Loading

Categoria: Cristianismo

21 de Junho, 2012 Carlos Esperança

Cada um usa a própria cabeça

Cristãos protestam com cabeças de porco em festival árabe nos EUA 19 jun 2012

Na última sexta-feira (15) o estado de Michigan, nos Estados Unidos, recebeu o 16º Festival anual árabe-americano. Todos os anos cristãos aproveitam a oportunidade para protestar contra o islamismo.

Um grupo de missionários cristãos formado por apologistas da Igreja dos Crentes na Bíblia se organizou em Dearborn, onde acontecia o festival, portando faixas com frases anti-islâmicas e cabeças de porcos.

10 de Junho, 2012 Carlos Esperança

Os métodos científicos da teologia

BÍBLIA CRISTÃ – COMO FOI ORGANIZADA

A seleção dos evangelhos canónicos para serem incluídos na Bíblia cristã só foi feita no concílio de Niceia (325 d.C.) e ratificada no de Laodiceia (363), muito tempo depois de os mesmos terem sido redigidos.

Tal trabalho realizou-se com o clero cristão a obedecer à vontade férrea do Imperador Constantino e cumprindo a política por ele desejada para o Império Romano.

Os critérios, supostamente de inspiração divina, são indigentes, assim como os milagres que se afirma terem sucedido durante o seu estabelecimento.

O processo utilizado, para distinguir entre textos verdadeiros falsos foi, segundo a tradição, o da «eleição milagrosa».

Foram apresentadas quatro versões diferentes para justificar a preferência pelos quatro livros canónicos escolhidos:

Depois de os bispos terem rezado muito, os quatro textos voaram por si sós e foram pousar-se sobre um altar;

Puseram todos os evangelhos em competição sobre um altaros apócrifos caíram ao chão, enquanto os canónicos não se mexeram;

Depois de escolhidos, os quatro foram colocados sobre o altar e foi pedido a Deus que se neles houvesse qualquer palavra falsa os fizesse cair ao chão, o que não sucedeu com nenhum deles;

O Espírito Santo, na forma de uma pomba, penetrou no recinto de Niceia e pousando no ombro de cada bispo sussurrou a cada um deles quais eram os evangelhos autênticos e quais os apócrifos. Esta última versão revelaria, além do mais, que uma boa parte dos bispos presentes no concílio eram surdos ou muito incrédulos, visto ter havido grande oposição àselecção – por voto maioritário, que não unânime – dos quatro textos canónicos actuais.

Santo Ireneu (c. 130 a 200) justificou a selecção dos livros canónicos do seguinte modo:

«o Evangelho é a coluna da Igreja, a Igreja está espalhada por toda a Terra, a Terra tem quatro direções, convém portanto que haja também quatro Evangelhos. … O Evangelho é o sopro ou relato divino da vida para os homens e, como há quatro ventos cardiais, é necessário que existam quatro Evangelhos… O Verbo criador do universo reina e brilha sobre os querubins, os querubins têm quatro formase é aqui que o Verbo nos obsequiou com quatro Evangelhos“. Esta explicação baseia-se no seguinte texto do Apocalipse: Depois disto vi quatro anjos que estavam de pé nos quatro ângulos da terra (na época julgava-se a terra plana e com quatro ângulos e não redonda), e retinham os seus quatro ventos para que não soprasse sobre a terra vento algum … (Ap 7, 1).

Como a autenticidade dos evangelhos canónicos não era unanimemente reconhecida pelos bispos cristãos, tendo sido preciso que a autoridade da Igreja a impusesse mediante uma votação maioritária num concílio, que autoridade pode ter uma Igreja que afirma basear a sua autoridade nuns evangelhos duvidosos que ela própria teve de avalizar quando nem ela nem os textos gozavam ainda de qualquer autoridade?

Para mais, os milagres e argumentação são de uma pobreza chocante e sem fundamento científico, embora de inspiração divina, que tudo sabe…

Extraído de Mentiras Fundamentais da Igreja Católica, de Pepe Rodíguez, 1997, 3ª Edição Portuguesa Terramar, 2007, páginas 68 e 69.

Nota: Texto enviado pelo leitor  C. F.

8 de Maio, 2012 Carlos Esperança

Naquele tempo…_1

Naquele tempo, Deus não era ainda o mito. Era apenas um mitómano a gabar-se de ter feito o Mundo em seis dias, há quatro mil anos, nem mais, nem menos, e ter descansado ao sétimo.

Era um celibatário inveterado que inadvertidamente criara Adão e Eva no Paraíso, onde vivia e tinha a oficina. Fez o homem à sua imagem e semelhança e a mulher a partir de uma costela do primeiro.

Preveniu-os de que não se aproximassem da árvore do conhecimento, advertência que a Eva logo desprezou, tentada por um demónio que por ali andava. O senhor Deus logo os expulsou do Paraíso, recriminando a malvada e com pena do imbecil que se deixou tentar.

 

Entretanto, na Terra, local de exílio, o primeiro e único casal logo descobriu um novo e divertido método de reprodução que amofinou o Senhor e multiplicou a espécie.

Deus era bastante sedentário mas as queixas que lhe chegaram pelos anjos, um exército de vassalos hierarquizados, levaram-no a deslocar-se ao Monte Sinai onde ditou a Moisés as suas vontades. Ensandecido pelo isolamento e pela castidade veio exigir obediência e submissão aos homens e fazer ameaças.

Após algum tempo, vieram profetas – vagabundos que prediziam o futuro -, lançando o boato de que o velho, tolhido pelo reumático, enviaria o filho para salvar o Mundo. Foi tal a ansiedade entre as tribos que alguns viram no filho da mulher de um carpinteiro de Nazaré o Messias anunciado.

Com a falta de emprego, algum pó e líquidos capitosos à mistura, inventaram a história do nascimento do pregador com jeito para milagres e parábolas.

Puseram a correr que Maria fora avisada pelo anjo Gabriel, um alcoviteiro de Deus, de que, sem ter fornicado, estava prenhe de uma pomba chamada Espírito Santo.

Nascido o puto, que nunca mijou, usou fraldas, fez birras ou fornicou, cedo se dedicou aos milagres e à pregação falando no pai e na obrigação de todos irem e ensinarem as sandices que debitava. Acabou mal e deitaram as culpas aos judeus, desde então os suspeitos do costume. Claro que JC também era judeu mas isso não quer dizer nada.

Sabe-se que foi circuncidado, que era um monoglota exímio em aramaico, língua em que discutiu com Pôncio Pilatos, que só sabia latim, sem necessidade de intermediário.

Quando se lixou, crucificado, esteve três dias provisoriamente morto e, depois, subiu ao Céu levando o prepúcio que tantas discussões teológicas havia de gerar. Os judeus ainda hoje são odiados porque o mataram mas há quem diga que isso foi uma calúnia dos que se estabeleceram com a nova religião e queriam substituir a antiga.

20 de Abril, 2012 Eduardo Patriota

Bispos na CNBB estão assustados com queda do nº de católicos

Ainda na expectativa dos dados coletados pelo Censo de 2010, os 335 bispos que participam da 50ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estão assustados com a queda no número de católicos no País. Percentagem caiu de 83,34% para 67,84% nos últimos 20 anos.

Lembrando que o papa Bento XVI está preocupado com a perda da fé ou descristianização em todo o mundo, a começar pela Europa, cardeal d. Cláudio Hummes, ex-prefeito da Congregação do Clero no Vaticano e ex-arcebispo de São Paulo, afirmou que “é preciso começar pelo começo” no esforço para garantir a perseverança dos católicos e reconquista daqueles que abandonaram a Igreja.

De acordo com os dados apresentados pelo padre Thierry, os evangélicos representam 21,93% da população, enquanto 6,72% declaram não terem religião e 4,62% dizem praticar religiões alternativas. Em sua avaliação, essas porcentagens teriam de ser analisadas com mais rigor, porque refletem um quadro confuso na denominação das crenças. O termo católico aparece em sete igrejas, incluindo a Igreja Católica Romana, enquanto os evangélicos são identificados com mais de 40 denominações.

A prática religiosa pelos batizados é outra coisa que preocupa dos bispos. Os católicos praticantes – aqueles que vão à missa, recebem os sacramentos e participam da comunidade – são apenas 5%, ou cerca de 7 milhões num universo estimado em pouco mais de 130 milhões de fiéis. Entre os evangélicos, a porcentagem é maior.

Fica a torcida para que comece um avanço da secularização no Brasil, como ocorre hoje em muitos países da Europa.

17 de Abril, 2012 João Vasco Gama

Desconversão – em português

aqui partilhei uma excelente série de vídeos sobre uma experiência de desconversão. Pela forma séria, sofisticada e apelativa como está construída e pela clareza e pertinência dos argumentos apresentados, sugeri vivamente o seu visionamento completo.

Recentemente descobri que essa série foi legendada em português. Agradecendo a quem fez a tradução, aproveito para divulgar a série de novo neste espaço.

Aqui está um dos melhores vídeos da série, o momento da desconversão, desta feita legendado em português:

PS- Não esquecer de activar as legendas, para quem não tem essa opção por omissão.

13 de Abril, 2012 Eduardo Patriota

Tribunal aprova aborto de anencéfalos no Brasil

Religiosos fazem procissão em frente ao STF

Por 8 votos a favor e 2 contra, o Supremo Tribunal Federal do Brasil (instância máxima do judiciário no país)  aprovou a interrupção de gravidez de fetos anencéfalos, também chamada antecipação terapêutica do parto.

Agora, a grávida que tiver diagnóstico de feto com anencefalia poderá interromper a gravidez legalmente, sem a necessidade de recorrer à Justiça, como era feito até então. Vale lembrar que caberá à gestante decidir se leva a gestação adiante ou realiza a antecipação terapêutica do parto.

“[A interrupção da gravidez de anencéfalos] só é aborto em linguagem coloquial. Não é aborto em linguagem jurídica”, explicou Ayres Britto, ministro do STF. “Se todo aborto é uma interrupção de gravidez, nem toda interrupção de gravidez é um aborto para os fins penais”, disse. O ministro ainda comparou os anencéfalos a “uma crisálida que jamais chegará ao estágio de borboleta”, porque “jamais alçará voo”.

Na sessão de quarta-feira, grupos católicos se manifestaram diante do STF, incluindo um casal com uma filha vítima de acrania – problemas de formação do crânio. A ação em julgamento trata exclusivamente de casos de anencefalia (ausência da maior parte do cérebro).

A ação chegou ao STF em 2004, por sugestão da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS). A entidade defende a antecipação do parto quando há má formação cerebral sem chance de longa sobrevivência para a criança. Para grupos religiosos, incluindo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o princípio mais importante é o de que a vida deve se encerrar apenas de forma natural.

Uma vitória do laicismo no Brasil e, acima de tudo, do bom senso contra o obscurantismo religioso.

8 de Abril, 2012 Fernandes

Da Servidão Voluntária

 Que os déspotas desapareçam, uma vez que tal é o seu destino terrestre, pois «se invocam o céu, é para usurpar a Terra» dirá, com justiça Robespierre.

Não há monumento à tirania que não tenha sido erguido pela servidão voluntária. Não foram a morte, nem a doença, nem a miséria, a fraqueza ou o sofrimento, que levaram os homens a inventar este Deus cuja imortalidade os desafia, como se não fossem dignos de tal favor. Foram as condições que lhe foram impostas, de morrer por si próprios, de produzirem o seu próprio infortúnio, de se aviltarem e de se mutilarem voluntariamente.

A fraqueza do homem não é mais do que uma impotência aceite, uma resignação indulgentemente subjugada aos interesses de uma minoria. A Mentira Celeste limita-se apenas a legitimar a exploração dos que por covardia se resignam. Não é pois de espantar que após ter substituído o Deus dos pogroms pelo Deus dos gulags, a parte mais servil do povo russo voltou para o primeiro, que tem sobre Estaline a vantagem do tempo. Nenhuma tirania é suficientemente forte para subjugar milhões de pessoas, sem ajuda da religião ou da escravatura. Acontece que uma corresponde à outra. A religião é a forma mais acabada de desprezo em que os homens se oprimem. Ela reflecte-se na glorificação castradora da exaltação do sofrimento que na mitologia cristã se ilustrará, com um júbilo mórbido, pela repugnante efígie do seu messias Jesus esquartejado na árvore morta da cruz.

Os deuses são a verdade do mundo invertido. Eles reinam sobre o corpo mutilado, unem-lhe os bocados, tratam com solicitude as chagas que inflingem, eles são, ao mesmo tempo, médicos e algozes. Se a barbárie e a crueldade são inerentes a todas as religiões é porque não se pode guerrear contra si próprio sem guerrear com os outros. Não é por acaso que durante estes dois mil anos de cristianismo agressivo e lacrimoso, os homens compenetrados da injunção evangélica, «amai-vos uns aos outros» se tornaram nos seus próprios assassinos. Usurpadores e usurpados, exploradores e explorados tecem em conjunto os tecidos com que são feitos os sudários do género humano, permitindo-lhes continuar eufeudados a uma realeza do Além, a um império invisível com que identificam a sua realidade simbólica. Sempre prontos a justificar uma realiddade humanamente inaceitável, os “funcionários” dos deuses explicam, pela angústia universal da morte, a crença em divindades imortais que se arrogam o privilégio de atribuir ou subtrair a existência às suas criaturas, como o homem faria a um animalejo que pouparia por compaixão ou esmagaria por inadvertência, por fobia, ou por crueldade deliberada.

Fazendo de anjo, a religião propaga a besta. Não a besta livre e selvagem, mas a besta desnaturada pelo espírito, a bruteza sanguinária que tortura, esfomeia, maltrata, mortifica, viola e mata em nome de Deus, de um Ideal Celeste, de uma Causa Suprema, do Metal imanente da Transubstanciação. O ódio e o medo da animalidade fizeram do homem um ser amedrontado e odiento que se conduz face aos seus semelhantes como face a bestas arbitráriamente exploráveis, descarregando sobre elas o ressentimento que a repressão da sua parte animal suscita. Ao imputar ao homem a tendência natural para o pecado, como se este, comportasse uma espécie de defeito de fabrico, o Cristanismo tornou-se o “acidente de percurso na evolução do homem, entravou o seu progresso enquanto criador, subjugando o seu génio ao instinto predador de uma elite hierarquizada criadora de escravos, deuses e senhores.

O que há de impiedoso na religião é que ela é o espírito da desnaturação absoluta. Não lhe basta dar a sua caução sagrada a um universo submetido ao lucro e ao poder, legitimando como um princípio eterno o direito a subjugar, humilhar, desprezar e destruir, é preciso que preconize no campo ainda adverso a beleza da morte, do sofrimento e do sacrifício até nas revoltas que lhe ocorre encorajar, até na insubmissão que, por vezes, concede aos povos tiranizados, até nos seus acessos de tolerância que Cioran ironizava quando escreve. «O grau de desumanidade de uma religião assegura-lhe a força e a duração.»

Talvez tenha chegado o tempo de saudar todos os judeus que se insurgiram contra a religião hebraica da qual brotou este quisto-cebáceo chamado Cristianismo. Ao lado de Espinoza, Uriel Da Costa, de Marx, de revolucionários do Bund, de todos aqueles que nasceram judeus como se nasce picardo ou escocês e se preocupam apenas em ser homens, é preciso contar com Simão de Samaria, filósofo do século I, que a calúnia cristã disfarçou, sob o nome de Simão, “o Mágico”, com as lendas mais ridículas, não hesitando em o meter em cena para dar crédito à existência desse Josué, em grego Jesus, do qual se procuraria em vão o mínimo vestígio histórico.

 * adaptado de: Vaneigem Raoul. Da (in)humanidade da religião.

29 de Março, 2012 Eduardo Patriota

Praticante do candomblé sofre bullying após aula com leitura da Bíblia

Praticante do Candoblé, uma religião de raízes africanas
 

Ahhh… a religião e toda sua tolerância, tratamento igualitário e compaixão com o próximo me emocionam.

Um estudante de 15 anos teria sido alvo de bullying em uma escola estadual (pública) de São Bernardo do Campo por causa de sua religião – o candomblé. As provocações começaram após o jovem se recusar a participar de orações e da leitura da Bíblia durante as aulas de história, ministradas por uma professora evangélica. O aluno cursa o 2º ano do ensino médio na escola Antonio Caputo, no Riacho Grande.

Segundo o pai do aluno, Sebastião da Silveira, 63, faz dois anos que o filho comenta que a professora utilizava os primeiros vinte minutos da aula para falar sobre a sua religião. “O menino reclamava e eu dizia para ele deixar isso de lado, para não criar caso. Ela lia a Bíblia e pedia para os alunos abaixarem a cabeça, mas isso ele não fazia, porque não faz parte da crença dele”, disse.

Depois disso, começaram a incomodar o garoto. Num caso extremo, lançaram um papel com catarro em suas costas. Em outro episódio, fizeram cartazes com a foto de um homem e uma mulher vestindo roupas características do candomblé e escreveram que aqueles eram os pais do estudante. A pedido da família, o menino foi trocado de sala, mas não quer mais ir para a escola e apresenta problemas de fala, como gagueira, e ansiedade.

O pai do garoto disse que foi até a unidade de ensino para conversar com a professora de história sobre as orações antes da aula: “Ela se mostrou intransigente e falou que era parte da didática dela. Eu disse que se Estado é laico, alunos de todas as religiões frequentam as aulas e devem ser respeitados, mas ela afirmou que não ia parar”.

É a religião construindo um mundo melhor, mais justo e fraternal para todos. Lindo isso.

24 de Março, 2012 Carlos Esperança

Jesus pregou o amor

Bíblia mostra que Jesus também pregou o ódio ao próximo

Mateus 10:34: “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.”

João 15:6: “Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.”

Lucas: 12:14: “E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites.”

Mateus 14: 3-7: “E, estando ele em betânia, assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher, que trazia um vaso de alabastro, com ungüento de nardo puro, de muito preço, e quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça. E alguns houve que em si mesmos se indignaram, e disseram: Para que se fez este desperdício de unguento? Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros, e dá-lo aos pobres. E bramavam contra ela. Jesus, porém, disse: Deixai-a, por que a molestais? Ela fez-me boa obra. Porque sempre tendes os pobres convosco, e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a mim nem sempre me tendes”.

Nem sequer os animais e as plantas escaparam da ira do filho de Deus

Mateus 8:32: “E ele lhes disse: Ide. E, saindo eles, se introduziram na manada dos porcos; e eis que toda aquela manada de porcos se precipitou no mar por um despenhadeiro, e morreram nas águas.”

Marcos 11: 13-14: “E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos. E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos ouviram isto.”

6 de Março, 2012 Eduardo Patriota

Promotor entra com ação contra lei que institui a oração do “Pai Nosso” nas escolas públicas de Ilhéus

A história é sempre a mesma. De maneira humilde, cheio das boas intenções, em busca de enaltecer a moral e os bons costumes, o vereador evangélico Alzimário Belmonte (PP-BA), da cidade de Ilhéus (BA), fez uma lei, de número 3.589, publicada no dia 12 de dezembro de 2011, que diz que é ‘obrigatório as escolas do município de Ilhéus orar o Pai Nosso antes das aulas“, conforme o artigo 1° do decreto. Ilhéus tem cerca de 29 mil crianças e adolescentes matriculados nas escolas municipais, segundo a Prefeitura.

Uma afronta direta à laicidade do estado. Uma tentativa vergonhosa de estabelecer, aos poucos, uma teocracia no país.

O Ministério Público entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) com pedido de liminar no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia em face da Lei nº 3.589/2011, da cidade baiana de Ilhéus, que instituiu a obrigação de orar o “Pai Nosso” nas escolas do município antes das aulas regulares. Os representantes do Ministério Público ressaltaram a competência do Tribunal de Justiça para julgar a ação “que tem como certa a inconstitucionalidade da lei do Município de Ilhéus por ofensa direta à Constituição Estadual e a preceitos da Carta Política de 1988”. Ainda segundo o MP, a lei “desconsidera toda uma evolução política e sociocultural na defesa de um Estado laico consagrado na Constituição”.