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8 de Janeiro, 2022 Carlos Esperança

Deus está em parte incerta

Deus, cansado dos disparates que fez, das maldades que praticou ou envergonhado dos preconceitos, emigrou para lugar incerto e, depois da invenção da escrita, nunca mais deu sinais de vida. A Revolução Francesa criou-lhe um habitat adverso, o sufrágio universal reduziu-o a bagatela, e, por não se ter inscrito nos cadernos eleitorais, passou a valer menos do que qualquer eleitor.

Os truques que fazia, as diversões com que embasbacava os primitivos, contrariando as leis da Física, os milagres que exibia para estupefazer os terráqueos, tudo isso foi sendo revelado pela ciência enquanto o progresso concebeu espaços de liberdade que um deus arrogante não suporta. Tal como o patrão que arruinou a fábrica, fugiu, alheio à sorte dos servidores, e nunca mais foi visto nem julgado.

Os empregados mais devotos, os clientes mais timoratos e os oportunistas mais afoitos continuaram a garantir a sua existência e a ameaçar com os castigos de que ele é capaz. Desejam fazer indigentes mentais, como os portugueses que esperam D. Sebastião, ou aliciar oportunistas com ilusões garantidas e ameaças assustadoras.

A excomunhão e a fatwa são duas armas carregadas de ódio; o Inferno é ainda o destino com que os clérigos aturdem os incréus; a penitência e a oração são as penas suaves, quando os meios mais expeditos são interditos; a lapidação, a fogueira, a decapitação, a amputação de membros, a deflagração bombista e outras formas de justiça, despachadas a mando do clero impetuoso, mantêm-se em vigor para deleite divino.

Deus sempre se imiscuiu nos processos eleitorais. Em países democráticos faz pender o prato para o lado pior, nos outros vai entravando as eleições com o argumento de que a lei divina não é passível de juízo humano. Há suspeitas de que Deus visitou os EUA, antes da eleição de Bush, passa largas épocas no Médio Oriente, percorre os países pobres de África e anda em campanha por algumas repúblicas da antiga URSS. Onde lhe cheirar a guerra, Deus não falta, para dilatar a fé.

O método destinado à multiplicação da espécie humana saiu-lhe mal – a reprodução por estaca. Usou um ramo ‘costela’ de um indivíduo para o duplicar. Os humanos acharam outro método mais fácil e deleitoso. Dizem os beatos que é obsceno, só aceitável para fazer filhos e não para folgar. Pensa-se que Deus tinha este método reservado para o fabrico de tratores mas os humanos apropriaram-se dele muito antes de os tratores terem sido inventados, sem ajuda divina.

29 de Dezembro, 2021 Carlos Esperança

A laicidade é a vacina contra as guerras religiosas – 1

Em França, o clero de várias religiões agita as vestes talares e envenena os media contra a laicidade.

Acusam o PR de radicalizar o laicismo, como se a neutralidade pudesse radicalizar-se. O laicismo radical é uma impossibilidade, espécie de abstenção violenta. A condescendência de Mácron é que é criticável, e tem sofrido ameaças islâmicas.

A laicidade desagrada às religiões que querem viver à sombra do Estado e interferir nas leis, e usam um artifício semântico para a contestarem. Dizem que aceitam a laicidade, mas são contra o laicismo, como se a primeira não fosse a mera aplicação da filosofia em que se baseia –, o laicismo.

A França, aliás, toda a Europa, está a ser fustigada pela evangelização de religiões que pretendem impor os seus credos e os seus modelos tradicionais, éticos, gastronómicos e jurídicos, das crenças que transportam. Exigem o comunitarismo para se defenderem do cosmopolitismo e combatem a laicidade para preservarem a identidade, tantas vezes as tradições que discriminam a mulher e impõem normas contra os Direitos Humanos.

Contrariamente às queixas do clero das várias religiões, a liberdade religiosa existe em França, sem discriminações. As provocações pias, com suspensão da circulação pública para as orações diárias, a exibição identitária, a misoginia comunitarista e o desacato às leis da República não merecem contemplação. Há ruas entupidas cinco vezes ao dia.

Continua a ser uma surpresa ver religiões que se odeiam unidas no combate à laicidade, na incapacidade de abdicarem do proselitismo e na determinação de imporem os seus dogmas e tradições à sociedade secular. Não suportam a indiferença do Estado.

Os crimes sectários com motivações religiosas são sempre atribuídos a minorias que se fanatizaram e nunca à obediência aos disparates do seu Deus. O combate pela laicidade é visto como doença, acusado de fobia, paradoxalmente mais por pessoas de esquerda do que de direita, estas intrinsecamente mais xenófobas.

E não se pense que a tara atinge apenas os monoteísmos, que os filhos de Abraão são os mais perversos nesta defesa assassina do seu Deus, criado para a explicação por defeito dos medos, ansiedade e ignorância do desconhecido.

A comunidade cristã da Índia sofreu este ano uma série de ataques durante o Natal, com estátuas de Jesus Cristo a serem destruídas, celebrações interrompidas e imagens do Pai Natal queimadas.
Os cristãos dizem não ser culpa do Governo, mas o Governo indiano mandou congelar contas das Missionárias da Caridade. Estranha coincidência, onde as castas permanecem, a desonra maior é o casamento de uma viúva e a violência contra os muçulmanos um hábito que recrudesceu com o nacionalismo hindu.

Os budistas, contemplativos, que se apiedam dos animais ínfimos, odeiam os Rohingya, minoria muçulmana apátrida de Mianmar, antiga Birmânia, alvos de genocídio, e levam a crueldade a limites impensáveis, através dos militares budistas que os monges apoiam.

George Sand, a notável escritora francesa que teve de se esconder sob um pseudónimo masculino, lançou um dia esta imprecação: «Há cinquenta anos que trago em mim uma maldição que hei de repetir até à hora derradeira, maldita, maldita, três vezes maldita seja a intromissão do padre na família». Cito de memória a frase, lida há sessenta anos, para a acompanhar na imprecação à ingerência das religiões nos aparelhos de Estado.

Só a laicidade nos pode salvar do proselitismo assassino das religiões. Não há liberdade religiosa sem democracia, nem democracias confessionais. A Europa só pode defender o seu ethos civilizacional da demência pia que a ameaça se for vigorosa na laicidade.

A violência religiosa crepita da Turquia ao Egito, do Iémen à Nigéria, do Afeganistão à Arábia Saudita, da Índia ao Uganda, por todo o mundo, enquanto os media dos países democráticos insistem que as religiões promovem a paz. Talvez nos cemitérios!

Lembremo-nos que somos todos infiéis em relação aos deuses dos outros. Os ateus só o são em relação a mais um, e eu não gosto de decapitações, chicotadas e lapidações, que extasiam os deuses dos selvagens devotos que as defendem e aplicam.

12 de Dezembro, 2021 Carlos Esperança

A Universidade de Coimbra e a missa da Imaculada

Por Carlos Esperança

A Universidade de Coimbra preza as tradições, e, à semelhança de novas universidades, é capaz de transformar em tradição um despautério do ano anterior. Sendo a escola onde os alunos se reveem, é natural que a queima das fitas se transforme, já no próximo ano, à semelhança do atual, na gloriosa tradição da transmissão Covid, como acontece com a divertida tradição do roubo e vandalização dos carros de compras dos supermercados.


Há, no entanto, uma tradição instituída pelos últimos reitores, Magníficos por profissão, que afronta o Estado laico, convidarem professores, alunos e funcionários para a missa. O reitor não é o almuadem romano cujas funções o transformem em sacristão, capaz de conduzir a caldeirinha e o hissope atrás do capelão.

O Magnífico Reitor pode, como crente, deliciar-se com a missa e a hóstia diariamente, mas nunca invocando as funções que exerce e que honrados docentes contestam. Aliás, o Professor Vital Moreira já sugeriu a criação da associação de professores católicos que, essa sim, teria legitimidade para convidar professores, alunos e funcionários para os atos pios que entendesse, da missa ao mês de Maria, das novenas ao terço diário.

O que o Magnífico Reitor não pode, nessa qualidade, cuja neutralidade religiosa é uma questão de decência, civismo e legalidade, é convidar quem quer que seja, para atos de culto de uma religião do foro íntimo de cada cidadão.

O Reitor entende que na [sua] Universidade, onde a tradição e os dinheiros públicos mantêm um capelão, deve ser ele e o capelão a convidarem os professores, alunos e funcionários, para a missa de homenagem à padroeira da Universidade – a Imaculada Conceição –, que terá lugar a 8 de dezembro, pelas 12H00, na capela de S. Miguel.

Que o capelão, no exercício das funções, convide os créus a assistir a uma cerimónia da sua religião, compreende-se. Permite, aliás, ver a magnífica capela, uma relíquia da arte sacra, e, no caso dos devotos, venerarem um dos numerosos avatares da mãe de Jesus que o Papa Pio IX, em 8 de dezembro de 1854, tornou dogmaticamente concebida sem Pecado Original, uma velha crença do século XVI, adotada pela UC em 1646.

É inaceitável que a mais alta entidade de uma Universidade se comporte como o diretor de uma escola confessional ou o mullah de uma madraça. Quem preside ao areópago da Ciência e das Humanidades não pode estimular as coisas pias, sobretudo num país laico onde a separação das Igrejas e do Estado é constitucionalmente obrigatória.

Foi esta mentalidade que levou uma beata professora, quando vice-reitora, a propor a recriação da Faculdade de Teologia, em Coimbra, o que não conseguiu porque o bom senso e a formação cívica do corpo docente a inviabilizaram.

Uma Faculdade de Teologia teria certamente licenciaturas em islamismo, cristianismo e judaísmo, bacharelatos em hinduísmo, xintoísmo e budismo, graduações em lançamento de búzios, mestrados em tarô e bruxaria, e doutoramentos em esoterismo.

O Reitor traiu a ética. A Universidade devia ser o último reduto na defesa da laicidade e não a vanguarda do convite à genuflexão pia, à prática litúrgica e à devoção.

16 de Novembro, 2021 Carlos Esperança

A democracia e a laicidade

Independentemente do apuramento das razões que estiveram na origem do atentado que, no dia 15, se frustrou em Liverpool, Reino Unido, e se limitou a trucidar o terrorista que seguia no táxi, enquanto o condutor lhe fechou as portas e fugiu do veículo, há fundadas suspeitas de que o alvo do facínora fosse a catedral.

Penso que a luta contra o racismo não se faz com a omissão da etnia, origem ou religião do criminoso, sobretudo se a última está na origem da crueldade de quem julga ter uma eternidade de delícias à custa da própria imolação e do sofrimento dos infiéis.

Ignorar o regresso das guerras religiosas será politicamente correto, mas é suicida. Não importa se este foi mais um caso de fanatismo religioso pois não faltam casos recentes e preocupações quotidianas com imposição de preconceitos e exigências pias que minam a civilização e a democracia.

Há pessoas para quem falar de laicismo é heresia, como se pudesse combater-se a deriva criminosa de determinada crença sem que o Estado democrático tenha a determinação de impor a separação às Igrejas e combater as crenças que apelem à violência. Não há democracia sem que os cidadãos sejam livres de ter qualquer crença, descrença ou anti-crença. É tão legítimo crer que Deus criou o Homem como ter sido este a criar aquele.

Há, aliás, um direito que os intolerantes não respeitam, o de descreditar, ridicularizar e combater, pela palavra, desenho ou gesto, qualquer religião ou o ateísmo. Preferem as bombas. Sagrada é a Declaração Universal dos Direito Humanos, e ímpia a sua recusa.

A Europa do Renascimento, do Iluminismo e da Revolução Francesa não pode ajoelhar-se perante crenças que, no passado, a ensanguentaram e, no presente, a põem a rastejar, com reiteradas cedências e uma atmosfera cada vez mais carregada de medo.

Temos de nos interrogar sobre a licitude da resistência ao quadro civilizacional europeu, das exigências que humilhem um dos sexos, neguem a igualdade de direitos perante a lei, a supremacia da democracia sobre o tribalismo, a liberdade sobre o comunitarismo.

As regras de higiene, as vacinas e a alfabetização não se discutem, impõem-se quando o interesse coletivo, democraticamente sufragado, as legitimam. A vontade dos deuses, há tantos, não pode sobrepor-se à dos homens.

Não podemos viver sob uma atmosfera de medo ou permitir que a pretensa lei de Deus se sobreponha às leis que a democracia liberal aperfeiçoou, depois de várias guerras, de muito sangue e demasiadas iniquidades.

O totalitarismo religioso não é mais benigno do que o laico, e é bem mais difícil de ser erradicado, mas a opinião pública não pode amolecer sob o peso de alegadas tradições e costumes tribais.

Já nos bastam os livros sacralizados das ideias dos patriarcas tribais da Idade do Bronze, e que urge desmascarar.

15 de Novembro, 2021 Carlos Esperança

E Deus criou o Mundo….

Quando Deus era um anacoreta sombrio, farto de Paraíso e da solidão, matutou em seu pensamento apanhar o barro que, em dias de chuva, se colava às botas e lhe borrava a oficina.

Recolheu a argila, amassou-a e começou a dar-lhe forma. Percorreu-a com as mãos e moldou o boneco que a água do lago lhe refletia, nas raras vezes que tomava banho.

De vez em quando regressava ao lago para recordar a face. O corpo ia-o esculpindo a olhar para o seu, embevecido como todos os narcisos. Quando acabou, tal como fazia com outras peças, pressionou o indicador sobre a estátua e fez o umbigo.

Extasiado na contemplação, continuou a aperfeiçoar o corpo, deteve-se num empenho devoto no baixo ventre e, de tanto insistir, a estátua ganhou vida.
Estava feito o homem à imagem e semelhança do oleiro.

Como ocorre com artistas em início de carreira, Deus não sabia que tinha feito a obra da sua vida embora o pressentisse pela afinidade que lhe encontrava.

Foi então que resolveu retirar algum barro e, com o que lhe sobrara, fazer outro corpo, ainda mais belo, onde refletiu a geografia do Paraíso com vales acolhedores e montes suaves. Tinha criado a mulher e, sem o saber, dado início ao Mundo.

Então o velho cenobita, arrependido, desatou aos berros, praguejou, ameaçou e proibiu. Como tinha a paranoia das metáforas disse-lhes que não se aproximassem da árvore do conhecimento, isto é, um do outro, uma ordem que a natureza rebelde das criaturas não poderia acatar.

E, assim, de mau humor, enquanto expulsava Adão e Eva para a Terra, ficou a ruminar castigos, a congeminar torturas e medos para aterrorizar a humanidade. Demorou quatro mil anos – Deus é lento a refletir -, e mandou-lhes três religiões.
Moisés, Jesus e Maomé são os enviados de Deus que assustam a humanidade e o ganha-pão de parasitas que dividem o tempo a dar Graças, a ameaçar pecadores e a vender bilhetes para o Paraíso.

25 de Outubro, 2021 Carlos Esperança

POEMA

Dois amigos do peito e da hóstia

Neste mundo de labuta

A um chamam-lhe santo

Ao outro… não.

2 de Setembro, 2021 João Monteiro

Ainda os abusos sexuais exercidos por religiosos

Texto de Onofre Varela, publicado na Gazeta Paços de Ferreira.

Já aqui divulguei que o jornal espanhol El País tem um departamento que se dedica a investigar casos de pedofilia protagonizados por sacerdotes, ou outros profissionais, em estabelecimentos de ensino administrados pela Igreja Católica. Tal departamento recebe depoimentos de ex-alunos (que dizem terem sido abusados sexualmente enquanto crianças ou jovens) e depois investiga.

(Bem sei que o abuso sexual não é exclusivo de agentes religiosos da fé católica com, ou sem, responsabilidades no ensino. Mas, dado o conceito de “amor” tão difundido pela Igreja, bastaria um único caso de crime sexual dentro da sua organização, para que o seu propalado amor fosse considerado uma farsa a merecer crítica severa).

Na sua edição de 24 de Julho último, o El País conta haver uma investigação criminal à instituição religiosa católica designada por Maristas, sediada em León. A investigação chegou a 20 colégios em todo o território espanhol e abarca casos de pedofilia cometidos entre as décadas de 1950 e 1990. Só na Galiza contam-se denúncias de 13 religiosos, e nas investigações já encetadas em 16 centros contam-se 18 vítimas. Em León há cinco acusados num só colégio.

As investigações espalham-se por instituições situadas em Madrid, Barcelona, Valência, Granada, Bilbao, Erandio (Biscaia), Artzeniega (Álava), Pamplona, Toledo, Badajoz, Málaga, Múrcia e Elche. Os abusos são relatados como sendo cometidos em salas de aula vazias e em dormitórios, por treinadores de basquetebol, pelo enfermeiro e pelo próprio tutor… todos eles professores com fama reconhecida.

A seu tempo houve várias denúncias de pais e alunos que não serviram de nada. Hoje, os queixosos são antigos alunos com idades que ultrapassam os 70 anos, contando-se entre eles profissionais como professores, médicos e empresários, que guardaram segredo por toda a vida, não revelando os abusos de que foram vítimas, nem às suas famílias nem às autoridades. A maioria dos sacerdotes acusados pelos ex-alunos mais idosos, já faleceram.

Nos últimos anos foram acusados 36 Maristas, maioritariamente em colégios catalães, onde a ordem religiosa chegou a acordo com a Justiça e as vítimas, pagando indemnizações no valor de 400.000€ a 25 famílias.

Os actuais responsáveis pela instituição Marista pedem perdão a todas as vítimas por terem falhado, reconhecendo que não foram capazes de proteger e cuidar dos seus alunos como era sua obrigação.

 (O autor não obedece ao último Acordo Ortográfico)

Onofre Varela

Texto de opinião de Onofre Varela, sobre os abusos sexuais na Igreja.
Imagem de Zoltan Suga por Pixabay
21 de Julho, 2021 João Monteiro

Kurt Westergaard (1935-2021)

Kurt Westergaard foi um cartoonista dinamarquês que ficou reconhecido por ter retratado Maomé com um turbante em forma de bomba. Esta imagem originou manifestações na Dinamarca contra o jornal que publicou o cartoon – o Jyllands Posten – e levou a pedidos de legislação contra a blasfémia, por parte de muçulmanos. Em 2008 Kurt foi considerado pela polícia como uma pessoa em perigo e, em 2010, viu a sua casa ser invadida por um muçulmano somali armado, passando a viver escoltado até decidir habitar numa casa fortificada.

O cartoon da autoria de Westergaard que gerou polémica.

Este caso lembra-nos que também na Europa ateus ou críticos da religião podem sentir-se ameaçados – curiosamente nunca pelos supostos deuses todo-poderosos, mas pelos fanáticos que têm de atuar em nome do seu deus vingativo mas incapaz, mesmo que em causa esteja uma religião de paz (como supostamente são o judaísmo, cristianismo ou o islão).

Kurt via o seu trabalho, e as consequências do mesmo, como uma forma de colocar as pessoas, principalmente os crentes, a discutirem abertamente sobre religião.

Kurt Westergaard faleceu após doença prolongada a 14 de Julho de 2021.

Créditos: Wikipedia

Fontes:

Diário de Notícias
BBC
The New York Times

26 de Junho, 2021 João Monteiro

De regresso ao Diário

Este “Diário de uns Ateus” tem andado pouco diário. Mas isso está prestes a alterar-se: com a mudança de estação iremos regressar à publicação de textos. E nada melhor do que regressar com a partilha dos textos de opinião do nosso associado Onofre Varela. Amanhã de manhã publicaremos o primeiro de vários textos. Até breve.