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Categoria: AAP

6 de Agosto, 2014 Carlos Esperança

Resposta ao Sr. Irmão

Exmo. Senhor Ir. Pedro José Martins:

Com toda a consideração humana que tenho, por quem quer que seja, não discuto com quem me trata por «irmão em Jesus Cristo» e cita manuais que, para não ofender, me dispenso de dizer o que penso deles.

Cumprimentos

( e não saudações ateístas, como faço para os amigos)

de

Carlos Esperança

18 de Julho, 2014 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP) na TVI

Por

Jorge Madeira Mendes

No programa da TVI «Você na TV», de 17 de julho último, foram manifestas as contradições do «campo» pró-batismo. Desde logo, o argumento, defendido por alguns entrevistados, de que os pais devem tomar a iniciativa de batizar os filhos na sua mais tenra idade, comparando tal iniciativa com o ato de os mandar para a escola, em que não se aguarda a aprovação dos visados.

Esta comparação é descabida: a escola destina-se a incutir conhecimentos científicos e educação cívica, o que nada tem a ver com doutrinação em crenças e dogmas de fé.

Por outro lado, a afirmação do padre presente no debate (Avelino, creio) de que o batismo é um ato de amor por parte dos pais, porque assim integram os filhos na «Casa de Deus»:
Em primeiro lugar, nem sempre os pais batizam os filhos por sua livre vontade. Quantas vezes não o fazem por simples inércia, por fidelidade a uma tradição que julgam inócua… Quantas vezes não o fazem (ou, pelo menos, faziam) por pressão social, por receio de represálias: foi o meu caso, pois as freiras a quem o Estado tinha adjudicado o ensino na escola oficial da localidade do interior de Moçambique onde passei a infância ameaçaram não nos aceitarem no ano letivo seguinte se eu e o meu irmão não nos batizássemos (e o meu pai, apesar do seu anticlericalismo, preferiu não entrar em confronto com as «forças vivas» locais).

Mas, mesmo quando os pais batizam os filhos de livre vontade e em toda a boa fé (ou seja, no tal «ato de amor»), jamais essa decisão pode condicionar as futuras opções dos batizados: também há pais que, com a melhor das intenções, inscrevem os filhos, à nascença, em clubes desportivos e até em partidos políticos; faltaria que tais gestos imprimissem uma obrigação irrevogável sobre os filhos.

Ora, a qualquer cidadão que, à sua nascença ou na sua infância (mas, em todo o caso, à revelia da sua vontade), tenha sido inscrito como membro de um clube desportivo ou de um partido político, assiste, na sua maioridade, o direito de prosseguir livremente a pertença a tais agremiações ou, pelo contrário, de a repudiar; de modo idêntico, aqueles que são batizados (e, consequentemente, filiados na agremiação que dá pelo nome de Igreja Católica Apostólica Romana), numa fase da vida em que não têm capacidade para a livre formulação de escolhas, deveriam, na sua maioridade, ter o direito de anular tal inscrição.

Disse ainda o padre Avelino que o «desbatismo» é inviável porquanto, se se eliminasse a página de um registo de batismo, automaticamente se destruiria um outro registo constante do verso da mesma folha. Argumento ridículo: em qualquer situação deste género, inclusive nos livros do registo civil, há espaços para adendas, em atenção a eventuais alterações na situação do inscrito. Por isso, para «desbatizar» alguém, bastaria acrescentar, no correspondente registo, uma pequena nota do tipo «renunciou ao batismo, de livre vontade, na data de…»; ou até passar um simples risco sobre o texto, desse modo não danificando qualquer outro registo constante da página oposta e referente a outro cidadão que, de sua livre vontade, pretendesse continuar a ser ovelha no rebanho da ICAR (os termos «ovelha» e «rebanho» não são sarcasmo meu: pertencem à nomenclatura da própria ICAR).

Mas, claro, à Igreja não interessa cumprir estes mínimos de probidade, porque «desbatizar» alguém implica diminuir os efetivos teóricos das suas hostes, efetivos esses que, empolados, lhe permitem vangloriar-se como organização maioritária no seu ramo (e, por aí, reivindicar privilégios).

E se as instituições eclesiásticas do mundo ocidental, designadamente a Igreja Católica, passaram da atitude intimidatória e prepotente (o deus-ira, o temor, a submissão, o inferno de labaredas eternas, como referiu o próprio apresentador do programa, Manuel Luís Goucha) para o discurso suave e manso de agora, com tónica na «humanidade», no «perdão», no «amor», etc., essa evolução não deve ser vista como inerentemente virtuosa, mas antes como uma tática para a consecução dos fins supremos que as instituições eclesiásticas sempre visam: o controlo da massa social. Se lhes facultam poderes para tal, impõem-se, pela força, pela prepotência; quando as sociedades evoluem e os tempos reduzem as vias da discricionariedade, adotam artimanhas hipócritas (como, por exemplo, papas popularuchos, tipo João Paulo II ou o atual Francisco) — mas o fim é sempre o mesmo: dominar as mentes.

Como todas as organizações vocacionalmente totalitárias, a Igreja Católica só não continua a exercer hoje um papel idêntico ao do Islão nas sociedades onde este é maioritário porque a evolução das sociedades ocidentais lhe impôs uma delimitação (ainda que relativa) da sua ação.

17 de Julho, 2014 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP)

O padre e eu – TVI – 17-07-2014

Hoje estive mais de duas horas à conversa com um padre católico. Não é inédito, tenho padres amigos, mas não é frequente.

É um homem de 62 anos, afável, que andou mundo, de Timor à Bósnia, tenente-coronel capelão, conservador e tolerante.

Foi nos estúdios da TVI que nos demos a conhecer e, só os dois, ouvi dele confidências que não tenho o direito de revelar, nada que o diminua, apenas pela dúvida de ser assim a sua Igreja, embora polissémica.

No estúdio em direto, fiel às idiossincrasias eclesiásticas, julgou adivinhar o que pensa um ateu mas foi na negação desse Deus do Levítico e do Deuteronómio que vi que era uma pessoa de bem. Quando disse desse Deus da Igreja que é dele «essa não é minha Igreja», esqueceu a doutrina mas libertou o homem bom.

Não lhe ocorreram dois parágrafos do catecismo, em vigor, da Igreja católica:

«§121 – O Antigo Testamento é uma parte indispensável das Sagradas Escrituras. Os seus livros são divinamente inspirados e conservam um valor permanente, pois a Antiga Aliança nunca foi revogada».

«§123 – Os cristãos veneram o Antigo Testamento como a verdadeira Palavra de Deus. A Igreja sempre rechaçou vigorosamente a ideia de rejeitar o Antigo Testamento sob o pretexto de que o Novo Testamento o teria feito caducar».

É na heresia que os homens se entendem, sem o vírus da fé a separá-los. Foi-me grato o abraço espontâneo do padre católico, assoberbado com quatro missas diárias, mais uma do que é a permissão habitual. É um homem bom, não precisava da liturgia.

Falou da alegria da mãe dele a batizá-lo bebé, tal como um amigo meu a inscrever na Académica o primeiro neto, no dia do nascimento.

16 de Julho, 2014 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP)

Aproveito para informar os meus amigos de que estarei, amanhã, quinta-feira, dia 17, na TVI a opinar sobre o batismo das crianças, no programa matinal «Você», programa que nunca vi.

Desde já adianto que sou contra a matrícula de crianças em religiões, clubes de futebol ou outras associações, mas defendo o direito dos pais a exercê-lo.

27 de Fevereiro, 2014 Carlos Esperança

Pedidos de desbatização (AAP) – email de um ateu

Olá.

Depois de ler essa notícia [pedido de desbatização, SOL], talvez valha a pena relatar o meu caso: há um par de anos mandei a declaração de apostasia que estava no site a AAP e tudo correu lindamente: recebi pouco tempo depois a confirmação do pároco, tudo em termos cordiais. Foi na paróquia de Loures, para que conste.

Um abraço do Luís M.

8 de Fevereiro, 2014 Carlos Esperança

O que pode a superstição

Uma das muitas cartas dirigidas à Associação Ateísta Portuguesa (AAP). Por pudor não publicamos o nome completo.

«Muito boa noite,

o meu nome é Mariana M…… sou uma jovem de 22 anos e bastante católica (espero desde já não perder por isso).
Queria com este e-mail informar que li alguns dos artigos do vosso site e do meu ponto de vista os assuntos são debatidos com um extremismo desnecessário, por exemplo o artigo que fala sobre as testemulhas de Jeová que devem expulsar familiares que percam a fé está e devo realçar- Muito muito exagerado no conteúdo.Eles na prática nao o fazem. Dizer que fazem isso é o mesmo que dizer que a lei portuguesa se aplica 100% na pratica e nós sabemos que isso n é verdade. Há sempre nuances que na prática são lei morta. Eu sei isto porque a minha irmã estudou direito e muitas vezes o refere. Por falar na minha irma devo ainda informar que ela era ataeia e agora é Mulculmana, o meu Pai pouco acredita em Deus e a minha sogra é testemunha de Jeová, e portanto penso que estou qualificada o suficiente para dizer o que vou dizer a seguir:

Oiçam eu sei que não acreditam em Deus e que acham que religião é coisa ultrapassada. Eu costumava não acreditar em Deus viver a minha vidinha apenas em carne e osso e preocupar-me com os meus problemas….Até que..um dia perto do natal de 2008 eu…pela primeira vez em anos eu lembrei-me de Deus. Como alguém que se lembra de uma recordação de infância de à muito muito tempo atrás e de repente isso fez-me sentir confortável.
Devo dizer que foi o melhor dia do resto da minha vida- eu abri a porta nesse di.! Tal como Jesus disse: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo.” O próprio Cristo quando veio ao mundo foi rejeitado e mesmo realizando milagres havia homens que duvidavam Dele. Hoje em dia é igual!!! em 2000 anos nada mudou!!!
O que eu pretendo com isto tudo? Pretendo que as pessoas que hoje continuam a nao acreditar saibam ver as coisas sem extremismo, bem sei que o ateu se sente confortavel na sua posição, que ele sabe que a vida vai acabar e tenta aproveitar cada dia, que ele vive o presente a as pessoa à sua volta. Mas devo acrescentar…
O mundo está todo tão tão lixado tão “f” e nao ha maneira de fugir da conclusão que foram homens e mulheres que o puseram com está e continuam a por todos os dias pior e..bem…eu só penso…Se as pessoas conheçers«cem Deus, se as pessoas dispenssasem só 1 min por dia a pensar Nele antes de adormeçer. o quanto Ele nos maa e nos quer bem e quer que deia-mos bem uns com os outros… e sentissem o conforto que eu senti naquele dia imagine-se o que o mundo poderia ser?

E só mais uma coisa eu sei que me estou a alongar mas nao consigo deixar de referir que…Nao vivo mais sozinha, nao vivo mais por mim, agora é Cristo que vive em mim, e Ele é o meu melhor amigo, Ele nunca me deixa mesmo quando toda a gente o faz e Ele tem feito tantos milagres por mim:
1. EPela fé em Cristo a minha mãe curou-se de um tumos de 8KG- JURO QUE NAO ESTOU A BRINCAR OS MEDICOS DIZIAM QUE AQUILO TINHA UM PROGNOSTICO MUITO COMPLICADO DE DETERMINAR E IA SER DIFICIL!!!

2. Encontrei o homem dos meus sonhos após dois meses a rezar por um homem que tivesse um carater e personalidade de acordo com os meus e 2 meses epis, sem eu sequer fazer por isso conheçi-o. DEUS DEU-ME MUITO MAIS DO QUE EU PEDI, A SERIO ATÉ ARREPIA hoje sei que vou casar com a pessoa que Ele me reservou (sim o homem em questao é 12 anos mais velho que eu e nunca casou porque conheçeu muitas raparigas e nunca encontrou o que queria – também nao acreditava mais em encontrar alguem que tivesse as usas ideias e opinioes e gostasse do que ele gosta – bem isso nao foi muito dificil para Deus porque nós moramos a 500m um do outro sem NUNCA nos termos conheçido Deus só teve de pegar em duas pessoas proximas que queriam o mesmo e junta-las naquele dia.
3. Estava desempregada há 5 ou 6 meses e após muito rezar descobri uma pessoa que tem contactos com uma empresa onde eu posso ter um trabalho que é a minha cara. Coincidencia mais uma vez!?!? NAO. nao acredito! MAIS UMA VEZ EU NAO FIZ DE PROPOSITO PARA CONHEÇER ESTA PESSOA EU SIMPLESMENTE DEIXEI-ME DEPENDER DE DEUS P CONSEGUIR EMPREGO.DEPENDER DELE COMO OS MEUS PULMOES DEPENDEM DE AR e Ele respondeu através desta pessoa. Isto porque Deus fala através de pessoas aconteçimentos e situaçoes na nossa vida.
Este é oo meu testemunho EU CONFIEI EM DEUS e nao usei NENHUNS recursos humanos para conseguir estas 3 coisas. APENAS TIVE FÉ, MUITA FÉ NELE. CONSEGUI TUDO O QUE QUERIA SEM EU FAZER ABSOLUTAMENTE NADA DE FORMA HUMANA, ENTAO
COMO PODIAM TER ACONTECIDO ESTAS COISAS SE NAO FOSSE ATRAVÉS DELE? ESTAS 3 VEZES EU ESTAVA DESAMPARADA MAS APOSTEI TUDO EM COMO DEUS ME AJUDARIA, ESPEREI NELE E DEUS RECOMPENSOU A MINHA FÉ.
Eu fiz uma promessa a miM própria que contaria a toda a gente o que Ele fez por mim e que por onde fosse o mundo conheçeria o seu Nome. O DEUS SANTO E PODEROSO QUE A TODOS AMA E A TODOS OS CRENTES SOCORRE!

“Porque estás triste minha alma e te perturbas? Confia em Deus: Ainda o hei-de louvar” Salmo 116 (extrato)
“Provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele confia.”
Salmos 34:8

Espero sinceramente que voces possam esta noite perder 1 minuto a fantasiar que Deus existe só fantasiar por um bocadinho… Nao é abrir a porta é sóretirar as travancas da fechadura. só prometo uma coisa…quando acordarem amanha a vossa vida vai mudar tanto! vao encontrar o que eu encontrei: UMA VIDA CHEIA DE BENÇAOS COMO AS MINHAS, FELICIDADE E PLENITUDE COMO EU GARANTO NUNCA ANTES SENTIRAM. Também isto é dom de Deus.
O poder da oraçao é extraordinário. DEUS SEMPRE AGE EM FAVOR DOS QUE ESPERAM NELE SEM DUVIDAR.
ACREDITEM NISSO, SEI QUE PAREÇE LOUCURA MAS NAO É! DEUS EXISTE ELE SÓ AGUARDA QUE LHE ABRAM A PORTA P TRANSFORMAR TODA A VOSSA VIDA PARA MELHOR. TEM PROBLEMAS ? DEUS QUER AJUDAR.

Deus voa abençoe,

Mariana»