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25 de Agosto, 2005 Palmira Silva

Talibum Robertson em negação

Depois de mais umas afirmações inconcebíveis, neste caso depois de ter sugerido o assassinato do presidente eleito da Venezuela, o piedoso reverendo Pat Robertson, que tanto vocifera contra o abandono da moral e bons costumes nos Estados Unidos, que conjuntamente com o «pai» dos teocratas nos Estados Unidos, Jerry Falwell, culpou os homossexuais e ateístas pelos atentados de 11 de Setembro, mete as mãos pelos pés ao tentar justificar as suas afirmações de segunda-feira.

Primeiro durante uma emissão do programa «The 700 Club» da CBN (Christian Broadcast Network) negou ter pedido o assassinato de Chavez e afirmou que tudo não passou de uma má interpretação das suas palavras pela imprensa (certamente ateus mal intencionados) e que ele de facto queria dizer rapto e não assassinato. Depois de confrontado com as suas palavras, que não deixam margem para más interpretações, emitiu um comunicado de imprensa pedindo desculpa por afirmações que considera resultantes da frustração que sente em relação à situação. Mas no seu pedido de desculpas compara Chávez a Saddam Hussein e Adolph Hitler

Quiçá Pat tenha nos últimos tempos visitado o seu amigo Henry Kissinger, acusado de ajudar a raptar e assassinar vários lideres sul-americanos nos anos 70, no que foi denominado Operação Condor. Nomeadamente o general chileno Rene Schneider, raptado e assassinado como preparação para o golpe de estado que terminou na morte do presidente democraticamente eleito Salvador Allende. Golpe de estado que marcou o início dum período negro no Chile com a tomada do poder pelo «piedoso» e mui católico Pinochet! Certamente mais ao gosto de Pat Robertson…

Entretanto os democratas reclamam que a administração Bush denuncie as declarações de Robertson, um proeminente republicano e líder da base evangélica do partido. O democrata Gregory Meeks afirmou que «É uma pena que a condenação mais forte do Departamento de Estado a este tipo de violação da lei americana pelo líder da base evangélica do Partido Republicano, um conhecido tele-cristão e um candidato à presidência em 1988, seja apenas ‘desapropriada’»

24 de Agosto, 2005 Carlos Esperança

Já não há respeito

Roupas reduzidas perturbam missas. Os padres da região preocupam-se com o respeito nas igrejas – lê-se em «O Mirante».

Em terras da diocese de Fátima/Leiria que ainda não se chamava assim, andou a Virgem bem ataviada a poisar nas azinheiras e a pregar aos rudes pastorinhos as virtudes da modéstia no trajar e as vantagens do terço na conversão da Rússia.

Pediu a divina criatura que não ofendessem Deus – que tem mau humor, o que João César das Neves confirma -, que não ferissem o pudor nem faltassem à compostura que os sacros lugares exigem.

Tantos terços depois, inúmeras novenas, rores de padre-nossos e ave-marias, aparecem mulheres em trajos reduzidos a ofender a Deus, atiçar os homens e deixar os padres à beira de um ataque de nervos, que outros nervos a idade levou.

Lá de cima, o Padre Eterno olha de soslaio o decote atrevido, roboriza-se com as coxas bem torneadas, excita-se com a anatomia desnuda, solta imprecações perante o biquini reduzido, a transparência da seda e o linho que percorre o corpo feminino.

Não é por ele, que tudo vê, cujo olhar torna transparente a burka e o hábito da freira, o capote alentejano e a batina do prior. É pelos homens que se distraem dos deveres pios em doces lucubrações, que enjeitam a elevação do santíssimo por um olhar lúbrico, que esquecem o martírio do seu Deus enlevados no prazer dos sentidos.

O P.e Ricardo Mónica conduzia o terço na capelinha das aparições e deparou-se, quiçá entre o terceiro e o quarto mistérios, com duas jovens de biquini, com um páreo sobre as pernas, que é mais o que mostra do que o que esconde. Até podia enganar-se no número de ave-marias, saltar um mistério ou deixar cair o rosário.

Imagine o leitor o P.e José Cortes na consagração da hóstia e toca um telemóvel. Quem garante que a consagração fica bem feita, que o milagre da transubstanciação acontece ou que apenas se mantém vinho e pão?

Tem razão o reverendo António José Santos, o mais antigo da diocese de Santarém: «é a banalização da fé, dos valores e do respeito…». Deus não pode ser assim ofendido, ele que teve tanto cuidado com Adão e Eva que, depois de descobrirem o que podiam fazer juntos, perderam a inocência e Deus reservou-lhes folhas de parra, a primeira tentativa de cobrir as partes pudendas que evoluiu a caminho da burka e do hábito das carmelitas.

24 de Agosto, 2005 Palmira Silva

200 000

Este é o número de visitas que o Diário Ateísta contabilizou hoje: umas respeitáveis 200 mil, que correspondem a 100 mil visitas em 5 meses. A todos os nossos leitores um muito obrigado, inclusive aos que visitam estas páginas com a vã esperança de nos evangelizarem. Como diz o Carlos, ateísmo é sinónimo de tolerância, o Diário Ateísta existe para expôr as intolerâncias intrínsecas e indissociáveis das religiões. Porque como tive oportunidade de escrever há uns tempos, no nosso mundo cada vez mais global em que urge a coexistência pacífica, especialmente de credos (ou inexistência deles), qualquer grupo que pretenda ser o detentor intolerante da verdade e moral absolutas, que se arrogue divina e superiormente justificado para impor a sua forma de ver e estar na vida é uma ameaça à paz e à justiça.

Todos nós somos testemunhas do perigo dos fundamentalismos religiosos. Os que têm curiosidade em investigar a História sabem que nada de bom adveio do absolutismo religioso em termos do que deveriam ser os valores universais, independentes dos deuses por que cada um jura, nomeadamente o respeito pelo outro.

A paz, a justiça, os direitos e a própria sobrevivência do homem só serão de facto possíveis quando as religiões se remeterem para o foro privado, que deveria ser o seu papel, sem tentativas de imiscuição na vida pública. Sem julgamentos de valores sobre a qualidade moral dos que não subscrevem a respectiva religião porque os preconceitos e o sentimento de superioridade moral resultantes justificam (e justificaram) as acções mais ignóbeis de que a Humanidade foi vítima. E é urgente que o não esqueçamos! Por isso o recordamos frequentemente…

24 de Agosto, 2005 Carlos Esperança

Ateísmo é tolerância

Não sou contra as pessoas que têm fé. Sou contra a fé que as pessoas têm.

Defendo o direito a ter fé, a mudar de crença, regressar à anterior, partir para outra e a não ter fé. Só não aceito a imposição e a violência que soe acompanhar o proselitismo.

Combato os avençados do divino que não aceitam outra fé e, sobretudo, quem a não tem. Ataco os parasitas de Deus e os charlatões místicos. Desmascaro Deus e outros mitos.

Os deuses, tal como as pessoas, nascem, crescem e morrem, apenas o seu ciclo é mais difícil de prever e a sua existência impossível de provar. O próprio Jesus Cristo, depois de uma curta carreira de milagres e pregação, actividades em voga no seu tempo, nasceu há cerca de 2005/2012 anos. Pouco tempo para um Deus e demasiado para as vítimas.

À volta de Deus crescem interesses, organizam-se multidões de parasitas que precisam de multiplicar o número de devotos para manterem o poder e as prebendas. A história das religiões comparadas mostra que são todas parecidas, tendo a morte e o medo como alimento predilecto.

Leão X, Papa católico (ateu, por acaso) dizia que «a fábula de Cristo é de tal modo lucrativa que seria ingénuo advertir os ignorantes do seu erro». Até Pio XII, que morreu com a consciência pesada de ser anti-semita e vagamente nazi, afirmava que, para os cristãos, Cristo era do domínio da fé, não era objecto da história.

Alguns leitores acusam-me de ser, não tanto contra as religiões, mas sobretudo anti-católico. É benevolência dos católicos. Sou contra todas. Já algumas vezes afirmei que todas as religiões se consideram a única verdadeira, donde se conclui que, na melhor das hipóteses, são falsas todas menos uma e, muito provavelmente, são todas.

É verdade que sou mais generoso para com o catolicismo, por ser o mais pernicioso em Portugal. Deve-se-lhe o atraso do País, por ter sido religião obrigatória. Os padres foram quase sempre caceteiros e trogloditas. Atacaram o liberalismo a favor do miguelismo, a República mancomunados com a monarquia, a democracia, aliados à ditadura.

Até na guerra colonial a posição oficial da Igreja católica portuguesa foi empenhada, com o cardeal Cerejeira a afirmar que defendíamos a civilização cristã e ocidental, depois de ter sabido pela Irmã Lúcia que Salazar fora enviado pela providência, quando os portugueses achavam que só podia ter sido pelo diabo.

Deus é uma miragem, afasta-se à medida que as pessoas se aproximam.

24 de Agosto, 2005 Palmira Silva

Pat Robertson pede o assassínio de Hugo Chávez

Pat Robertson, o pastor evangélico que é o ex-libris dos teoconservadores ou «religious right», fundador da Coligação Cristã e director executivo da CBN (Christian Broadcast Network), que esteve envolvido recentemente numa polémica depois de ter afirmado no programa «This Week with George Stephanopoulos» que os terroristas que perpetraram o 11 de Setembro são apenas «alguns terroristas barbudos que voam contra edíficios» e que a verdadeira ameaça para os Estados Unidos são os juízes federais que não partilham os seus pontos de vista em relação ao aborto, discriminação de homossexuais e mulheres e as outras aberrações em relação aos direitos humanos que são a imagem de marca de qualquer fundamentalista religioso, islâmico ou cristão, voltou às luzes da ribalta. De facto, depois de ter afirmado que os ditos juízes são uma ameaça maior para a América que os terroristas, Nazis durante a segunda Guerra Mundial ou a Guerra Civil no século XIX, o que provocou um prevísivel repúdio, Pat Robertson vem agora pedir o assassinato do presidente venezuelano Hugo Chávez.

Robertson, que foi ainda o fundador da Coligação Cristã da América (Christian Coalition of America) e candidato à nomeação repuplicana para as presidenciais em 1988, afirmou segunda-feira no seu programa «700 Club», transmitido para milhões de pessoas no globo pela CBN, que o presidente venezuelano transformaria o seu país «num ponto de lançamento para a infiltração comunista e extremismo muçulmano em todo o continente» e assim, matar Chávez, um aliado de Fidel de Castro, seria «muito mais barato que começar uma guerra». Acrescentando que «Nós temos a capacidade de o matar e eu penso que é tempo de exercer essa capacidade. Nós não precisamos de outra guerra de 200 biliões de dólares para nos vermos livre de outro ditador poderoso. É muito mais fácil deixar que alguns dos operativos infiltrados façam o trabalho e acabem com o problema».

O governo venezuelano, pela voz do vice-presidente Jose Vicente Rangel, respondeu ontem afirmando que as observações de Robertson são «declarações terroristas», condenando-as como um incitamento ao assassínio de Chàvez e pediu às entidades oficiais americanas que tornem claro que as leis anti-terroristas se aplicam não só aos radicais muçulmanos mas «até para tais cristãos»:

«É uma enorme hipocrisia manter um discurso anti-terrorista e, ao mesmo tempo, no coração desse país existirem declarações completamente terroristas como essas».

Até agora a única reacção da administração Bush consistiu na declaração que Robertson é um cidadão privado que proferiu palavras «inadequadas» que não reflectem a posição da administração americana.

Quiçá Robsertson tenha sido inspirado pelas piedosas palavras do Cardeal Rosalio Castillo Lara, um determinado opositor de Chávez, que «pede a Deus que nos liberte deste flagelo (Chávez, claro)», e considere que o exorcismo recomendado pelo mui católico Cardeal não é suficiente!

E como nota adicional da BBC, refere-se que a Venezuela é o 5º produtor mundial de petróleo e um grande fornecedor dos Estados Unidos.

23 de Agosto, 2005 Carlos Esperança

Depois do circo de Colónia

O circo de Colónia encerrou as portas. O nome – XX Jornadas Mundiais da Juventude – foi um logro bem ao gosto da ICAR -, pois a falta do adjectivo «católica» induziu os néscios e os distraídos a pensar que eram jornadas ecuménicas ou um convívio jovem para confraternização e divertimento, já que a cultura anda arredia das reuniões pias.

Foi um ajuntamento de um milhão de créus arregimentados para prestar vassalagem ao novo pastor alemão, B16, Papa vitalício da ICAR.

A penitência foi dura: 12 discursos papais, muitas orações, diversas missas e música sacra em exclusivo, demasiado monótona para melómanos eclécticos.

Para fingir o carácter universal da Igreja católica, as festividades terminaram com o Gloria in excelsis Deo, cantado em latím, por jovens de cinco continentes, com uma orquestra de violinos e instrumentos andinos. Foi o ponto alto do espectáculo antes do correr do pano.

Ficou aprazado novo festival para 2008, em Sydney, com o mesmo nome enganador – Jornada Mundial da Juventude/2008 (JMJ). O arcebispo australiano já se congratulou com a escolha, afirmando que o evento «ajudará a consolidar a fé dos católicos daquele país-continente», onde os esforços publicitários serão concentrados.

O Papa Ratzinger respirou de alívio depois da primeira actuação no estrangeiro, por sinal a sua terra natal, bastante indiferente a Deus e ao Papa. Regressou, depois, ao antro donde comanda a ortodoxia, o proselitismo e a política global da Igreja Católica.

Talvez, à semelhança do que fez nas últimas eleições americanas, prepare uma carta para os bispos de um qualquer país para advertir os crentes de que não podem comungar se defenderem o aborto ou a eutanásia ou votarem em candidatos que defendam tais abominações. Se defenderem a guerra justa ou a pena de morte, mesmo que o Papa não o faça, isso são meros pontos de vista, compatíveis com a deglutição da hóstia.

Terminou o circo. B16 mantém o traje, um alvo vestido branco e sapatinhos vermelhos.

23 de Agosto, 2005 pfontela

Os mercenários de deus

Os tempos mudam mas há atitudes que permanecem congeladas no tempo. Se no passado a conversão se fazia pela espada, com o apoio dos exércitos coloniais e do poder central, hoje as sensibilidades modernas não permitem (em geral) um uso tão flagrante da força. Em resposta a estas mudanças os pregadores também mudaram de tácticas.

Hoje em dia não se mandam missionários acompanhados por um destacamento militar para ajudar “os selvagens”. Hoje constroem-se equipas de apoio “humanitário” e parte-se para uma qualquer zona problemática do globo. Não importa se é um tsunami ou um terramoto, o fundamental é que haja desespero. Uma vez aí chegados aproveita-se da fragilidade das pessoas que perderam bens materiais, família e amigos e prega-se a divindade de Jesus, a Santíssima trindade e tudo o resto que é essencial para alguém que só quer reconstruir a sua vida em paz. Como abutres que são estes missionários seguem o rasto de morte e miséria e espalham a glória de deus.

Alguns destes servos do senhor, são tão zelosos do seu dever que não contentes com a completa falta de ética descrita atrás recorrem a meios ainda mais directos: a chantagem. Sem conversão não há apoio para ninguém.

A falta de conduta ética de certas organizações religiosas, regra geral cristãs, é chocante. O seu uso da catástrofe para promover o avanço da sua fé no exterior é algo de grotesco (quase tão aberrante como o uso que fazem da miséria material e indigência intelectual para se promoverem nos seus países de origem). A coberto da ajuda internacional humanitária movem um sinistro movimento de evangelização. O serviço a deus por vezes fala mais alto que qualquer valor ético.

23 de Agosto, 2005 Ricardo Alves

Mais humanistas na ONU

O Center for Inquiry Transnational (CFI), uma organização humanista que congrega ateus, agnósticos e outros livres pensadores, obteve estatuto consultivo junto do Comité Económico e Social da ONU (ler o comunicado de imprensa do CFI). Tal estatuto permitirá a este grupo humanista não religioso ter representantes acreditados junto da ONU e participar em conferências como Organização Não Governamental.

O CFI tem como objectivo principal a «defesa e promoção da razão, da ciência e do livre exame em todas as áreas do esforço humano», e inclui como dois dos seus braços mais activos o Council for Secular Humanism e o Committee for the Scientific Investigation of Claims of the Paranormal. É dirigido por Paul Kurtz e congrega personalidades como Richard Dawkins, Christopher Hitchens, Susan Jacoby, Ibn Warraq ou Peter Singer.

Deve recordar-se que a IHEU (International Humanist and Ethical Union), a única organização humanista a ter assento no Comité Económico e Social da ONU até agora, tentou, a 26 de Julho de 2005, que a Sub-Comissão de Direitos Humanos da ONU condenasse o terrorismo praticado em nome da religião, e que esta acção foi travada pelos Estados islâmicos da ONU. Estes Estados têm actuado em muitas comissões e conferências da ONU em coligação com alguns países de população católica, nomeadamente quando estão em causa os direitos das mulheres ou comportamentos sexuais minoritários.

O estatuto consultivo de que goza a IHEU e outras ONG´s, e que foi agora concedido ao CFI, seria o estatuto adequado para a ICAR, que infelizmente é considerada pela ONU um «Estado» não membro mas com o estatuto de Observador Permanente. Efectivamente, a Santa Sé representa uma religião e não um Estado, e por isso deveria ser representada como uma ONG, como acontece com as outras religiões e com as organizações humanistas.
23 de Agosto, 2005 Palmira Silva

Lealdade

O mais famoso espião duplo americano, Robert P. Hanssen, o agente do FBI preso em 2001, foi condenado um ano depois a prisão perpétua sem hipótese de perdão, sem nunca explicar o que o motivou a trair o seu país.

O que intrigou o público americano, que não conseguia perceber quais as razões que levariam o devoto católico, membro da Opus Dei e fervoroso anti-comunista Hanssen a trair o seu país vendendo segredos à União Soviética durante mais de 15 anos. Especialmente porque o espião, contraproducentemente, afirmou quando foi preso que traiu o seu país por lealdade.

Esta afirmação suscitou uma série de teorias sobre a que lealdade se referiria Hanssen, sendo lealdade à Opus Dei uma resposta frequente.

Outra teoria apenas atribui indirectamente à sua filiação na Opus Dei a razão da traição ao seu país. Uma teoria que explica o sucedido porque, embora traindo o seu país, Hanssen consideraria justificados os seus actos uma vez que o dinheiro recebido dos russos foi usado para mandar os seus 6 filhos para escolas, muito caras, da Opus Dei. Os seus filhos eram bons alunos e ele esperava que no futuro, fruto da boa educação proporcionada, pudessem fazer parte de uma guerra santa que faria dos Estados Unidos um país «melhor», dedicado a Deus e em que fossem banidas abominações como o aborto, divórcio, contracepção e outros males que ele e a Opus Dei execravam.

23 de Agosto, 2005 Palmira Silva

Distúrbios psíquicos

Luminita Solcan, a romena que assassinou o irmão Roger Shultz, o fundador da comunidade ecuménica Taizé, sofria de ilusões paranóicas relacionadas com a religião e tinha como ambição ser freira.

A romena, que tinha tentado infrutiferamente ser admitida em vários conventos e que tentava admissão na comunidade Taizé, contou à polícia que se dirigiu ao irmão Roger para o avisar da existência de «maçons e monges perversos» na sua comunidade. Confirma ter-lhe apontado uma faca mas nega o esfaqueamento que o vitimou.

O funeral do irmão Roger realiza-se hoje em Taizé. De acordo com os seus desejos será um funeral seguindo os ritos católicos e não os da sua confissão protestante.