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18 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Educação católica nos EUA

O arcebispo J. Michael Miller, secretário da Congregação para a Educação Católica, foi o principal orador numa conferência devotada à discussão da educação católica no ensino primário e secundário, organizada pela Universidade Católica da América. Na sua intervenção o dignitário do Vaticano afirmou que a inexistência de financiamento público para escolas confessionais nos Estados Unidos é uma injustiça e «uma anomalia incrível» a nível mundial. Afirmando mesmo que os europeus estão «absolutamente espantados com a situação nos Estados Unidos», o que não deixa de ser verdade mas pelas razões opostas às que o piedoso arcebispo refere, isto é, os europeus estão espantados com o peso anormal que a religião tem na vida política americana. Mas, segundo Miller, o que espanta os europeus sobre os Estados Unidos (pela positiva diria eu) é esta ser uma das poucas nações no mundo em que existe pouco ou nenhum financiamento público para escolas religiosas, o que, de acordo com o responsável do Vaticano, coloca os Estados Unidos na companhia «do México, Coreia do Norte, China e Cuba».

Para Miller, a imagem de marca de uma escola católica é a sua inspiração numa «visão sobrenatural», de acordo com a missão evangelizadora da Igreja que pretende imbuir toda a vida das crianças com o espírito dos Evangelhos, com o louvável fim de «fabricar santos». E enfatizando que a descrição da pessoa humana oferecida pelas escolas laicas «simplesmente não é cristã», quiçá referindo-se ao odiado evolucionismo que nega a criação divina e o Imago Dei, fundamental à propalação das «verdades absolutas» obscurantistas tão queridas à santa Igreja. Pobres crianças sujeitas ao fanatismo de tais fundamentalistas!

Enfim, todo o episódio é apenas mais um que caracteriza uma igreja que se considera perseguida se não for financiada com dinheiros públicos para proselitar à vontade. E de uma igreja que considera a laicidade uma das abominações da actualidade. Nunca deixa de me surpreender, pela negativa, esta insistência da Igreja Católica, certamente relembrando os «gloriosos» tempos medievais, alvo de constantes reminiscências do anterior Papa, em ser sustentada com o dinheiro dos impostos de todos, católicos e não católicos! Especialmente este ênfase em usar os dinheiros públicos para fazer lavagens ao cérebro desde tenra idade, com total desrespeito pelos mais elementares direitos das crianças!

Espero que, de acordo com a Constituição dos Estados Unidos que consagra como pedra basilar a total separação religião-Estado, que estas jamais tenham financiamento público! Especialmente considerando o que ensinam nas escolas católicas americanas! Uma geração de americanos acreditando na definição de falácia e demais disparates «sobrenaturais» encontrados nos livros de ciência das escolas católicas seria desastroso!

«Falácia: tudo o que contradiz a verdade revelada de Deus, não importa quão científico, quão estabelecido ou quão aparentemente consistente e lógico pareça»

17 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Islão Liberal

O Jaringan Islam Liberal (JIL) é um movimento islâmico indonésio que se propõe desenvolver interpretações liberais do Islão, coerentes com os seus princípios democráticos e humanistas, e disseminá-las para o público em geral, como forma de contrariar a crescente influência no país do islamismo radical, fundamentalista e militante.

A escolha do termo liberal para a designação deste movimento progressista, desenvolvido por jovens intelectuais indonésios no início de 2001, inicialmente através de uma mailing list, [email protected], reflecte a enfatização do JIL na liberdade individual de acordo com a doutrina Muta’zilah (ou Mu’tazilite) de liberdade humana e libertação da polis do domínio opressivo e anti-democrático do Islão tradicional. Assim, os objectivos do JIL são a promoção de um meio de diálogo, aberto e livre da pressão do conservadorismo, de forma a permitir o desenvolvimento de uma estrutura sócio-política humana e justa. Para o JIL a democracia é o melhor sistema para conseguir tal objectivo.

A descrição oficial do JIL é «uma comunidade que estuda e tenta implementar uma visão do islamismo que é tolerante, aberta e que apoia o fortalecimento da democratização da Indonésia». Mas aderir a esta comunidade é agora muito perigoso para os indonésios, fatalmente perigoso mesmo, uma vez que o principal conselho islâmico na Indonésia decidiu banir Julho último as interpretações liberais da fé, lançando uma fatwa sobre a JIL. Desde então inúmeras ameaças de morte têm pendido sobre os membros do grupo, tendo, inclusive, sido organizado por um grupo radical, Islam Defenders Front, um ataque (falhado) à sede do grupo em Utan Kayu, Jacarta.

Outras instituições sedeadas em Utan Kayu são alvo do ódio dos fundamentalistas indonésios, nomeadamente uma galeria de arte, a Galeri Lontar, a «incubadora» do JIL, o Institute for the Studies on Free Flow of Information (ISAI), e a estação de rádio privada Radio 68H, que foram avisadas que devem cessar as suas actividades até ao início do Ramadão por promoverem, horror dos horrores, o liberalismo, pluralismo e laicidade.

Os éditos que baniram o JIL e a subsequente campanha de ódio contra os seus membros coincidiram com o encerramento de igrejas cristãs não autorizadas e com a prisão de três mulheres que cometeram o «crime» atroz de convidarem crianças muçulmanas para eventos cristãos.

Aparentemente os fundamentalistas islâmicos tentam por estes movimentos de ódio conseguir o que não conseguiram nas urnas, a imposição da linha dura islâmica na Indonésia. De facto, nas últimas eleições os partidos fundamentalistas que advogam a imposição da Sharia e o fim do pluralismo obtiveram apenas 22% dos lugares no Parlamento da maior nação muçulmana do mundo, que, afronta das afrontas para os fanáticos, não é um estado islâmico.

Como já reiterámos inúmeras vezes no Diário Ateísta nada nos move contra as religiões, muito menos contra a esmagadora maioria dos seus crentes, mas opor-nos-emos sempre aos fundamentalistas intolerantes de todas as religiões que pretendem impôr as suas visões obscurantistas e os seus dogmas anacrónicos às respectivas sociedades. A religião para nós deve ser algo estritamente do foro pessoal que não deve ter qualquer lugar nas estruturas políticas das nações democráticas. Assim, faço votos, fervorosos, que esta visão progressista do Islão tenha sucesso e não apenas na Indonésia. Aliás, considero que movimentos como o JIL são a única forma eficaz de combate ao terrorismo fundamentalista islâmico que devia ser apoiada pelas instâncias internacionais.

16 de Setembro, 2005 Carlos Esperança

Milagre ou abuso de confiança ?

Um abade director financeiro da diocese de Ajaccio foi detido

O abade responsável pelas finanças da diocese de Ajaccio, Antoine Videau, 60 anos, está a ser investigado pela polícia judiciária por ordem do juiz que o acusa de «abuso de confiança agravado» e «falsificação da contabilidade».

A vida de ostentação do devoto pároco de Calaccucia (Alta Córsega) e a abertura de contas em nome de terceiros motivaram a desconfiança e as investigações que levaram o juiz de instrução Jean-Philipe Lejeune a colocá-lo em prisão provisória, noticia hoje «Le Monde».

Apesar do passado do reverendo Videau, as preocupações da diocese com a divulgação do escândalo acabaram por só agora tornar possível substituir as viagens longínquas que o padre costumava fazer pela vida sedentária da prisão.

No entanto o padre pode argumentar que lhe apareceu «Notre Dame de Calacuccia» que, não sendo tão poderosa como a de Lurdes ou a de Fátima, há-de ser mais conhecida que a Nossa Senhora da Malveira.

Basta alegar que todos os dias lhe aparecia a dita Virgem, desde 1999 a 2004, e que lhe dizia como proceder para evitar que aquele dinheiro, que as beatas confiavam à diocese, servisse para alimentar a concupiscência episcopal. Era ela que lhe dizia como usar tão grandes somas e que ele, padre e contabilista, devia retirá-las para obras pias.

Foi a dita santa, a quem o padre se afeiçoara, que o aconselhou a fazer grandes viagens e usar esse dinheiro para minorar a pobreza dos sítios paradisíacos que lhe indicava.

Agora resta à diocese aceitar a verdade do milagre, e propor a elevação do padre Videau a beato, ou negá-lo. Neste caso – como ensinava Tomás da Fonseca -, põe em causa outros bem mais absurdos e lança o descrédito sobre a abundância de milagres conferidos por JP2 para criar a multidão de beatos e santos com que enriqueceu a ICAR e ridicularizou a inteligência humana.

16 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Boas notícias do outro lado do Atlântico

Numa surpreendente votação, em que 30 republicanos votaram ao lado dos democratas, a Câmara dos Representantes* aprovou ontem um esboço de lei que inclui violência contra homossexuais na actual lei dos crimes de ódio, que contempla apenas crimes com motivação religiosa, étnica ou racial. A lei, que para além destes pretende incluir o género e orientação sexual nos crimes de ódio, e que tem sido repetidamente bloqueada no Congresso, vai ser agora apreciada no Senado.

Certamente que os teocratas americanos, publicamente visceralmente homofóbicos, carpirão em alto e bom som tal desvio à lei divina. Um dos assuntos favoritos da esmagadora maioria dos Jesus freaks americanos é exactamente a pregação contra os homossexuais, que são responsáveis por tudo, desde o 11 de Setembro ao Katrina. Tema de homilia que será interdito se a lei passar no Senado…

*O Congresso dos Estados Unidos, que detém os poderes legislativos, é composto pelo Senado, com dois senadores por cada Estado eleitos por um período de seis anos, e pela Câmara de Representantes, com um número variável de representantes por Estado, eleitos bianualmente.

15 de Setembro, 2005 Carlos Esperança

Fátima e política

Próximo das eleições autárquicas, o pelouro de Acção Social da Câmara de Municipal de Vila Nova de Famalicão, em articulação com as juntas de freguesia, aliciou 10.200 idosos do concelho para participarem na eucaristia das 11H00, no próximo dia 17 de Setembro, em Fátima.

O evento terá lugar no Recinto da Oração e será presidido pelo Reitor do Santuário, Monsenhor Luciano Guerra.

É duvidosa a legitimidade da autarquia para disponibilizar 196 autocarros para uma manifestação de carácter particular.

Trata-se de um processo eticamente reprovável, politicamente pusilânime, de contornos fraudulentos e uma tentativa de manipulação eleitoral.

Voltámos aos tempos de Fátima, futebol e fados.

Ao menos as hóstias são por conta do Santuário.

15 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Impacto profundo


Um tribunal de Moscovo começou a audição de um caso no mínimo sui generis: um caso em que a queixosa é uma astróloga russa, Marina Bai, e o réu a NASA. A charlatã astróloga pretende que a experiência levada a cabo pela agência espacial americana em 4 de Julho, que envolveu a colisão de uma sonda com o cometa Tempel 1, interferiu com a sua vida espiritual e com o seu sistema de valores. A charlatã astróloga pretende uma indemnização de 300 milhões de dólares já que para além dos consideráveis danos espirituais para a queixosa e dos danos cometidos em relação à «vida elementar» do cosmos perturbando assim o balanço de forças no Universo, a NASA alterou o horóscopo de Bai.

«É óbvio que elementos da órbita do cometa e correspondentemente do periélio, serão alterados depois da explosão o que interfere com o meu trabalho de astrologia e distorce o meu horóscopo» afirmou há uns tempos Marina Bai.

Haja tolerância para crendices obscurantistas sejam elas astrológicas ou exorcistas mas há limites para os anacronismos «espirituais» de uns quantos fanáticos oportunistas! Considero aberrante que semelhante disparate tenha sequer chegado às salas de qualquer tribunal mas espero, para bem da humanidade, que o veredicto neste caso seja liminar: esta acção é completamente absurda!

15 de Setembro, 2005 Ricardo Alves

Declaração religiosa considerada inconstitucional nos EUA

Um tribunal distrital da Califórnia (EUA) reiterou na quarta-feira a inconstitucionalidade da «promessa de lealdade» (pledge of allegiance) que é recitada nas escolas públicas (ler a decisão judicial em pdf). Em causa, estão as palavras «sob Deus», que foram inseridas nessa declaração em 1954.

A decisão judicial apoia-se numa decisão anterior (no mesmo sentido) obtida pelo ateu Michael Newdow em 2002 num tribunal de apelação, decisão essa sobre a qual o Tribunal Supremo decidira, em Junho de 2004, não se pronunciar, devido ao detalhe (exclusivamente técnico) de Michael Newdow não ter a tutela parental da filha.

Este novo caso foi aberto por Michael Newdow com a ajuda de outras famílias ateias que não abdicam de lutar por uma escola pública laica (notícia na Humanist Network News), e poderá levar este assunto, mais uma vez, até ao Tribunal Supremo.

15 de Setembro, 2005 pfontela

O problema do mal

O problema do mal é talvez um dos maiores obstáculos a qualquer crença razoável num deus omnipotente e bom. Para o efeito deste artigo não é necessário definir o «mal» enquanto conceito, vamos assumir apenas os pontos em que todos podemos concordar: desastres (sejam de origem natural ou humana), injustiças (como a discriminação sem causa) entre outras coisas são algo que todos nós dispensávamos. Para o ateu trata-se de simples factos da vida aos quais ele reage de acordo com a filosofia que escolhe para guiar a sua vida. Para o teísta típico a situação aqui torna-se muito complicada.

Claro que ao longo de milénios muitas organizações religiosas tentaram arranjar justificações para tais «acidentes» mas realmente nenhuma das desculpas pegou. As religiões do livro ao abandonarem as perspectivas teleológicas pré-clássicas e clássicas (quer se trate do caso babilónico em que todos os males são vistos como insatisfação divina – sendo que a morte era apenas um prolongamento da vida, incluindo o sofrimento – ou do caso grego em que se remete o mal para o acaso, o destino e os caprichos da natureza divina e humana – a morte neste caso é uniforme sendo que a todos espera o negrume do Hades onde se encontrarão num eterno estado de espera num mundo de sombras e cinza onde não se sofre mas onde também não se existe prazer) criaram uma impossibilidade lógica – o deus que é bom mas deixa sofrer as criaturas que supostamente ama.

Muito sofisma e retórica têm sido tecidos pelo clero à volta desta questão. De facto ela encontra-se tão mal explicada intelectualmente que regra geral remete os crentes para explicações simplistas mas obviamente insuficientes (os desígnios misteriosos do senhor, o evento em questão faz parte de um plano cósmico mais vasto – a tentativa clara, e frustrada acrescente-se, de dar sentido à morte ou ao sofrimento). As palavras do enigma de Epicuro continuam tão válidas como no dia em que fora escritas:

Deus quer acabar com o mal mas não é capaz?
Então não é omnipotente
É capaz mas não o quer fazer?
Então é malévolo
É capaz e quer fazê-lo?
Então de onde surge o mal?
Não é capaz nem quer fazê-lo?
Então porquê chamar-lhe Deus?

O cristianismo explica o mal através de duas ideias falsas mas que à primeira vista parecem resolver o enigma. Primeiro advogam a suposta queda do Homem de um estado de graça devido ao pecado original. Não é universal entre os crentes (aqueles que conhecem a sua religião – uma minoria com toda a certeza) o que é que esse pecado original realmente envolveria. Existe a versão da usurpação por parte do homem do conhecimento que só a Deus pertence enquanto outros falam de um afastamento do divino (com claros laivos de anti-laicidade à mistura). E em segundo lugar criaram a figura do livre arbítrio em que a vontade própria da criatura é a fonte do mal.

Nenhuma destas tentativas de «racionalização» da questão resolvem o problema. A omnipotência e Omnisciência excluem qualquer hipótese de erro divino, se o Homem falha é porque Deus assim o quis. A liberdade humana por essa perspectiva nada mais é que uma ilusão, a carne é fraca e o Homem está destinado a falhar e cair nas condenações infernais sádicas que povoam as realidades e os infernos dos monoteísmos violentos (o sadismo presente nessas visões resulta da sublimação de desejos reprimidos por um código (i)moral opressivo, e como tal é bastante frequente que as visões artísticas e populares do inferno ao longo do tempo reflictam esses impulsos que anseiam por ser satisfeitos e aproveitam todas as oportunidades para se manifestarem – a isso junta-se é claro o desejo de ver todos os que não se auto-flagelam como «os escolhidos de Deus» serem castigados pela felicidade e prazer que gozam).

Até aos dias de hoje o problema do mal é o mais flagrante exemplo de impossibilidade do deus do bem, aquele que é pessoal e guia o crente, o deus dos incautos. O problema em si mesmo não tem solução. Para negar a constatação que daqui resulta: «não há justiça» o crente refugia-se na crença no deus que tem que existir porque ele quer, porque precisa de um sentido exterior (devido à sua incapacidade de projecção directa da sua vontade pessoal). Para muitos crentes deus existe porque deveria existir. O argumento, por razões óbvias, não tem muitos adeptos nos círculos mais sérios.

O crente tenta vender ao ateu o seu maravilhoso mundo encantado em que a ilusão se sobrepõe à realidade, realidade essa que, em termos de atracção, jamais poderá competir com as fantasias que o Homem constrói. Cabe a cada um decidir se prefere permanecer lógico e sério ou se quer deixar-se intoxicar pelo ópio da irracionalidade. A realidade é sempre preferível a qualquer sonho por muito agradável que seja.

15 de Setembro, 2005 Carlos Esperança

O negócio exorcista

Andavam os créus mais tranquilos depois da abolição do Inferno pelo Papa JP2, quiçá convencidos de que sem inferno não há diabos pois até o demo tem direito a domicílio, fogueira e combustíveis, além das almas que o exército de parasitas de Deus entende que lhe devem ser reservadas.

Agora o Papa Bento 16 entusiasma os exorcistas a não esmorecerem no santo ministério sob a vigilância atenta dos bispos.

Da residência de verão em Castelgandolfo, B16 dirigiu-se ao Vaticano para a habitual audiência pública das quartas-feiras onde o aguardavam cerca de 20.000 mirones, incluindo os participantes no congresso de Exorcistas Italianos que teve lugar nestes últimos dias.

Segundo B16 os exorcismos têm de ser realizados no mínimo por sacerdotes em estreita dependência do bispo da diocese. Fica assim arredada a possibilidade de um diácono se dedicar ao ramo e, muito menos, um sacristão. A profissão exige saber, água bem benzida, um crucifixo em bom estado de conservação e, em caso de perigo, um báculo para partir os cornos ao diabo. Daí a necessidade do bispo.

JP2 realizou 3 exorcismos durante os 27 anos de pontificado, sendo dois já conhecidos.

O padre Gabriele Amorth, um dos mais prestigiados exorcistas italianos declarou em 2003 que, dois anos antes, JP2 realizou na Praça de «S.» Pedro um exorcismo para tirar o diabo do corpo duma rapariga endemoninhada que participava numa audiência geral.

Em 1982 JP2 expulsou o diabo do corpo de uma mulher italiana, Francesca, que o então bispo de Spoleto (centro de Itália) monsenhor Alberti, levou ao seu apartamento. Este exorcismo foi confirmado em 1993 pelo cardeal Jacques Martin, ex-prefeito da Casa Pontifícia.

Fonte: El Periódico, 14-09-2005