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Categoria: Ateísmo

1 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

O meu Senhor sou eu

Por

Kavkaz

As religiões precisam de Senhores, seres superiores, os deuses e os seus representantes, os capatazes que dão as orientações e as ordens em nome dos deuses inexistentes, para os crentes cumprirem. Estes, amedrontados com as ameaças de castigos dos Senhores Todo-Poderosos, submetem-se até da forma mais aviltante e anti-humana para não serem julgados nem pelos capatazes, nem pelos hipotéticos deuses. Deixam-se até tratar por ovelhas, apesar de serem Cidadãos, Seres Humanos.

Os ateus não têm nem precisam de deuses, são Senhores deles próprios. Têm Sabedoria, estudaram e analisaram as religiões e os objectivos que pretendem atingir, sabem que os deuses não existem e foram inventados pelos capatazes para dominarem os crentes e retirarem deles o proveito para uma vida de riqueza.

Os crentes olham para os capatazes dos deuses e são incapazes de os questionar: para que precisarão eles de tanto, e ainda dão o seu contributo para que a riqueza deles nunca se esgote e seja sempre deslumbrante e brilhante?

Os ateus vivem com o que conseguem por si. Não colocam caixas de esmolas por onde passam, na tentativa de comover o incauto com sentimentos mais sensíveis, e levando-o a depositar o que até lhe pode fazer falta a quem já muito mais tem. Vivem como sabem e sem ilusões, reconhecendo que a vida é finita e, muitas vezes, bem rápida e muito caprichosa.

Os crentes são levados a acreditar que há quem seja mais importante na vida do que eles mesmos, para si próprios. E aceitam que basta subjugarem-se, inferiorizarem-se, anularem-se até, ao que não vêem, não ouvem e não sentem para conseguirem um prémio de consolação caridoso. Os crentes acreditam nas frases dos capatazes cheias de promessas boas, tentam corresponder ao que eles dizem e sem examinarem se tudo será bem assim como lhes contam, de verdade.

Os crentes sabem que se não se submeterem sofrerão castigos duros posteriormente. E cedem perante o medo das ameaças, alegremente repetidas tantas vezes pelos capatazes, em nome de deuses inexistentes. Não lhes é fácil entender que tais ameaças não passam de um jogo sujo dos capatazes falsos. A pressão das religiões tolda o raciocínio aos crentes e persegue-os por toda a parte. Habituam-se a viver com a Mentira religiosa por lhes parecer ser melhor assim.

Os ateus vivem as suas vidas ignorando as indicações dos capatazes dos deuses inexistentes. Decidiram ser, conscientemente e com Sabedoria, Senhores deles próprios.

Apostila – O título, cujo lapso foi do editor, está corrigido.

30 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

DIÁRIO DE UNS ATEUS – 9.º ANIVERSÁRIO

Fazemos hoje nove anos.

Longe do fulgor de outros tempos, em que a média diária de visitantes ultrapassou os mil e quinhentos, este Diário resistiu a divergências internas, assaltos informáticos, insultos, ameaças, alteração de domínio e, sobretudo, à alegada cólera divina.

O Diário de uns Ateus mantém-se uma trincheira contra o obscurantismo religioso, as tropelias da fé e as aldrabices clericais. Denuncia o terrorismo demente do islão político, o ódio vesgo dos judeus das trancinhas, a intolerância do protestantismo evangélico, do cristianismo ortodoxo e do catolicismo romano.

Enquanto os fanáticos de deus matam e morrem por um mito, o D1A lança dúvidas sobre a mais mortífera criação humana – deus –, e denuncia os crimes que trazem a sua chancela.

Do terrorismo à indústria dos milagres, o D1A tem sido uma voz crítica e vigilante. A criação de beatos e santos e os milagres obrados não são a maravilha divina com que se enganam os crentes, são um insulto à inteligência e uma fraude com fins lucrativos.

À medida que o fundamentalismo regressa com a crise económica e social que domina o mundo, é preciso ser firme na denúncia do proselitismo e dos objetivos totalitários das religiões do livro que contagiaram o hinduísmo onde já surgem células terroristas.

Deus não é um mal necessário nem as religiões uma praga inevitável ou uma doença icurável.

O Diário de uns Ateus saúda os leitores que acompanham o serviço público que presta e orgulha-se de ter sido o ponto de encontro dos ateus que criaram a Associação Ateísta Portuguesa.

O Diário de uns Ateus nasceu a 30 de novembro de 2003. Já lá vão nove anos, sem censura, com colaboradores que aderiram ao novo Acordo Ortográfico e com os que o não fizeram, procurando ser honrados nas ideias e na gramática.

Vamos continuar sem que deus ou o diabo nos impeçam. Depois de nós outros virão, para denunciar a fábula de Cristo e as outras lendas, para provarmos que deus é um tigre de papel que assusta os tímidos e os que, desde crianças, se habituaram a viver no terror pio.

Continuaremos a mostrar que o Antigo Testamento não é apenas um manual de maus costumes, como lhe chamou Saramago, é um manual terrorista onde foram beber os três monoteísmos que há milhares de anos embrutecem e ensanguentam a Humanidade.

29 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

Hoje só as religiões se perseguem umas às outras

Discriminações e perseguição ao Ateísmo

 

The Texas Constitution

Article 1 – BILL OF RIGHTS

Section 4 – RELIGIOUS TESTS

No religious test shall ever be required as a qualification to any office, or public trust, in this State; nor shall anyone be excluded from holding office on account of his religious sentiments, provided he acknowledge the existence of a Supreme Being. http://www.capitol.state.tx.us/txconst/sections/cn000100-000400.html

– No Texas, a Constituição (Artigo I, Secção 4) permite claramente a discriminação de ateístas em cargos públicos, «ninguém será excluído de uma posição pública com base nos seus sentimentos religiosos, desde que reconheça a existência de um Ser Supremo».

27 de Novembro, 2012 Abraão Loureiro

24 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

Ateus, crentes e livre-pensamento

Os ateus não reivindicam superioridade moral. Não é a crença que faz alguém melhor nem o ateísmo que torna qualquer um pior. A influência do meio ambiente, a educação recebida, a instrução que se adquire e a matriz genética, fazem os homens. Os homens são eles próprios e a sua circunstância, como disse Ortega y Gasset.

Há crentes que visitam o Diário de uns Ateus e que demonstram tolerância, espírito de diálogo, sentido crítico e respeito pelos valores humanos. Mas isso não faz respeitável a sua religião nem universais os seus valores e, muito menos, prova a existência de Deus. Apenas faz deles cidadãos respeitáveis ou mesmo exemplares.

O Diário de uns Ateus procura preservar alguns valores que as religiões combatem – a liberdade individual, a laicidade do Estado e tratamento igual para todos os cidadãos, independentemente do sexo, da religião e da raça. É surpreendente que os crentes se não interroguem sobre a geografia das religiões e não reflitam sobre como se distribuem os credos pelo planeta e à custa de quanto sangue.

Outro aspeto inquietante é o facto de todas as religiões defenderem tratamento igual quando são minoritárias e afirmarem que «não de deve tratar de forma igual o que é desigual» quando são maioritárias – argumento usado até à náusea em Portugal, pela ICAR, na negociação da Concordata.

A religião só não é mais repressiva porque não tem força suficiente. A cada conquista exige sempre mais. Não dispensa o batismo de crianças de tenra idade, não desiste de tornar obrigatório o ensino religioso na escola oficial, interfere através das associações que domina nos conteúdos e programas escolares e no comportamento social dos que não são crentes. Condiciona o aparelho de Estado e influencia as leis.

A possibilidade do divórcio entre casais que contraíram matrimónio católico só foi possível depois do saudoso ministro da Justiça Salgado Zenha ter ameaçado com a denúncia da Concordata. As Escolas do Magistério Primário, até ao 25 de Abril, tinham uma cadeira de Religião Católica, igual a qualquer outra, que exigia nota positiva para a obtenção do diploma de professor. Ninguém era dispensado da missa de consagração do curso, da bênção da pasta e da fotografia com o bispo da diocese. Ninguém podia ser professor sem praticar a religião católica, embora a lei não fosse clara a esse respeito.

A admissão em Escolas de Enfermagem exigia um certificado de batismo católico e o atestado de bom comportamento passado pelo padre da paróquia de nascimento. Eram documentos necessários. E, no fim do curso, lá vinha a bênção, a missa da consagração e outras pias violências a que tinha de se sujeitar quem precisava de ganhar a vida.

Para conter a violência clerical é preciso uma vigilância constante. O combate às religiões e o direito à blasfémia são necessários para a preservação da liberdade de pensamento que as igrejas se esforçam por erradicar.

 

22 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

O papa, a vaca e o burro

Quando se perde a fé na vaca e, sobretudo, no burro, duvida-se do martírio do seu deus. Este papa veio transformar uma estrebaria numa mentira pia. Em vez da manjedoura e da palha requisitou uma gruta para maternidade da estrela da companhia.

Jesus, que nasceu em ano diferente do que afirmam as escrituras e em local diverso do que a profecia prometia, fez as delícias das crianças com a vaca que o aquecia e o burro que o adorava perante o espanto comprometido de S. José.

Não é provável que o burro seja substituído por um doutor nem que a vaca dê lugar ao aparelho de ar condicionado. Jesus, um judeu que viveu de expedientes, de milagres e pregações, atividades que proliferam em tempos de crise, jamais imaginou a lenda que a seu respeito seria urdida e, muito menos, o negócio a que daria origem.

Se era mentira pia a falsidade secular, não se distinguia das outras que alimentam a fé dos simples e os interesses do Vaticano. Quis o Papa fingir a correção de um engano e acabou por semear dúvidas na credulidade dos devotos e sorrisos nas faces dos incréus.

Não sei se nevava em Nazaré, onde seguramente Jesus não nasceu, nem se as estrebarias tinham ar condicionado ou os reis magos viajavam tendo as estrelas como GPS, mas sei que a Inquisição não teria deixado de grelhar quem pusesse em dúvida tais mentiras que outros infalíveis papas impunham como verdades.

B16 anda perdido. Escondam-lhe a água benta. Confisquem-lhe o hissope. Guardem-lhe o bordão. Vistam-no normalmente. Arranjem-lhe um atestado e ponham-no de baixa ou dêem-lhe a reforma e atribuam-lhe uma pensão.

Se continua a explorar as mentiras pias acaba por dar com os beatos em malucos e pôr as pessoas cautas a rir a bandeiras despregadas.

 

22 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

O Papa perdeu a fé na vaca e no burro

Por

Kavkaz

O Papa Bento XVI escreveu mais um livro para os crentes comprarem. Desta vez aborda a “A infância de Jesus” e revela que os católicos têm sido enganados desde que aderiram ao catolicismo. Segundo Ratzinger, Jesus nasceu numa gruta, mas não haveria lá animais. A famigerada vaca e o burro que aqueceram Jesus não existiram. Foi uma invenção e os criadores serão, sempre os mesmos, os hebreus do século VII.

Esta revelação, que os Papas antecessores, todos inspirados pelo “Espírito Santo, nunca imaginaram, faz questionar-nos sobre o que ainda iremos saber sobre a história mal contada da Bíblia. Depois de o Papa já ter anulado o Purgatório, chegou a vez de acabar com os animais do presépio.

No seu novo livro, o Papa reitera que Jesus era filho de um extra terrestre e de uma mulher virgem, sem nos explicar a técnica utilizada, a da fecundação pelo “Espírito Santo”. Ficamos, assim, a saber que Jesus seria meio deus, pois Maria não era deusa, mas mulher prometida ao carpinteiro José. E este foi ultrapassado por um “Todo-Poderoso”. Coitados dos fracos…

O Papa Bento VI, muito interessado na vida sexual da mãe de Jesus, passados dois mil anos, afirmou que ela era mesmo virgem. Esta é uma questão de grande importância e sobre a qual o Clero adora gastar o seu tempo em reflecção e investigação, um tema relevante para a ocupação celibatária do Vaticano.

21 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

Um troglodita comissário europeu

Tonio Borg, um ultrarreacionário, homofóbico e misógino tornou-se comissário europeu. De Malta, um satélite do Vaticano, saiu este cruzado vindo da Idade Média para a Comissão Europeia.

Durão Barroso deve estar orgulhoso de tal companhia. O presidente que pedia que metessem o cristianismo na Constituição Europeia tem agora um cristão a tempo inteiro, no intervalo das hóstias, missas, novenas e orações pias.

Esta Europa caminha para o fundamentalismo cristão à semelhança do fascismo islâmico. Por ora ainda se pode ser ateu.

Com que gosto este comissário veria novas fogueiras para os hereges!

14 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

Sarney ensandeceu

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), criticou nesta terça-feira o pedido do Ministério Público de retirar das cédulas de Real a frase “Deus seja louvado”. Em 1986, quando foi presidente da República, Sarney determinou a inclusão da frase nas cédulas brasileiras.

“Eu acho que é uma falta do que fazer porque na realidade precisamos cada vez mais ter a consciência da nossa gratidão a Deus por tudo o que fez por todos nós humanos e criação do universo, de maneira que não podemos jamais perder o dado espiritual. Tenho pena do homem que na face da Terra não acredita em Deus”, afirmou.