Volto ao milagre da D. Emília dos Santos para que as mentiras não se tornem verdades sem contraditório. E pode faltar-me o tempo para denunciar as fraudes.
Não cometo a ofensa de pensar que todos os meus leitores acreditam em milagres nem a injúria de acusar de semelhante ingenuidade o Papa e os bispos.
Sabe-se que a criação de beatos e santos é um negócio idêntico ao dos aviários e que os milagres estão para a indústria da santidade como as rações para a criação de frangos. Por essa razão estão encomendados milagres para João Paulo II, o papa de que há fortes suspeitas de ter acreditado em Deus, e para a Irmã Lúcia e outros bem-aventurados destinados a tornarem-se patronos de outras tantas caixas de esmolas.
O que aborrece, neste negócio, é o embrutecimento a que condena as pessoas simples, o cinismo com que as torna tolas, o impudor com que a ICAR tenta impor paradigmas medievais e sobrepor a irracionalidade da fé à virtude da razão.
A beatificação dos pastorinhos de Fátima – Francisco e Jacinta – criaram mais dúvidas aos crentes e ridicularizaram mais a sua Igreja do que os escândalos sexuais que minam os estabelecimentos de ensino que lhe estão confiados.
A cura da D. Emília dos Santos que, de vez em quando, ficava paralítica e cujo processo clínico parece ter desaparecido do serviço de psiquiatria dos Hospitais da Universidade de Coimbra, é um embuste tão primário que até os padres envergonha.
A D. Emília de Jesus tinha no Hospital de Leiria, no serviço de Medicina, uma mesinha de cabeceira cheia de santinhos e vasta quinquilharia religiosa que impressionavam o diretor. Quando, uma vez mais, voltou a andar e foi preciso rubricar um milagre, para a beatificação dos pastorinhos, logo foi atestada a intercessão no prodígio feito a meias.
O Vaticano apressou-se a dizer que o milagre foi certificado por três médicos diferentes, embora espante a convicção de que foram os pastorinhos os autores do milagre obrado. E a D. Emília, que em breve morreria curada, nunca andou bem das pernas e da cabeça.
Aqui ficam os nomes dos médicos, diferentes, que confirmara o milagre: Felizardo Prezado dos Santos, diretor do serviço de Medicina, no hospital de Leiria, Maria Fernanda Brum, médica do mesmo serviço e esposa do primeiro e uma psiquiatra que, por insondável coincidência, é filha de ambos. Última indiscrição: todos os três médicos diferentes eram servitas em Fátima.
Diz a ICAR que os ateus ridicularizam os milagres. Não se vê que é ela que escarnece a inteligência e envergonha os crentes com reiterados embustes?
Não respeito crenças, apenas crentes e, mesmo estes, sem perder a vigilância cívica que as suas associações exijam. Abdicar da defesa da liberdade democrática e da civilização, é um suicídio que deixa livres as mãos de quem as usa para as combater.
O respeitinho é muito bonito, se queres ser respeitado respeita os outros, as crenças são sagradas, graças a Deus muitas e graças com Deus poucas, são algumas das frases com que se pretende embotar o espírito crítico, limitar o direito de expressão e perpetuar as mais intoleráveis tradições.
Se a crença, por mais tola que seja, é uma inofensiva convicção pessoal, merece apenas um sorriso, mas se à crença corresponde uma ação, devemos avaliá-la e, eventualmente, combatê-la.
Não se pode condescender com crenças alternativas sobre a higiene ou a epidemiologia. Por que motivo hão de aceitar-se crenças que defendem o assassinato para a apostasia, o trabalho ao sábado, a blasfémia, o adultério feminino ou que exigem a conversão ao seu Deus, nem que seja à bomba?
Pode condescender-se com quem recusa uma transfusão de sangue e põe em risco a sua vida, mas não se pode tolerar quem recusa as vacinas e põe em causa a vida dos outros.
Há um eterno conflito entre os direitos individuais e os interesses coletivos que cabe aos Estados compatibilizar de acordo com os avanços civilizacionais. A Humanidade ganha sempre quando enfrenta os dogmas e perde quando os aceita.
Tudo o que é afirmado sem provas pode igualmente ser contestado sem elas. A alegada vontade de Deus não pode ser aceite se alguém a tentar impor aos outros. Deus pode ter criado o mundo em seis dias, ter descansado ao sétimo e nunca mais ter feito o que quer que fosse, mas ninguém tem o direito de impor semelhante crença a quem a recuse.
A autoridade das religiões em questões morais depende da comprovação dos factos em que a sua doutrina assenta. Se a fé é a única razão invocada, não há razão para substituir por outros, os modelos de racionalidade elaborados por quem cultiva a razão e confia na ciência, sem recurso a seres hipotéticos ou à espera de outra vida para além da morte.
Estamos a viver um tempo em que as crenças e os vírus ameaçam a sobrevivência da Humanidade.
Há 514 anos, abril era mês e 19 dia, de um domingo do ano 1506 da era vulgar. Reinava el- rei D. Manuel I e no convento de S. Domingos, em Lisboa, rezava-se com fervor pelo fim da seca, da fome e da peste. Um crente, embrutecido pela fé e, certamente, pelo clero, viu no altar o rosto iluminado de Cristo, milagre que os devotos julgaram de bom augúrio.
Um cristão-novo, a quem a astenia da fé não estiolara a razão, tentou explicar o prodígio com o reflexo da luz mas, calado pela multidão, foi espancado até a morte. Em Portugal, nove anos depois da conversão forçada, os judeus ainda eram os suspeitos habituais da heresia que incitava a vingança divina, aplacada com a morte dos hereges, acusados de deicídio e de todos os males.
Com a corte em Abrantes, para fugir à peste, a populaça, instigada por dominicanos que prometiam a absolvição, a quem matasse hereges, fez a «Matança da Páscoa». Homens, mulheres e crianças foram chacinados e queimados em fogueiras improvisadas, junto ao largo de São Domingos. No alvoroço, o escudeiro do rei, João Rodrigues Mascarenhas, um cristão-novo, foi morto por engano por crentes exaltados, entre milhares de pessoas que Deus se encarregaria de descobrir quais eram judias.
A barbaridade de há 514 é uma nódoa indelével cujo enforcamento, por ordem do rei, dos frades beneditinos que incitaram ao crime, não apagou. A Inquisição viria depois para prolongar até à náusea a infâmia da demência cristã.
Hoje, depois do Renascimento, do Iluminismo e da Revolução Francesa, o cristianismo comemora o mito da ressurreição pacificamente e em festa, enquanto a cegueira da fé e do Corão espalham o medo e a morte. Há 5 anos, no Iémen, a Cruz Vermelha Internacional pediu uma trégua de 24 horas para prestar cuidados de saúde a 1700 feridos que sobreviveram a 519 mortos. Numa universidade do Quénia, mais de 800 estudantes foram atacados por jihadistas da Al-Shabab que indagavam se eram cristãos ou muçulmanos. Mataram 148 que não sabiam ler em árabe os preceitos muçulmanos. Na Nigéria, continuam os raptos e um ex-ditador islamita ganhou as eleições. Prometeu eliminar o terrorismo mas é adepto da ‘sharia’. Naturalmente. Os Estados norte serão submetidos à lei islâmica e o sul, cristão, ficará também dominado por um muçulmano democraticamente eleito. Passados 5 anos o número de vítimas do Islão não parou de crescer.
Al-Qaeda, Boko Haram ou Estado Islâmico são metástases do mesmo cancro. Não se fala em matanças da Páscoa porque os facínoras não têm Páscoa nem fazem tréguas às matanças e infundem o terror e a violência de que são portadores lembrando os tempos mais sombrios do passado cristão das Cruzadas e da evangelização.
E nós, livres-pensadores, cristãos, ateus, ou crentes de qualquer outra religião menos violenta e implacável, esperamos que a ‘verdadeira interpretação’ do Corão, o manual terrorista, o torne humanista e defensor da laicidade.
A Igreja católica goza de privilégios incompatíveis com a laicidade a que o Estado está obrigado. Há situações bem piores, e trágicas, onde as teocracias se mantêm instaladas, mas isso não exonera o Estado português da obrigação de defender a igualdade entre os cidadãos e de se declarar incompetente em questões de fé.
A ausência de sentido de Estado e de respeito pela Constituição permitiu ao atual PR ter sido presidente da Comissão de Honra da canonização de Nun’Álvares Pereira, a cuja intercessão se deve a cura do olho esquerdo de uma cozinheira que o queimou com óleo fervente de fritar peixe. Não descubro como o economista de Boliqueime soube que foi D. Nuno e não Afonso Costa, por exemplo, o autor do milagre.
É um abuso de qualquer religião a interferência na esfera pública, tal como a ingerência do Estado nas religiões.
A neutralidade do Estado é condição sine qua non para evitar conflitos religiosos. A própria Espanha, onde a Igreja conta com um Governo amigo do peito e da hóstia, já se encontra em litígio por causa das leis da família. O cardeal Rouco deseja o regresso ao franquismo e Rajoy pretende manter um módico de sentido de Estado.
Sabemos o que custou à Europa a liberdade religiosa. Só após a Guerra dos 30 Anos, graças à paz de Vestefália, foi possível viver sem acreditar ou crer de forma diferente do Papa. A Igreja católica só aceitou a liberdade religiosa durante o concílio Vaticano II, reconhecimento que Bento XVI aceitou com azedume e ranger de dentes antes da sua jubilação. Do papa Francisco ainda não conhecemos as intenções.
Não se percebe que em época de crise o Estado português continue a pagar o ensino religioso em escolas oficiais, a professores livremente nomeados e exonerados pelo bispo da diocese, ou a subsidiar escolas religiosas onde a coeducação é proibida e as leis da família, votadas livremente pelos portugueses, combatidas pelo proselitismo beato de quem cumpre a vontade divina sem prescindir da remuneração profana.
No período de reconstrução da economia destruída pelo COVID- 19 que sentido faz ter duas embaixadas em Roma, uma para Itália e outra para o Vaticano, esta última certamente para proceder à importação de bênçãos e exportação de óbolos gerados em Fátima.
Invocar a tradição é apelar à traição. Só a laicidade garante a liberdade religiosa.
«O Estado também não pode ser ateu, deísta, livre-pensador; e não pode ser, pelo mesmo motivo porque não tem o direito de ser católico, protestante, budista. O Estado tem de ser céptico, ou melhor dizendo indiferentista» Sampaio Bruno, in «A Questão religiosa» (1907).
De como um professor republicano podia impedir a carreira da santidade. Antes analfabeta toda a vida do que um dia de aulas com um professor republicano.
«O professor não era grande coisa… era republicano. E só ensinava a ler, não ensinava a escrever.»
(Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado)
Se permitimos a colonização de edifícios públicos pela iconografia cristã, abdicamos da legitimidade de impedir que as escolas, hospitais, lares e creches do país fiquem à mercê da chantagem que o Islão está a fazer na Europa.
Os corredores dos serviços do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra (CHUC) já parecem caminhos para as sacristias onde Senhoras de Fátima e crucifixos ornam as paredes, quiçá a convidar os estropiados a viajar de joelhos.
Em vez de promoverem a religião, atraem bactérias e criam animosidade. A falta de senso dos devotos e a incúria das direções, transformam os hospitais públicos em sacristias.
Hoje, deixo aqui à reflexão dos leitores, os lamentáveis exemplos que ocorrem por todo o país. Pensem se gostariam de ver o Crescente islâmico ou a Estrela de David, a atraírem bactérias nos corredores dos hospitais púbicos.
«Ó meu caro Professor Anselmo Borges!!!
Unidos na defesa da laicidade, há anos que o leio com enorme prazer e com a certeza de que um ateu deve escutar um crente douto e tolerante. Há, aliás, no DN, dois pregadores a que me avezei, o caro Professor Anselmo e o bem-aventurado João César das Neves (JCN) que, embora não pareça, não tomou ordens sacras.
Quanto a JCN, deixei de o ler. O devoto, desde a imposição da tiara ao papa Francisco, remeteu-se ao amargo silêncio sobre a fé, prodígio do papa que levou o devoto a trocar a defesa da sua Igreja pela do Governo. Mantém a tineta para o disparate, mas perdeu a graça pia, aquela graça que fazia rir a bandeiras despregadas, e, em economia, diz o que dizem os economistas de direita.
Agora foi o Professor Anselmo Borges que tropeçou. Receando o mimetismo de JCN, venho alertá-lo para o perigo de trazer à colação os ateus com o mesmo desacerto com que a sua Igreja meteu Pilatos no Credo.
No artigo de sábado, dia 11 de abril, para provar que ninguém gosta de ouvir “a verdade nua e crua” [título do artigo], deu dois exemplos, um dos quais com um hipotético ateu. Passo a citar o segundo exemplo, «Vamos supor que, num funeral, o padre se ergue a dizer: “Meus irmãos, levamos hoje a sepultar um ateu crasso, materialista, que fugiu ao fisco, matou, e todos, lá no íntimo, consideram que era tão-só um crápula. Graças a Deus, estamos livres dele, vai hoje a sepultar”». Também era crápula “graças a Deus”?
Não nego que um ateu, à semelhança dos crentes, possa ser tudo o que disse, mas tenho a certeza de que, na defunção, o ateu dispensa o padre. Aprecio a sua companhia, como sabe, mas jamais a aceitaria no funeral, a exercer o múnus, apesar da apatia dos defuntos quanto às exéquias fúnebres.
É improvável que um ateu se sujeite ao odor do incenso e à aspersão da água benta, cuja diferença da água vulgar não notou em vida. E não é justo apanhar, à falsa fé, um ateu em letárgica defunção para lhe encomendar a alma e cantar os responsos.
O seu exemplo, caro Professor, é do domínio freudiano, o gozo de enterrar um ateu, de o mimar com as rezas que consolam os familiares dos crentes, mas não pense na unção para quem considera placebo os sacramentos.
Cumprimenta-o com estima,
o
Carlos Esperança»
Exmo. Senhor Dr. Eduardo Cabrita – Ministro da Administração Interna – C.c.: PR, AR, PM, Grupos Parlamentares
Excelência,
A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) tomou conhecimento da insólita atitude do Sr. Presidente da Câmara de Ovar, Salvador Malheiro da Silva, ao convidar o bispo do Porto, Sr. Manuel Linda, a deslocar-se à sede da autarquia, para benzer o hospital de campanha que irá funcionar para o tratamento da COVID- 19.
A AAP ficou perplexa com o convite dirigido a um dignitário católico para a cerimónia oficial, por quem deve respeitar a laicidade a que a CRP obriga e, sobretudo, por violar o estado de emergência, decretado pelo PR, a que todos somos obrigados.
A aceitação pelo Sr. bispo Manuel Linda e a deslocação do Porto a Ovar, na última quarta-feira, assumiu particular gravidade, pela violação do estado de emergência e do cerco sanitário, medida excecional imposta ao concelho para defesa da saúde pública.
A gravidade do ato, que o comunicado do Câmara Municipal, em anexo, parece ignorar, é, na opinião da AAP, um caso de polícia e de afronta ao Estado de Direito democrático, ferindo a autoridade da presidência da República, Governo e Assembleia da República, com perigo para saúde pública e constituindo graves exemplos de falta de civismo.
Em face do exposto, dado que a deslocação episcopal não foi impedida pela polícia, vem a AAP solicitar a V. Ex.ª que se digne informá-la das medidas que pretende tomar para que a autoridade do Estado seja respeitada e a insurreição de autarquias que se julguem à margem da legalidade democrática não volte a repetir-se.
Por respeito aos crentes católicos e à mágoa legítima por não poderem comemorar uma data litúrgica de grande valor simbólico para eles, a AAP deixou passar essa data, para agora manifestar agora a sua perplexidade e veemente indignação.
Aguardando uma resposta de V. Ex.ª, reiteramos a nossa preocupação com o desafio ao Estado de Direito democrático, e apresentamos-lhe as nossas saudações republicanas, laicas e democráticas.
Anexos: Carta devidamente formatada e imagem de uma das múltiplas notícias que circularam a relatar o sucedido.
a) Presidente da AAP – Associação Ateísta Portuguesa
http://aateistaportuguesa.org
Apostila: Esta carta foi enviada ontem, mas, por inoperacionalidade do blogue, só hoje é publicada.
Por
ONOFRE VARELA
Antes de tratar do assunto anunciado em título, quero aqui deixar o meu elogio à atitude de dois sacerdotes católicos: um, da Guarda, e outro de uma localidade Espanhola. Ambos demonstraram possuir um sentido de humor elevado, ao pedirem aos fieis das suas igrejas para que, neste tempo assolado por um vírus mortal que desaconselha concentrações de pessoas, lhes fornecessem cópias a cor dos seus retratos, em formato A3, para, com eles, decorarem os encostos dos bancos dos templos, sentindo, assim, que não celebravam missa num templo vazio. Considero este acto uma ideia genial pelo humor que encerra. E o humor é característica de inteligências superiores, não estando ao alcance de qualquer um. Os meus parabéns à Igreja Católica por ter sacerdotes com este nível.
Tratando do tema desta crónica direi que, hoje, em Portugal, não há Anti-clericalismo, pela simples razão de não haver Clericalismo! O Anti-clericalismo só existe na razão directa do Clericalismo que quer combater. É como um Anti-vírus que só existe porque existe o Vírus… não existindo este, não há razão para existir aquele!… Ora, não havendo Clericalismo (ou há?!…) também não existe a arma que o combate!
O Anti-clericalismo em Portugal existiu com uma força que podemos apelidar de feroz, num tempo em que havia um Clericalismo também feroz. Penso que o último Anti-clericalista Português foi Tomás da Fonseca (1877-1968), detentor de uma forte personalidade invulgar que o enviou para a cadeia diversas vezes, por razões políticas.
Na Primeira República foi chefe de gabinete de António Luís Gomes, que era ministro do Fomento do Governo Provisório, e ocupou o mesmo cargo ao serviço do primeiro ministro Teófilo Braga (que mais tarde viria a ser, embora por pouco tempo, presidente da República). Foi eleito deputado à Assembleia Constituinte em 1911 pelo círculo de Santa Comba Dão, e em 1916 foi eleito senador por Viseu. Atento aos aspectos mais negativos da Igreja, numa intervenção que fez em 1912, denunciou casos de padres pedófilos, problema que, como se vê, não é só de hoje.
Os regimes ditatoriais mereciam-lhe o maior repúdio, e por isso foi preso em 1918 por se opor à ditadura de Sidónio Pais. Volta à cadeia dez anos depois, em Coimbra, e torna a ser preso em 1947 por ter protestado contra a existência do Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, para onde Salazar enviava presos políticos.
As razões do Anti-clericalismo de Tomás da Fonseca estão registadas na História, e delas falarei no próximo artigo.
(O autor não obedece ao último Acordo Ortográfico)
OV
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.