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Categoria: Cristianismo

10 de Novembro, 2010 Carlos Esperança

Anti-semitismo cristão e clericalismo nazi

O nazismo nunca foi excomungado

O nazismo, sendo um fenómeno de natureza secular, não teria levado tão longe a sua loucura genocida se o cristianismo (católicos e protestantes) não tivesse envenenado os crentes com as concepções anti-semitas que os moldaram.

Quando o Terceiro Reich iniciou a vasta e metódica aniquilação dos judeus logo surgiram progroms anti-semitas na Polónia, Roménia, Hungria, Áustria, Checoslováquia, Croácia e outros países. Mas já em 1919, por exemplo, tinham sido mortos 60 mil judeus só na Ucrânia e o nazismo estava longe de ser a religião oficial do Terceiro Reich. Isto para não recordar o carácter anti-semita do concílio de Trento e da Inquisição.

De algum modo os nazis foram agentes da teologia cristã para a qual os judeus são ainda piores do que simples hereges; são hereges que repudiam explicitamente a divindade de Jesus e foram autores do deicídio. O próprio Hitler, ao usar a expressão «ninho de víboras», para os judeus, tanto a pode ter ido buscar directamente ao Evangelho de Mateus (3:7) ou a Lutero, que decerto a bebeu aí, mas o anti-semitismo não pode ser alheio à educação católica que recebeu.
(…)
Os quatro Evangelhos (Marcos, Lucas, Mateus e João) e os Actos dos Apóstolos têm, na contabilidade de Daniel Jonah Goldhagen (in A Igreja católica e o Holocausto) cerca de 450 versículos explicitamente anti-semitas, «mais de dois por cada página da edição oficial católica da Bíblia».

in Conferência sobre o ateísmo, do autor do post.

10 de Novembro, 2010 Carlos Esperança

Anti-semitismo cristão

O presidente da União das Comunidades Judaicas Italianas, Renzo Gattegna, pediu nesta terça-feira a anulação da oração pela conversão de judeus que existe na liturgia da Sexta-feira Santa, antecedendo a Páscoa, segundo entrevista concedida ao jornal do Vaticano Osservatore Romano.

Nota: O deus do papa lava mais branco. O anti-semitismo do Novo Testamento facilitou os horrores do nazismo e nenhum papa se distinguiu pelo combate ao nazismo, muito menos este.

31 de Outubro, 2010 Carlos Esperança

Parabéns Brasil. Dilma derrota IURD e ICAR

A vitória de Dilma é, sobretudo, uma manifestação de apoio a Lula, em quem se revêem os brasileiros, e ao progresso económico e social registado durante os seus mandatos.

À partida não havia grande diferença programática entre os candidatos, sendo José Serra o mais experiente mas, para compensar o apoio de Lula a Dilma, ou por falta de pudor, cedo se deixou aliciar pelas poderosas forças religiosas que disputam o poder. A IURD e a Igreja católica, esta com a pujante e obstinada Opus Dei, trocaram a disputa política pela discussão sobre o aborto.

Bento 16, esquecido dos desastres da sua Igreja com a ingerência nos assuntos internos dos diversos países, sobretudo no apoio a ditaduras sul-americanas, regressou à habitual ingerência nos assuntos internos dos países que julga dominar, e pediu ao episcopado brasileiro para exortar os fiéis a não votarem em candidatos apoiantes do aborto, numa referência implícita a Dilma Rousseff, acusada de defender práticas abortivas.

Nunca as Igrejas investiram tanto nas eleições do Brasil, onde dominam a comunicação social e dispõem de imensos recursos. A própria candidata, Dilma Rousseff, tergiversou na sua posição sobre a descriminalização do aborto assustada com os bandos de beatos que lançavam a confusão entre a defesa do aborto e o direito à IVG em caso de risco de vida da mãe, malformações congénitas e violação.

Por isso a vitória de Dilma constituiu, para lá da gratidão para com Lula, a estrondosa derrota das forças obscurantistas que Serra acolheu na sua campanha. Mais do que uma vitória do PT foi uma estrondosa derrota para a Igreja católica e as várias evangélicas que se associaram contra Dilma numa campanha feroz e sem ética.

Com voto electrónico, o Brasil elegeu pela primeira vez uma mulher para a Presidência. Merece um lugar de vanguarda nas grandes democracias. Parabéns Brasil !

2 de Outubro, 2010 Carlos Esperança

Ainda sobre Adão e Eva

Por

Abraão Loureiro

(Sócio da A.A.P.)

Além de mais esta estupidez bíblica, para quem é ignorante e com pouca capacidade de raciocínio como eu, pergunto aos meus botões. Porque criou deus um casal humano em idade adulta? Nunca foi lido nada sobre a idade deles, poderiam ter nascido como bebés mas isso seria absurdo porque deste modo não veriam, não entenderiam nada nem teriam autonomia de locomoção. Esta parte está de lado pois deus não lhes poderia ter transmitido conselhos. Será que foram feitos com idade para estarem na menopausa e na andropausa? Assim não se reproduziriam.

Surgiram em idade adolescente cheios de vigor e capazes de se reproduzirem? Então aqui há que pensar e muito. Se o pai os fez como criação da raça humana o lógico é entender que foram feitos para cumprir a sua obrigação: povoar o planeta com esta nova raça. Sim, porque as outras raças imperfeitas, desprovidas de inteligência e sem vínculos de disciplina de adoração ao criador já deus tinha criado (nesses seis dias). Vai daí o invisível avisou que o casal não podia comer da fruta do paraíso porque seria pecado esquecendo-se de transmitir também o rol dos outros pecados que só uns tempos mais tarde (não sabemos quantos anos depois por não haver registo civil) resolveu escrever a Moisés.

Ora Moisés é finalmente escolhido por deus já depois de todo o planeta estar coberto de humanos pecadores. Este, por seu turno, teve dificuldade de comunicação para divulgar os mandamentos sagrados e o bicho homem continuou a pecar e a reproduzir cada vez mais pecadores (mais uma lacuna do deus-sabe-tudo).

Até que por fim teve uma ideia genial de alcance cósmico. Enviou ao planeta um filho feito com os seus próprios espermatozóides (há quem afirme que deus não é matéria mas isso fica para os biólogos explicarem). Como não havia deusa lá no céu, emprenhou uma mulher comprometida, corrompendo os nºs. 7 e 10 do seu código de honra (bonito exemplo para as gerações vindouras). Pensando e repensando, conclui-se haver falta de virgens sem dono. Quem sabe a pedofilia já era regra nessa era!

Enfim, o filho cresceu, abandonou a pobre família ao deus-dará, fez turismo por vários lugares, pregou e apregoou o que o paizinho mandou e acabou sendo pregado indo desta para melhor sem deixar vestígios de melhorias à raça humana.

Para vós que acreditais no regresso do salvador sigam o provérbio muito antigo quando estiverem à rasca: FIA-TE NA VIRGEM E NÃO CORRAS…

15 de Setembro, 2010 Fernandes

Santos Papas

São mais de 300 páginas com centenas de histórias pouco santas sobre a vida sexual dos Papas da Igreja Católica. O livro do jornalista peruano Eric Frattini, recém-chegado às livrarias portuguesas e editado pela Bertrand, percorre, ao longo dos séculos, a intimidade secreta de papas e antipapas, mas não pretende causar “escândalo”. Apenas “promover uma reflexão sobre a necessária reforma da Igreja ao longo dos tempos”.

Alguns morreram assassinados pelos maridos das amantes em pleno acto sexual. Outros foram depostos do cargo, julgados pelas suas bizarrias sexuais e banidos da história da Igreja. Outros morreram com sífilis, como o Papa Júlio II, eleito em 1503, que ficou na história por ter inventado o primeiro bordel gay de que há memória.

Nos conventos rezava-se para que morresse. João XII era bissexual e obrigava jovens a ter sexo à frente de toda a gente. Gozava ao ver cães e burros atacar jovens prostitutas. Organizou um bordel e cometeu incesto com a meia-irmã de 14 anos. Raptava peregrinas no caminho para lugares sagrados e ordenou um bispo num estábulo. Quando um cardeal o recriminou, mandou-o castrar. Um grupo de prelados italianos, alemães e franceses julgaram-no por sodomia com a própria mãe e por ter um pacto com o diabo para ser seu representante na Terra. Foi considerado culpado de incesto e adultério e deposto do cargo, em 964. Foi assassinado – esfaqueado e à martelada – em pleno acto sexual pelo marido de uma das suas várias amantes.

* Ler aqui.

14 de Setembro, 2010 Carlos Esperança

Um clérigo que abomina a liberdade religiosa

Uma delegação liderada pelo reverendo protestante Ian Paisley, ex-primeiro-ministro da Irlanda do Norte, irá esta semana a Edimburgo para protestar contra a visita do papa Bento XVI ao Reino Unido.

O ex-chefe do Governo da Irlanda do Norte (2007-2008) e fundador da Igreja Livre Presbiteriana, Paisley liderará um grupo composto por cerca de 60 pessoas para manifestar na Escócia sua oposição à presença de Bento XVI, cuja visita qualificou de “erro”.