Talibã no Paquistão: Ataque em escola em Peshawar deixa 141 mortos (BBC)
http://www.bbc.com/news/world-
Paquistão: 5.5 milhões de crianças fora das escolas Relatório da UNESCO (Tribune)
http://tribune.com.pk/story/
Orçamento para educação diminuiu apesar de promessas (Dawn.com)
http://www.dawn.com/news/
Governo anuncia orçamento de 700 bilhões para Defesa (Tribune)
http://tribune.com.pk/story/
Paquistão marca “Dia de Malala” com bolsa educação (AlJazeera)
http://www.aljazeera.com/news/
Ataque do Taleban deixa 145 mortos, incluindo 132 crianças (Folha de São Paulo)
http://www1.folha.uol.com.br/
Paquistão tem sete milhões de crianças fora da escola (O Globo)
http://oglobo.globo.com/mundo/
Paquistão: Dia da Malala homenageia a jovem baleada pelo Talibã (Terra)
http://noticias.terra.com.br/
“Quando uma teoria científica contradiz uma verdade da fé católica, das duas uma: ou não é uma verdade científica, ou não é uma verdade de fé…”
(Padre Gonçalo Portocarrero de Almada, Opus Dei)
Email dirigido à AAP
Gostaria de lhe comunicar que lamento que o sr. Presidente num estado laico, perca tempo e gaste dinheiro publico a organizar passeios a Fátima.
Fornecimento de doces tradicionais para o Passeio-Convívio Sénior a Fátima 14.670,00 € 13-08-2014 Município de Vila Nova de Famalicão RIBAPÃO – Sociedade Panificadora, Lda.
Aluguer de autocarros de passageiros para o Passeio Convívio Sénior a Fátima 119.800,00 € 12-08-2014 Município de Vila Nova de Famalicão SAFTUR – Viagens e Turismo, Lda.
Fornecimento de bonés para o Passeio Convívio Sénior a Fátima 6.840,00 € 11-08-2014 Município de Vila Nova de Famalicão Quebratema, Unipessoal, Lda.
O Sr. Presidente deveria cumprir o artigo 13 da Constituição Portuguesa:
Artigo 13.º
Princípio da igualdade
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.
O facto de benefeciar os praticantes da Igreja católica, neste passeio a Fátima, coloca-o a desrespeitar a lei.
Por outro lado, acredito que no nosso país, fraco em recursos, estes 141 mil euros, poderiam ter melhor destino.
Quem quiser exercer a sua fé que o faça ás suas custas e não ás custas do contribuinte!
Cmpts,
Nelson Faria
O programa “Prós e Contras” desta semana pretendeu debater a pergunta “Deus tem futuro?” (1). No entanto, dos seis elementos do painel, quatro pertenciam ao clero, um era ateu mas defendia que os ateus não se devem preocupar com a questão de Deus existir ou não, e o cientista, Carlos Fiolhais, defendeu apenas a posição de que a ciência não tem nada a dizer sobre o assunto. Assim, o painel dedicou-se a discutir quem teria a melhor variante do monoteísmo bíblico, concordando todos no futuro de Deus e discordando apenas acerca de que Deus teria tal futuro. Haveria muito a apontar mas, neste post, vou focar apenas a posição de Carlos Fiolhais porque abordou um problema fundamental. Fiolhais alegou que a ciência foca um tipo de perguntas e não todo o tipo de perguntas. Nisto estamos de acordo. Mas depois, sem esclarecer como divide as perguntas em vários tipos nem como se avalia as respostas, simplesmente afirmou que há perguntas que são respondidas pela arte, outras pela ciência e outras pela religião, e que «a ciência não pode responder à pergunta se Deus existe ou não existe». Disto já discordo e até posso explicar porquê.
Vou categorizar as questões em três tipos em função das respostas que admitem. O tipo menos interessante é o de perguntas como “Existe blrrt?”. Estas não admitem resposta porque só são perguntas na sintaxe. Semanticamente não são nada. É o que acontece com “Existe Deus?” quando não se especifica nada desse “Deus”. Na prática, isto é raro. A menos que alguém esteja rodeado de clérigos de religiões diferentes e queira evitar o confronto a todo o custo, raramente se coloca esta questão sem afirmar algo concreto acerca desse “Deus”.
Outras questões admitem várias respostas correctas. As respostas a perguntas como “Queres jantar?”, “Tens fé em Jesus?” ou “Acreditas que há vida noutros planetas?” dependem da pessoa ou até do momento em que são colocadas. No debate, Anselmo Borges declarou que Deus é objecto de fé e não de ciência. Esta afirmação é vaga mas pode querer dizer que Deus é apenas uma ideia, na mente do crente, onde este foca a sua fé. Se assim for, então a pergunta “Existe Deus?” pode ser correctamente respondida pela afirmativa ou pela negativa conforme a pessoa a quem perguntamos foca a sua fé nessa ideia ou não.
Finalmente, há aquelas perguntas que admitem uma resposta correcta e para as quais as restantes respostas estão erradas, em maior ou menor grau. Perguntas como “Qual é a forma da Terra?”, “Existem electrões?”, “Alguém levou o corpo de Maria para o Céu?”, “O universo foi criado por um ser inteligente?” e assim por diante. São perguntas que fazem sentido e que visam obter uma resposta única que não é função de crenças, escolhas ou opiniões do inquirido. A resposta, presume-se, é algo que “já lá está” e que temos de descobrir. Este é o tipo de perguntas que a ciência aborda.
Aqui costuma surgir outra confusão. É correcto dizer que as religiões dão respostas. É esse um dos seus objectivos principais. Pergunte-se a um religioso algo acerca dos deuses, da origem do universo, do maior mistério e ele, mesmo admitindo que é um mistério, dá normalmente uma resposta. A diferença entre religiões e ciência não está nos tipos de pergunta, porque ambas dão primazia às perguntas que exigem uma, e só uma, resposta certa. A diferença é que o ponto forte da ciência não é dar uma resposta mas sim fazer a parte difícil, que é avaliar, comparativamente, as respostas possíveis. É fácil esquecer isto porque, se se perguntar a um cientista qual o número atómico do carbono ou a idade do sistema solar, ele dá uma resposta. Mas apenas porque a ciência já foi feita. Já se passou séculos a considerar alternativas, a compará-las, a descartar muita coisa até chegar a algo que, provisoriamente, parece ser a melhor resposta.
Num aspecto, Fiolhais tem razão. Se perguntarmos sobre Deus a um católico, muçulmano ou judeu, cada um dará a sua resposta acerca do que Deus é, quer, fez e exige de nós. A ciência, concordo, não faz isto. A ciência não dá respostas tiradas do chapéu, seja por fé ou fezada. Mas se a questão admite apenas uma resposta objectivamente correcta a ciência é a melhor forma de tentar respondê-la porque a ciência procura entre todas as respostas possíveis aquela que encaixa na melhor explicação para todos os dados relevantes. Muitas vezes os dados são insuficientes para que uma resposta seja claramente melhor do que as demais e, mesmo que seja, sê-lo-à apenas provisoriamente. Mas isto é o melhor que se pode fazer e qualquer afirmação ou certeza que vá além disto é mera ilusão.
Outra confusão está em julgar que a ciência decide “provando” o que é verdade. Por isso, Anselmo Borges apontou que não se pode provar que Deus não existe. Mas consideremos a hipótese evangélica de Deus ter criado o mundo em seis dias há seis mil anos atrás. Se Deus é omnipotente, não se pode provar que isto é falso. Um deus assim até poderia ter criado tudo há cinco minutos sem ter deixado qualquer indício disso. Com um deus que tudo pode fazer, até as nossas memórias de infância podem ter sido criadas já nos nossos cérebros. A ciência rejeita esta hipótese simplesmente porque há uma explicação melhor para a origem da Terra que não inclui deus nenhum. E isto aplica-se igualmente ao deus que terá ditado o Corão, ao deus que levou o corpo de Maria para o céu ou ao deus que terá feito o universo num big-bang. Tudo isso a ciência rejeita. Não por “provar” o que quer que seja mas porque a ciência é um processo contínuo de inferência à melhor explicação e, neste momento, essas coisas não fazem parte das melhores explicações que temos.
1- RTP, Prós e Contras.
Em simultâneo no Que Treta
Assim, de repente, até parece uma pergunta feita por um ateu ou, na melhor das hipóteses, de um agnóstico. Na verdade, parece não caber na cabeça de um crente que Deus, o omnipotente, o eterno, o etc. seja, ou esteja, carente de futuro. Deus é eterno, ponto final. e se, como dizem, “o futuro a Deus pertence”, então estamos conversados. No entanto, a pergunta tem toda a pertinência. É tão pertinente perguntar “Deus tem futuro?”, como é pertinente perguntar “a Democracia tem futuro?”, ou “o Comunismo tem futuro?” De facto, todas as criações do Homem são passíveis de desaparecer ou, numa hipótese menos radical, de serem alvo de transformações. E Deus não é excepção.
A resposta à pergunta “Deus tem futuro?” não pode, no entanto, ser dada de ânimo leve. Até porque há, na minha perspectiva, duas respostas: não e sim.
Com efeito, o deus omni-sapiente, o que era uma resposta para tudo, o que tudo podia e fazia, esse está moribundo. A Ciência vai-se encarregando, dia após dia, de lhe dificultar a vida ou, numa linguagem mais corriqueira, de lhe tirar o tapete.. Milhares, milhões, de coisas que Deus fazia foram, definitiva e irrevogavelmente, avocadas pela Ciência. Hoje, dificilmente se morre “porque Deus se dignou chamar à sua presença”, tantas são as maneiras de bater a bota. Ninguém, em seu perfeito juízo, acredita que a trovoada é “Deus a ralhar” e se dizem “até amanhã se Deus quiser”, o se Deus quiser não passa de uma figura de retórica, pois ninguém acredita que Deus esteja preocupado a querer isto ou aquilo.
Mas há uma outra vertente de Deus que, essa sim, tem o futuro assegurado. Refiro-me ao deus-placebo, ou deus-paliativo, ou deus-madre-teresa-de-calcutá. Pelo menos enquanto houver pobres e desvalidos “porque essa é a vontade de Deus”, essa vertente divina tem o futuro assegurado. Em último caso, até ao momento em que o Homem tome consciência de que não é Deus que o vai salvar seja do que for, porque também não foi Deus o causador da desgraça, da doença ou da fome. Mas esse momento nunca chegará, porque há sempre formas ínvias de alguém calar as vozes que pretendam lançar alguma luz..
Como se viu e ouviu.
Foto: Maurizio Brambatti/EPA
A revelação foi feita pelo Cardeal George Pell, o australiano convidado pelo Papa para proceder à reforma de todo o sistema financeiro da Santa Sé.
De acordo com um texto escrito pelo Cardeal no jornal inglês “Catholic Herald”, não se trata de dinheiro de origem suspeita, mas simplesmente de fundos que não estavam declarados e por isso não apareciam no balanço oficial do Vaticano.
“É importante realçar que o Vaticano não está falido. Apesar de o fundo de pensões precisar de ser reforçado, para enfrentar os desafios que surgirão dentro de 15 ou 20 anos, somos auto-suficientes, para além de termos investimentos e activos significativos”, escreve.
De seguida, o cardeal faz a revelação surpreendente: “De facto, descobrimos que a situação está bem melhor do que pensávamos, porque encontrámos umas centenas de milhões de euros que estavam depositados em certas contas seccionais e por isso não apareciam no balanço oficial”.
Por lapso, deixei passar o dia 30 de novembro, data do 11.º aniversário do Diário de uns Ateus, o nome com que foi criado.
Este Diário foi o projeto de uns ateus fartos do poder do clero romano, de Governos que se ajoelham e de gente habituada a viver de rastos. Não se dirá que privilegiámos umas religiões em relação a outras. Todas são más, todas trazem o veneno da superstição e da mentira e o vírus do proselitismo.
Nestes últimos onze anos morreram milhões de pessoas vítimas de ódios religiosos e do sectarismo dos clérigos que acicatam os instintos primários de crentes que fanatizam. Ninguém foi chacinado por ateus ou agnósticos, pelo menos nessa qualidade, mas foram muitos os que morreram às mãos daqueles a quem disseram que matar infiéis agradava ao seu deus e que espalhar a fé era uma obrigação.
Os protestantes evangélicos descobriram em Bush o homem que falava diretamente com Deus e que se deixou enganar pelo pantomineiro. Os judeus ortodoxos continuam a enrolar as trancinhas e a sonhar com o expansionismo sionista. Os muçulmanos matam a troco de 72 virgens que julgam de burka despida à sua espera no Paraíso. Os padres romanos, dirigidos pelo capataz do Vaticano, continuam em cruzadas contra o divórcio, a IVG, o uso do preservativo e a pretenderem conquistar poder político.
Nos países onde o clero foi remetido para as sacristias não há guerras religiosas. Não se é perseguido por rezar o terço, ir à missa, orar virado para Meca ou tentar derrubar à cabeçada o Muro das Lamentações.
Nos países onde a vontade de Deus se sobrepõe à dos homens decapitam-se pessoas, lapidam-se mulheres, amputam-se membros e o medo e a violência são as armas que mantêm os regimes de terror teocrático na coutada de tal Deus.
É contra o obscurantismo religioso, o fanatismo, o embuste dos milagres e a criação de santos que o DuA, diariamente, escarnece, acusa e blasfema. É na defesa da Declaração Universal dos Direitos do Homem que se esforça por manter um espaço que é trincheira contra o fundamentalismo que ressurge pela mão dos clérigos e se espalha por contágio dos beatos que nascem como cogumelos nas noites frias e húmidas de Novembro.
Vamos continuar, para gáudio de brasileiros e portugueses que nos visitam diariamente, em peregrinação laica a este espaço não infetado por Deus.
A Igreja Patriótica Católica da China, instituição que regula as atividades desta religião no país e não reconhece a autoridade do Vaticano, ofereceu à Santa Sé a possibilidade de rever em conjunto a nomeação dos bispos.
Nas suas últimas declarações o Papa Francisco denunciou o “direito a morrer” como um “falso sentido de compaixão”, considerando a eutanásia ou o suicídio assistido como um pecado contra Deus e contra a criação.
Condenou ainda o aborto e a investigação de células estaminais embrionárias dizendo que isso é “brincar com a vida” e pecar contra o “Deus Criador”
Eis mais um exemplo da imbecil hipocrisia da Igreja Católica e até do próprio Papa, por muito que o considerem “diferente”.
Como considerar uma organização tenebrosa que há dois mil anos é responsável pelos mais cruéis morticínios e pelos mais abjetos crimes contra a Humanidade e contra a Ciência que vem agora falar de “sentido de compaixão”, de “pecado contra Deus” e de “brincar com a vida”, ao mesmo tempo que moral e filosoficamente continua a ser… favorável à PENA DE MORTE?…
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.