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Categoria: AAP

8 de Abril, 2015 Carlos Esperança

Debate civilizado

Escola Prof. Doutor Ferrer Correia – Debate com o padre Nuno Santos

Referida a impossibilidade teórica de o ateísmo ser uma crença, tal como não jogar futebol não ser desporto, o debate foi um exemplo de moderação e respeito mútuo, com o padre Nuno a manifestar a sua crença e eu, que não distingo a água benta da outra, a dizer que a descrença não depende de um ato da vontade.

É fácil num ambiente circunscrito concordar em objetivos comuns, com um único ponto de discórdia, o clérigo, doutorando em Teologia, a afirmar que se trata de uma ciência e o ateu a negar tal qualidade por lhe faltar o método e o objeto.

Foram duas horas cordiais, sem azedume ou ofensas, com a minguada plateia a aceitar opiniões divergentes. Sobrou em urbanidade o que faltou em picardia. O padre aceitou o facto de as religiões serem, ou terem sido, detonadoras de violências, tal como o ateu se referiu a violências de regimes ateus por razões políticas.

Ambos concordámos que a laicidade é um fator de liberdade, a única possibilidade de garantir a liberdade religiosa ou, mesmo, antirreligiosa.

Cumprimos o dever cívico de manifestar as convicções sem pretender conversões, com a benevolente moderação da Prof. Dr.ª Cristina Vieira.

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26 de Março, 2015 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP)

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Embaixador do Egito em Portugal
egyptembassyportugal@net.novis.pt

S. Exa. Amr Ramadan
Av. D. Vasco da Gama, 8
1400-128 LISBOA
Senhor Embaixador,

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP), dececionada com a condenação do estudante de engenharia, Karim Ashraf al-Banna, a 3 anos de prisão pelo «crime» de ser «ateu», vem manifestar-lhe o seu repúdio pela pena injusta contra um cidadão que se declarou ateu e o afirmou em redes sociais.

Sendo o Egito um país com uma História milenar, herdeiro de ricas tradições, com uma Constituição que protege «em absoluto» a liberdade de consciência, embora criminalize, paradoxalmente, o insulto a qualquer uma das três religiões monoteístas, não se compreende que o ateísmo possa ser considerado um «insulto às religiões».

Não sendo a crença, qualquer crença, um ato da vontade, como podem os tribunais, quer o de primeira instância ou o de recurso, condenar quem não acredita em Deus?

Em nome da liberdade e do livre-pensamento solicitamos a V. Ex.ª que transmita ao seu Governo o nosso perplexidade pela cruel e injusta decisão, esperando que a pena de um pacífico ateu seja revista e o estudante referido, com o qual a AAP se solidariza, seja libertado tão breve quanto possível.

Apresentando ao Sr. Embaixador os nossos cumprimentos, aguardamos que nos possa comunicar, logo que possível, a reparação da injustiça que fere os sentimentos humanos.

Direção da AAP

Odivelas, 25 de março de 2015-03-25

22 de Janeiro, 2015 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa

CHARLIE HEBDO

Chers Messieurs,

La barbarie semble être partout ; la démocratie et l’ensemble des droits et libertés qu’un régime républicain se doit d’assurer – notamment la liberté d’expression et la liberté d’opinion – sont en danger.

En tant qu’Association Athéiste Portugaise (AAP), fondée en 30 mai 2008 à Lisbonne, nous voulons démontrer notre engagement vis-à-vis de ces principes. C’est pourquoi la Direction de notre Association, a décidé à l’unanimité de vous adresser une contribution financière symbolique de 1 000 €.

Avec notre profonde solidarité, veuillez agréer, chers Messieurs, l’expression de nos sentiments les meilleurs.

A Direção da Associação Ateísta Portuguesa

Odivelas, le 22 Janvier de 2015

Annexe: Ci-joint vous trouverez le document concernant l’opération bancaire.

 

7 de Janeiro, 2015 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP)

Comunicado

  À Comunicação Social

 A Associação Ateísta Portuguesa (AAP), profundamente consternada com o crime hoje perpetrado contra a revista francesa Charlie Hebdo, repudia a violência e lavra o seu mais veemente protesto contra o crime sectário cometido contra a liberdade de expressão.

Manifestando à França e aos franceses, em especial aos mártires tombados na defesa da liberdade de expressão, a sua solidariedade, a AAP repudia a intolerância do fascismo islâmico que os assassinou.

Esperando que a laicidade, tão cara ao povo francês, continue o paradigma capaz de opor-se ao fanatismo religioso,

Solidariza-se com as famílias das vítimas, a França e os franceses.

Odivelas, 7 de janeiro de 2015

  1. A Direção da AAP
14 de Dezembro, 2014 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa – Há quem não tenha cura

From: Egídio Manuel Fialho Santos <egidiosantos@sapo.pt>
Subject: Reflexão

Message Body:
“Bom almoço. Vale mais um bom almoço do que a última ceia. Saudações ateístas.”

Foi o Sr. (?) Carlos Esperança que disse esta frase. Está bem lembrado. Talvez, quem sabe, quando tiver de comparecer perante Deus para ser julgado, tenha de vomitar o almoço que comeu no dia em que cometeu este sacrilégio. E sabe porquê?
Porque, quer queiram os ateus que Deus não existe, quer se queiram escamotear aos Seus juízos, não têm outra saída se não ter de enfrentar o Seu julgamento.

Eu ajudo almas de falecidos a entrar na paz de Deus, há vários anos – não sou espírita, sou católico – e já passaram por mim milhares de almas – diria, centenas de milhares de almas. Cito nomes de maçónicos, de ateus, de religiosos (incluindo padres e religiosos, bispos, cardeais e papas), artistas, actores, escritores, filósofos… políticos…

Cito alguns nomes: Albert Einstein, Leonardo da Vinci, Picasso, Amadeu de Souza Cardoso, Fernando Pessoa, António de Oliveira Salazar, Marechal Carmona, Américo Tomás, Rei D. Carlos e Rainha D. Amélia, …, D. Pedro e D. Inês, Rei Henrique VIII e rainha Isabel I, Princesa Diana e Doddy Al Fayed, Alexandre magno, Amália Rodrigues, Sofia de Mello Breyner Andersen, Artur Semedo, e muitos actores de cinema e de teatro, as almas das pessoas falecidas nos torres de Nova Iorque (21 crianças acompanhadas da alma do Padre Edward, no dia 7-2-2006, e ou grupo de mais de 2 mil almas acompanhadas pela alma de um Padre Paul, no dia 14-2-2006);Natália Correia e outros políticos, como Sá Carneiro e os outros companheiros falecidos no acidente de camarate,Salgado Zenha, os cantores António Variações e Carlos Paião,e milhares de religiosos de várias cogregações religiosas falecidos durante o terramoto de 1755, em Lisboa, Sebastião José de Carvalho e Mello (em Dezembro de 2005, que me falou de um grande terramoto que estará para acontecer e que virá a provocar a destruição de Lisboa ( e não só): “Ai, minha Lisboa, cidade que eu tanto amei, que vais ser destruída novamente!” E muitas almas de crianças abortadas… e um sem número de almas que não posso enumerar nem mencionar…

E vós não acreditais na vida depois da morte! É isto que vos vai acontecer, bem como a todos os que chegarem ao fim desta vida na Terra.

Não há Deus? Leiam, por exemplo, o que se refere ao recente ( de poucos anos)milagre eucarístico de Buenos Aires, leiam o que se refere à incontestável prova da realidade divina na manifestação de Nossa Senhora de Guadalupe (cuja festa litúrgica se comemora hoje, 12 de dezembro)… Quantos sinais de milagres que a ciência não pode deixar de atestar!…

Os ateistas pelo mundo parecem-se como as virgens com medo de ser desfloradas, só vêem aquilo que lhes interessa e recusam aceitar a verdade e a realidade e os direitos dos outros; acusam-nos de proselitismo e os ateistas são o quê? Defensores da liberdade, mas apenas da liberdade que lhes interessa.

Não está em causa a crítica aos privilégios da Igreja Católica, aqui ou acolá, pois todos devem ser tratados por igual, perante a lei, tanto mais que é bom não esquecer a célebre frase de Jesus: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus!”, sinal de que, para Jesus, Igreja e Estado são duas coisas diferentes.

Eu, como católico, não tenho receio das diferentes religiões nem as critico, só critico e abomino o fanatismo seja em que religião for.

Mas de uma coisa tenham a certeza: ninguém escapa ao olhar de Deus! A maior parte das pessoas esquecem que Deus é misericórdia e fogem dEle como o diabo da cruz. Os ateus não fogem: querem apenas enganar-se a si mesmos! Ninguém pode falar de Deus nem conhecê-lO a não ser pelo dom da fé. Não é pela inteligência de cada um; mas a fé é um dom superior à inteligência que até a ilumina e a engrandece.

Com os melhores cumprimentos

Egídio Santos

9 de Dezembro, 2014 Carlos Esperança

A propósito do ateísmo

Há quem não compreenda que o ateísmo é uma opção filosófica de quem se assume responsável pelos seus atos; de quem respeita a vida, única e irrepetível, a sua e a dos outros; de quem defende a razão e confia na ciência para elaborar modelos de racionalidade, sem recurso a um ser hipotético ou à esperança de outra vida para além da morte.

Há quem não veja que o Deus abraâmico foi fruto dos patriarcas tribais que, na Idade do Bronze, o criaram à sua imagem e semelhança: violento, xenófobo, homofóbico, misógino e vingativo.

Há quem recuse o direito de não acreditar em afirmações sem provas e de sentir repulsa pela crueldade dos homens da Idade do Bronze, crueldade atribuída ao deus criado à sua imagem e semelhança, quando hoje a tolerância e o humanismo se vão impondo.

Há quem não repare que cada religião considera falsa todas as outras e o deus de cada uma delas, no que certamente têm razão, e que os ateus só consideram falsa mais uma religião e um deus mais, tornando-nos a todos, de certo modo, ateus.

Há quem não admita que todos somos ateus em relação a Zeus, Afrodite, Ísis ou ao Boi Ápis e que os deuses de hoje poderão um dia ser estudados na mitologia.

Há quem pense que o único deus verdadeiro é aquele que lhe ensinaram em criança e que há um Paraíso à espera de quem troca a vida por um mito, a felicidade pela oração e a compaixão pela guerra.

Há quem não saiba que a defesa dos crentes e descrentes não exclui combater as crenças que sustentam a discriminação de género, o ódio, as mutilações, as torturas, as guerras e as crenças num Paraíso para quem execute as patifarias do deus com que o intoxicaram.

Não se podem esquecer factos, por muito que desgostem os crentes. Sem islamismo não haveria Estado Islâmico nem o rapto de crianças cristãs da Nigéria, feitas escravas. Não foram ateus, disfarçados de muçulmanos que as raptaram. Sem cristianismo não teria havido Cruzadas e sem judaísmo não haveria sionismo.

Vale mais um só artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos do que todas as páginas do Antigo Testamento.

«E se todos os homens do mundo quisessem dar-se as mãos…» (De uma balada de Paul Ford)

8 de Dezembro, 2014 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP)

R T P – 1

A convite da RTP, estarei hoje no programa Prós e Contras em representação da Associação Ateísta Portuguesa (AAP) onde espero, nos 5 minutos que me destinam, mostrar que o ateísmo é uma opção filosófica de quem não acredita em afirmações sem provas e confia na ciência para elaborar modelos de racionalidade.

13 de Setembro, 2014 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP)_AG

Associação Ateísta Portuguesa

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL

Ao abrigo do disposto no artigo 20º do «Regulamento Interno da Associação Ateísta Portuguesa» convoco todos os sócios da Associação Ateísta Portuguesa para uma Assembleia Geral a realizar no próximo dia 13 de setembro de 2014, sábado, pelas 14:00 Horas na Rua do Bemformoso, nº 50 – 1º andar, em Lisboa, e com a seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

1º- Informações.

2º- Aprovação do Relatório e Contas da Direção da Associação Ateísta Portuguesa» relativo ao biénio de 2012/2014;

3º- Apresentação das listas candidatas aos órgãos sociais da Associação Ateísta Portuguesa para o biénio de 2014/2016 que tenham sido entregues ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral ou enviadas para o endereço de correio eletrónico da Associação com a antecedência mínima de 24 horas da data da realização da Assembleia Geral, nos termos do disposto no artigo 22º do «Regulamento Interno da Associação Ateísta Portuguesa».

4º- Eleição dos órgãos sociais da Associação Ateísta Portuguesa, por voto direto, universal e secreto de todos os associados no pleno gozo dos seus direitos sociais, para o biénio de 2014/2016.

5º- Tomada de posse dos membros dos órgãos sociais eleitos;

6º- Aprovação do Orçamento da Direção da Associação Ateísta Portuguesa para o biénio de 2014/2016;

7º- Plano de atividades da Associação Ateísta Portuguesa;

8º- Outros assuntos de interesse geral da Associação;

Nota: se à hora da primeira convocatória não estiverem presentes pelo menos metade dos sócios na plenitude dos seus direitos associativos, de acordo com o disposto no n.º 3 do artigo 21º do «Regulamento Interno da Associação Ateísta Portuguesa», a Assembleia Geral da Associação Ateísta Portuguesa reunirá 30 minutos depois, no mesmo local e com a mesma ordem de trabalhos, funcionando com qualquer número de sócios que se encontrar presente.

Lisboa, 28 de julho de 2014

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

 

                                                                          Luís Grave Rodrigues

6 de Agosto, 2014 Carlos Esperança

Resposta ao Sr. Irmão

Exmo. Senhor Ir. Pedro José Martins:

Com toda a consideração humana que tenho, por quem quer que seja, não discuto com quem me trata por «irmão em Jesus Cristo» e cita manuais que, para não ofender, me dispenso de dizer o que penso deles.

Cumprimentos

( e não saudações ateístas, como faço para os amigos)

de

Carlos Esperança