mercredi 23 juillet 2014 à 17h51
Pourchassés par les djihadistes de l’Etat islamique en Irak, les Chrétiens d’Orient n’ont d’autres choix que de quitter précipitamment leur résidence, leur église sans aucune garantie pour leur avenir. La communauté internationale peine à se mobiliser. La rédaction fait le point.
Por
Bruno Fernandes
Eu, um jovem de 18 anos, a começar agora uma licenciatura, recente nesta luta para a qual acordei há pouco mais de 1 ano, emergi num mundo totalmente abstracto, o que para mim era confortante, mas apesar de tudo, preferi a verdade.
Aos meus 17 anos assumi o meu ateísmo e reivindiquei o mesmo como estilo de vida, porque ser ateu não é só uma tomada de posição acerca da própria existência, é, e representa muito mais, é futuro, é progresso, é racional, é o correcto e a verdade, não para uma coisa, mas para tudo. É prescindir duma parte inferior humana e superarmo-nos, é transcendermo-nos. É por isso, que, o ateísmo, a ideia, está em cada momento, em cada acção e palavra minha e levo o meu livre e racional pensamento para cada lugar na minha vida, e, apesar de muitas vezes ser mal compreendido por uma sociedade enraizada nos maus costumes, não me submeto à vontade e luto até ao fim, não apenas naquilo em que acredito mas naquilo que é a verdade que deve ser partilhada por todos.
Embora por vezes o prognóstico para o futuro para que caminhamos seja desconcertante, para quem é ateu, é sempre tentado a lutar pelo desafiante desejo que todos nós sonhamos um dia atingir, uma sociedade livre-pensadora e com vista ao progresso, em que a base assente não em crenças mas na razão e que esta se guie para um futuro risonho, que é aquele que nos espera no universo.
Este é o desejo e convicção de um ateu de 18 anos, desacomodado, que vai lutar sempre. Que apesar de viver nesta sociedade, transpira o optimismo de uma mente racional que em conjunto com todos os que a partilham fará com que o sonho se torne na realidade. É por isso que é uma convicção.
Muitos parabéns pela associação, e mostrarem a nossa coragem e vontade.
“O facto de nós não entendermos alguma coisa, não significa que ela precise de ser explicada de uma forma sobrenatural. A ciência vive da dúvida. E nós não precisamos de entender tudo para termos uma vida feliz e completa. Eu prefiro viver com a dúvida do que ser enganado por uma ilusão”. Marcelo Gleiser
Face à defesa papal do domingo, como dia de descanso, o DN de 20 de junho, pág. 20, publica, sob o título em epígrafe, um artigo de Ana Bela Ferreira, em que se lê:
«Trabalho – Sociólogo, teólogo e ateísta concordam com o descanso. O dia defendido pelo Papa Francisco é que já não reúne consenso. E há até quem considere que esta atitude é marketing.»
O artigo, depois de citar Moisés do Espírito Santo, sociólogo, que se refere à defesa do descanso ao domingo, como «um discurso um pouco arcaico e ruralista de quando o mundo era simples», expõe a opinião do padre Anselmo Borges, teólogo, e termina com a posição de um ateísta:
[Mais crítico das palavras de Jorge Bergoglio é o presidente da Associação Ateísta Portuguesa. Carlos Esperança entende que o Papa “está a defender os interesses comerciais do Vaticano. A existência de um dia de descanso é uma ideia que me agrada e que defendo, mas é impossível ter toda a gente a parar ao domingo”. E critica Francisco por “não estar preocupado com os trabalhadores a quem são roubados dias de descanso, mas defender apenas que se pare no dia que definiu para as celebrações eucarísticas”. Daí que veja essas declarações como “uma atitude de marketing”]
O objetivo da entrevista a um padre católico e a um ateu, destinava-se a esclarecer, por um lado, a diminuição drástica do número de batizados e, por outro, a legitimidade do batismo de recém-nascidos ou de crianças de tenra idade.
Os temas foram arredados do debate ou insuficientemente comentados por qualquer dos intervenientes. Nem sequer foi explicado o que é o batismo, um ritual de iniciação em várias religiões. Com o batismo – dizem os católicos –, liberta-se a criança do pecado original, naturalmente transmitido pela impureza feminina, e afasta do neófito o demo.
Assim, a cerimónia litúrgica atua como detergente para os pecados e como demonífugo para o maligno cuja existência ainda é reconhecida pelo papa atual, como se comprovou com o reconhecimento que fez recentemente da Associação Internacional de Exorcistas.
O batismo do adulto, além de perdoar o pecado original, confere as virtudes teologais e isenta de penas os pecados anteriormente cometidos. No fundo, a cerimónia do batismo, católico, luterano, anglicano, metodista ou da Igreja Reformada tem igual significação e procura, desde tenra idade, a integração no seio da Igreja respetiva.
Como ateu entendo que o batismo do lactente, da criança ou do adolescente não se deve praticar por dificultar a autodeterminação religiosa do adulto, mas defendo que cabe aos pais o direito de cujo exercício discordo. Judeus e muçulmanos têm um ritual iniciático mais tardio e cruento, a circuncisão, e todos pensam que a entrada na Religião é vitalícia e irrevogável, levando os islamitas o proselitismo ao ponto de a tornarem efetiva com a separação da cabeça do tronco, no caso de apostasia, um direito inalienável de todos os cidadãos.
Quanto à diminuição drástica do número de batismos em Portugal, considero três razões que enumero por ordem decrescente de importância quantitativa. Em primeiro lugar, a rápida redução da natalidade cujas razões são complexas e irrelevantes para este tema.
Em segundo, a progressiva secularização da sociedade com redução marcada da prática religiosa e dos constrangimentos sociais favorecidos pela concentração da população em meios urbanos.
E, finalmente, o empobrecimento acelerado das pessoas. A falta de recursos financeiros, praticamente desnecessários para o batismo, são essenciais para o batizado. O padre não recusa o batismo à criança de um pobre, mas este deixa de o festejar com a festa que lhe está associada, sem vitualhas necessárias, para que à liturgia pia se associe a festa pagã que, em conjunto, constituem o batizado.
Foi esta reflexão que faltou fazer e cuja opinião do padre católico teria sido interessante.
Texto da autoria de George Carlin, enviado por Paulo Franco
O que mais se ouve, no debate sobre o aborto, é uma afirmação chamada “santidade da vida”. Acreditam nisso? Pessoalmente acho que é um monte de tretas.
A vida é sagrada? Quem disse? Deus? Se você olhar para a História, vai ver que Deus é uma das principais causas de morte. Tem sido assim durante milhares de anos. Hindus, Muçulmanos, Judeus, Cristãos matando-se uns aos outros porque Deus lhes disse que era uma boa ideia. “A espada de Deus”, “O sangue do cordeiro”, “A vingança é minha”. Milhões de filhos da p…… mortos. Milhões de filhos da p…… mortos, e tudo porque deram a resposta errada sobre Deus. -“Acredita em Deus? – Não. Pum, morra. Acredita em Deus? – Sim. Acredita no meu Deus? Não. Pum, morra. O meu Deus é melhor do que o teu Deus.
Durante milhares de anos, as maiores e mais ferozes guerras, as mais brutais e sangrentas, foram baseadas na intolerância religiosa, o que é ótimo para mim pois quando os crentes se matam uns aos outros, eu rolo no chão de tanta alegria. Então não me venha para mim com esse papo furado da “Santidade da vida”. Sabem como surgiu essa história da “Santidade da vida”? Nós a inventamos, e sabe porquê? Porque estamos vivos. Interesse próprio, é claro. O Homem cego pelo seu egocentrismo. Os vivos têm muito interesse em promover a ideia de que a vida é sagrada. Não vemos o Mussolini, ou o JFK, nem o Elvis Presley por aí a espalhar essa baboseira de que a vida é sagrada.
Nem uma palavrinha. Isto porque Mussolini, JFK, e o Elvis estão mortos. Isto só interessa aos vivos.
Tudo isto parte de uma perspetiva unilateral. É o que mais nos convém. É uma daquelas coisas que dizemos para nos sentirmos nobres.
“A vida é sagrada” faz-nos sentir nobres. Além disso, tem outro lado curioso. “A Santidade da vida” não se aplica às células cancerígenas, certo? Você nunca vê num para-brisas um adesivo dizendo “Salvem os tumores” ou “Lutemos pelo progresso do melanoma”.
Não, vírus, bolor, mofo, ervas daninhas, fungos, coliformes fecais, chatos e bactérias infeciosas não têm nada de sagrado. Todas estas manifestações de vida não parecem merecer do mesmo padrão de nobreza que os Humanos, no entanto são igualmente formas de vida. “A santidade da vida” apenas se aplica a um universo restrito, e seleto, por sinal.
Podemos decidir quais são as formas de vida que consideramos sagradas e eliminar o resto. Um negócio bem interessante, hein? Está vendo agora? NÓS É QUE INVENTAMOS ISSO TUDO!!!
“Quanto mais estudo as religiões, mais estou convencido que o Homem nunca adorou nada além dele mesmo”. Richard Francis Burton.
“Acreditar é mais fácil do que pensar. Daí existirem muito mais crentes que pensadores.” Bruce Calvert.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.