19 de Agosto, 2008 Carlos Esperança
A festa do burro
Notícia aparecida no “Almanaque do Porto”, 1960, p. 182
Livraria Figueirinhas – Porto
Há várias questões a ponderar:
1. Os burros não podiam despejar o intestino na vetusta nave da igreja onde se processava este magnífico acto de adoração (ao burro legítimo)…
2. As donzelas haveriam de ser bem virgens nem que fosse isso atestado e comprovado por conhecidos garanhões dos templos e não só… E o bebé teria de ser de pilinha sem disfarces (que nestas cenas de muita juventude as bebés, franzinas mas mais maduras, imitam bem a burridade masculina…)!
3. Os asnos que gritavam burridades (hi! han!) poderiam ser asnas… Aqui a santidade do zurrar não deveria ser regateada só a homens que, mesmo que dos mais obedientes e cordatos, não têm a primazia da devoção cega e ignara…
4. Não se sabe se o burro puritano (virgem???), entre rezas e zurros, fez alguns milagres… Capazes disso são eles…
5. Os padres que acolitavam esse evento com fé entranhada e indiscutível deveriam ser, também, burros comprovados entre os mais burros do clero!
a) G. T.