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26 de Julho, 2004 Mariana de Oliveira

Jovens católicos cheios de esperança

J.P.2 tem esperança que a Peregrinação Europeia de Jovens, a realizar em Santiago de Compostela, seja uma oportunidade para renovar a proposta cristã na Europa.

O mote da peregrinação é Testemunhas de Cristo para uma Europa da esperança – esperança que o cristianismo, na pessoa colectiva da ICAR, continue em alta na sociedade europeia.

Milhares de jovens percorrerão a pé os antigos caminhos traçados pelos peregrinos através da história da Europa até chegar à cidade de Santiago de Compostela, lê-se na Agência Ecclesia. Devidamente acompanhados das suas violas, depois de entoarem aquelas lindas musiquinhas no melhor estilo grupo de jovens, no dia 7 de Agosto, celebrarão uma grande, grande Vigilia de Oração no Monte do Gozo (com o alto patrocínio do método do calendário, uma vez que a ICAR não aceitou o da Durex)e publicarão um documento sobre o seu compromisso na construção da Europa da Esperança.

25 de Julho, 2004 Mariana de Oliveira

Evangelhos Apócrifos

Há uns dias enviaram-me um link para uma página sobre os Evangelhos Apócrifos. Aí podemos recolher informações sobre este conjunto de textos que não fazem parte da bíblia.

De acordo com o site, os estudiosos dividem-se: uns entendem que são apenas a expressão da piedade popular sobre Jesus e terão sido escritos no séc. II da nossa era. Para eles, essas informações não acrescentam nada às contidas nos textos canónicos. Outros, pelo contrário, defendem que os evangelhos apócrifos, como o Evangelho de Tomé, poderiam aproximar mais a mensagem de J. Cristo dos seus fiéis uma vez que conservariam dados importantes sobre a memória popular daquela personagem e respectivo séquito.

O número de livros apócrifos é maior do que os contidos na bíblia canónica: 112, sendo 52 relativos ao Primeiro Testamento e 60 relativos ao Segundo.

Através das escrituras apócrifas, o leitor poderá ver uma nova faceta de muitos actores da religião cristã: Maria Madalena não será apenas a prostituta arrependida, mas também uma opositora de Pedro e Maria será uma discípula e apóstola de Jesus.

Independentemente da validade científica dos artigos que se podem encontrar na página de Frei Jacir de Freitas, é interessante lê-los, questioná-los e conhecer uma outra possível realidade.

25 de Julho, 2004 jvasco

Cosmologia

Einstein deu várias contribuições para a Física.

Uma das mais importantes foi a teoria da Relatividade Geral. Esta teoria aplica-se fundamentalmente no campo da cosmologia, onde é essencial para que compreendamos a história e funcionamento do Universo numa larga escala.

Algures na teoria Einstein chegou à conclusão de que, pelas suas contas, o Universo estaria a expandir-se a uma velocidade constante. Como lhe parecia “natural” que o Universo estivesse parado, Einstein criou um “força” que era dada por uma constante cosmológica, calculada por forma a que o Universo estivesse parado em equilíbrio.

Mais tarde, quando Hubble descobriu o “desvio para vermelho” e se constatou que o Universo estava de facto em expansão, da forma que estaria se a constante gravitacional não existisse, Einstein chamou à sua imposição da constante que havia calculado “o maior erro da sua carreira”.

É assim que a Física deve funcionar: os dados experimentais são soberanos. Aquilo que nos parece “natural” pode não o ser. A natureza não tem de corresponder aos nossos preconceitos e desejos.

Na altura em que se chegou à conclusão de que a constante gravitacional seria nula, os dados obtidos não eram tão abundantes, e eram relativamente imprecisos. Recentemente, com mais dados, mais capacidade de cálculo, maior precisão, sabe-se que o nosso Universo se expande aceleradamente: cada dia mais rápido. Desta forma existe uma constante gravitacional não nula: tem até sinal contrário ao que Einstein lhe deu.

A Cosmologia é um campo do conhecimento interessante, que ainda terá muito a dizer sobre os mistérios que nos fascinam a todos. Será que o derradeiro mistério da Criação está ao nosso alcance? É possível… mas não durante os próximos milénios, parece-me.

24 de Julho, 2004 Carlos Esperança

Chantagem episcopal em Espanha

O prestígio divino continua em queda desde o fim da ditadura. O apoio da ICAR à repressão franquista e a promoção do ditador como enviado da Providência, causou-lhe sérios embaraços, mas manteve-lhe intactos os privilégios.

Assim, enquanto Deus se transforma num mero instrumento para convencer as crianças a comer a sopa e a tirar o dedo do nariz, os numerosos bispos e cardeais que assolam a Espanha não prescindem da ameaça, intimidação e chantagem sobre o Governo, para perpetuarem o poder. Contam com um poderoso exército de padres distribuídos por paróquias e milhares de sequestrados, monges e freiras, embrutecidos pela clausura, prontos a serem largados em procissões de desagravo, a abanar terços e recitar ladainhas.

A anunciada legalização de uniões homossexuais pelo Governo legítimo de Espanha (a ICAR dá-se mal com a democracia) encontra uma feroz oposição no episcopado como já aqui foi referido pela Mariana.

O presidente do sindicato dos bispos [Conferência Episcopal Espanhola (CEE)], cardeal António Maria Rouco, declarou, em nome da CEE, «apóstatas» todas as pessoas que concordem com a legalização das uniões de facto entre homossexuais.

É a primeira vez, depois do concílio Vaticano II, que um dignitário da ICAR assume para um grupo social tal classificação, que expulsa os visados da ICAR.

É uma catástrofe para fregueses das missas, avençados da eucaristia, amantes das peregrinações e das procissões ou simples devotos das jaculatórias e outros divertimentos litúrgicos, incluindo os sacramentos.

Calcule-se o efeito devastador nas zonas rurais, beatas e analfabetas com a denúncia dos apóstatas, perante o eterno silêncio de Deus e o insuportável ruído do clero.

post scriptum – Sobre os crimes sexuais do clero católico em Espanha (só os crimes julgados e cujas sentenças transitaram em julgado) vale a pena ler «A Vida Sexual do Clero», de Pepe Rodríguez, Publicações Dom Quixote, 1.ª edição: Julho de 1996.

24 de Julho, 2004 Ricardo Alves

Preso por defender a liberdade de pensamento

O Supremo Tribunal de Teerão decidiu que Sayyed Hashem Aghajari continuará na prisão pelo crime de blasfémia, mas reduziu a sua pena a cinco anos de prisão. Deve notar-se que este professor de História iraniano fora condenado à morte por, durante um discurso público, se ter afirmado favorável a um «Islão reformado», moderno, em que os muçulmanos não seguissem os líderes religiosos «cegamente» e «como macacos», e em que cada um pudesse encontrar a sua própria interpretação dos textos «sagrados». Em suma, foi condenado por defender a liberdade de pensamento.

Embora Aghajari não se tenha afirmado ateu, o seu discurso de Junho de 2001 fora suficiente para que um juiz de província o condenasse à morte por apostasia em Novembro de 2002. Aghajari tem portanto estado preso desde 8 de Agosto de 2001, por vezes em regime de isolamento, e sob ameaça de execução. A sua pena foi agora reduzida a cinco anos de prisão (dois dos quais de pena suspensa). O advogado de Aghajari espera conseguir ainda mais uma redução da pena, após novo apelo. O caso Aghajari tem causado protestos consideráveis entre os estudantes iranianos reformistas. 




A liberdade de expressão é um direito humano fundamental, e inclui a possibilidade de criticar as religiões, até mesmo de as ridicularizar. Na privacidade dos nossos pensamentos, somos sempre livres. É na consciência dos indivíduos que os dogmas religiosos caem sempre pela primeira vez. Poder exprimir o nosso pensamento é um direito político, que os clericais sempre tentaram limitar, através de leis contra a blasfémia, e em nome de interditos religiosos por eles definidos.

As democracias afirmaram-se, na Europa, contra as igrejas. Os países muçulmanos necessitam de uma laicização radical e urgente. Homens como Aghajari são indispensáveis.
23 de Julho, 2004 Mariana de Oliveira

América menos protestante

De acordo com os resultados de uma recente pesquisa, os Estados Unidos da América deixarão de ser uma nação maioritariamente protestante.

Entre 1993 e 2002, a percentagem de americanos que se dizia protestante baixou de 63% para 52%, depois de anos de estabilidade, revelou um estudo feito pelo National Opinion Research Center at the University of Chicago.

Simultaneamente, o número de pessoas que disseram que não tinham qualquer tipo de religião aumentou de 9% para quase 14% e muitos são antigos protestantes, dizem os investigadores.

Os Estados Unidos têm sido vistos como sendo brancos e protestantes, afirmou Tom Smith, director do General Social Survey, mas isso vai deixar de acontecer.

Os inquiridos eram definidos como protestantes se respondessem que eram membros de uma denominação protestante, como Episcopal Church ou Southern Baptist Convention. A categoria incluía membros da Church of Jesus Christ of Latter-day Saints e de outras igrejas independentes.

Entre as razões do declínio encontra-se um elevado número de abandonos nas faixas etárias mais jovens, um aumento de imigrantes não-protestantes e o facto de serem cada vez menos aqueles que são educados na fé protestante.

Smith notou que os protestantes podem ter-se identificado como cristãos, opção presente no inquérito.

Quanto à população católica, esta manteve-se estável e, actualmente, constitui cerca de 25% dos habitantes do país.

Por outro lado, as pessoas que disseram pertencer a outras religiões, incluindo muçulmanos, ortodoxos ou religiões orientais, passaram de 3% para 7%. Os judeus constituem menos de 2%, sem que houvesse variações.

A maior diversidade religiosa e o aumento do número de não-crentes, até ver, não contribuiu para uma maior tolerância religiosa e para uma verdadeira laicização do Estado.

23 de Julho, 2004 Mariana de Oliveira

Recomendações episcopais

O recente pedido do Episcopado Espanhol aos deputados católicos para expressarem clara e publicamente o seu desacordo e votarem contra o projecto de lei que pretende equiparar as uniões homossexuais ao casamento gerou na classe política reacções contraditórias.

O porta-voz da Comisión de Educación y Ciencia del Grupo Parlamentario Popular en el Congreso, Eugenio Nasar, afirmou que os argumentos da Conferência Episcopal devem ser atendidos não só pelos católicos, mas também pelos cidadãos responsáveis que querem o melhor para o futuro da sociedade.

Quanto ao pedido formulado pelos bispos aos parlamentares católicos, Nasarre declarou ter um compromisso pessoal na defesa da especificidade do matrimónio como união entre homem e mulher, advertindo que estará contra uma proposta que defenda algo diferente.

Ana Torme e José Antonio Bermúdez de Castro, do Partido Popular, manifestaram o seu absoluto respeito pela Conferência Episcopal e a sua comunicação uma vez que tem todo o direito a pronunciar-se sobre as questões que afectam a vida social e tem todo o direito de emitir recomendações aos seus fiéis.

No entanto, os parlamentares manifestaram a sua surpresa e lamentaram algumas das reacções a esta questão, já que algumas atentam contra a democracia e a Constituição, que fundamentalmente amparam a liberdade de expressão.

Por outro lado, deputados católicos do Partido Socialista Obrero Español, manifestaram a sua intenção de não fazer caso do pedido dos bispos espanhóis e de votarem favoravelmente à proposta de lei porque assim o deseja uma esmagadora maioria dos cidadãos.

Toda esta questão do casamento homossexual e da oposição da Igreja Católica a uma legislação que o permita radica, fundamentalmente, na consideração por aquela organização, do casamento como um sacramento e, assim, como instituto privado da sua ordem jurídica. Ora, estes tempos são passados. O casamento é um contrato entre duas pessoas. O Estado deve regulá-lo como tal e não como um qualquer conceito religioso. O princípio da laicidade e o princípio da igualdade assim o exigem.

Se a Igreja não quer casar os homossexuais católicos, é com ela, mas impor esse comportamento a um Estado livre e democrático é inadmissível.

23 de Julho, 2004 Mariana de Oliveira

O que vem à rede

Eis o que veio parar à minha caixa de correio. Surpreendentemente, não é um infindável texto cheio de citações bíblicas acompanhado por uma bonita imagem de um nascer do sol/gaivotas/mar/casal de namorados . É um sistema de administração eclesiástica que muda a vida das paróquias!

Arquidiocese 2000 é o mais completo sistema para  administrar paróquias em todo o mundo. Adotado por paróquias em Lisboa e Boston e em mais de 1.000 paroquias no Brasil, é o preferido dos profissionais de secretaria paroquial, diz o e-mail. O Arquidiocese 2000, asseguram,  tem o melhor banco de dados do mercado e suporta um volume de informações de mais de 10 Gigabytes o que equivale a uma igreja com mais de 60.000 paroquianos. É um grande volume de informações, sem dúvida.

Para além de ser o mais completo software para computadores já produzido para a Igreja Catolica, o programa pode elaborar um cadastro de Paroquianos como nenhum outro, com todas as informações para a geração de relatórios e malas direta, possibilita o cadastro de familiares, amigos, pastorais, movimento e sacramento e até se pode cadastrar o cônjuge como titular. Fantástico! Deste mesmo cadastro saem as informações para dizimistas aniversariantes, e diversos relatórios, além de poder colocar a foto do Paroquiano na tela. Não há nada melhor do que ter um registo completo dos fiéis, das suas contribuições e das sanções decorrentes da confissão dos pecados.

Mas as potencialidades do Arquidiocese 2000 (o nome é bestial, não acham?) não ficam por aqui. O A2000 possui o mais completo controle de dízimos, com cartas automáticas e personalizadas para pagantes e não pagantes, mais 11 relatórios por nome, código ou valor. Produz carnê e envelope de dízimo, personalizado. E quanto à transmissão de dados? Nada mais fácil: você pode enviar para Curia os dados financeiros, livros, paroquianos, ou transferir de um computador para outro, através de disquete ou Internet. Projeto de integração criado pela House.

Parece um programa revolucionário que facilitará sobremaneira a vida dos párocos. Será que deus também usa o Arquidiocese 2000?

Para mais informações, Bank System Informática.

23 de Julho, 2004 Carlos Esperança

Hospitais da Universidade de Coimbra – uma coutada da ICAR

Hoje estive na consulta externa do serviço de Urologia do HUC.

Dezenas de doentes do foro oncológico, vários transplantados e outros, enchiam literalmente a sala de espera cujas paredes pareciam as de uma mercearia, pejadas de cartazes, anúncios e promoções várias.

Os cartazes mais luxuosos, presos com fita-cola, pertenciam à Pastoral da Saúde.

Um anunciava a «Ressurreição tempo de Vida Nova», outro asseverava que «Toda a dor pode provocar nova atitude perante a vida, perante os outros, perante si próprios».

Mas o cartaz mais bárbaro e terrorista pertencia à «Evangelização e Serviço Integral dos doentes de Família». Nele se podia ler, a dado momento:

«A conhecida escritora e mística francesa, Isabel Leseure, escreveu acertadamente que a dor é a grande aliada de Deus para a conversão, interiorização e salvação do homem».

Este insólito terrorismo psicológico perante doentes fragilizados é ilegal. Mas que importa a legalidade à prosélita enfermeira que cola crucifixos com adesivo nas salas de consulta, perante a passividade do pessoal de saúde, da direcção do serviço, da administração do hospital, convicta do temor reverencial dos enfermos? 

?! – Que diriam os propagandistas da fé se um cartaz modesto, ao lado dos seus, esclarecesse:

«A única desculpa de Deus é não existir» (F. Nietzche).

22 de Julho, 2004 Carlos Esperança

Proteja-se… c/ Nossa Senhora do Carmo

Recebi esta mensagem do Convento de Portugal [mailto:[email protected]] que quero partilhar com os leitores, sobretudo com aqueles que julgam que não há outros profiláticos para além do preservativo.

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Proteja-se com o manto maternal da Nossa Senhora do Carmo. Use o colar sempre no seu pescoço garantindo assim protecção contra o mau olhado, as invejas, e os azares da vida, iluminando as trevas do seu espirito com a sabedoria da Nossa Senhora do Carmo.



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por cada encomenda a oferta de um crucifixo.

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A todas as pessoas que recebem este e-mail

Para remover click aqui ao lado –> REMOVE E-MAIL

ou envie-nos um e-mail para [email protected] indicando como “Assunto: REMOVE”

Nota Especial: Se por acaso mesmo assim o seu pedido não for atendido envie um e-mail para [email protected] pois este e-mail terá atendimento personalizado e todas as remoções serão tratadas manualmente, pois por vezes, não sabemos porque motivo, a rotina automática não funciona…

As nossas desculpas pelo incómodo e muito obrigado!