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Categoria: Não categorizado

14 de Novembro, 2018 Carlos Esperança

Sobre a existência de Deus

Não tenho a mais leve suspeita ou o menor indício da existência de Deus e, por isso, sou ateu.

Ontem num auditório da Universidade de Coimbra ficou provado que as religiões podem ser tolerantes e aceitarem o diálogo. É o caso da religião dos meus interlocutores

Joel Oliveira

Uma honra conversar sobre a fé cristã/ateísmo e a liberdade de expressão com o Prof. Carlos Esperança, Presidente da Associação Ateísta Portuguesa.
Hoje às 19h no Pólo Zero no Porto, o senhor que se segue é o meu amigo Rui André, um dos ateus mais inteligentes que eu conheço 

It is an honor to talk about the Christian faith/atheism and freedom of expression with Prof. Carlos Esperança, President of the Portuguese Atheist Association. Today at 7pm in Porto, the next gentleman with whom i will engage in conversation is my friend Rui Andre, one of the most intelligent atheists I know 

– Carlos Esperança
Agradeço o convite e felicito quem procura o contraditório sem fogueiras a crepitar no pensamento ou fatwa emitida contra os ateus.

Foi uma honra dialogar convosco.

11 de Novembro, 2018 Carlos Esperança

Fé, loucura e Paraíso

«Convertida ao islamismo, Sinead O’Connor diz não querer passar mais tempo com ‘gente branca’

Nas redes sociais, cantora também critica os teólogos cristãos e judeus que atacam sua nova fé

EFE

08 Novembro 2018 | 12h43

A cantora irlandesa conhecida como Sinead O’Connor até sua recente conversão ao Islã afirmou que não quer “passar mais tempo” com “gente branca porque são nojentas”.

Em uma série de mensagens publicadas no Twitter, Shuhada’ Davitt, seu nome atual, pede “perdão” pelo que diz, pois reconhece que pode ser “racista”, mas assegura que “o senhor” necessita de “trabalhadores para fazer o trabalho sujo”.

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Cantora Sinead O’Connor anuncia conversão ao islamismo. Foto: Foto: Reprodução/Twitter
“O que vou dizer é tão racista que nunca acreditei que a minha alma poderia se sentir assim. Mas, sério, nunca vou passar mais tempo com gente branca (se assim é como se chama os não muçulmanos). Nem um minuto a mais, por nenhum motivo. São nojentas”, escreveu a artista de 51 anos.

Nos tuítes, a cantora também critica os teólogos cristãos e judeus que atacam sua nova fé e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao mesmo tempo que questiona se o Twitter irá censurar seus comentários, enquanto ao líder republicano é “permitido vomitar imundícies satânicas inclusive sobre meu país”.

“Todo mundo diz que os pobres americanos são vítimas de Trump. Mas vocês é quem o contrataram. Por isso, despeçam-no. Caso contrário, são cúmplices. É o mesmo que acontece com o chamado terrorismo islâmico. Que é exatamente o que o diabo quer e adora”, disse Shuhada’.

“Nenhuma pessoa irlandesa sobre a terra estaria em desacordo. Nós não demitidos a Igreja. Deixamos que abusassem de nossos filhos sob nossos narizes”, prosseguiu.

O’Connor ganhou fama mundial nos anos 90 com a música do americano Prince Nothing Compares 2 U, embora também seja lembrada por rasgar em 1992 em uma rede de televisão americana uma fotografia do então papa João Paulo II, em protesto contra os abusos sexuais cometidos contra menores.

Nos últimos anos, a cantora também declarou que luta contra a depressão e um transtorno bipolar e que teve frequentemente pensamentos suicidas, após confessar que ela mesma foi vítima de abusos na infância.»

9 de Novembro, 2018 Carlos Esperança

O que o Opus Dei pensa da mulher

A FRASE:

«Cada mulher tem em si a capacidade de ser quem cuida casa»

(José Rafael Espírito Santo, líder do Opus Dei, em Portugal) – in Visão n. 1340, pág. 30 (8/11-14/11/2018)

5 de Novembro, 2018 Luís Grave Rodrigues

Arca de Noé

Esta é uma réplica da Arca de Noé.

Foi construída nos Estados Unidos com as medidas relatadas na Bíblia. 

Moral da história: se a religiões não fossem estúpidas, os fundamentalistas religiosos seriam pessoas sensatas… 

15 de Outubro, 2018 Carlos Esperança

Liberdade Religiosa e Denúncia de Crimes

Por

Onofre Varela

Leio que a Igreja Católica Australiana não denunciará abusos sexuais revelados em confissão (El País, 9/9/2018). Após reunião da Conferência Episcopal local, a Igreja fez saber que os sacerdotes não podem revelar abusos sexuais de que tenham tido conhecimento através da confissão, nem podem ser forçados a fazê-lo, porque violar essa norma “vai contra a fé e a liberdade religiosa”. Esta directiva religiosa desobedece à comissão governamental que desde 2012 investiga casos de abusos a menores em instituições religiosas, e que propõe sanções penais contra quem não denuncie este tipo de crimes.

A frase “contra a fé e a liberdade religiosa”, que será uma norma a não violar pela Igreja, obriga-me a algumas considerações. A fé é um sentimento lícito de qualquer pessoa e não deve ser proibida, até porque não é possível proibir sentimentos. A liberdade religiosa está acoplada à fé e ao livre exercício de culto, o que, numa sociedade democrática, não se proíbe. Quanto ao calar um crime de que se tenha conhecimento… já tenho dúvidas. Onde fica o direito do violado a ver o violador entregue à Justiça? E a ser indemnizado pelo crime de que foi vítima?

Entre nós, quando em regime ditatorial, os “crimes contra o Estado” protagonizados por opositores eram encobertos pelos democratas que até os praticavam sempre que podiam como modo de contrariar as vontades do ditador. Nesse tempo, na Igreja Católica havia sacerdotes que protegiam os revoltosos contra a ditadura de Salazar, e só os “bufos” delactavam os activistas políticos que se insurgiam contra o ditador e o queriam derrubar. Em regime de Democracia tudo muda para melhor.

A lei do silêncio decretada pela Igreja Australiana chega depois do Papa ter solicitado (e bem, no meu entender) aos responsáveis eclesiásticos que denunciem os possíveis casos de pederastia, após se reconhecer abusos a mais de mil meninos na diocese da Pensilvânia (EUA) perpetrados por 300 sacerdotes durante sete décadas! Os bispos australianos consideraram que “o segredo da confissão é precisamente uma salvaguarda para os meninos e as pessoas vulneráveis” e que “o segredo da confissão é um elemento não negociável da nossa vida religiosa e encarna uma compreensão do crente e de Deus”. Esta dialéctica dos bispos deixa-me espantado e cada vez mais em desacordo com os responsáveis da Igreja que demonstram querer ser ela, hoje, a mesma ditadura medieval.

O governo australiano responsabiliza a Igreja Católica e os organismos por ela tutelados, pelos numerosos casos de pederastia, qualificando-os de “tragédia nacional”, e revela que 4.500 pessoas se queixaram à Igreja australiana por presumíveis abusos a menores cometidos por 1.880 membros da Igreja. Entretanto a Igreja compromete-se com o futuro, dizendo “Nunca mais”. Será?!… Como pode a Igreja comprometer-se, honestamente, com o futuro, naquilo que nunca conseguiu evitar no passado?

(Artigo de Onofre Varela in jornal Gazeta de Paços de Ferreira, na edição do dia 18 de Outubro de 2018. O autor não obedece ao último Acordo Ortográfico)