14 de Março, 2013 Carlos Esperança
“Roma” de Fellini
Esta cena foi cortada na íntegra pela censura aquando da exibição do filme em Portugal no início dos anos 70.
Na realidade, foram tantas as cenas cortadas que o filme ‘encolheu’ meia hora!
Esta cena foi cortada na íntegra pela censura aquando da exibição do filme em Portugal no início dos anos 70.
Na realidade, foram tantas as cenas cortadas que o filme ‘encolheu’ meia hora!
Ainda não percebi no meu empedernido ateísmo a razão que leva a esquerda a silenciar o fascismo islâmico do Irão e a direita o da Arábia Saudita.
Uma religião é um conjunto de indivíduos unidos por medos, hábitos e superstições comuns, transmitidos através de gerações, e ligados por um ódio coletivo aos medos, hábitos e superstições alheios.
As religiões monoteístas têm um deus verdadeiro privativo que garante aos crentes uma felicidade eterna, depois da morte, conquistada pelo sofrimento, resignação e obediência durante a vida. Cada religião acredita serem falsas as outras e falso qualquer outro deus. Nisso todas têm razão. Aliás, os ateus só consideram falsa mais uma religião e um deus mais, o que, no fundo, faz de todos ateus.
O proselitismo, característico do cristianismo e do islamismo, conduziram o primeiro à violência sectária contra os hereges, os judeus, os cátaros e outros e aos crimes bárbaros da evangelização. O cristianismo foi dominado pela repressão política contra o seu clero e tornou-se uma religião civilizada onde a laicidade contém os seus desvarios pios. Já o islamismo, que é poder em numerosos países, continua na implacável barbárie contra os desvios ideológicos da mais selvagem e cruel religião do globo.
Não devemos esquecer o judaísmo que, não sendo prosélito, encontrou no sionismo a forma de exercer a brutalidade religiosa imperialista através do mito bíblico de que lhes pertence a Palestina.
Muitos judeus de hoje são árabes convertidos tal como alguns talibãs são descendentes de judeus islamizados. A xenofobia é uma demência religiosa que tem menos a ver com questões étnicas do que a etnia tem a ver com circunstâncias políticas, administrativas e linguísticas que as moldaram.
Poucas mentiras são tão estimadas como as que se transmitiram, de geração em geração, através da fanatização religiosa.
João César das Neves (JCN) é um arrebatado devoto cujas homilias de segunda (feira) hilariam e confundem os leitores. Chega-se a pensar que JCN pensa o que diz e diz o que pensa, embora não seja radioso o que pensa nem o que diz.
Cita a Bíblia como referência histórica rigorosa e acredita nela como o ministro Gaspar nas previsões financeiras que faz. A diferença é Vítor Gaspar demorar apenas um mês a apurar o engano e JCN a vida inteira convencido de que acerta.
Na homilia desta segunda feira repete as tolices habituais e, na pressa, acrescenta algumas novas. Diz, por exemplo, que o fator decisivo da renúncia do Papa «foi Deus», o mesmo suspeito que apontou para justificar o martírio a que a Cúria sujeitou João Paulo II.
JCN desconhece que este Papa teve de resignar em direto para poder sobreviver; que o relatório sobre o IOR e a fuga de documentos do Vaticano não são alheios à decisão; que a antecipação do conclave é necessária para manter cardeais em número suficiente antes de serem salpicados com nódoas do passado.
O exotismo do devoto está na facilidade com que acusa o seu Papa de mentir, ao afirmar: « Nem sequer foi por motivos de saúde, apesar de o próprio os ter invocado. O seu gesto só aconteceu porque ele está plenamente convencido ser essa a vontade de Deus».
Então o Papa católico invoca motivos falsos por estar convencido de ser essa a vontade do Deus de JCN? O bem-aventurado está cada vez mais desorientado.
«…toda a Igreja recebeu a notícia como vinda de Deus, e espera do Senhor a continuação desta história». JCN continua à espera do Armagedão.
A história secreta da renúncia de Bento XVI
Eduardo Febbro
……………………………………………………………………………………
Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção. A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de seu processo de decomposição moral. O artigo é de Eduardo Febbro, direto de Paris.
……………………………………………………………………………..
Paris – Os especialistas em assuntos do Vaticano afirmam que o Papa Bento XVI decidiu renunciar em março passado, depois de regressar de sua viagem ao México e a Cuba.
Naquele momento, o papa, que encarna o que o diretor da École Pratique des Hautes Études de Paris (Sorbonne), Philippe Portier, chama “uma continuidade pesada” de seu predecessor, João Paulo II, descobriu em um informe elaborado por um grupo de cardeais os abismos nada espirituais nos quais a igreja havia caído: corrupção, finanças obscuras, guerras fratricidas pelo poder, roubo massivo de documentos secretos, luta entre facções, lavagem de dinheiro.
O Vaticano era um ninho de hienas enlouquecidas, um pugilato sem limites nem moral alguma onde a cúria faminta de poder fomentava delações, traições, artimanhas e operações de inteligência para manter suas prerrogativas e privilégios a frente das instituições religiosas.
Muito longe do céu e muito perto dos pecados terrestres, sob o mandato de Bento XVI o Vaticano foi um dos Estados mais obscuros do planeta. Joseph Ratzinger teve o mérito de expor o imenso buraco negro dos padres pedófilos, mas não o de modernizar a igreja ou as práticas vaticanas.
Bento XVI foi, como assinala Philippe Portier, um continuador da obra de João Paulo II: “desde 1981 seguiu o reino de seu predecessor acompanhando vários textos importantes que redigiu: a condenação das teologias da libertação dos anos 1984-1986; o Evangelium vitae de 1995 a propósito da doutrina da igreja sobre os temas da vida; o Splendor veritas, um texto fundamental redigido a quatro mãos com Wojtyla”. Esses dois textos citados pelo especialista francês são um compêndio prático da visão reacionária da igreja sobre as questões políticas, sociais e científicas do mundo moderno.
O Monsenhor Georg Gänsweins, fiel secretário pessoal do papa desde 2003, tem em sua página web um lema muito paradoxal: junto ao escudo de um dragão que simboliza a lealdade o lema diz “dar testemunho da verdade”. Mas a verdade, no Vaticano, não é uma moeda corrente.
Depois do escândalo provocado pelo vazamento da correspondência secreta do papa e das obscuras finanças do Vaticano, a cúria romana agiu como faria qualquer Estado. Buscou mudar sua imagem com métodos modernos. Para isso contratou o jornalista estadunidense Greg Burke, membro da Opus Dei e ex-integrante da agência Reuters, da revista Time e da cadeia Fox. Burke tinha por missão melhorar a deteriorada imagem da igreja. “Minha ideia é trazer luz”, disse Burke ao assumir o posto. Muito tarde. Não há nada de claro na cúpula da igreja católica.
A divulgação dos documentos secretos do Vaticano orquestrada pelo mordomo do papa, Paolo Gabriele, e muitas outras mãos invisíveis, foi uma operação sabiamente montada cujos detalhes seguem sendo misteriosos: operação contra o poderoso secretário de Estado, Tarcisio Bertone, conspiração para empurrar Bento XVI à renúncia e colocar em seu lugar um italiano na tentativa de frear a luta interna em curso e a avalanche de segredos, os vatileaks fizeram afundar a tarefa de limpeza confiada a Greg Burke. Um inferno de paredes pintadas com anjos não é fácil de redesenhar.
Bento XVI acabou enrolado pelas contradições que ele mesmo suscitou. Estas são tais que, uma vez tornada pública sua renúncia, os tradicionalistas da Fraternidade de São Pio X, fundada pelo Monsenhor Lefebvre, saudaram a figura do Papa.
Não é para menos: uma das primeiras missões que Ratzinger empreendeu consistiu em suprimir as sanções canônicas adotadas contra os partidários fascistóides e ultrarreacionários do Mosenhor Levebvre e, por conseguinte, legitimar no seio da igreja essa corrente retrógada que, de Pinochet a Videla, apoiou quase todas as ditaduras de ultradireita do mundo.
Bento XVI não foi o sumo pontífice da luz que seus retratistas se empenham em pintar, mas sim o contrário. Philippe Portier assinala a respeito que o papa “se deixou engolir pela opacidade que se instalou sob seu reinado”. E a primeira delas não é doutrinária, mas sim financeira.
O Vaticano é um tenebroso gestor de dinheiro e muitas das querelas que surgiram no último ano têm a ver com as finanças, as contas maquiadas e o dinheiro dissimulado. Esta é a herança financeira deixada por João Paulo II, que, para muitos especialistas, explica a crise atual.
Em setembro de 2009, Ratzinger nomeou o banqueiro Ettore Gotti Tedeschi para o posto de presidente do Instituto para as Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano. Próximo à Opus Deis, representante do Banco Santander na Itália desde 1992, Gotti Tedeschi participou da preparação da encíclica social e econômica Caritas in veritate, publicada pelo papa Bento XVI em julho passado. A encíclica exige mais justiça social e propõe regras mais transparentes para o sistema financeiro mundial. Tedeschi teve como objetivo ordenar as turvas águas das finanças do Vaticano.
As contas da Santa Sé são um labirinto de corrupção e lavagem de dinheiro cujas origens mais conhecidas remontam ao final dos anos 80, quando a justiça italiana emitiu uma ordem de prisão contra o arcebispo norteamericano Paul Marcinkus, o chamado “banqueiro de Deus”, presidente do IOR e máximo responsável pelos investimentos do Vaticano na época.
João Paulo II usou o argumento da soberania territorial do Vaticano para evitar a prisão e salvá-lo da cadeia. Não é de se estranhar, pois devia muito a ele. Nos anos 70, Marcinkus havia passado dinheiro “não contabilizado” do IOR para as contas do sindicato polonês Solidariedade, algo que Karol Wojtyla não esqueceu jamais.
Marcinkus terminou seus dias jogando golfe em Phoenix, em meio a um gigantesco buraco negro de perdas e investimentos mafiosos, além de vários cadáveres.
No dia 18 de junho de 1982 apareceu um cadáver enforcado na ponte de Blackfriars, em Londres. O corpo era de Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano. Seu aparente suicídio expôs uma imensa trama de corrupção que incluía, além do Banco Ambrosiano, a loja maçônica Propaganda 2 (mais conhecida como P-2), dirigida por Licio Gelli e o próprio IOR de Marcinkus.
Ettore Gotti Tedeschi recebeu uma missão quase impossível e só permaneceu três anos a frente do IOR. Ele foi demitido de forma fulminante em 2012 por supostas “irregularidades” em sua gestão.
Tedeschi saiu do banco poucas horas depois da detenção do mordomo do Papa, justamente no momento em que o Vaticano estava sendo investigado por suposta violação das normas contra a lavagem de dinheiro.
Na verdade, a expulsão de Tedeschi constitui outro episódio da guerra entre facções no Vaticano. Quando assumiu seu posto, Tedeschi começou a elaborar um informe secreto onde registrou o que foi descobrindo: contas secretas onde se escondia dinheiro sujo de “políticos, intermediários, construtores e altos funcionários do Estado”. Até Matteo Messina Dernaro, o novo chefe da Cosa Nostra, tinha seu dinheiro depositado no IOR por meio de laranjas.
Aí começou o infortúnio de Tedeschi. Quem conhece bem o Vaticano diz que o banqueiro amigo do papa foi vítima de um complô armado por conselheiros do banco com o respaldo do secretário de Estado, Monsenhor Bertone, um inimigo pessoal de Tedeschi e responsável pela comissão de cardeais que fiscaliza o funcionamento do banco. Sua destituição veio acompanhada pela difusão de um “documento” que o vinculava ao vazamento de documentos roubados do papa.
Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção.
A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de seu processo de decomposição moral. Nada muito diferente do mundo no qual vivemos: corrupção, capitalismo suicida, proteção de privilegiados, circuitos de poder que se autoalimentam, o Vaticano não é mais do que um reflexo pontual e decadente da própria decadência do sistema.
Tradução: Katarina Peixoto
Diário de uns Ateus – Os posts deste diário são habitualmente da autoria dos seus colaboradores mas, neste caso, afigura-se importante a divulgação de factos que, embora conhecidos, são relevantes.
Lisboa diz “obrigado” a Bento XVI com 400 mil cartazes
Grupo de leigos católicos financiou a iniciativa apoiada pelo Patriarcado de Lisboa. Metade dos cartazes são horizontais e mostram o Papa a fazer uma gesto de saudação e os restantes são verticais e têm a imagem de Bento XVI a rezar em Fátima, avança a agência Ecclesia.
Diário de uns Ateus – Os ateus não querem deixar de manifestar o seu regozijo pela aposentação de B16 bem como a surpresa por sair vivo das funções, facto que não acontecia há quase 600 anos.
Segundo o muito debatido Argumento Cosmológico Kalam, tudo o que começa a existir tem uma causa. Se tudo o que começa a existir tem uma causa, então a natureza, a realidade concebida no formato que a evolução nos permite apreender, teve uma causa, causa essa que os crentes imputam ao arbítrio de um Deus conceptual.
Mas, se tudo o que começa a existir teve uma causa, como pode alguém filosofar sobre a natureza de um criador absoluto e omnipotente que se consegue teorizar e inferir racionalmente, rejeitando, no mesmo esgar de raciocínio, o conceito análogo e igualmente racional de um criador precedente e gerador deste, ad infinitum, e sem pressupor, ou aceitar sequer, que esse conceito posterior, sendo consequente do que o antecede, ao ser refutado, possa ser reputado filosoficamente como uma irracionalidade desarrazoada?
Por
“Santo Padre,
Foi com sentida emoção que tomei hoje conhecimento do anúncio feito por Vossa Santidade de renunciar ao Pontificado.
Quero, nesta ocasião, sublinhar a admiração profunda do Povo Português por Vossa Santidade e por um magistério que constitui exemplo de fé e de esperança, na defesa dos valores universais da tolerância e da paz.
Recordo, muito especialmente, a Visita que efetuou a Portugal em Maio de 2010, e os sinais de afeto e carinho de Vossa Santidade para com o Povo Português que então pudemos testemunhar.
Reitero o profundo apreço dos Portugueses pela personalidade ímpar e pela sabedoria inspiradora de Vossa Santidade.
Aníbal Cavaco Silva”
Este é o teor da mensagem do presidente da república portuguesa ao papa resignatário, Bento XVI.
Analisemo-la:
1- Em primeiro lugar, recorde-se que o Vaticano é um Estado especial, formado pela direção da Igreja católica, portanto, por uma instituição religiosa, que, obviamente, prossegue os seus interesses particulares de propaganda religiosa e de proselitismo.
O estabelecimento de relações diplomáticas com tal entidade religiosa, nestas condições, é dar reconhecimento político à dignidade religiosa e equipará-la aos demais Estados…
… Mas isso é assunto para outro artigo…
2- Os Estados nacionais, porque são isso mesmo, isto é, uma organização política dum povo, contêm pluralismo político e religioso, enfim, ideológico e filosófico desse povo, mesmo que esse pluralismo, nos Estados totalitários, esteja abafado e reprimido.
Porque o pluralismo existe sempre e faz parte da natureza humana, mesmo que esteja na clandestinidade…
3- Ora, o representante político máximo, num Estado laico, dum povo não pode referir-se, nos termos em que se referiu, a um representante máximo dum Estado fundado numa religião, mesmo que essa religião seja maioritária nesse povo.
4- Um Estado laico, como são os Estados modernos do quadrante civilizacional a que pertencemos, não tem, portanto, religião oficial. O Vaticano é um Estado religioso, mas sem povo, porque assente, apenas, na ereção política da hierarquia da Igreja.
O Vaticano é um artifício oportunista, que resultou do Tratado de Latrão, em 1929, acordado entre o ditador fascista italiano, Mussolini, e o papa Pio XI, que, entre inúmeras benesses para a ICAR, delimitou tal território contínuo em Roma, mais um palácio e 3 basílicas extraterritoriais.
Só por isso, já não deveria haver relações diplomáticas com o Vaticano, como eu, noutro artigo, demonstrarei…
5- “Quero, nesta ocasião, sublinhar a admiração profunda do Povo Português por Vossa Santidade”, disse, o presidente português, Cavaco Silva.
Ora, o presidente Silva não sabe se o povo português tem uma “admiração profunda” pelo papa resignatário, nem interessa saber, porque as saídas e entradas de papas apenas concernem à Igreja e seus adeptos e não a um presidente de república.
E mesmo que houvesse “admiração profunda” do “povo português”, tal apenas concerniria a esse “povo”, assim dito, e não a um representante político máximo, que, obviamente, na medida em que o é dum Estado laico, não tem nem deve exprimir-se nos termos laudatórios em que se exprimiu, manifestando admiração por um papa, representante máximo duma ideologia, duma igreja, que é, intrinsecamente, assunto privado, portanto, alheio à direção e representação política duma república, e não assunto público.
6- “[admiração]… por um magistério que constitui exemplo de fé e de esperança”.
Ora, temos aqui o presidente Silva a manifestar apreço pelo “magistério” dum papa… que mais não é do que enaltecer a direção religiosa do mesmo!
Um presidente duma república laica jamais deveria pronunciar-se nestes termos!
Um presidente de república laica deve respeitar a laicidade do seu Estado e abster-se de comentar e, muito menos, enaltecer, o “magistério” dum Estado intrinsecamente religioso, porque, assim, põe-se do lado desse Estado religionário, confundindo o seu, do presidente, catolicismo com o pluralismo do seu Estado e quadrando-se num apoio de católico, assunto privado, a um Estado religioso, apoio esse transformado em assunto público…
7- “…na defesa dos valores universais da tolerância e da paz.”, disse o presidente Silva.
Já não se tratando de assunto religioso ou laico, pergunto o que é que o papa defendeu de “tolerância e paz”???!!!
Como é normal na ICAR, sempre que irrompe uma guerra ou um conflito qualquer de implicações internacionais ou de manifesta relevância, lá vem o papa com a balela sobre “paz” e “tolerância”, dispensando-se de apontar, clara, irrecusável e inequivocamente, quem é o fautor da guerra e da intolerância, não o denunciando, que é como se faz e se deve fazer em litigância política ou judicial, nacional ou internacional.
Clamar por paz e tolerância, constantemente, sem, constantemente, denunciar os prevaricadores, os intolerantes, os assassinos, os opressores, equivale, apenas, a mostrar-se pacífico e tolerante, em abstrato, esquivando-se à plena assunção e defesa duma verdadeira paz e tolerância, que passa, necessariamente, pela denúncia dos agentes da guerra e da intolerância, porque só quando esses agentes são denunciados é que se pode combater mais eficazmente por essa paz e tolerância.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.