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Categoria: Ateísmo

23 de Junho, 2015 Carlos Esperança

E os homens criaram deus…

Quando os homens criaram Deus, era o medo do desconhecido, a ignorância da ciência, a dor sem remédio, a doença sem cura, as epidemias sem explicação, a imaginar um ser, à sua imagem e semelhança, capaz de os proteger em troca do pior de que eram capazes.

Sacrificaram-lhe filhos, animais e bem-estar. Criaram exigências tolas para satisfazer o mito e foram infelizes na parva ilusão de que fariam feliz o imaginado carrasco.

A ignorância foi sendo vencida e o medo, a mãe de todos os medos, o medo da morte, é a derradeira justificação para o ser hipotético que continua a exigir que os homens se lhe ajoelhem como se tal indignidade fosse a forma de honrar quem quer que seja.

As religiões são multinacionais organizadas em torno da fé e detonadoras de ódios que todos os totalitarismos destilam. Têm funcionários e torturadores amestrados.

O Diabo é a antítese dialética da mais infeliz das criações humanas. O homem é o único animal que reza e nenhum outro se sujeita a atos ridículos de adoração.

Será a religião necessária? As necessidades criam-se. Bom proveito aos crentes mas não queiram que o deus de cada um de vós seja o algoz de todos e cada um de nós.

22 de Junho, 2015 Carlos Esperança

Crucifixo assassino

Em Cerdeña, Itália, em junho de 2005, uma mulher que assistia à missa em honra do patrono local, S. Lourenço, morreu ao cair-lhe em cima um crucifixo acompanhado de um pedaço da cornija da igreja.

A vítima, de 38 anos, assistia à missa com os seus dois filhos, um de nove anos e outro de ano e meio, quando o crucifixo a atingiu bruscamente.

Dada a afluência de fiéis, a malograda devota assistia à missa no exterior do templo, como muitas outras pessoas, quando parte da cornija e o crucifixo se soltaram da fachada, provocando-lhe morte instantânea.

19 de Junho, 2015 Carlos Esperança

As mutações de Deus

Enquanto o reino animal, ao longo da história, sofreu alterações genéticas que melhoraram as espécies e transformaram o género humano em seres cada vez mais evoluídos, Deus sofreu mutações que o fizeram regredir e o tornaram pior.

As mutações divinas que empobreceram o produto original foram introduzidas pelos charlatães que fabricam Deus, sem terem em conta os benefícios das clientelas, olhando aos seus interesses exclusivos.

O Islão clonou o Deus judaico-cristão, sem conhecer a cultura helénica nem o direito romano. Produziu um aborto que o profeta Maomé, analfabeto e rude, converteu num perigoso inimigo da humanidade e em violento fator de retrocesso civilizacional.

Para piorar as coisas, Deus, per se um produto defeituoso, ficou nas mãos dos clérigos cujo poder e importância dependem da subserviência dos fiéis, da autoridade que conseguem impor e do terror que infundem.

É este o dilema da civilização: ou afasta o clero do poder ou perde os homens para a modernidade, a democracia e o progresso. Deus está a mais num processo de transformação social. É um elemento perturbador da felicidade humana.

18 de Junho, 2015 Carlos Esperança

Aniversário da morte de um ateu

 

No 5.º aniversário da morte do maior ficcionista português de todos os tempos, o Nobel do nosso orgulho e contentamento:

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14 de Junho, 2015 Carlos Esperança

Cristo e Maomé

Naquele tempo o anjo Gabriel era o alcoviteiro de serviço. Foi ele que anunciou a Maria a gravidez que já sabia. Foi ele também que, seis séculos depois, comunicou a Maomé a sua missão.

Os anjos viviam muito tempo embora poucos conhecessem a notoriedade, levando uma existência discreta e anódina. Gabriel distinguiu-se. Fora criado por judeus, que criavam anjos como o João Paulo II criava santos, que acreditavam em milagres com a mesma fé com que alguns padres rurais acreditam na existência de Deus.

Maomé nasceu em Meca durante o ano de 571 e viria a morrer em Medina em 632. O Corão e as agências de turismo fizeram santas as duas cidades e há períodos do ano em que uma chusma de fanáticos aí acorre, apesar dos perigos que os espreitam.

Muito parecidas com as largadas de touros, um espetáculo ainda em uso no concelho do Sabugal e noutras localidades portuguesas, as peregrinações têm perigos idênticos. O apedrejamento ao Diabo, um ódio transmitido de geração em geração, salda-se sempre por várias mortes enquanto o Diabo fica incólume, à espera do próximo apedrejamento.

Maomé teve uma vida pouco recomendável, um casamento com uma menina de seis anos, coisa que a Igreja católica também não via com maus olhos, e um casamento com a rica viúva Cadija cuja fortuna lhe permitiu dedicar-se à guerra, à religião e ao plágio grosseiro do cristianismo mesclado com judaísmo rudimentar.

Depois aconteceu-lhe o mesmo que a Cristo. Começou a ser adorado, correu o boato de que tinha nascido circuncidado, de que tinha ouvido Deus, de que foi para o Paraíso em corpo e alma, enfim, aquele conjunto de coisas idiotas que se atribuem aos profetas.

Hoje já ninguém pergunta se tomavam banho, sofriam prisão de ventre ou eram vítimas das salmonelas, se urinavam virados para Meca ou para o Vaticano, que hábitos sexuais ou manifestações de lascívia tinham.

Cristo e Maomé são hoje cadáveres adorados e os incréus cadáveres desejados pela fé.

6 de Junho, 2015 Carlos Esperança

Milagres

 

Por

João Pedro Moura

As historietas taumatúrgicas são o principal sucesso da Igreja católica, um garante de pingues proventos e uma boa maneira de prolongar a sua influência…

Todavia, a taumaturgia levanta inúmeros quesitos, a que os crédulos nunca poderão dar resposta e a sua igreja também não, até porque não convém…

  • Como é que os taumaturgos manifestam poder “milagroso” e “curativo” no lastimoso estado de defuntos em vez do glorioso estado de… vivos???!!!
  • Que estado é esse, o dos milagreiros defuntos, em que, depois de serem decompostos e no estado de podridão ou mesmo de meras ossamentas ou outros vestígios, em eventual relicário purpurado, manifestam uma potência tal capaz de operar prodígios taumatúrgicos, mas nunca prodígios cirúrgicos… ao vivo???!!!
  • Para se poder ratificar um milagre, nas condições descritas pelos crédulos, tem de se, previamente, explicitar e demonstrar o estado operacional do taumaturgo… defunto…

Ora, quais são os tratados teológicos da Igreja católica que evidenciem esse estado de vitalidade desconcertante, por parte de certos funcionários seus, em versão defunta e capazes de curar, divinalmente, tratados esses que, assim, ratifiquem tais prodígios miraculosos???!!!

Não havendo tais tratados elucidativos, como é que se pode atribuir essa taumaturgia???!!!

  • Por que é que a Igreja católica apenas costuma validar 1 ou 2 supostos milagres, atribuídos a um qualquer dos seus serventuários, mas pretere, desinteressando-se por validar, outros supostos e numerosos “milagres”, atribuídos pelo povo a esses serventuários clericais???!!!
  • Por que é que os taumaturgos fazem milagres apenas raramente e não acedem sistematicamente às impetrações constantes dos seus apaniguados???!!!

A existência de inúmeros santos, em santuários, peregrinações e impetrações, implicaria a ocorrência de constantes fenómenos de “milagres”, em determinadas áreas, e sua projeção mediática,  concomitante.  Contudo, tal não ocorre, pois que a comunicação social nada assinala de relevante.

Assim, por que é que tais taumaturgos não manifestam os seus prodigiosos poderes, frequentemente, mas só rarissimamente???!!!

  • O que acontece, posteriormente, ao miraculado? Vive perpetuamente, nunca mais volta a sofrer do mesmo mal, vive prolongadamente muito mais tempo que as outras pessoas não miraculadas… ou morre como os outros???!!!

Decorrentemente, por que é que morre como os outros, portanto, duma doença ou acidente qualquer, e não mais é agraciado com milagres???!!!

4 de Junho, 2015 Carlos Esperança

Nós já ganhamos muitas vezes o Euromilhões

Por
Paulo Franco

Para que nós pudéssemos ter uma noção da incrível sorte que temos em simplesmente existir, talvez fosse conveniente recorrermos àquela área da matemática que analisa o grau de probabilidade de uma determinada coisa poder vir a acontecer. Por exemplo: para ganhar o euromilhões, um apostador tem uma probabilidade de acertar contra 116 531 800 de errar. Para utilizarmos o mesmo método de calculo para encontrar um número aproximado das probabilidades de existir vida no planeta Terra, teríamos que recuar no tempo até ao momento que se deu o big-bang há 14/15 biliões de anos e, aí, fazermos o cálculo de quais as probabilidades de, do caos completo que foi essa gigantesca explosão, 10 biliões de anos depois surgir um planeta com condições favoráveis ao aparecimento de vida.

Depois de chegarmos a um número, certamente astronómico, que possa ser representativo das probabilidades aproximadas de o universo poder criar um planeta
com possibilidades de criar vida, e esse planeta ser precisamente o nosso, poderíamos depois tentar especular sobre as probabilidades de, existindo vida no planeta Terra, como poderia sobreviver a mais de 3 mil milhões de anos de terramotos; erupções vulcânicas; ar poluído por gases venenosos expelidos pelos vulcões; movimento das placas tectónicas; movimento dos continentes; raios solares ultravioletas; tempestades solares; tempestades magnéticas; tempestades ciclónicas; inversão magnética dos polos; bombardeamento consecutivo de meteoros, cometas e asteroides; inundações gigantescas; maremotos; tsunamis; incêndios globais; erosão dos solos; raios cósmicos e eras glaciares consecutivas.

Depois teríamos ainda de calcular as probabilidades de, tendo o processo evolutivo da vida na Terra caminhado sempre no sentido de criar seres cada vez mais complexos,
quais seriam as probabilidades de virem a surgir seres inteligentes. Imaginem a quantidade incomensurável de variáveis que teremos de ter em conta! Todas as variáveis que foram, de alguma forma, responsáveis pela extinção de alguma espécie, terão inevitavelmente de constar desta nossa complicadíssima equação. Não podemos esquecer que já se extinguiram mais de 90 % das espécies que alguma vez existiram na Terra.

Quase todos os seres humanos são fruto de uma relação sexual, e consequentemente, de uma ejaculação. Talvez não gostemos muito da imagem mental que isso nos
proporciona, mas a verdade é que cada um de nós é o resultado de uma ejaculação. Um homem saudável normal, em média, expele entre 20 milhões a 100 milhões de espermatozoides em cada ejaculação; cada um de nós é o resultado que derivou do espermatozoide vencedor. Imaginem a probabilidade inacreditavelmente pequena de sermos nós a estar aqui tendo em conta que todos os nossos antepassados são resultado de um espermatozoide vencedor e se, por mera casualidade, apenas um desses antepassados (que são vários milhões) não tivesse sido ele, mas sim um outro no lugar dele, a ser o “vencedor”, simplesmente não seriamos nós a estarmos aqui mas sim alguém em nosso lugar.

Imaginem a quantidade astronómica de variáveis que se tiveram de conjugar na perfeição para que sejamos nós a estarmos vivos e não uma outra pessoa no nosso lugar.

Nós, para sermos dignos da existência, temos a obrigação de reconhecermos o incrível privilégio que nos foi proporcionado por todos os eventos aleatórios e caóticos do passado de cuja conjugação resultou na nossa existência.

Infelizmente não detenho o talento de exprimir com a clareza necessária todos os argumentos que possam demonstrar o quanto nós somos sortudos por existirmos.

Sempre que oiço dizer que uma pessoa se suicidou, sem menosprezar o sofrimento envolvido no terrível evento, interrogo-me com tristeza se essa pessoa terá verdadeiramente medido o valor que tinha a sua vida, e se terá tido noção do quanto improvável era ela alguma vez ter existido.

E quando uma pessoa religiosa defende que a vida só tem sentido se existir vida eterna, eu estabeleço de imediato um paralelismo com o cúmulo da ingratidão e da
incompreensão que pode ser simbolizada na seguinte metáfora: “Eu já ganhei 10 vezes o Euromilhões, mas só serei feliz se o ganhar 1000 vezes.”

A religião é, talvez, a maior prova de que Nós ainda não compreendemos bem a sorte que temos em existir.

“Quanto menos inteligente um Homem é, menos misteriosa lhe parece a existência”. (Arthur Schopenhauer)

31 de Maio, 2015 Carlos Esperança

Estatísticas

No mais recente censo realizado em Portugal (2011), o total dos 8 989 849 inquiridos surge assim distribuído (por ordem decrescente):

Católicos – 7 281 887
Não Sabe/Não Responde – 744 874
Sem Religião – 615 332
Outros Cristãos (que não católicos, ortodoxos ou protestantes) – 163 338
Protestantes – 75 571
Ortodoxos – 56 550
Outros Não Cristãos (que não judeus ou muçulmanos) – 28 596
Muçulmanos – 20 640
Judeus – 3061

Diário de uns Ateus – E sabe-se como é mais fácil e lucrativo dizer que se é católico.