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Categoria: Não categorizado

10 de Agosto, 2005 Carlos Esperança

Esposa de Pinochet processada

Lúcia Hiriart, esposa do ditador Augusto Pinochet, acaba de ser processada por um juiz chileno na sequência da investigação de contas milionárias secretas que o ex-presidente mantinha ilegalmente no estrangeiro.

O juiz Sérgio Muñoz processou a mulher do torcionário por presumível cumplicidade no delito de fraude tributária e ordenou a sua reclusão no Hospital Militar, tendo em conta a avançada idade e o estado de saúde da detida.

O filho mais novo do casal está a ser interrogado pelo mesmo magistrado, sendo provável que venha igualmente a ser processado.

No Chile, com muitos anos de atraso, a ditadura que a ICAR abençoou está a ser julgada.

E o casal católico que o Papa João Paulo II apontou como exemplar, está finalmente a contas com a justiça e a responder por numerosos crimes sem que a bênção de JP2 ou os favores das hóstias, missas e orações os livrem da vergonha e da justiça.

Fonte: El Periódico — última hora.

10 de Agosto, 2005 Palmira Silva

Sex, Lies & Religion

Uma das características comuns aos prosélitos em nome de Deus é o recurso a mentiras para impor as suas anacrónicas «morais» sexuais. Todos recordamos a grosseira mentira propalada pelo cardeal Alfonso Lopez Trujillo, responsável pelo Conselho Pontifical da Família, que afirmou no documentário «Panorama – Sex and the Holy City», supostamente apoiado em estudos (pseudo)científicos, que o HIV é suficientemente pequeno para passar através de um preservativo. Inclusive afirmando que «os preservativos podem mesmo ser uma das principais razões para a disseminação do HIV/SIDA», ecoando o que a conferência dos bispos da África do Sul, um dos países mais flagelados pela doença, tinha afirmado uns anos antes. Mentira (contraproducente) destinada a suavizar o repúdio universal à atitude do Vaticano em relação ao uso do preservativo como meio de prevenção da infecção com o HIV. Atitude que não mudou nem se espera que mude com a eleição de Ratzinger. Pelo contrário, não obstante os apelos para o Vaticano considerar o uso profiláctico dos preservativos, espera-se até um endurecer da posição do Vaticano, uma vez que a opinião do novo Papa sobre este assunto é sobejamente conhecida!

O mesmo modus operandus está subjacente a um artigo de opinião publicado online no sítio All Africa, que defende a prática da mutilação genital feminina. Afirmando que existem médicos ocidentais que corroboram as conclusões do Dr Muhammad Ali Al-Barri, o conselheiro médico no King Fahd Hospital for Medical Research em Jeddah, Arábia Saudita, que escreveu para a Liga Mundial Muçulmana que a eufemisticamente designada circuncisão feminina não causa danos significativos.

Fiz uma pesquisa exaustiva sobre as afirmações produzidas no artigo e, sem surpresa, verifiquei serem todas falsas. Isto é, as afirmações esgrimidas que supostamente corroboravam a «bondade» de tão abjecta prática referiam-se de facto à circuncisão masculina (também muito contestada actualmente). Não encontrei uma única das supostas defesas da mutilação genital feminina referidas. Em contrapartida encontrei tantos documentos deplorando a prática que seria impraticável referi-los!

10 de Agosto, 2005 Mariana de Oliveira

Impostos para todos

A senadora democrata Marion Walsh, do Massachusetts, nos Estados Unidos, conseguiu o apoio de trinta e dois outros legisladores a uma lei que obriga que todas as organizações religiosas revelem totalmente as suas finanças e todos os seus imóveis ao gabinete do Procurador Geral, tal como as organizações de caridade seculares.

A senadora admite que foi motivada por histórias de disfunção dentro da Igreja Católica: encerramentos de paróquias e de escolas, dinheiros desaparecidos e falta de contabilidade.

«Acreditamos que as pessoas, no Massachusetts, têm o direito de saber para onde vai o dinheiro que doam à sua igreja. Acreditamos que as pessoas devem saber onde estão os imóveis», disse Walsh.

O secretário de Estado, William Galvin, afirmou que esta medida é apropriada especialmente porque há muitas transacções de imóveis pendentes resultantes do encerramento de dependências da ICAR. «Parece-me que esta é a altura apropriada, com milhões de dólares em propriedades prestes a serem vendidas, para a informação ser apresentada como é no caso de qualquer outra caridade», disse Galvin.

Por seu turno, as confissões religiosas estão contra esta lei e alegam que ela ameaça a separação entre Igreja e Estado. «Acreditamos que irá atenuar a divisão entre Igreja e Estado porque, ao remover a excepção religiosa, todas as religiões serão objecto de fiscalização pelo Estado nas suas operações diárias», disse o porta-voz da Conferência Católica do Massachusetts.

Afinal, nem tudo é mau em terras do Tio Sam. Se esta lei for aplicada, está dado um passo em direcção de uma verdadeira igualdade fiscal entre Igrejas e outras organizações não afectas a qualquer religião.

9 de Agosto, 2005 Mariana de Oliveira

Café sem descrentes

A dona de um café perto de Birmingham, no Alabama, proibiu as reuniões de um grupo secular de ateus, agnósticos e afins no seu estabelecimento. O «Universist Movement» alega perseguição cristã enquanto que a proprietária do «Cool Beans» diz que apenas quer manter o seu negócio.

Mel Lipman, presidente da «American Humanist Association», afirma que «já não está tudo bem quando se discrimina com base na raça ou na orientação sexual, mas é perfeitamente válido que alguém diga que nunca votaria num ateu para a Presidência».

De acordo com o fundador do «Universist Movement», Ford Vox, o problema surgiu quando se encontrou com a proprietária do café, Amy Anderson, para discutir a realização da reunião no «Cool Beans». Depois de ela ter perguntado em que é que o grupo acreditava, de acordo com Vox, retorquiu dizendo que não estava à vontade com aquilo porque ela é cristã.

Por seu turno, Amy Vox responde que o que o «Universist Movement» alega não é «exactamente verdade». Depois de ter chamado o advogado, afirmou que é política da casa verificar qualquer grupo com mais de 10 pessoas que se queira encontrar no seu estabelecimento, que tem lugar apenas para 30. Para além disso, ela retirou os «flyers» do grupo porque era contra uma citação de um artigo do «New York Times» que caracterizava os adeptos do movimento como sendo «especialmente presunçosos e matreiros».

«O meu primeiro pensamento foi que isto podia ser um sinal vermelho – este grupo podia ser desestabilizador se se encontrassem», afirma Amy Anderson. «Além disso, o próprio número pode ser desestabilizador, independentemente de serem afáveis e bons clientes».

As convicções de determinado grupo não são razão suficiente para a recusa de prestação de serviços, assim como a raça, o sexo ou orientação sexual. É especialmente mau que num país que se afirma como o defensor da Democracia se assista a tantos atropelos à Liberdade com base na religião.

9 de Agosto, 2005 Carlos Esperança

Monarquia e uniões de facto

Palácio de Buckingham
O príncipe Carlos autorizou o filho Guilherme a viver com a noiva Kate Middletonnum no apartamento em Clarence House, residência oficial do príncipe de Gales.

Segundo o Daily Express, a própria Raínha e o marido, duque de Edimburgo, também aprovam a iniciativa dos dois jovens de 23 anos.

A monarquia já não é o que era. Apesar do carácter anacrónico da instituição, o facto de autorizar membros da família real a viverem em união de facto na residência oficial da família britânica, é um avanço que se saúda e um facto que se regista.

A Igreja anglicana, que deve obediência à Rainha, não deverá ter voz activa para se pronunciar. A Igreja Católica é cada vez mais a guardiã da moral à luz do concílio de Trento.

Fonte: El Periódico – última hora, segunda-feira, 8

9 de Agosto, 2005 Palmira Silva

Fugas de Verão

Um dos clérigos islâmicos sobre quem pendia a possibilidade de uma acusação de traição, o Sheikh Omar Bakri Mohammed, saiu de Inglaterra para o Líbano no sábado informou ao Channel 4 News o seu braço direito Anjem Choudary.

“O que ele fez foi fazer a hirja (procurar santuário religioso) para outro lugar porque sentiu que era incapaz de praticar a sua religião.»

O que, dadas as novas medidas de prevenção do terrorismo a implementar no Outono pelo governo de Tony Blair é verdade. De facto, considerando que para Omar Bakri Mohammed praticar a sua religião significava apelar à jihad contra os infiéis, matando tantos quanto possível já que «O texto divino é claro quanto à necessidade de provocar ‘o máximo dano possível’. O operacional tem portanto de certificar-se de que mata o maior número de pessoas que pode matar. Se não o fizer, espera-o o fogo do Inferno.» não será mais possível praticar impunemente a sua religião no Reino Unido.

Choudary revelou ainda que «Ele acredita que foi declarada guerra aos muçulmanos neste país.» o que no caso de Bakri também é verdade se relembrarmos que o Ocidente declarou guerra aos terroristas e Bakri considera que ser terrorista é indissociável de ser muçulmano: «Eu sou um terrorista. Como muçulmano claro que sou um terrorista».

9 de Agosto, 2005 Mariana de Oliveira

Fuga ao fisco

Vigora no Paraguai, há seis meses, uma nova lei fiscal que obriga que todas as instituições não governamentais, incluindo profissionais independentes, apresentem mensalmente declarações contendo as receitas e as despesas para que, posteriormente, possam ser alvo de tributação a 10%. De acordo com Ignacio Gogorza, tesoureiro da Conferência Episcopal Paraguaia, o governo tinha estabelecido um prazo até Outubro próximo para que as Igrejas contratem um contabilista e comecem a manter os seus livros correctamente.

O mesmo Ignacio Gogorza disse que «os representantes da Igreja Católica e de outras Igrejas cristãs evangélicas, reuniram-se (…) com o ministro da Economia, Ernest Bergen, e com o vice-ministro da Tributação para reiterar a nossa posição de que as actividades religiosas não são comerciais», reiterando, assim, a sua pretensão de continuarem a cumprir as suas actividades sem pagar impostos.

O tesoureiro da Conferência Episcopal do Paraguai acrescentou também que «as igrejas lidam com doações e colaborações anónimas dos fieis pelo que as paróquias pequenas que subsistem com um rendimento mínimo graças aos donativos não têm a oportunidade de organizar-se como uma empresa comercial».

Estranhamente, muitos dos profissionais independentes não têm a oportunidade de organizar-se como uma empresa comercial e, no entanto, têm de manter a sua contabilidade organizada por motivos fiscais. Para além disso, muitas empresas comerciais não têm o volume de receitas que têm algumas paróquias e, no entanto, não é por isso que todas as empresas comerciais estão isentas do pagamento de imposto.

Quanto à natureza não comercial das actividades das Igrejas, tal é discutível. Todos aqueles ritos a que o crente se submete desde o nascimento até à sua morte poderão ser considerados como prestações de serviços comparáveis – embora de utilidade altamente duvidosa – com uma consulta médica. Além disso, há que considerar a venda de velas, terços, postais, marcadores de livros, rifas, estatuetas, amuletos e «recuerdos» diversos que não deixam de constituir receitas por terem mais ou menos símbolos religiosos.

8 de Agosto, 2005 Palmira Silva

Leituras de Verão


Acabei de ler e recomendo: «Imprimatur, O segredo do Papa» de Rita Monaldi, especialista em História das Religiões e professora na Università della Sapienza, em Roma, e na Staatuniversitat, em Viena, e Francesco Sorti, especialista em música do século XVII. Recomendo especialmente a leitura do apêndice (ou notas) que, sem deixar sombra para dúvidas, atestam a «santidade» de mais um beato (este de Pio XII) candidato a «santo»: o papa Inocêncio IX, originalmente Benedetto Odescalchi.

8 de Agosto, 2005 Carlos Esperança

Exorcismo político

O Diário Ateísta que desconhecia maus exorcismos tomou conhecimento de que o cardeal venezuelano, Rosalio Castiio Lara, receita um bom exorcismo para resolver todos os problemas nacionais e acabar com a maldade do presidente Hugo Chávez a quem atribui poderes diabólicos.

Um exorcismo feito com a experiência da Santa Madre Igreja, católica, apostólica, romana e com o ódio que o cardeal nutre pelo presidente Chávez, podia expulsar o Maligno, que possui o presidente, e convertê-lo num anjo.

O cardeal incita a população à assuada, ao pronunciamento, ao motim, à insurreição e ao pontapé no cu, por serem métodos mais limpos e baratos do que o golpe de Estado.

Graças aos ritos da ICAR e à água benta, fórmulas exclusivas da ICAR, é possível um bom exorcismo que conduza a um Governo da sua confiança.

O jornalista Josep Pernau sugere que o exorcismo podia ser programado para um canal televisivo e comentado por um especialista da linha do Papa Rätzinger, tornando-se o primeiro televisionado.

Só aqui é que o jornalista falhou. Em Portugal o padre Humberto Gama já fez um exorcismo em directo para a TVI, a partir de Bragança, expulsando demónios poderosos que apoquentavam uma paroquiana.

Fonte: «UN EXORCISMO PARA EL POSESO CHÁVEZ» – El Periódico, de hoje, artigo de Josep Pernau (site indisponível).

8 de Agosto, 2005 Palmira Silva

Dentro dos movimentos de ódio

Na edição de ontem do diário britânico The Times são apresentados os resultados da investigação promovida por um repórter que durante dois meses infiltrou a organização The Sect, aparentemente dirigida por Abu Uzair mas que, tal como a congénere Al Ghurabaa de Abu Izzadeen, é na realidade uma nova face da vigiada Al-Muhajiroun do Ayatollah de Tottenham, Omar Bakri Mohammed, que afirma que «a vida de um descrente não tem qualquer valor».

Recomendo vivamente a leitura do artigo não obstante ser absolutamente estarrecedor ler o que a equipa da Insight decobriu! Ler que os quatro bombistas que semearam o terror em Londres no dia 7 de Julho são referidos como os «quatro fantásticos», que Bakri afirmou, para uma audiência de influenciáveis jovens, ser imperativo aos muçulmanos «instalar o terror nos corações dos kuffar (infiéis)» acrescentando «Eu sou um terrorista. Como muçulmano claro que sou um terrorista». Ou saber que para Bakri apenas os muçulmanos são inocentes e portanto quando afirmou publicamente que condenava o assassínio de civis inocentes se estava de facto a referir apenas aos muçulmanos, uma vez que um kuffar nunca pode ser inocente já que não segue estritamente as leis islâmicas ou Sharia.

Ficamos igualmente a saber que é um dever dos membros destas organizações, que pretendem instalar um estado islâmico no Reino Unido ( e no resto do mundo), não contribuir de alguma forma para o odiado estado britânico. Assim não devem ter emprego nem sequer pagar seguro automóvel, que contribuiriam para o sistema kuffar. Devem viver de subsídios estatais tal como o profeta Maomé que vivia às custas do estado ao mesmo tempo que o atacava.

As provas compiladas pelos repórteres do The Times, que incluem muitas horas de gravações, serão certamente usadas pelas autoridades para apresentar as hoje anunciadas acusações de traição contra os três clérigos Omar Bakri Mohammed, Abu Izzadeen e Abu Uzair.

Acusações possíveis também pela descoberta prévia pelo The Times de um «chatroom» que era utilizado por Omar Bakri Mohammed para proselitar ao domicílio os seus seguidores. E em que numa dessas conversas afirmou que o Reino Unido era «uma terra de guerra» e que o pacto de segurança, que evitava ataques de muçulmanos britânicos a Inglaterra, tinha acabado e que era obrigação dos muçulmanos lutar a jihad e juntarem-se à Al Qaeda. Ou pela conferência organizada em 2003 pela sua organização al Muhajiroun intitulada «Os 13 magníficos» em honra aos terroristas suicidas do 11 de Setembro. E pelas recentes declarações de Abu Izzadeen e Abu Uzair ao programa Newsnight da BBC2!