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26 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Instruções papais

A intolerância e discriminação da Igreja de Roma atingiu o seu zénite sob o papado de Ratzinger. Assim, após séculos de acolhimento de braços abertos, espera-se para breve uma instrução papal que formalizará a interdição aos homossexuais de ingressarem em seminários. Esta instrução surge após uma revisão da política da Igreja em relação à homossexualidade ordenada pelo finado João Paulo II na sequência do escândalo da pedofilia nos Estados Unidos, envolvendo padres católicos. Aparentemente foi ao actual Papa que o nosso opinador de estimação, J.C. das Neves, foi beber a sua inspiração para equivaler a homossexualidade ao crime de pedofilia! Mesmo para uma instituição que considera a homossexualidade uma «desordem intrínseca» parece um pouco forte esta declaração implícita de que, contrariamente aos seus colegas heterossexuais, os padres homossexuais não só são incapazes de manterem os votos de celibato como são intrinsecamente predispostos a cometer actos criminosos.

Espera-se ainda que inicie brevemente uma inspecção aos 229 seminários católicos americanos, uma Visita Apostólica que tem como fim examinar se existe «evidência de homossexualidade» nos mesmos.

Considerando que uma percentagem significativa do clero americano é homossexual, mais de 25% segundo algumas estimativas, e que existem seminários designados por «seminários lavanda» com uma população estudantil quasi exclusivamente gay, a medida pode ser um tiro no pé de uma instituição com cada vez mais dificuldade em atrair recrutas, pelo menos no mundo ocidental!

25 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Arte proibida em Teerão

O Museu de Arte Contemporãnea de Teerão está a conhecer uma afluência inusitada de visitantes. A razão é uma exposição que exibe 190 quadros da colecção de Farah Pahlavi, a mulher do ex-Xá, incluindo obras de Picasso, Toulouse-Lautrec e Andy Warhol, que é simultaneamente uma despedida simbólica do actual director Ali-Reza Samiazar, forçado a pedir a demissão pelo novo regime do presidente Mahmoud Ahmadinezhad. De facto, os quadros agora expostos estavam banidos numa cave desde a queda do Xá e advento da teocracia no Irão, considerados «imorais» e «anti-islâmicos» pelos mullahs.

Numa entrevista ao Jornal de Arte, Samiazar, que acredita que a exposição não será encerrada porque é demasiado popular, revela que «Foi difícil promover a arte sob o governo reformista de Khatami (o anterior presidente), não há qualquer hipótese de o fazer sob os conservadores». Especialmente devido à recente tomada de posse como ministro da Cultura de Hossein Saffar-Harandi, um ultra-conservador, que acabará com o que resta da liberdade cultural no Irão.

Não obstante este ser um óbvio acto de revolta contra a ditadura dos mullahs, muito bem acolhido pelos visitantes do museu, que consideram esta a melhor exposição que Teerão conheceu e que se indignam por terem sido negados a sua apreciação por tanto tempo, Samiazar estabeleceu limites. Alguns quadros nunca saíram da cave, incluindo um Renoir representando uma mulher semi-nua. Pior sorte teve um tríptico de Francis Bacon representando dois homens numa cama e respectivos servos, que teve um tempo de vida efémero na exposição. No dia de abertura dois membros da milícia Basij arrancaram o painel central que representava os dois homens adormecidos e saíram com ele. O destino do quadro é desconhecido…

25 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Exorcistas explicam-se

Depois de realizada em grande segredo a oitava convenção dos exorcistas italianos, a que compareceram 180 caçadores de demónios, realizada em Collevalenza, na província de Perúgia, subordinada ao tema esclarecedor «O exorcista na Nova Evangelização», o presidente da Associação Internacional de Exorcistas resolveu esclarecer os mal entendidos sobre os exorcistas ao periódico italiano Avvenire.

Ficámos a saber que a tarefa principal do exorcista é proclamar os Evangelhos e que o «seu apostolado conduz à fé pessoas que estão possuídas, iludidas ou obsecadas pelo demónio».

Mas o principal de toda a entrevista reside na descrição dos sinais de possessão que, muito convenientemente, para além de «doença desconhecida ou mesmo sintomas que são difíceis de identificar», uma descrição suficientemente lata para incluir todo o género de manifestações, especialmente em países menos desenvolvidos, esclarecem que a presença do mafarrico é denunciada pela «aversão pelo sagrado». Assim para o devoto charlatão prelado serão certamente possuídos pelo demo todos os ateístas!

Na realidade, desde 1999, data em que foi revisto e publicado o novo manual de caça ao Demo, que a Igreja de Roma tenta recuperar esse instrumento de dominação que se mostrou tão útil para a santa Igreja ao longo dos séculos. Como preleccionou o cardeal Jorge Medina Estevez, ex-prefeito da Congregação para o Culto Sagrado e a Disciplina dos Sacramentos, que relembrou o mundo católico da presença bem real do Demo, em cuja existência é mandatório acreditar, e esclareceu que o Demo «Engana os homens persuadindo-os de que não precisam de Deus e que são auto-suficientes». Não esquecendo que para o dignitário o mafarrico tem novas armas linguísticas que não hesita em usar: «O Diabo está muito presente, serve-se da mentira e para enganar usa eufemismos. Denomina o aborto interrupção da gravidez e os filhos, cargas. Anima os casamentos entre homossexuais e as leis de divórcio, apresenta o mal como bem, endeusa o dinheiro». Ou seja, o ilustre dignitário identificou como possuídos pelo Demo os que são a favor da despenalização do aborto, do controlo de natalidade, do casamento entre homossexuais e do divórcio.

Agora que a ciência desmistificou, no mundo ocidental pelo menos, as doenças e manifestações antigamente atribuídas a influências demoníacas veremos certamente muito esgrimir desta conveniente «aversão pelo sagrado», sinal inequívoco de possessão demoníaca, como a causa que impede o reconhecimento das «verdades absolutas» da ICAR e subjacente à laicidade.

24 de Setembro, 2005 Carlos Esperança

Governo dos EUA intercede pelo Papa

O Papa Bento 16 foi acusado por um tribunal dos EUA de estar «implicado numa conspiração para ocultar os crimes de um seminarista, Juan Carlos Patiño, julgado por abuso sexual de três crianças, na igreja, durante sessões de orientação psicopedagógica, em meados da década de 1990.

No entanto, um representante do Governo dos EUA comunicou ao tribunal do Texas, que acusava o Papa do crime cometido enquanto cardeal, Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, de que devia conceder-lhe imunidade.

O subsecretário de Estado da Justiça, Peter Keisler, assinalou que, como chefe de Estado do Vaticano, a continuação do processo contra B16 seria «incompatível com os interesses de política externa dos EUA».

Apesar de o juiz que investiga o caso ainda não se ter pronunciado, o Supremo Tribunal de Justiça declarou que os tribunais dos EUA estão obrigados a aceitar essas «sugestões de imunidade» apresentadas pelo Governo. Há, aliás, o precedente de uma acusação contra JP2, em 1994, também no Texas, que foi retirada na sequência de uma moção similar.

Por seu lado, Daniel Shea, advogado de um dos três queixosos, disse que o segredo, nestes casos, representa uma conspiração para encobrimento do crime.

A promoção a Papa não o tornou apenas Santo (Padre), libertou-o dos pecados.

24 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Dois pesos, duas medidas

Numa altura em que os conservadores cristãos britânicos protestam e tentam boicotar a digressão do espectáculo «Jerry Springer: The Opera», muito contestado especialmente depois de a BBC ter transmitido uma gravação do espectáculo, simultaneamente preparam uma mega manifestação para protestar legislação que segundo eles… restringe a liberdade de expressão!!

De facto, numa demonstração óbvia da hipocrisia e multiplicidade de critérios características das religiões em geral e da cristã em particular, mais de 100 igrejas e denominações cristãs inglesas preparam-se para protestar a legislação, já aprovada na Câmara dos Comuns, que criminalizará o incitamento ao ódio por motivos religiosos.

Pessoalmente considero a proposta de lei completamente absurda mas por razões totalmente distintas das dos piedosos cristãos. Estes opõem-se à legislação, que define ódio religioso como «ódio contra um grupo de pessoas definidas em relação a uma crença religiosa ou ausência de crença religiosa», porque temem que sob esta legislação não possam proselitar à vontade. Como todas as religiões e variantes dentro da mesma religião se reclamam a única verdadeira, as mais viperinas manifestações de ódio religioso verificam-se nos púlpitos, onde os prelados das várias religiões atribuem os males do mundo aos desvios às suas «verdades absolutas», aos incréus e «relativismos» morais ateus e consequentemente atacam e denigrem não só o ateísmo e secularismo como as «falsas» religiões.

Para os piedosos cristãos, em Inglaterra como cá, liberdade de expressão é sinónimo de liberdade de expressão apenas para as suas «verdades absolutas». Sentem-se no direito de criticar livre e vigorosamente as outras religiões e o ateísmo mas não só protestam a alto e bom som a menor crítica, como carpem acusações de perseguição e cruzadas anti-cristãs quando essas «verdades absolutas» não são transcritas para a letra de lei. Para eles todas as vozes discordantes devem ser silenciadas. No caso inglês é-me completamente mistificante que estes preocupados crentes não se apercebam da hipocrisia subjacente a exigirem a «cristianização» da BBC, a censura da difusão pelos media de estilos de vida «alternativos» e de programas «blasfemos», enquanto protestam contra a ameaça à «liberdade de expressão».

Curiosamente durante a tão abominada ópera de Jerry Springer, que levanta questões éticas e morais importantes, nomeadamente sobre justiça e o problema do mal, o personagem representando o mítico fundador do cristianismo é confrontado com acusações e desafiado a responder a uma série de questões morais. O personagem não responde a alguma das questões, ignora as acusações e simplesmente exige «respeitem-me».

Quiçá a luta encarniçada dos cristãos contra o espectáculo seja exactamente porque o seu comportamento apenas reforça o estereótipo dos representantes do panteão católico caricaturados na peça. Os seus dogmas anacrónicos, aquilo que para eles passa por moral, não respondem aos muitos problemas éticos e sociais da actualidade, na realidade só os agravam, e, com total desrespeito pelos que não partilham as suas crenças, exigem não só que estas crenças sejam respeitadas mas, especialmente, que os seus dogmas sejam seguidos por todos!

23 de Setembro, 2005 Carlos Esperança

Deus abandonou a Seita Moon

«A Câmara de Deputados do Paraguai aprovou o projecto de lei de expropriação dos 52 mil hectares da propriedade da seita Moon».

«O povo de Puerto Casado festejou o resultado da votação parlamentar».
Fonte: AGENCIA INFORMATIVA PULSAR

Compreende-se a alegria popular pela decisão, que já merecera prévia aprovação na Câmara dos Senadores no passado dia 5 de Agosto. No entanto, a legislação aplicada à pouco recomendável seita do reverendo Moon dificilmente será repetida para com a ICAR ou qualquer outra seita evangélica que esteja disseminada pelos EUA ou Europa e goze aí de protecção legal.

A satisfação pela medida tomada não esconde a preocupação de quem vê o rico património religioso a aumentar em numerosos países e conhece o perigo do poder económico da Igrejas, poder que se acentua e conta com a conivência de muitos Estados.

22 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Lavagem de dinheiro

Aparentemente no México até os traficantes de droga são devotos católicos que acreditam em dedicar parte dos respectivos proventos à «santa» Igreja. E para os piedosos eclesiásticos mexicanos dinheiro é dinheiro, sendo irrelevante se provem de narcotráfico ou outra qualquer actividade criminosa. Essa é pelo menos a opinião do Bispo Ramon Godinez que afirmou na segunda-feira que o dinheiro pode ser sujo inicialmente mas «transforma-se» mal entra na Igreja. Informando ainda que são habituais doações à Igreja ligadas a tráfico de drogas e que não é responsabilidade da Igreja averiguar a sua origem.

Claro que o governo mexicano reagiu de imediato às considerações do Bispo e no dia seguinte o porta-voz do governo, Ruben Aguilar, avisou que «Nunca, sob nenhuma condição, alguém pode receber dinheiro ilegal. Ninguém pode ajudar desta forma a lavar dinheiro e ninguém pode ser a favor de o crime organizado actuar com impunidade».

Godinez reagiu às declarações governamentais ripostando que «Se eles têm dinheiro têm de gastá-lo; não percebo porque se fez um tal escândalo disto. Se um traficante de droga dá dinheiro à Igreja, nós não vamos investigar se ele é um traficante ou não. Deixem-me explicar: nós vivemos disto, de ofertas dos fiéis. E não vamos investigar onde eles foram buscar o dinheiro».

O curioso de mais este «pequeno» apontamento de uma Igreja para a qual os fins justificam os meios, e não há fim mais louvável que dinheiro para a Igreja, não importa como foi obtido, «imoralmente», como no caso das Filipinas ou ilegalmente neste, é o facto de ele vir a lume depois de um lamento de Ratzinger, aka Bento XVI. Que se lamentou num encontro no Vaticano com Bispos mexicanos …da corrupção, tráfico de drogas e crime organizado que grassam no México. Que segundo o Papa «levam a várias formas de violência, indiferença e menosprezo para o valor inviolável da vida». Como para o Vaticano apenas a vida não nascida (e os doentes terminais) tem valor inviolável fiquei na dúvida se o governo de Fox pretende legislar sobre a interrupção voluntária da gravidez, proibida em qualquer circunstância no México.

Mas de qualquer forma acho interessante o relativismo moral denotado por todo o episódio, especialmente se considerarmos que o Vaticano culpa o relativismo ateu, que não reconhece as «verdades absolutas» da santa Igreja, por todos os males, e mais alguns, que assolam a humanidade!

21 de Setembro, 2005 Carlos Esperança

Bispos espanhóis nervosos

Os bispos espanhóis ameaçam sair à rua (quem os impede?) se passar no Parlamento o projecto de lei Orgânica de Educação, já aprovado em Conselho de ministros, e que transfere o vínculo laboral dos professores de Religião para as respectivas Igrejas.

Claro que a Igreja Católica, habituada ao monopólio, é capaz de ser a única prejudicada. Mas com que direito pretende ensinar uma disciplina do seu exclusivo interesse, nomear as pessoas da sua inteira confiança e impor o ónus do pagamento a um Governo que não deixa de contestar?

A determinação de Zapatero de transformar a Espanha num país laico, como manda a Constituição, põe os bispos de cabeça perdida. O longo e pio consulado de Franco, as cedências dos primeiros governos do PSOE e a subserviência do avençado do Opus Dei, Aznar, fizeram os eminentes purpurados acreditar na eternidade… dos privilégios.

Julgavam a avença de direito divino e, afinal, basta um governo legitimado pelo povo para pôr as mitras em ebulição e as sotainas a rodopiar.

21 de Setembro, 2005 Cristiane Pacheco

Deus é surdo?

Uma das maiores desgraças que podem acontecer a um cidadão neste país tropical é morar próximo a um templo evangélico. Os pastores, não satisfeitos em pregar as habituais xaropadas entre as quatro paredes de seu estabelecimento comercial, fazem questão que toda a vizinhança escute sua voz histérica e as músicas pavorosas feitas especialmente para louvar o seu deus (e vender milhões de CDs, claro). Com as portas abertas e potentes amplificadores, esses assassinos da paz conseguem levar os moradores do bairro à loucura, tornando seus sábados e domingos verdadeiros suplícios. A charanga dos fanáticos começa cedo e só termina após 22h.

Mas, perguntariam vocês, não existe por aí uma lei que proteja o cidadão da poluição sonora? Sim, em todos os estados brasileiros existem leis e programas para fiscalizar e coibir abusos deste tipo. Mas essas leis simplesmente não são cumpridas quando se trata de templos e igrejas. O exemplo mais ignóbil está em São Paulo: quando a prefeitura resolveu implementar o polêmico Programa de Silêncio Urbano, o http://www.chegadebarulho.com/Conteudo_noticias.htm “>conseguiu aprovar uma lei que amenizou as regras referentes aos templos: multas bem inferiores (redução de até 96%), prazo de 90 dias para o templo «consertar» o que está errado (enquanto os outros estabelecimentos são multados na hora) e medição dos decibéis não no próprio templo, mas na casa de quem reclamou. Além da lei ser discriminatória (uma vez que os decibéis dos cultos não são mais suportáveis que os dos bares e casas noturnas), não é aplicada com rigor. Os bairros mais humildes, favelas e pequenas cidades estão entregues à própria sorte. Em outros locais, os templos misteriosamente suspendem os cultos ou desligam os alto-falantes exatamente no dia em que o fiscal resolve averiguar as denúncias. Deus é meio surdo, mas pelo visto muito bem relacionado.

21 de Setembro, 2005 Carlos Esperança

O perigo romano

O papa actual, Bento 16, 265º pontífice da Igreja Católica, é o 7.º pastor alemão. De S. Pedro a João Paulo 2, a Igreja teve 212 papas italianos, 17 franceses, 11 gregos, 6 sírios, 6 alemães, 3 espanhóis, 3 africanos, 2 dálmatas (Croácia, antiga Dalmácia)), 1 português, 1 inglês, 1 cretense, 1 holandês e 1 polaco.

A discrição de B16 é motivo de perplexidade e apreensão, quando as diversas religiões praticam um proselitismo arcaico, como resposta ao fenómeno da globalização que põe em perigo a sua sobrevivência.

O poder militar, político e económico dos países onde a religião é poderosa vai ser decisivo para a supremacia no mercado da fé, a par do fanatismo dos crentes, objectivo que nenhuma descura sabendo que a cegueira religiosa é um factor determinante para a continuidade da crença.

A reaproximação entre B16 e Bernard Fellay, líder da Fraternidade Sacerdotal Pio X, é uma indicação quanto ao carácter reaccionário e agressivo do actual pontificado. A euforia com que o Opus Dei viu o cardeal Ratzinger tornar-se Papa é um sinal acrescido dessa orientação.

A guerra da ICAR contra governos democráticos, que dão passos progressistas em relação à contracepção, homossexualidade, divórcio, aborto, liberdade religiosa e libertação da mulher, denotam uma campanha concertada contra a laicidade dos Estados e uma intromissão intolerável na esfera política.

O carácter medieval do regresso ao exorcismo, em concorrência com a psiquiatria, e a insistência nos milagres e criação de santos, são indícios do carácter obscurantista e da apoteose do charlatanismo a que se dedica a Cúria romana, à semelhança do exemplo tribal e troglodita do Islão com quem se alia na defesa de leis retrógradas e com quem pretende competir na evangelização.

A segurança dos Estados democráticos não pode descurar a natureza subversiva das religiões e o carácter conspirativo dos seus padres, mantendo uma vigilância eficaz sobre os pregadores exaltados e conspiradores.
(Revisto)