão-laboratório, quase fez explodir o gabinete onde trabalhava. Durante os cinco anos seguintes, o jovem Thomas trabalhou um pouco por todo o lado.

Num dos seus muitos empregos trabalhava à noite. E tinha que enviar um sinal para a central para mostrar que estava acordado. Edison inventou um sistema que, de hora a hora, enviava automaticamente um sinal, permitindo-lhe dedicar-se a outras actividades, incluindo dormir! Um dos seus primeiros inventos foi uma ratoeira eléctrica que ele utilizava para caçar os ratos que polulavam no seu quarto de pensão.

Em 1869 mudou-se para Nova Iorque com a intenção de se estabelecer como inventor independente. Quando chegou, estava esfomeado e sem dinheiro, mas a reparação de um indicador de preços na bolsa de Wall Street valeu-lhe um contrato com a Western Union. Este trabalho permitiu-lhe estabelecer-se por conta própria em Newark. Nesta altura casou-se com uma das suas empregadas, Mary Stilwell — segundo a história, logo após o casamento, foi directamente para a oficina, de onde só voltou a altas horas!…

Em 1876, Edison decidiu mudar-se para Melo Park, New Jersey, onde montou uma “fábrica de inventos”. No ano seguinte, desenvolveu o fonógrafo e o transmissor de carbono para telefones. Edison tinha verificado que se falasse para um diafragma (disco fino) onde estava montado um estilete, este deixava marcas num pedaço de papel “couché”. E se puxasse novamente o papel sob o estilete, produzia-se som. Após profundo desenvolvimento, o fonógrafo funcionava do seguinte modo: a voz do utilizador fazia vibrar o diafragma de gravação, enquanto o cilindro coberto com papel de estanho ia girando sob a agulha do diafragma, e este fazendo cortes na folha de estanho que variavam conforme o som. Quando a gravação estava completa, a agulha era substituída por outra, e, girando novamente o cilindro, a máquina reproduzia as palavras.

Este invento deu-lhe fama e reconhecimento mundial. Pouco depois da invenção do fonógrafo, Edison iniciou um projecto muito mais audacioso: a lâmpada eléctrica. Testou diversos filamentos na lâmpada, com o objectivo de encontrar um que se inflamasse e brilhasse sem se derreter, quando a electricidade passasse através dele. Optou, então, pelo algodão enrolado em carbono. Encerrou o filamento num globo de vidro de onde retirou todo o ar, de forma a criar vácuo. Esta lâmpada funcionou durante 40 horas e foi um sucesso!! Outros inventores tentaram igualmente criar uma lâmpada, mas apenas brilhava por alguns minutos. O seu objectivo final com esta invenção era iluminar Nova Iorque: tinha a ideia que as casas que usassem energia eléctrica ficassem ligadas a uma central eléctrica através de fios de cobre.

A instalação eléctrica foi feita num circuito fechado em que a corrente circulava simultaneamente em dois sentidos, pondo os elementos do circuito em paralelo. Assim, fundindo-se uma lâmpada, as outras ficavam acesas. Quando inaugurou o primeiro serviço de distribuição eléctrica instalado na cidade de Nova Iorque, em 1882, contava com 85 utilizadores.

Mais tarde adaptou o invento da lâmpada para desenvolver o comboio eléctrico, e fundou os caminhos de ferro eléctricos da América. Em 1887 abriu um laboratório em West Orange, New Jersey. Aqui criou a sua câmara e o projector para filmes animados, no ano de 1891.

Edison morreu em Outubro de 1931. A América homenageou-o, apagando todas as luzes por alguns momentos. A Thomas Edison são atribuídas mais de 1000 patentes, tornando-o no maior inventor de todos os tempos!

3 de Junho, 2004 André Esteves

O «argumento» da existência de deus de 3 de Junho de 2004

Argumento Ontológico (I)

(1) Eu defino que deus deve ser X

(2) Dado que eu consigo conceber X, X deve existir.

(3) Logo, deus deve existir!!

Comentário:

Esta já ouvi da boca de um ex-seminarista evangélico que ficou «ancorado» num curso de matemática.

Lá no seminário, não acharam que tivesse qualidades para pastor… De maneira que resolveu ser professor.

O coitado e pobre do homem é que só tinha estofo para ovelha.

3 de Junho, 2004 André Esteves

Temos incréu disfarçado !!!

«Não acredito na Virgem. Perdão!!! Acredito! Não acredito é que ela nos resolva os problemas.»

João de deus Pinheiro, em campanha eleitoral das europeias, perante uma plateia de empresários.

No Diário de Notícias.

Só espero que na plateia não houvessem elementos da Associação Cristã de Empresários e Gestores, porque perante tal «afirma, não afirma, não sei o que afirmar», terminavam logo alguns «financiamentos» de imediato. De qualquer maneira, a virgem perante tal afirmação, resolveu como atenta a figura que segue, treinar o seu futebol (neste caso, utilizando como fez no passado, durante os milagres de fátima, o sol como bola oficial da FIFA) para ajudar a selecção portuguesa a ganhar o euro.

Aparentemente, nossa senhora poderá querer ajudar. Pelo menos, no que os seus fiéis realmente desejam alcançar. Se calhar é o que explica o estado da nação… Assim, mesmo que exista a nossa senhora, chego à mesma conclusão que o candidato do PSD às europeias.

2 de Junho, 2004 jvasco

Descubra as diferenças

No 12º ano decidi iniciar uma colecção. Nunca coleccionaria selos, raízes ou folhas: teria de ser algo original.

Como quase todos os dias passava pela estação de metro do Cais do Sodré, onde Curandeiros/Espiritualistas/Astrólogos/o-que-quer-que-fossem me distribuíam os seus cartõezinhos, cedo notei que tinha aí um excelente material de colecção.

Os cartões têm todos pequenas diferenças entre si, e alguns são notáveis. Desde o Pai Tadeu, até anúncios de consultoria para empresas baseada nos Astros e nos Horóscopos, até avisos acerca do fim do mundo por via da conspiração maçónico-televisiva eu incluí na minha colecção.

Encontrei um de um Astrólogo que afirmava ter 14 anos de experiência, para cerca de um ano depois receber um cartão praticamente igual do mesmo Astrólogo em que ele afirmava ter 49 anos de experiência – provavelmente descobriu esses anos numa regressão às suas vidas passadas…

Reproduzo de seguida dois cartões do mais típico que é possível encontrar: