Os militantes do Estado Islâmico estão saqueando sítios arqueológicos na Síria e noIraque em escala industrial e vendendo seus tesouros a intermediários para levantar fundos, disse Irina Bokova, chefe da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, na sigla em inglês), nesta quinta-feira (2).
4 de Agosto, 2015 Carlos Esperança
Mentira e crime
MÁRIO DE OLIVEIRA *
As chamadas aparições de Fátima são a grande mentira e o grande crime da hierarquia da Igreja Católica portuguesa do século XX. À qual veio, estranhamente, juntar-se, já na parte final desse mesmo século, o próprio Papa João Paulo II, sem dúvida o mais fatimista de todos os Papas e também o mais beato e idólatra.
As fotos de João Paulo II, prostrado diante da imagem de Fátima, publicamente idolatrada naquela sua capela que mais parece uma estação de serviço, correram mundo. Elas são bem o símbolo duma Igreja Católica caída na idolatria e convertida em multinacional da religião, herdeira e continuadora das míticas religiões e dos cultos idolátricos do paganismo que proliferaram no Império Romano e que o imperador Constantino e o seus sucessores baniram, para que, em seu lugar, ficasse apenas a religião católica.
Por isso digo: ou a Igreja Católica do século XXI tem coragem para confessar a mentira e o crime que a hierarquia católica portuguesa fabricou em 1917, ou está condenada a desaparecer da vida de todos os seres humanos esclarecidos e dotados de consciência crítica.
A grande mentira de Fátima é esta: a hierarquia da Igreja Católica afirmou e continua a afirmar que a imagem da senhora de Fátima, que não come nem bebe, não ouve nem fala, não chora nem ri, não anda nem se comove, é uma espécie de retrato de Maria de Nazaré, a mãe de Jesus. Não é. É uma reprodução tosca das inúmeras imagens da mítica deusa virgem e mãe dos cultos do paganismo que o cristianismo do século I tanto combateu e ridicularizou.
O grande crime de Fátima é este: das três crianças que o clero envolveu na encenação das “aparições”, duas apanharam a pneumónica e morreram abandonadas pouco tempo depois; e a mais velha teve de ser enclausurada.
* Padre católico
D. N. 12-05-2002