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Categoria: Não categorizado

30 de Julho, 2005 Palmira Silva

Manifestação vegetal

A cidade bósnia Bijeljina está a conhecer um afluxo invulgar de visitantes. Tudo porque pretendem que numa secção de um tronco de uma árvore abatida há um ano apareceu uma imagem de Jesus e os peregrinos invadiram o local. A árvore está assim a ser adorada pelos devotos cristãos que se lhe prostram em rezas profusas, acendem velas e pagam o dízimo.

Uma vez que os devotos crentes cortam também parte da casca da árvore para levarem como relíquia, pondo em risco tão miraculosa aparição, o bispo ortodoxo Vasilije apelou aos visitantes para não destruirem a árvore com semelhante prática. E, enquanto as autoridades eclesiásticas discutem o assunto e os procedimentos correctos para um crente face à divina manifestação celulósica, apelou para que cessem também as doações monetárias.

Diria que face à concorrência que tal manifestação iconográfica representa, as ditas autoridades terminarão rapidamente a discussão do fenómeno. E como os membros do panteão cristão têm, desde os primórdios do mito, demonstrado uma certa apetência por manifestações «vegetais» certamente que esta confirmará a divindade da manifestação. E será acrescentado outro destino de turismo religioso ao roteiro actual.

29 de Julho, 2005 Mariana de Oliveira

Religião mais adequada

Agora o leitor já pode fazer um teste para averiguar qual é a religião mais adequada à sua personalidade.

Surpreendentemente, o meu resultado foi este:

You scored as atheism. You are… an atheist, though you probably already knew this. Also, you probably have several people praying daily for your soul.

Instead of simply being “nonreligious,” atheists strongly believe in the lack of existence of a higher being, or God.

atheism

100%

Satanism

83%

Buddhism

67%

Islam

67%

agnosticism

58%

Paganism

42%

Judaism

38%

Christianity

29%

Hinduism

4%

Which religion is the right one for you? (new version)
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29 de Julho, 2005 Carlos Esperança

O Chefe do Comandante-Chefe dos EUA


No sítio da Casa Branca – EUA – (um sítio eventualmente tão falso como as religiões) está a informação de que Jesus Cristo é o chefe do Comandante-Chefe (Bush himself).

Como é que um paisano que nunca foi militar, jamais foi visto numa caserna, não fez a recruta e se dedicou ao charlatanismo, vivendo de milagres e outros expedientes, cadáver há dois milénios, pode ascender tão alto nas Forças Armadas americanas?

É tão fácil militarizar civis e tão difícil civilizar militares americanos.

28 de Julho, 2005 Palmira Silva

Vitimização


A ACLU (American Civil Liberties Union), uma organização que luta pela defesa dos direitos consagrados dos americanos, com especial ênfase nos últimos tempos na defesa da liberdade religiosa (que inclui para a ACLU a liberdade de não professar alguma religião), lançou mais uma campanha que lhe vai continuar a valer os epítetos de anti-cristianismo por parte dos claramente «perseguidos» e «discriminados» cristãos americanos!

De facto, depois da acção que resultou na retirada dos «Dez Mandamentos» das salas de tribunal em dois condados do Kentucky a ACLU tenta agora que nas salas dos tribunais da Carolina do Norte seja possível que as pessoas chamadas a depor o possam fazer sobre os livros sagrados das respectivas religiões. Baseados na legislação estadual que prevê que os depoimentos sejam precedidos de um juramento nas «Escrituras Sagradas». Já é permitido que os ateístas apenas afirmem que o seu depoimento é verdadeiro mas os testemunhos de quaisquer crentes são precedidos de juramentos com a mão assente na Bíblia.

Como seria de esperar, os maníacos da perseguição cristãos já se lamentam que a organização a que chamam Anti Catholic Liberties Union, esquecendo as vezes em que a ACLU saiu em defesa da sua confissão, pretende retirar referências históricas ao cristianismo. Certamente acrescentarão à sua (longa) lista de «perseguições» e alvos de ódio da organização, que já inclui os cristãos e os «Dez Mandamentos», um outro alvo, neste caso a Bíblia.

Esta mania de vitimização exibida pelos cristãos quando coarctados nas suas pretensões integristas e hegemónicas já enjoa mesmo! Mania omnipresente em todas as latitudes e em todas as variantes cristãs. Estou, por exemplo, a lembrar-me das carpiduras de anti-catolicismo em relação à decisão de vetar Rocco Buttiglione para uma posição na Comissão Europeia que lhe permitiria impor as políticas de homofobia e discriminação das mulheres tão queridas à hierarquia católica!

27 de Julho, 2005 Carlos Esperança

Crimes religiosos

Discordo do artigo do João Vasco «Crimes atribuídos à religião e ao ateísmo».

Quando refere: «…houve várias mortes provocadas por regimes políticos (quase sempre comunistas) que eram ateus…», não é verdade, esquece as mortes do nazismo e do fascismo, por exemplo, e as provocadas pelo racismo e o nacionalismo. Os sérvios eram cristãos ortodoxos a praticar um genocídio no Kosovo. Os croatas são católicos que exterminaram sérvios. E são reincidentes.

Quando escreve: «ocorreram muitos crimes e assassínios pela parte de regimes afectos a uma religião, tal como ocorreram muitos crimes e assassínios pela parte de regimes ateus, e é ridículo imputar quer os primeiros à religião, quer os segundos ao ateísmo», estou em absoluto desacordo.

Não é responsável a religião católica pelos crimes cometidos por Roberto Mugabe, o presidente católico do Zimbabwe, pois não há conivência da ICAR no seu desvario ou cumplicidade nos assassínios do seu regime ditatorial.

Os assassinatos de Franco – centenas de milhar -, tiveram a cobertura e a cumplicidade dos bispos que o consideravam enviado pela providência. Pinochet, a quem JP2 pôs a hóstia na língua, e que o considerou, com a mulher, o casal católico perfeito, mandou largar adversários dos aviões e deu ordens à polícia para assassinar um antigo ministro, no estrangeiro. Não foram crimes religiosos, apesar de se terem babado de gozo padres, bispos e cardeais da ICAR.

Mas as cruzadas, a inquisição e os crimes cometidos pela evangelização cristã, não são crimes religiosos? E as matanças da Reforma e da Contra-Reforma? ? São.

Uma mulher apedrejada até à morte, porque o livro sagrado manda, é um acto de justiça para os crentes. O assassinato de um infiel é uma determinação do Corão. Decepar ou decapitar, ladrões ou infiéis, é a vontade de Maomé. Não serão crimes religiosos? – São.

Os milhões de judeus mortos por Hitler são crime do nazismo. Os milhões da Sibéria são crimes do estalinismo. Os milhões de mortos nas cruzadas são do catolicismo. Os atentados bombistas de Nova York, Londres, Madrid, etc., são crimes do islão. Os atentados de milícias cristãs, com a cumplicidade sionista, de SABRA E CHATILA são crimes religiosos, como o são os atentados contra autocarros de crianças em Israel.

Há crimes independentemente da fé e não há crimes cometidos em nome do ateísmo.

Diariamente há crimes religiosos, cometidos em nome de Deus, instigados pelo clero, preparados nos templos, apoiados nos livros sagrados, com a promessa do Paraíso. O pastor dos EUA que matou um médico que praticava abortos também cometeu um crime religioso. O Papa que proíbe o preservativo comete um crime contra a saúde pública. Todos estes, são crimes religiosos.

27 de Julho, 2005 Mariana de Oliveira

A resposta

Para o arcebispo Paul Joseph Cordes, presidente do Conselho Pontifício «Cor Unum» (que coordena as instituições de assistência da Igreja Católica), Ratzinger constitui uma «resposta de Deus» à expansão do secularismo.

De acordo com a entrevista de Cordes, «o secularismo do assim chamado primeiro mundo preocupou profundamente João Paulo II», ainda que originado «de uma terra firmemente arraigada na tradição cristã». Por isso é que, num seu discurso, o ex-papa disse que «a experiência da aparente ausência de Deus pesa não só sobre os ausentes ou os mais afastados, mas é geral. A corrente espiritual da consciência actual tem uma influência profunda também sobre os membros activos da Igreja… Por este motivo, o Bom Pastor se vê obrigado a deixar espaço no mundo e na Igreja sobretudo à luz que procede da fé, na operante presença de Deus».

O arcebispo daí segue dizendo que «o novo papa é certamente a resposta de Deus ante este perigo do secularismo. Não só faz referência a isso o nome que elegeu», mas também «expressou claramente seu pesar pela falta de referência a Deus no Preâmbulo do Tratado constitucional europeu».

De facto, B16 configura-se como uma bela resposta ao secularismo: foi sucessor de Torquemada na Congregação para a Doutrina da Fé, não se cansa de referir a importância das raízes cristãs da Europa, escreveu a famosa declaração «Dominus Iesus», considera a música rock um «contra-culto que se opõe ao culto cristão», considera as mulheres como divinamente predestinadas à dominação masculina ou considera imorais o adultério, a masturbação, a pornografia, a prostituição e os actos homossexuais.

27 de Julho, 2005 jvasco

Crimes atribuídos às religiões e ao ateísmo

O argumento é recorrente: se é verdade que as cruzadas, a inquisição, o terrorismo religioso, a caça às bruxas e outras que tais implicaram muitas mortes, também é verdade que houve várias mortes provocadas por regimes políticos que eram ateus(quase sempre comunistas).

O argumento é tão recorrente quanto disparatado.

A razão é óbvia: a esmagadora maioria das mortes provocadas por tais regimes, não o foram em nome do ateísmo. Foram-no em nome de um regime, que, por acaso, até era ateu.

Se nós considerássemos essas mortes como imputáveis ao ateísmo, às mortes imputáveis à religião não nos poderíamos limitar a contabilizar as referidas: qualquer morte, ao longo da história, imputável a um regime que afirmasse uma determinada religião seria imputável a essa religião. Isto quer dizer que todas as mortes políticas até há pouco mais de cem anos seriam imputáveis à religião!
Não me passa pela cabeça culpar o cristianismo por todas as mortes que os reis cristãos provocaram – e isto corresponde a muitas mortes na Europa! – e nesse sentido não faz sentido imputar ao ateísmo as mortes provocadas por facínoras que até eram ateus.

Mas é diferente atribuir ao cristianismo as mortes provocadas por reis cristãos – mortes provocadas devido aos interesses do monarca a quem acontecia ser cristão – e as mortes ocorridas na inquisição, nas cruzadas, na caça às bruxas ou no terrorismo religioso – assassínios cometidos em nome da região.

Aqui é que a porca torce o rabo, e os crentes não o podem negar: não existiram (que se saiba) assassínios em massa em nome do ateísmo.

Em resumo: ocorreram muitos crimes e assassínios pela parte de regimes afectos a uma religião, tal como ocorreram muitos crimes e assassínios pela parte de regimes ateus, e é ridículo imputar quer os primeiros à religião, quer os segundos ao ateísmo.
Por outro lado, ocorreram muitos crimes e assassínios em nome da religião, mas quase nenhuns em nome do ateísmo. Isto é algo que o ateísmo tem a seu favor.

27 de Julho, 2005 Palmira Silva

Criacionismo 0 – Bom senso 1

Os criacionistas americanos estão indignados com a direcção do Zoo de Tulsa, Oklahoma, após esta ter revogado a autorização de uma exposição sobre a criação biblíca ex nihilo do Universo (Terra incluída) em seis dias.

O criacionista local que propôs a exibição em alternativa à ateísta explicação científica, que apresenta impunemente «blasfémias» como a evolução biológica e muitos milhões de anos para a idade da Terra, afirma que a decisão é uma violação dos direitos constitucionais dos contribuintes de Tulsa. Especialmente porque garante que o Zoo já presta homenagem a outros deuses uma vez que tem nas instalações uma estátua de … um elefante! Uma estátua de um elefante no recinto dos elefantes de um zoo só pode ser mesmo uma homenagem ao deus hindu Ganesha e face a esta exibição descarada dos símbolos de outra religião só mesmo a perseguição anti-cristã justifica a proibição da exibição!

Para os acéfalos criacionistas a discriminação anti-cristã é mais acentuada pelo facto de existir uma versão «religiosa» alternativa das origens da Terra: um globo de mármore com a inscrição índia «A Terra é a nossa mãe. O Céu é o nosso pai». Assim o Zoo promove o ateísmo através da exibição científica, o hinduismo com os elefantes e o panteísmo com a inscrição índia. Nesta perspectiva se considerarmos que é um Zoo, isto é, que exibe animais, promove também o xamanismo…

De facto não há paciência para esta mania da perseguição cristã!

26 de Julho, 2005 Carlos Esperança

Prisão perpétua para assassino de Theo van Gogh

O homicida Mohammed Bouyeri foi hoje condenado a prisão perpétua por um tribunal de Amsterdão pelo assassinato de Theo van Gogh, realizador de cinema holandês, que denunciou os maus tratos a que as mulheres são sujeitas no Islão.

O devoto agradeceu a Deus a boa acção que julga ter praticado «em nome da sua religião».

Dados os seus 27 anos é natural que as 70 virgens que o esperam no Paraíso se façam velhas e feias e que sejam desfrutadas por outra santa besta desfeita em pedaços após um sangrento suicídio.

A alimária ainda declarou que, se fosse libertado, estaria preparado para cometer um crime idêntico.
Não sei o que mais nos pode estarrecer, se a maldade de Deus ou a boçalidade dos crentes.

26 de Julho, 2005 Palmira Silva

Combate ao terrorismo

O primeiro ministro australiano John Howard e um líder islâmico, o Sheik Mohammed Omran, estão envolvidos numa guerra de palavras em que ambos se acusam mutuamente de incitamento ao ódio.

Howard criticou Omran por este ter declarado numa entrevista à televisão australiana ABC que Osama bin Laden «é de facto um bom homem» e que «os ataques de Londres são responsabilidade dos americanos». Nesta entrevista Omran reconhece ainda ser amigo de Abu Katada, o líder espiritual da Al Qaeda na Europa e outro «bom homem», que já tinha defendido no passado.

Howard considera ainda que é uma obrigação dos líderes religiosos «não incitar ao ódio, não pregar a intolerância, e esta é uma responsabilidade que os líderes islâmicos na Austrália carregam pesadamente».

Como resposta o piedoso clérico, que não reconhece a existência de terrorismo islâmico e como tal não se considera obrigado a pregar contra algo inexistente, afirmou numa carta aberta que considera inflamatórios os comentários de Howard em que este admite a possibilidade da existência de bombistas suicidas (muçulmanos, claro) na Austrália.

Acho que o primeiro ministro australiano é demasiado optimista ( e ingénuo) quando pede a colaboração dos líderes religiosos islâmicos no combate ao terrorismo… Especialmente se considerarmos que às portas das mesquitas de Sidney são efectuadas campanhas de recrutamento de jovens pelo grupo radical Hizb ut-Tahrir, (o mesmo a que estava ligado o estagiário do Guardian) liderado na Austrália por Wassim Doureihi.

O grupo, que descreve como mártires os bombistas suicidas e que advoga abertamente a destruição dos ideais ocidentais e recentemente ligado ao massacre de Londres, realizou na passada sexta-feira um (segundo) encontro de admissão reservada, cujo teor foi certamente muito longe do pretendido por Howard. Já que os folhetos que distribui reclamam que «a guerra ao Islão foi redespoletada» e que o ataque de Londres está a ser usado para «pressionar os muçulmanos para uma submissão cega ao Ocidente».