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Categoria: AAP

23 de Junho, 2008 Carlos Esperança

Carta ao Diário de Coimbra

Resposta da Associação Ateísta Portuguesa (AAP) ao Bispo Emérito de Coimbra, João Alves

Na sequência do artigo publicado no Diário de Coimbra, no último Domingo, pelo Bispo Emérito, João Alves, sob o título «Elementos para o diálogo entre cristãos e ateus» vem a Associação Ateísta Portuguesa (AAP), pelas referências de que foi alvo, esclarecer o seguinte:

1 – A AAP foi criada ao abrigo do direito de associação, direito que o Sr. Bispo reconhece, «desde que os seus objectivos e as suas actuações respeitem o bem comum e os direitos legitimamente estabelecidos de cada cidadão e, também, os direitos da verdade»;

2 – Partilhamos com o Sr. Bispo o apreço pelo «bem comum e a verdade» mas discordamos da sua hipótese acerca do que é a verdade. Não vemos o ateísmo como um problema, não consideramos o Homem como artifício dos deuses e não é pela «exposição defeituosa da doutrina» que somos ateus;

3 – A AAP concorda com o Sr. Bispo quando afirma «ultrapassada a agressividade sectária e as actuações meramente ideológicas e preconceituosas carecidas de lucidez». Nesse sentido sugerimos que o diálogo não parta do princípio que o ateísmo é um problema nem que a religião do Sr. Bispo é a solução. Propomos dialogar em campo neutro, admitindo que todos podemos errar em matérias de facto, aceitando o direito de cada um aos seus juízos de valor e avaliando cada posição à luz dos seus méritos, pelo que sabemos aqui e agora e não pelo que especulamos acerca do Além; 

4 – O Sr. Bispo, cita a Gaudium et Spes que «…o ateísmo deve ser contado entre os fenómenos mais graves do nosso tempo…», afirma que o homem foi criado por Deus e informa que, na «Sexta-Feira Santa, [a Igreja católica] reza …em todo o mundo, pelos não crentes». Os ateus julgam mais provável que os homens tenham criado os deuses, pela diversidade evidente em ambos, e que nem o ateísmo é um problema nem a oração o método adequado para o resolver. Como um diálogo deve assentar no que une as duas partes em vez de partir daquilo que as separa, sugerimos como alicerces o direito à crença e à não crença e o dever de justificar afirmações de facto com evidências objectivas. Se não considerarmos a crença ou a sua falta como um mal a priori e se não basearmos argumentos em premissas especulativas acerca de quem criou o quê, podemos ter um diálogo genuíno que esclareça tanto quem intervenha como quem assista.

Apresento a V. Ex.ª as minhas cordiais saudações.

Odivelas, 22 de Junho de 2008

Pela Associação Ateísta Portuguesa

a) Carlos Esperança

16 de Junho, 2008 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP)

Aviso

 

A Assembleia-geral Constituinte, que procederá à eleição dos corpos sociais para o primeiro mandato da AAP, terá lugar em Lisboa, em local, data e hora a anunciar no Diário Ateísta e no Sítio da Associação Ateísta Portuguesa.

Os sócios serão avisados por mensagem electrónica.

A reunião efectuar-se-á num dos primeiros Sábados do próximo mês de Julho.

Serão eleitores todos os sócios fundadores, ou seja, os que já se inscreveram ou venham a inscrever-se até à data da Assembleia-geral.

Para proceder à inscrição basta enviar o nome completo, a morada e o endereço electrónico para

 [email protected]

ou, de preferência, para:

 [email protected]

CE

12 de Junho, 2008 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa vista de Fátima

Na manhã de 8 de Junho, em Fátima, o Sr. Serafim Ferreira e Silva, Bispo Emérito de Leiria-Fátima, comentou, durante a Eucaristia Dominical, a constituição da Associação Ateísta Portuguesa, tendo um gesto de humor, a que julgávamos avessos os prelados.

O bispo reformado, anterior titular da diocese onde se fabricou o milagre da D. Emília, senhora que passou a andar com dificuldade por intercessão de dois pastorinhos e morreu curada, pouco depois, declarou:

«De acordo com os órgãos de comunicação Social, a Associação Ateísta Portuguesa foi oficialmente constituída em 30 de Maio, em Lisboa, por cerca de meia centena de pessoas.

Participaram nesta Eucaristia Dominical em Fátima cerca de vinte e cinco mil peregrinos». 

Mas nós, ateus, não prometemos o Céu a ninguém nem ameaçamos com o Inferno. E não fazemos milagres para a assistência.

CE

3 de Junho, 2008 Mariana de Oliveira

Ateus, Agnósticos e cépticos criam primeira Associação Ateísta Portuguesa

Perto de uma centena de ateus, agnósticos e cépticos criaram a primeira Associação Ateísta Portuguesa (AAP) para divulgar esta «filosofia» de vida e combater a «discriminação e os preconceitos pessoais e sociais» de que dizem ser alvo.

A criação da associação coincide com uma «generalizada ofensiva clerical a que Portugal não ficou imune, apesar de o ateísmo não se definir pela mera oposição à religião e ao dogmatismo, em nome da liberdade, da igualdade e da defesa dos direitos individuais», refere a AAP.

Em declarações hoje à agência Lusa, o presidente da comissão instaladora da AAP, Carlos Esperança, disse que os ateus estão a ser «atacados publicamente, de forma violenta», nomeadamente pela religião católica.

«Foi o Papa Bento XVI e depois o Cardeal Patriarca, D. José Policarpo, que considerou o ateísmo o maior drama da humanidade», sublinhou Carlos Esperança.

Para os ateístas, «o grande drama da humanidade é a fome, a guerra, o analfabetismo e o terrorismo», justificou.  Carlos Esperança adiantou que a associação surgiu da necessidade da defesa da laicidade do Estado e de todas as correntes religiosas.

«Não podemos sofrer represálias por mudar de crença ou ser anti-crente», sustentou à Lusa.

A AAP defende «os interesses comuns a todos os que escolhem viver sem religião, defendendo o direito a essa escolha e a laicidade do Estado, e combatendo a discriminação e os preconceitos pessoais e sociais que possam desencorajar quem quiser libertar-se da religião que a sua tradição lhe impôs», conforme refere o «Manifesto Ateísta» da associação.

«O direito de não ter religião, ou de ser contra, é igual ao direito inalienável de crer, deixar de crer ou mudar de crença, sem medos, perseguições ou constrangimentos», sublinha o manifesto.

No «Manifesto Ateísta», a associação saúda ainda «todos os livres-prensadores: ateus, agnósticos e cépticos», que «dispensam qualquer deus para viverem e promoverem os valores da liberdade, do humanismo, da tolerância, da solidariedade e da paz».

«O direito de não ter religião, ou de ser contra, é igual ao direito inalienável de crer, deixar de crer ou mudar de crença, sem medos, perseguições ou constrangimentos», acrescenta.

Fonte: Sol, 03 de Junho de 2008.

1 de Junho, 2008 Carlos Esperança

ASSOCIAÇÃO ATEÍSTA PORTUGUESA

Os interessados que queiram ser sócios da Associação Ateísta Portuguesa (AAP) devem enviar o nome completo, morada e endereço electrónico para

[email protected]

ou

 [email protected]

A quota anual (não há jóia) é de 6 (seis) euros.

Todos os sócios que se inscreverem até à Assembleia-geral Constituinte (em que serão eleitos os corpos sociais) serão considerados sócios fundadores da AAP.

Apostila: Os nomes dos sócios outorgantes da escritura da Associação Ateísta Portuguesa são públicos mas os dos restantes sócios são confidenciais.