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Categoria: Não categorizado

14 de Agosto, 2014 Ludwig Krippahl

O problema da indiferença.

Os teólogos chamam-lhe o problema filosófico do mal. O termo é enganador porque o problema a que se refere não está no mal em si. Está na hipótese de existir um ser infinitamente bondoso que tudo sabe e tudo pode. É essa hipótese que claramente não encaixa no que observamos. Mas como nas religiões não fica bem admitir erros, muita gente se tem dedicado, durante milénios, à tarefa fútil de arranjar desculpas para que um deus infinitamente bondoso permita tanta desgraça. Neste momento, a racionalização mais popular parece ser é a de que o mal existe porque Deus respeita a vontade de cada um e a liberdade é incompatível com a garantia de que só há bem e não há mal*.

Mesmo restringindo o problema ao mal – actos intencionais da vontade humana – esta justificação é inconsistente com o que observamos nos conflitos entre vontades diferentes. Se A tem vontade de fazer mal a B e B tem muita vontade de que não lhe façam mal, o que determina o resultado não é a justiça nem o respeito por quem tem mais vontade. É simplesmente a força física ou a arma mais eficaz. O que as evidências demonstram é que os deuses, se algum existir, respeitam mais a Kalashnikov do que a vontade livre de cada um.

No entanto, o problema é muito mais vasto do que o mal enquanto acto com intenção. Todos os anos morrem mais de seis milhões de crianças pequenas, de até cinco anos de idade. Morrem principalmente de pneumonia, complicações na gravidez, asfixia durante o parto, diarreia e malária (1). Não morrem por alguém ter desejado que morressem. Não é a maldade que as mata. São bactérias e protozoários, falta de alimentos e termos evoluído bípedes de crânio grande a partir de antepassados quadrúpedes, resultando na passagem de um feto cabeçudo por dentro de uma pélvis que tem de ser estreita para a mãe conseguir andar. As tragédias que ocorrem sem qualquer intenção, maldade ou culpa, como doenças e acidentes, são muito mais numerosas do que aquelas que se pode atribuir a um mal intencional. Seja como for, perante qualquer tragédia, a Natureza comporta-se exactamente como se não fosse governada com bondade, inteligência ou vontade. Para o universo, morrer o filho nos braços da mãe é o mesmo que cair uma gota de chuva num charco. Se alguma emoção governasse isto tudo não seria amor nem ódio. Seria a indiferença absoluta.

A tragédia é muito maior do que o sofrimento dos humanos de hoje. A nossa espécie já sofre há centenas de milhares de anos, os primatas há cinquenta milhões e os mamíferos há trezentos milhões de anos. E sabe-se lá quantas espécies capazes de sofrimento existiram nos quatro mil milhões de anos de vida neste planeta e em quantos outros planetas nos treze mil milhões de anos que dura este universo, imensamente mais vasto do que qualquer coisa que as religiões puderam imaginar. A indiferença do universo perante toda esta tragédia é um problema muito maior para a hipótese do deus bondoso do que os humanos serem mauzinhos de vez em quando, que não passa de um detalhe insignificante na história do sofrimento. No entanto, nada disto configura o problema filosófico que os teólogos apregoam. Distinguir entre o bem e o mal é um problema filosófico importante mas o mero facto de existir sofrimento e de ser possível agir com bondade ou maldade é filosoficamente tão misterioso como a existência da pedra pomes ou a possibilidade de fazer croché.

O “problema do mal” é apenas o problema de insistir, contra as evidências, que este universo é governado por um ser infinitamente bondoso. A alegação não só é obviamente falsa como até é moralmente repugnante. Sem um deus desses, muita da tragédia que enfrentamos é simplesmente algo que acontece. Uma doença incurável, um acidente imprevisível. Um azar, sem maldade nem culpa. Mas se acreditarmos num deus desses temos de acreditar que toda a tragédia é maldade porque temos de acreditar que toda a doença tem cura, que todos os acidentes são evitáveis e que a tragédia só acontece porque o ser supremo não se importa com quem sofre. A indiferença natural de um universo que não pensa nem sente torna-se na indiferença cruel de um deus que se limita a apreciar o sofrimento quando o poderia evitar sem qualquer esforço. Isto não é um problema filosófico do mal. É um problema psiquiátrico da fé.

* Isto é inconsistente com a tese de que Deus e todas as almas no paraíso têm vontade livre mas são incapazes de praticar o mal. A própria teologia exige que a vontade livre seja compatível com a bondade perfeita. Mas como é melhor refutar disparates com factos do que com outros disparates remeti esta objecção para o rodapé.

1- OMS, Children: reducing mortality

Em simultâneo no Que Treta!

7 de Agosto, 2014 Carlos Esperança

Quem acode aos cristãos?

MASSACRE! MILHARES FOGEM NO IRAQUE AO AVANÇO DOS SUNITAS

Elementos da comunidade Yazidi pediram ao Governo curdo e às Nações Unidas para os ajudar a regressar à cidade natal de Sinjar. Militantes do Estado Islâmico estão a executar indiscriminadamente quem se lhes opõe.

“Pedimos ajuda, porque os nossos familiares estão a morrer. Não sabemos o que lhes vai acontecer. Idosos e crianças estão sem dinheiro e têm medo. O Estado Islâmico está a massacrá-los”, afirma uma mulher de Sinjar.

 

6 de Agosto, 2014 José Moreira

Ah! Traidores…

Segundo uma sondagem, que vale o que vale, ou seja, vale o que valem as sondagens, os que mais traem as respectivas caras-metades são os benfiquistas e os… católicos. Ora, isto das sondagens é como as estatísticas e as consciências, as pessoas fazem delas o que querem. Porque dividir os traidores em “benfiquistas e católicos” poderá querer dizer que os benfiquistas não são católicos e vice-versa. Ora, como está religiosamente provado que a esmagadora maioria da população portuguesa é católica e, simultaneamente,  benfiquista, então teremos de concluir que os traidores não são tantos assim. Faz lembrar, “a contrario sensu” a lápide que garantia:  “Aqui jaz um político honesto” e as pessoas interrogavam-se como era possível meterem duas pessoas na mesma campa, sem se darem conta do oxímoro.

De qualquer modo, e se a cena do “benfiquista” não me perturba nem um bocadinho, já a cena do “católico” é perturbante. Então, não está escrito, na lei de Jeová, “Não cobiçar a mulher alheia” ou coisa parecida? Então, onde pára a tal “dimensão ética” dos católicos? Já não lhes basta serem benfiquistas, ainda têm de ser pecadores?

 

6 de Agosto, 2014 José Moreira

Afinal, quem está errado?

Mão amiga fez-me chegar este link que, natural e altruisticamente, compartilho. A questão fundamental, é: se há milhões de pessoas que acreditam na existência de Deus, podem estar erradas?

6 de Agosto, 2014 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP) Proselitismo pio

Caríssimo presidente da associação ateísta portuguesa. Continuo à espera da resposta da carta que lhe enviei há tempos. Para que a tenha presente vai a mesma, embora com algumas poucas correções que esclarecem melhor a minha posição. Por favor gostaria de ter uma sua resposta.
Caríssimo irmão em Jesus Cristo

O Julgamento pertence ao Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor e a mais ninguém. Quem sou eu, meu querido irmão, para o julgar? Ninguém pois quem julga apropria-se da Lei e a Mesma pertence a Deus e a mais ninguém. Sou um homem imperfeito, com muitas falhas. Portanto não me cabe a mim, que sou imperfeito, condenar o meu amado irmão pelas opções que fez, nomeadamente em ser ateu.

A minha carta é, fundamentalmente, uma carta de amor. Amor centrado em Deus e que se derrama como chuva benfeja sobre todos os homens. O próprio Jesus, a quem sirvo disse e vários Evangelhos citam essa passagem:”Não é só aquele que diz senhor, senhor que entra no reino dos céus mas todo aqule que fizer a vontade de meu Pai!”.

Caríssimo irmão, ser critão não é fruto de uma alienação como muitos nesta sociedade laica nos querem fazer crer. Ser cristão é antes de mais uma vocação fruto do Amor que Deus tem por nós. Ele é O Pai amoroso que nos ama com um Amor que vai para além do que a palavra que usamos pode defenir no nosso limitado entendimento. Jesus ao oferecer-se por nós na cruz por Amor, Ele que é Deus com o Pai na Unidade do Espírito Santo, equiparou-se humanamente a todos os que oferecem por amor em favor daqueles que amam. Mas esse Amor que fez com que Ele desse a vida por todos nós, de todos os tempos, nações e ideologias, é imanado do Amor Divino que Jesus Compartilha com o Pai e o Espírito Santo numa união em que três Pessoas compartilham a mesma natureza, sentir e Amor. O Pai, o Filho e o Espirito Santo, embora independentes, como se fundem numa só e perfeita natureza. Essa união hipostática é demasiadamente complexa para o nosso entendimento racional. No ent!
anto, ela sente-se na nossa carne “espiritual” (alma) de uma forma misteriosamente bela e intensa.

O sentimento a que me referi, amado irmão, provém do dom da Fé que é dado gratuitamente a todo o homem. Para o receber, no entanto temos que nos esvaziar de tudo o que somos e pensamos saber de Deus. Só assim, como copo vazio disponível para receber a nova água viva e a unção de Deus, é que podemos afirmar como o Apóstolo S. Paulo: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”.

A descrença de muitos, meu irmão é na esmagadora maioria das vezes fruto da contradição entre aquilo que diz a Sagrada Escritura, nomeadamente a judaico-cristã, e a ação do homem que se diz crente. Ora isso, meu irmão, é transversal ao Antigo e Novo Testamentos e alonga-se na História, mesmo a atual. Ao longo de toda a Bíblia se vê que Deus sempre quiz o amor de Seu povo quantas vezes caído em infidelidade ao Seu. O drama é que, quem se diz crente nem sempre se porta como tal e vai ao mesmo de, escandalosamente, contradizer tudo o que está nas Santas Letras com a sua vida pessoal social e política. Esses meu irmão, podem dizer-se crentes, mas não o são. São antes aquilo que Jesus profetizou de falsos profetas e lobos com pele de ovelha que misturando-se entre os crentes se fazem passar por eles enganando-os. Esses, seguindo as Palavras de Jesus são os verdadeiros anti-Cristos.

As guerras e opções persecutórias que se fizerem e se continuam a fazer em nome de Deus, lideradas por esses falsos profetas, nada mais é do que uma atitude adutera e hipócrita daqueles que por fanatismo, e dizendo-se crentes, vão contra todos os mandamentos do Altíssimo que enraízam todos no Amor. E Deus, como diz S. João numa das suas Cartas: “é Amor!”.
Aqueles que são crentes irmão, não alinham em atitudes acima mencionadas pois as sua únicas armas são:a humildade; a oração; a entrega à Vontade de Deus; o serviço aos irmãos; a penitência; a renúncia à sua vontade para seguir a Deus e servir o próximo. Podem ser imfexíveis na sua fé ao ponto de derramarem o seu sangue pela defesa da mesma por se sentirem Amados por Deus, mas nunca, nunca poderão enveredar por caminhos de perseguição de quem não pensa igual em termos éticos , morais e religiosos. O nosso lema é: odiemos o pecado mas não o pecador.

Querido irmão, respeito-o como ser humano e como dissse acima quem sou eu para o condenar por ser ateu. Só a sua consciência e história de vida sabem verdadeiramente as cauas da sua opçõa pela descrença e militância ateia. Quero no entanto que fique consciente que o amo com sinceridade e tal como o irmão é livre de dar testemunho do seu sentir eu também o sou. O amor que sinto por Deus faz-me amá-lo a si e por isso invoco todas as bençãos de Deus para si e para os seus para que, abrindo-se ao Seu Amor possam usufruir do mesmo.

Que Deus o Abençoe e guarde!

Lhe mostre a Sua face e se compadeça de si.
Volva para si o Seu Rosto e lhe dê a Paz!
O Senhor o abençoe, irmão.

Fraternalmente,

ir. Pedro José Martins (OFS)

25 de Julho, 2014 Ludwig Krippahl

Ciência e religiões.

No que tenho lido e discutido sobre isto tenho encontrado três reacções à incompatibilidade entre a ciência e as crenças religiosas. Uma consiste em afirmar a crença religiosa como cientificamente sólida mesmo que isso exija mentir descaradamente. É o que fazem os fundamentalistas, dos criacionistas aos cientólogos. Outra é alegar que ciência e religião são separadas e nunca interferem. É atraente para quem não quer chatices, como os agnósticos, por exemplo. A terceira é defender que ciência e religião se complementam porque lidam com realidades diferentes. Esta é popular entre os católicos que, apesar das evidências em contrário, insistem que fé e razão não se podem contradizer.

A primeira abordagem deturpa os resultados da ciência. As “evidências científicas” para o Dilúvio, para a dianética ou para a misoginia muçulmana são tão disparatadas que os crentes mais esclarecidos até pedem que não se mencione essas coisas, não vá alguém notar que “religião” abarca mais do que a versão light que estes defendem. A tese da não-interferência assume que a investigação dos factos está isolada da procura pelos melhores valores. Isto é fundamentalmente falso porque a ciência assume valores e qualquer discussão ética depende de factos. No entanto, mesmo considerando ciência e ética superficialmente independentes, as religiões não são ética. As religiões são sistemas de regras assentes em alegações acerca do que os deuses querem e toda a autoridade religiosa deriva desses alegados factos.

A tese da complementaridade deturpa a ciência, mas a deturpação passa mais facilmente despercebida. A ideia fundamental é a de que a ciência lida com a matéria enquanto “a religião” (no singular, como se só houvesse uma) lida com o espírito. Assim, como disse recentemente o filósofo Michael Ruse: «Se a pessoa de fé quiser dizer que Deus criou o mundo, não acho que se possa negar isto por razões científicas»(1). O que Deus faz está no campo da religião e fora dos assuntos da ciência. Isto parece razoável mas está errado.

O erro é julgar que a ciência lida com aspectos da realidade como a matéria, o espaço e energia como o carpinteiro trabalha com a madeira e o pedreiro com a pedra. Assim, tal como o carpinteiro não solda e o pedreiro não aduba, o cientista não toca no sobrenatural. Desde que seja aquele deus, é claro. Os religiosos não levantam objecções quando a ciência refuta as crenças sobrenaturais dos outros; só as suas é que estão fora do âmbito da ciência, noutro “nível da realidade”. Isto está errado porque o propósito da ciência é encontrar as ideias – modelos, hipóteses, teorias e afins – que melhor correspondam à realidade. Por isso, aquilo que a ciência molda, esculpe, serra e martela são as ideias e não a realidade em si.

Para se ir aproximando da verdade, a ciência confronta constantemente todas as ideias umas com as outras e com tudo o que, a cada momento, justificadamente se julga saber. Não é um processo linear nem isento de retrocessos porque por vezes revela que o que se julgava ser conhecimento era erro. Mas só isso já é uma vantagem sobre as alternativas e a história da relação entre a ciência e as religiões é uma prova de como a ciência é a mais fiável. Apesar de inicialmente terem tentado, pela força, que fosse a ciência a ceder, o que tem sempre acontecido é a ciência revelar erros nas crenças religiosas. O contrário nunca aconteceu.

Também é errado pensar que a ciência só serve para avaliar ideias que sejam empiricamente testáveis. O conhecimento não é um saco de alegações soltas. É um edifício de modelos e teorias fortemente interligados. As fundações têm de assentar em dados empíricos mas, desde que seja sólido, o edifício pode ir muito mais alto. É por isso que a ciência pode responder a perguntas hipotéticas como o que acontece se explodir uma bomba nuclear no Chiado ou como se pode cultivar plantas em Marte. Mesmo sem testar directamente as respostas pode-se avaliá-las pela sua consistência com o edifício de conhecimento que já está construído. É também assim que podemos concluir, com legitimidade científica, que a Alexandra Solnado não fala com Jesus, que o professor Bambo não tem poderes videntes e que as biópsias que a Maya faz por telefone não são de fiar. Não por podermos testar cada alegação individualmente mas porque o conhecimento que temos, assente num fundamento empírico, faz com que a hipótese mais plausível seja a de que essas alegações são falsas.

Aplica-se o mesmo às doutrinas religiosas. Considerando o que sabemos, desde a física e cosmologia à psicologia e sociologia, a hipótese que tem melhor fundamento é a de que os deuses são uma invenção humana. Se bem que a ciência não explique tudo, sem deuses explica muita coisa enquanto os deuses não explicam nada. A imaginação humana tem limites e não chegaria para inventar a mecânica quântica ou a teoria da relatividade sem ser guiada, passo a passo, por muitos indícios experimentais. Mas os mitos religiosos são comparativamente simples e vagos e estão bem dentro daquilo que os humanos conseguem inventar por si. Se a pessoa de fé quiser dizer que Deus criou o mundo, está no seu direito. Diz e acredita o que quiser. Mas é legítimo que a ciência rejeite essa hipótese porque há uma hipótese alternativa com um fundamento muito mais sólido: os deuses são personagens fictícios.

1- New York Times, Opinionator, Does Evolution Explain Religious Beliefs?

Em simultâneo no Que Treta!

24 de Julho, 2014 José Moreira

A laicidade avança…

Formalmente, Portugal é um país laico. A Constituição da República Portuguesa deixa de lado quaisquer dúvidas, ao separar categoricamente a Igreja e o Estado, e ao proibir que alguém seja discriminado em função de, entre outros, motivos religiosos. Ou seja, perante a Lei, todas as religiões são iguais embora, de forma porcina, isto é, tal como descrito n’”O Triunfo dos Porcos”, haja uma religião mais igual que as outras. Além disso, ou a confirmar isso, não é raro ver-se membros do Governo e outras figuras do Estado atreladas a tudo quanto é vestes talares, nem inauguração que não leve benzedura.

Ora, o Tribunal Constitucional (TC) acaba de dar um pontapé neste estado de coisas. a história resume-se assim: uma procuradora do Ministério Público (MP) requereu à respectiva hierarquia dispensa de cumprir os turnos, quando estes coincidissem com um Sábado, já que o trabalho em tal dia colidia com os seus princípios religiosos, já que a magistrada é membro da Igreja Adventista. A procuradora comprometia-se a compensar esses dias com trabalho em dias de férias, por exemplo. A hierarquia foi-lhe dizendo que tivesse paciência mas a liberdade religiosa não podia sobrepor-se aos deveres laborais, e o Supremo Tribunal Administrativo chegou mesmo a argumentar que a procuradora devia ter escolhido outra profissão.

O TC, porém resolveu a questão de forma lapidar: a liberdade religiosa não consiste “apenas” em poder pertencer a qualquer religião, mas também em poder exercer o respectivo culto e cumprir os respectivos preceitos.

Lentamente, penosamente, Portugal vai-se libertando das teias de aranha “icarianas”.