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Categoria: Ateísmo

5 de Novembro, 2010 Eduardo Patriota

Seleção Brasileira não é lugar de pregação, diz técnico

Nem no clube nem na Seleção é lugar de pregação.“, afirma Mano Menezes, técnico da seleção brasileira de futebol.

Pode cultuar a sua crença dentro do respeito e limite de cada um. Não vai lá convencer ninguém. Você respeita e cultua a sua“, completou o treinador da equipe verde e amarela.

O assunto sempre foi um tema que gerou polêmica. Em 2002, diversos jogadores comemoraram o título mundial com camisas em que exaltavam Jesus. A Fifa, inclusive, determinou a proibição de manifestações religiosas nas comemorações de suas competições.

Pelo o que parece, religião é capaz de gerar discussões e trazer problemas até mesmo ao futebol. Na Copa 2010, o jogador brasileiro Kaká (evangélico) atacou o jornalista Juca Kfouri (ateu), afirmando que o mesmo insiste em criticar o jogador não pelo lado profissional, mas pela crença religiosa.

30 de Outubro, 2010 Ricardo Alves

Ateus detectados na Somália

O PZ Myers do Pharyngula tem-se dedicado a elencar as organizações de ateus que existem por esse mundo fora (mencionou a Associação Ateísta Portuguesa neste post). Entre outras curiosidades (como um bloguista, evidentemente anónimo, nos Emirados Árabes Unidos), PZ Myers detectou agora a existência de ateus… na Somália.

Num país tão esmagadoramente muçulmano, e no meio de uma guerra civil que já viu o fundamentalismo islamista conquistar o poder episodicamente, não deixa de ser animador ver um blogue que defende «a promoção da razão numa sociedade altamente supersticiosa», e onde se escrevem coisas destas:

  • «Maomé disse aos seu cegos seguidores que se devem tornar “escravos de Alá” ou serem torturados no fogo do inferno para toda a eternidade. Também prometeu o produto de copiosos saques nesta vida e na próxima. (…) Se os muçulmanos pudessem ver que o Islão e Alá não são mais do que uma mentira de Maomé com 1400 anos que ele usou para os escravizar e torná-los no seu bando pessoal de ladrões e assassinos, afastar-se-iam deste culto perverso no espaço de tempo de uma batida de coração. E felizmente para muçulmanos e não muçulmanos este processo já está em marcha.»

Violento? Como a sociedade de onde vem…

18 de Outubro, 2010 Carlos Esperança

Lançamento de livro ateísta

Na próxima Quinta-feira o livro “Aprenda a Viver Sem Deus” será lançado no circuito comercial.

Os associados da AAP e os frequentadores do Site e do ‘Diário’ podem obter o livro em condições vantajosas.

O preço do livro é de 12,00 (portes incluídos). A vantagem/promoção é que na compra de um livro são enviados 2 livros.

NIB para transfer: 0010 000021688610001 47

Morada Postal em:  www.tdp-lda.pt

TDP – Edições

Rua do Progresso 495 Armazém 8

4455-534 Perafita

Após a transferência enviar comprovativo e morada para envio do livro para o mail:

[email protected]

14 de Outubro, 2010 Carlos Esperança

A Maior Flor do Mundo

Por

Abraão Loureiro

A história que eu e a minha neta não nos cansamos de ver.
Pode servir de dedicatória a todos aqueles que pensam que só venerando deus é possível ter sentimentos profundos e límpidos.
Àqueles que odeiam o ateu que nos deixou faz pouco tempo.

Não escrevo o nome do HOMEM, quem não conhecer esta historinha, contada em poucos minutos, que veja o vídeo e depois reflicta antes de tecer comentários desonestos.

Ver Vídeo.

8 de Outubro, 2010 Ricardo Alves

Poderá o ateísmo substituir a religião?

Neste artigo de opinião, defende-se que sim. Efectivamente, os países que têm os índices mais elevados de ateísmo são aqueles em que a ciência permitiu eliminar doenças e adiar a morte, com pequenas famílias e onde o Estado garante assistência social.

28 de Setembro, 2010 João Vasco Gama

Paul Dirac e a religião

Não subscrevo inteiramente, mas é interessante conhecer a opinião de Paul Dirac sobre a religião:

«Eu não consigo entender porque perdemos tempo a discutir religião. Se formos honestos – e os cientistas têm de o ser – temos de admitir que a religião é uma confusão de falsas asserções, sem qualquer base na realidade. A própria ideia de Deus é um produto da imaginação humana. É bastante compreensível o porquê das pessoas primitivas, que estavam muito mais expostas às forças dominantes da natureza do que nós, terem resolvido personificar estas forças por medo e tremor. Mas hoje em dia, quando entendemos tantos processos naturais, não temos qualquer necessidade desse tipo de soluções. Eu não consigo entender como postular um Deus Todo-o-Poderoso nos pode de alguma forma ajudar. O que consigo ver é que esta suposição leva a questões improdutivas tais como o porquê de Deus permitir tanta miséria e injustiça, a exploração dos pobres pelos ricos e todos os outros horrores que Ele podia prevenir.

Se a religião continua a ser ensinada, não é pelas suas ideias ainda nos convencerem, é porque alguns de nós desejam manter as classes inferiores silenciadas. Pessoas caladas são muito mais fáceis de governar do que as clamorosas e descontentes. São também muito mais fáceis de explorar. A religião é uma espécie de ópio que permite a uma nação tranquilizar-se com sonhos cobiçados e esquecer-se das injustiças que são perpetuadas contra as pessoas. Daí a aliança próxima entre essas duas grandes forças políticas, o Estado e a Igreja. Ambas necessitam da ilusão de que um Deus benevolente recompensa – no Céu se não na Terra – todos aqueles que não se elevaram contra a injustiça, que cumpriram com o seu dever sossegadamente e sem reclamar. É precisamente por isso que a asserção honesta de que Deus é um mero produto da imaginação humana é condenada como o pior de todos os pecados mortais.»

20 de Setembro, 2010 Ricardo Alves

Hitler e os livre pensadores alemães

A Liga dos Livre Pensadores Alemães foi fundada em 1881. Em 1930 tinha 500 000 membros. Foi encerrada na Primavera de 1933, por ordem de Adolf Hitler. A sede nacional foi transformada numa repartição para dar informações ao público sobre as igrejas.

Max Sievers (a principal figura do movimento livre pensador) seria guilhotinado em 1944. Quando Hitler se vangloriou, num discurso em Outubro de 1933, de ter «eliminado o movimento ateísta», era à dissolução da Liga dos Livre Pensadores que se referia.

Noutro discurso, em Agosto de 1934, Hitler afirmou: «o Nacional Socialismo não se opõe à Igreja nem é anti-religioso, pelo contrário, está no campo de um verdadeiro cristianismo. Os interesses da Igreja não podem deixar de coincidir com os nossos no nosso combate contra os sintomas de degenerescência no mundo de hoje (…)».

Ao contrário do que pretende Ratzinger, nem Hitler era ateu nem os nazis pretendiam «erradicar Deus da sociedade». A Concordata de 1933, que foi um triunfo para ambas as partes, aconteceu justamente porque os nazis (em que se incluíam católicos como Hitler e Goebbels) concebiam um lugar para as igrejas na sociedade alemã. E Hitler favoreceu os «Cristãos Alemães», um movimento protestante abertamente racista, que destacava os aspectos potencialmente anti-semitas e racistas do cristianismo.

É portanto uma mentira reles dizer que os nazis pretendiam «erradicar Deus da sociedade», como afirmou o papa romano.

[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]

16 de Setembro, 2010 Ricardo Alves

Woody Allen

  • «Para mim (…) não há diferença real entre uma vidente ou um bolinho da sorte chinês e qualquer uma das religiões organizadas. É tudo igualmente válido ou inválido, na realidade. E igualmente útil.» (Woody Allen, 14/9/2010)
17 de Agosto, 2010 Fernandes

Moralidade

“O último deus desaparecerá com o último dos homens”, escreve o filósofo francês Michel Onfray, no seu Tratado de Ateologia; acrescenta: “E com o último dos homens desaparecerão o temor, o medo, a angústia, essas máquinas de criar divindades”.

O ateísmo nasceu com a primeira religião, mas só entrou no cardápio das ideias abertamente debatidas, com o advento do iluminismo. Os ateus divergem em muitos pontos, mas há alguns consensos. Um deles é o de que a moralidade não é um exclusivo das religiões, e, portanto, um ateu pode ser ético e bom como qualquer crente ou o contrário. A favor da tese está a neurociência, cujas descobertas já provaram que até os chimpanzés têm noções morais, sentimentos de empatia e solidariedade – e não rezam nem crêem em Deus. Outro ponto em que todos os autores sobre ateísmo concordam, é que as religiões deixaram e ainda deixam, um enorme rasto de sangue atrás delas. Além dos exemplos clássicos das Cruzadas ou da expansão islâmica pela espada, há exemplos contemporâneos. Na Irlanda do Norte, protestantes lutam contra católicos. Em Caxemira, são muçulmanos contra hindus. No Sudão, cristãos contra muçulmanos, que também se confrontam na Etiópia, na Costa do Marfim, nas Filipinas… Crentes de diferentes religiões ou denominações guerreiam-se no Irão, no Iraque, no Cáucaso, no Sri Lanka, no Líbano, na Índia, no Afeganistão…

Entre os grupos populacionais a que se convencionou chamar de minorias – racial, sexual ou de género –, a minoria mais rejeitada é a religiosa, ou a anti-religiosa. Será isto uma prova da intolerância das religiões? Fará sentido rejeitar alguém apenas porque acredita noutro deus ou não acredita em deus algum? A verdade é que a sociedade ainda olha o ateu como alguém sem carácter, sem ética, “sem moral”. Segundo alguns estudos, apenas 13% da população votaria num candidato ateu. Num país cristianizado, como Portugal, em que os seus líderes religiosos elegem por patética inspiração divina, Fátima, “Altar do mundo!”; alguém que se confesse ateu é olhado de soslaio. É evidente que a moralidade nada tem que ver com a religião, assim como não é o resultado da sua ausência. Adolf Hitler (1889-1945), que planeou dizimar um povo inteiro, dizia-se religioso. Josef Stalin (1879-1953), cujas vítimas rondam os 20 milhões, dizia-se ateu.

A modernidade, com o aumento da escolarização e a crescente profissionalização de certas camadas sociais, fez com que o número de crentes diminuísse drasticamente. A resistência ao mundo da religiosidade é cada vez mais marcada pela descrença. Percebem-se aqui e ali, sinais de que a religião começa a perder aderentes. Não acabam todos ateus, é claro. Entre eles, há agnósticos, secularistas, cépticos e até quem se confesse, meio a contragosto, que foi católico, mas não tem religião, acredita em Deus, mas não é praticante.

Os “sem-religião” já são no Brasil, o terceiro maior grupo, atrás de católicos e evangélicos. Pelos dados do último censo, os sem-religião no país irmão, somavam 12,5 milhões, mais que um Portugal inteiro.

Nos Estados Unidos os sem-religião chegam aos 15%. O embate entre religiosos e os “sem-fé” ficou mais intenso depois dos atentados de 11 de Setembro. Os líderes religiosos, em vez de condenarem os atentados, afirmaram que foi uma punição de Deus por despenalizarem o aborto e a homossexualidade. A direita cristã, interlocutora de Deus, luta para que o seu rebanho não se disperse, e exerce uma considerável influência nas escolas e tribunais. E cresce um notável preconceito relativamente aos ateus de tal modo que a obsessão dos líderes religiosos é “livrarem-se” do estigma social que eles consideram ser o ateísmo.

Em Portugal, por ocasião da visita ao país do papa Bento XVI. Uma pesquisa relevou que aproximadamente 90% dos inquiridos acreditam na existência de Deus, e quase 80% acreditam que Jesus Cristo subiu ao céu depois de morrer crucificado, sendo que aproximadamente 70% acreditam que Maria deu à luz sendo virgem, e continuou virgem. Estes números revelam um Portugal crédulo e supersticioso – é lícito questionar: – Se são cada vez mais abundantes as descobertas científicas sobre a origem do universo e das espécies e a credulidade não se abala diante delas; talvez nenhuma prova científica, por mais sólida e contundente que se apresente, seja capaz de reduzir a crença e a superstição. Ajudará o facto de ainda hoje passarmos em povoados onde não existe uma biblioteca, uma farmácia ou uma escola, mas lá encontramos uma ou mais igrejas e várias capelas?

– Constato que continua a ser mais fácil abrir uma igreja do que uma mercearia.