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Categoria: Diário de uns ateus

22 de Janeiro, 2024 Onofre Varela

Crer ou não crer

Um dia perguntaram ao filósofo Agostinho da Silva : “Acredita em Deus?” Ao que ele respondeu: “Depende. Se você me disser o que é Deus, pode ser que eu lhe diga se acredito ou não”.

Não conheço resposta mais concreta e acertada para tal pergunta! Na verdade não se pode negar a existência de Deus assim, tão simplesmente, porque logo a seguir a essa negativa se colocaria a questão: se Deus não existe, porque é que estás a falar dele? Se não existia até aqui, passa a existir a partir deste momento, caso contrário não se entenderia porque estás a nomeá-lo!

Só se pode negar ou afirmar aquilo que se conhece. E aquilo que “eu conheço” do conceito de Deus (o conceito, sim, existe) não me merece crédito de existência real para além do conceito que é, nem fora da mente de quem o afirma.

A figura de Deus apregoada pelas religiões é definida como um ser espiritual, mas que tem personalidade e forma material (a crer na Bíblia, reuniu com Moisés para lhe entregar as tábuas da lei), que produz milagres e orienta os homens, que castiga e premeia, que dá e tira, e que reina num universo paralelo onde nos espera depois de morrermos para nos premiar com felicidade eterna, ou nos condenar também eternamente (o que é uma maldade!…).

Este deus, pintado assim, desta maneira tão infantil para o raciocínio de um adulto saudável, definitivamente, não pode existir. As leis da física e da química não permitem a existência de um ser, ou coisa, com tais poderes!

As opiniões que contrariam a fé dos crentes costumam incitá-los à recusa imediata da opinião do outro, sem qualquer raciocínio crítico que os pudesse levar a comparar ideias antes de negarem o “incrédulo demoníaco”. Esta atitude só é tomada por quem não está preparado para enfrentar tal raciocínio, mas que, pelo contrário, está programado para o recusar liminarmente.

Seria mais razoável se os crentes enfrentassem os factos contrários à sua fé com capacidade analítica e concluíssem depois. Acredito que se assim fizessem, as crenças religiosas perderiam a maioria dos seus adeptos por terem adquirido conhecimentos mais avançados do que o primitivo “saber religioso” adquirido pelos Homens da Idade do Ferro, bem antes de haver um pensamento científico, mas que hoje ainda é consumido desregradamente…

A fé da medievalidade do pensamento ainda habita cérebros sem o critério científico que alimenta a dúvida e incita à procura, mau grado os diversos meios de conhecimento que a modernidade tem ao dispor de todos nós. A crença “pura e dura”, numa primeira análise “a frio”, não é compatível com a nossa época. Na crença entregamo-nos ao sonho mais inconcretizável e à simulação, convictos de estarmos com a verdade.

(Advertência: “Crença” não é sinónimo de “Ignorância”. O Crer e o Saber co-habitam pacificamente no mesmo cérebro sem conflituarem. Ignorantes todos nós somos, começando pelos cientistas… que só procuram e investigam, porque sabem que não sabem!… Se soubessem que já sabiam, não se davam a tal trabalho. A crença e o conhecimento científico têm vasos comunicantes e não se deve partir do raciocínio simplista [e errado] de que o crente é detentor de menor inteligência por garantir saber, desconhecendo que não sabe. A “Sensibilidade” de cada um é pedra fundamental na construção do nosso pensamento… e também tem direito a ser atendida nesta questão).

(O autor não obedece ao último Acordo Ortográfico)

OV

15 de Janeiro, 2024 Eva Monteiro

Reflexões sobre a Origem da Crença

O nosso medo da inevitável finitude da vida humana levou-nos a procurar o divino. É certo que devemos ter questionado acerca dos fenómenos naturais que nos rodeavam e que não tínhamos ainda como explicar. Mas creio que acima de tudo, em algum momento da nossa existência como seres pensantes mas também profundamente emocionais, alguma mãe deve ter passado dias a cuidar de um filho moribundo em absoluto desespero. Algum caçador se deve ter visto caçado e, tendo a natureza como leito da morte em solidão, deve ter-se questionado se aquele momento seria mesmo o fim.

Não me inclino a pensar que a crença no divino tenha resultado na expetativa de uma vida pós-morte. Pelo contrário, parece-me que a esperança de que “isto” não fosse a nossa única existência, nos levou a imaginar um ser que pudesse garantir que o nosso sofrimento não seria em vão, nem que o fim fosse só isso.

Peçam, e será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta será aberta.

Mateus 7:7-8

Sendo o ser humano dotado de infinita imaginação, neste caso, procurar leva mesmo à descoberta. Dizem os americanos que devemos parar de escavar quando encontramos um buraco. Foi precisamente isso que nos falhou. Em vez de criarmos uma ideia que nos aliviasse o fardo da morte, conseguimos ir muito além e criar um conceito que não só justifica a morte, como a torna apetecível. Pior do que isso, nem tampouco nos ficamos pelo desejo da morte individual, tivémos que extrapolar para o coletivo. Deixou de nos bastar que a morte passasse a ser uma sedutora amiga, para a desejarmos para toda a humanidade. Há-de vir o profeta, ou voltar, consoante o delírio. E com ele virá o apocalipse em que os vivos e os mortos (não-mortos? só um pouco mortos?) serão julgados e assistirão ao fim dos tempos.

O Juízo Final (Hieronymus Bosch) 1482

Para muitos, o apocalipse está iminente. Aliás, muitas pessoas viveram vidas inteiras convencidas de que veriam o fim dos tempos. E de que o fariam com prazer, vendo vizinhos e familiares arder no fogo eterno, num julgamento divino que não poderia distinguir-se do seu próprio. Questiono-me com frequência que tipo de dissonância cognitiva leva a que uma pessoa que se considera suficientemente merecedora de estar na presença do inefável divino, se comporte com esse nível de mesquinhez. Será porque acreditam que basta arrependerem-se? Será que é porque se consideram parte do povo escolhido de deus? E assim sendo, estão acima da moral que se exige aos restantes mortais?

Eles receberam ordens para não causar dano nem à relva da terra, nem a qualquer planta ou árvore, mas apenas àqueles que não tinham o selo de Deus na testa.

Apocalipse, 9:4

Ver o fim dos tempos é apenas ver o fim dos vivos, não o fim de tudo – tudo, tudo, mas mesmo tudo. E nem é um conceito particularmente original. Pelo contrário, vai aparecendo em quase todas as culturas ao longo dos tempos, num esforço de, digamos, acertar contas. É que mais uma vez, encontrámos um buraco mas continuámos a escavar. Já os antigos egípcios acreditavam que as suas almas seriam pesadas em comparação com uma pena. Só os justos, os que viveram de acordo com as regras divinas poderiam sentir essa leveza de espírito e entrar no reino dos bem aventurados. Mas, em data a anunciar, eis que viria, para muitas outras culturas, incluíndo aquela que melhor conhecemos hoje, a morte das mortes, o fim dos fins, o julgamento final.

Não lhe retiro valor pelo dramatismo, ainda que apresente graves problemas logísticos, que rivalizam apenas com a noção de que dois pinguins da Antártida viajaram mais de 13 mil quilómetros para entrarem na arca de Noé. É estrondoso pensar num evento dessa envergadura. Os mortos todos a voltar à vida, para serem julgados novamente, alguns a gritar “non bis in idem”! Quem acredita que está entre aqueles que vão sair ilesos desse espetáculo pirotécnico bem pode rir dos desgraçados dos pecadores, pior, ateus, a sofrer a maior confusão das suas vidas. Ou mortes. É que, para quem tem deus ao seu lado, há permissão para tudo, até para ser cruel. E para quem está acima do bem e do mal, até se pode julgar duas vezes o mesmo crime.

Disseram-me muitas vezes que sem deus não há moral. Sem deus, não resta ninguém acima de mim que eu tema. Sem esse temor, não há castigo que me obrigue a viver de forma justa. Sem deus, eu aparentemente sentir-me-ia tão livre, tão soltinha, que desatava a matar e a roubar, a pilhar e a esquartejar. Como ateia e até à data, diz a totalidade desses atos que me apeteceu. Ora, sendo que não vos escrevo de nenhum estabelecimento prisional, é fácil concluir que, por ser ateia, não me apetece propriamente arrancar os órgãos internos a ninguém. Pelo menos não depois de sair do trabalho. É que a justiça dos homens faz um excelente trabalho a manter-me nos eixos. Quem dera que a justiça divina tivesse impedido fosse quem fosse de cometer crimes horrendos, especialmente aqueles que aconteceram e acontecem no seio de muitas (todas? quase todas?) as organizações religiosas que conheço.

Pior do que isso. Significa então que os crentes só ajudam o próximo por temor a deus? Só amam por temor a deus? É apenas medo que os impede de cometer atrocidades? Às vezes penso que sim, que é isso que pensam sobre si próprios. E às vezes, cai-lhes um pouco os véus de moralidade divina. É nessas alturas em que vejo pessoas que rezam todas as noites, dizer que os sem-abrigo não querem é trabalhar, que quem anda de mini-saia é que anda aí a pedi-las, que não ser igual à regra é só moda para chamar à atenção, que tanto aperta a mão a este como o pescoço àquele. Se são todos? Não. Mas são muitos e eu cresci rodeada deles.

A diferença entre o ateu e o crente não é que o ateu não tem medo da morte. É que o ateu escolhe não se iludir. E ao fazê-lo, vive mais plenamente a sua vida, com a consciência de que não vai a lado nenhum depois, nem voltar de lá eventualmente. Ama mais livremente, porque ama sem motivos ulteriores. Quando faz algo pelo próximo, é porque realmente quer ajudar, não porque está a somar pontos. Vive consciente de que é insignificante neste universo que ninguém criou. Vive sabendo que ao morrer, devolve a matéria às estrelas.

Não me digam que não tenho pelo que viver por não acreditar numa vida após a morte e no deus que a garante. Para parafrasear Seth Andrews, não deixei de ter uma razão para viver, deixei de ter uma razão para ansiar a morte.

28 de Novembro, 2021 Administrador

Nova imagem completa

Com o logótipo final do Diário de uns Ateus, fica terminada a renovação da imagem da presença da AAP – Associação Ateísta Portuguesa nos meios digitais. Tal como aconteceu no último anúncio nas nossas redes sociais, tal não poderia deixar de ser a um domingo… 🙏 🙏 🙏 🙏 🙏

Ainda faltam acertar alguns detalhes, mas o trabalho principal está feito! Esperamos que seja do vosso agrado.

A AAP agradece à OctetStream pela migração, alojamento e programação dos seus sítios e ainda à Acidesign pelo aconselhamento técnico no desenho geral de todos os elementos.

30 de Junho, 2021 João Monteiro

Jeová

Texto de Onofre Varela, publicado no jornal Trevim.

Jeová é o nome português para referir Deus. Numa consulta à Wikipédia somos informados de que o termo é uma tentativa de tradução de um tetragrama (conjunto de quatro letras) hebraico, de leitura impossível: YHWH. Mas podendo ler-se como YAH. Seria esse o verdadeiro nome do deus de Israel que figura na Bíblia.

(Vem a propósito referir que os textos bíblicos misturam factos e personagens da História com narrativas fabuladas no intuito de contar a história dos Judeus afirmando-os o Povo eleito de Deus. Provavelmente a criação do Deus único foi um modo expedito que os Judeus [Israelitas] usaram para se imporem aos seus vizinhos egípcios, que não só eram poderosamente ricos, como também possuíam inúmeros deuses. Os israelitas, na sua realidade de pastores e comerciantes, não tinham nas suas sacolas de nómadas espaço para albergar tantos deuses. Um deus chegava-lhes. E mostraram a fibra do povo que eram, impondo aos egípcios um único Deus que seria estrondosamente mais importante do que todos os deuses do panteão do vizinho! Esta imposição está espectacularmente narrada no Velho Testamento contando as façanhas de Moisés na retirada do seu povo do Egipto… cuja acção é mitológica!… A História não a confirma).

Razões históricas levaram a que, através do tempo, a vocalização do nome de Deus se perdesse, pelo facto de ter sido evitada entre os séculos III e II a.C.. Não se negava, apenas, a pronunciação do nome de Deus, mas também a representação da sua figura, tal como acontece no Islão, que proíbe a figuração de Maomé. É possível ver referências muito diversas ao nome de Deus (embora próximas) como: YHVH, JHVH, IAVÉ, JAVÉ, YEHOVAH e YAHWEH.

João Ferreira Annes de Almeida, natural de Torre de Tavares (Mangualde), onde nasceu em 1628, foi o primeiro tradutor da Bíblia para a Língua Portuguesa, e nela usou o termo JEHOVAH, que considerou mais próximo do tetagrama impronunciável em hebraico, que se lê “Je-ho’vah” e que quer dizer “Eu Sou o que Sou”. No entanto, a controvérsia mantém-se entre os eruditos, havendo quem defenda o uso do termo JAVÉ. A origem do termo não tem uma explicação pacífica por haver várias correntes de opinião.

Aqui deixo uma das explicações para a sua origem, que eu tomo como muito interessante: as línguas Hebraica e Aramaica (duas das três línguas em que foram registados os textos bíblicos – a terceira é o Grego) não usavam vogais; só as consoantes. Logo, as vogais não tinham pronúncia.

Desse modo se construiu uma palavra impronunciável com as letras inexistentes: JEOVÁ, composta pelas cinco vogais, assim dispostas: I-E-O-U-A.

(O autor não obedece ao último Acordo Ortográfico)

OV

Imagem de James Chan por Pixabay
29 de Abril, 2021 João Monteiro

Mulher Mártir

Texto de Onofre Varela.

Nawal el-Saadawi (1931-2021) acabou de nos deixar. Era egípcia, médica e escritora. Escreveu dezenas de livros abordando temas tabu, como sexualidade e prostituição, e era líder da luta pelos direitos da mulher no mundo árabe. 

Foi perseguida e detida várias vezes por pensar de modo diverso do estabelecido numa sociedade machista, e divulgar o seu pensamento. Teve os seus livros confiscados e proibidos, tal como em tempo de ditadura Salazarista por cá se fazia. Na sua biografia tem um discurso semelhante ao da escritora espanhola Cristina Fallarás, aqui divulgado no último artigo. Nawall cresceu numa cultura patriarcal onde as raparigas são sujeitas a vários abusos desrespeitadores da mulher, como são o casamento infantil e a mutilação genital. Sofreu tal mutilação por imposição familiar e tornou-se activista contra tão aberrante procedimento praticado em nome de uma tradição cultural criminosa. Na verdade a mutilação genital é uma condenação ao sofrimento da mulher por toda a vida, impedindo-a do prazer sexual, o qual é substituído por dores sempre que tem relações. 

Escreveu dezenas de livros abordando temas tabu, como sexualidade e prostituição. Observando o mundo pleno de sociedades patriarcais e homófobas, teve uma frase semelhante à de Cristina Fallarás: “Depois de viajar por todo o mundo, descobri que as raparigas são educadas de uma maneira muito parecida – estamos todas no mesmo barco. O sistema patriarcal, capitalista e religioso é universal”. 

Desta universalidade nasce o desrespeito pela mulher. Na nossa sociedade (no Portugal de 2021) ainda se discute o óbvio: se a mulher que executa o mesmo trabalho de um homem, deve receber um ordenado do mesmo valor! As tabelas salariais são sempre mais baixas para a mulher!… Esta discriminação não significa nada mais que não seja atribuir o estatuto de menor importância à mulher, e tem origem em milenares conceitos religiosos. Se no mundo ocidental (onde tanto se fala no sentido do humanismo cristão) esta verdade existe, em países muçulmanos o drama é substancialmente ampliado.

Lembro um caso acontecido na Turquia, onde os chamados “crimes de honra” ainda são entendidos como o eram na medievalidade. No ano 2000 os jornais deram conta do caso de uma rapariga turca, de 14 anos, ter cometido a imprudência de ir ao cinema com umas amigas sem a prévia autorização da família… o que era uma vergonha!… Em reunião caseira de machos foi sentenciada a pena capital para a “portadora da vergonha familiar”, e um sobrinho da jovem, também menor, foi encarregado de executar a “justiça”. Sem pestanejar nem se interrogar por que haveria de fazê-lo, o moço aceitou naturalmente a incumbência como um ritual a ser cumprido sem questionamento. Provavelmente até se sentiu honrado por ter sido escolhido para aquela tarefa que lhe daria mais valia curricular de macho. Saiu da sala, passou pela cozinha onde pegou numa faca, foi-se à tia… e degolou-a!… E a Justiça turca nada pôde fazer… por aceitar a figura do “lavar da honra com sangue”!…

(O autor não obedece ao último Acordo Ortográfico) 

OV

1 de Abril, 2016 Carlos Esperança

Opinião de um leitor

A opinião de Jaime Santos, agnóstico, em relação a este post.

Todas as religiões monoteístas têm no seu núcleo fundamental de valores a defesa de sociedades patriarcais, teocráticas, misóginas e profundamente homofóbicas. Isso já o sabemos, é um facto. No Ocidente, fruto da Reforma Protestante e do Iluminismo, o Poder Eclesiástico foi primeiro submetido ao Poder Secular e, depois de despidas as diferentes denominações religiosas do seu poder temporal, afirmou-se o princípio da separação entre o Estado e a Igreja. De notar que no caso do Catolicismo, o fundamentalismo religioso ainda inspirava o poder temporal em sítios como a Espanha ou a Croácia no sec. XX (menos em Portugal, onde a ICAR tentou apesar de tudo manter alguma independência em relação a Salazar).

 

Este processo de inculturação levou séculos e permite que o Cristianismo conviva de forma pacífica com Estados Seculares, não sem procurar exercer a sua influência na redação das leis (como é do direito dos crentes enquanto cidadãos, penso eu). No Mundo Muçulmano nada disto se passou (ainda), e depois do falhanço rotundo do pan-arabismo e da humilhação continuada desses povos, primeiro pelo colonialismo e mais recentemente pela interferência das grandes potências na política interna desses países e ainda pela ocupação israelita (que não é mais do que uma forma de colonialismo, note-se), a resposta de uma juventude sem horizontes e que contempla o falhanço da sua civilização foi o abraçar do fundamentalismo religioso e da guerra de civilizações.

Eu quero crer que o Islão é mais do que isto. Os santos sufis cujos túmulos foram destruídos pela Al Qaeda no Mali, abraçaram uma corrente que defende a não violência. A vasta maioria dos muçulmanos que vivem no Ocidente querem viver em Paz e admiram a Liberdade Religiosa das nossas Sociedades… Na Tunísia, onde se iniciou a Primavera Árabe, o processo democrático continua, e inclui Partidos Religiosos de natureza fundamentalista. Enfim, o Islão é algo mais que o wahabismo.

Agora, não conseguiremos com certeza lutar com eficácia contra esses criminosos enquanto continuarmos a dar cobertura a regimes que são em tudo iguais ao Daesh, e que o financiam, a bem dos negócios…

24 de Março, 2016 Carlos Esperança

Acontece

O voto de pobreza é para as crianças da casa do gaiato, ainda assim, há pecados mais graves, v.g., ser pai ou ter mulher.

O sacerdote, constituído arguido esta manhã pela PJ, terá adquirido casas e carros de luxo com desvio de verbas. Uma das cinco IPSS a que esteve ligado é a Casa…
DN.PT|POR RUTE COELHO
27 de Março, 2015 Carlos Esperança

Diário de uns Ateus

Bastou exigir um endereço eletrónico válido para destroçar a alcateia que, segundo me era comunicado, vinha para as caixas de comentários a bolçar uma linguagem soez e o ressentimento de quem digeria mal as hóstias.

Com as caixas de comentários reservadas, a quem não teme que a PJ investigue calúnias e difamações, não parecem ser necessárias mais medidas para que os invertebrados e os provocadores emigrem para outras paragens.

Um destes dias voltarei a visitar os comentários, certo de que salubridade regressou e de que é possível combater ideias sem insultar pessoas. Os crentes merecem ao Diário de uns Ateus um respeito igual ao dos ateus embora a suas crenças mereçam desprezo e o mais firme combate.

As religiões foram das piores invenções humanas e os deuses os mais dementes seres ilusórios que a imaginação criou.

Os três monoteísmos destacam-se, não pela originalidade, pelas perversões a que deram origem, por crimes que cometeram e pelo atraso civilizacional de que foram culpados.

Esperamos manter a retaguarda deste blogue, caixas de comentários, arejada e visitável.

Boas discussões!

20 de Março, 2015 Administrador

Alteração no sistema de comentários

Devido aos abusos que têm vindo a ser prática corrente de certos comentadores, a Direcção da AAP decidiu que, a partir de hoje, apenas poderão participar nos comentários leitores registados com um endereço de email válido.

Agradecemos a compreensão dos nossos leitores e esperemos que os futuros debates do Diário de uns Ateus se mantenham dentro dos limites do razoável.

26 de Janeiro, 2015 Carlos Esperança

O Diário de uns Ateus e os crentes ignaros

Há mais de um mês que não ia a qualquer caixa de comentários, sabendo que os amigos da hóstia e de Gil Vicente são primatas pouco recomendáveis, na linguagem, na ignorância e na agressividade.

Hoje fui a uma e, no primeiro comentário, deparei com um Oscar, que tirou um curso de História numa madraça qualquer, que afirmava que Hitler tinha sido excomungado pela Igreja católica.

Perante a ignorância do néscio, só tenho um caminho, deixá-lo a falar sozinho. O talibã confunde Hitler com Estaline e o Papa com a Virgem Maria.