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Categoria: AAP

2 de Julho, 2009 Carlos Esperança

AAP – Resposta ao bispo Marcelino

A AAP respondeu a este artigo do bispo António Marcelino

Exmo. Senhor
Director António Silva
«Soberania do Povo»
Av. Dr. Eugénio Ribeiro, 89 – 3º Ap. 145
3750-146
ÁGUEDA

Senhor Director,

Com o pedido de publicação, na sequência do artigo “Uma influência pequena e residual! É isso que o povo pensa?”, publicado em 28 de Junho pelo bispo católico António Marcelino, no jornal de que V. Ex.ª é Director, vem a Associação Ateísta Portuguesa (AAP) agradecer a preocupação de mais um bispo português com o seu aniversário.

A AAP não comenta o tom encomiástico com que o Sr. Bispo se refere à sua Igreja nem o azedume que a AAP lhe provoca, pois a defesa da liberdade, incluindo naturalmente a religiosa, é um objectivo dos ateus, que se revêem na Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Apenas pretendemos comentar uma frase do Sr. Bispo em que junta duas afirmações produzidas em momentos diferentes do discurso proferido no aniversário da AAP:

«Em clima de aniversário festivo, foi dito pelo chefe de um grupo legalizado e que, livremente, se pro-clama ateu, que “é necessário um movimento ateísta para travar a exuberância da Igreja Católica, num país, Portugal, “onde a sua influência é já muito pequena, residual”».

1 – A Associação Ateísta Portuguesa tem os seus órgãos estatutários constituídos pelos membros eleitos e publicados no seu «site»;

2 – Os membros da AAP não têm «chefe de grupo» mas sim um presidente da direcção, semelhante ao que acontece com a Conferência Episcopal Portuguesa e, neste caso, com a singular diferença de os seus órgãos integrarem mulheres cuja igualdade é, para os ateus, uma exigência ética;

3 – O facto de livremente nos proclamarmos ateus é um direito constitucional e não uma regalia concedida pela Igreja católica que só reconheceu o direito à liberdade religiosa no concílio Vaticano II e tem antecedentes pouco tranquilizadores a tratar ateus;

4 – A exuberância da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) revela-se na influência que exerce através das escolas, hospitais, Misericórdias e do Estado a quem consegue impor uma Concordata e fazer pagar a assistência religiosa em hospitais, quartéis e prisões e aulas de EMRC nas escolas públicas, privilégios inaceitáveis num estado laico e democrático;

5 – Quanto à «influência residual» baseia-se a AAP nos dados fornecidos pela ICAR quanto à prática religiosa e no desprezo das decisões eclesiásticas referentes ao planeamento familiar e à contracepção pela população portuguesa.

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) defende a liberdade religiosa e apenas contesta o proselitismo e os privilégios injustos, na defesa da laicidade e do livre-pensamento.

a) Associação Ateísta Portuguesa – Odivelas, 01 de Julho de 2009

23 de Junho, 2009 Carlos Esperança

AAP – A ICAR e os Ateus

Resposta da Associação Ateísta Portuguesa (AAP) às diatribes do virtuoso bispo emérito de Coimbra, João Alves

A ICAR e os Ateus *

Na sequência do artigo publicado no Diário de Coimbra (DC), em 14 de Junho, pelo Bispo Emérito D. João Alves, sob o título « A Igreja Católica e os Ateus: do desgosto à solicitude», vem a Associação Ateísta Portuguesa (AAP), pelas referências de que foi alvo, esclarecer o seguinte:
1 – Em Junho de 2008, sob o título «Elementos para o diálogo entre cristãos e ateus» o Sr. Bispo, a pro-pósito da criação da AAP, referiu-se no DC ao problema do ateísmo convicto de ser a sua Igreja a solução.

2 – A AAP sugeriu-lhe, em resposta, que não partisse do pressuposto de que o ateísmo é um problema nem que a religião do Sr. Bispo é a solução. Sugerimos-lhe, então, dialogar em campo neutro, aceitando que todos podemos errar em matérias de facto, admitindo o direito de cada um aos seus juízos de valor e avaliando cada posição à luz dos seus méritos e não pelo que especulamos acerca do Além, mas o repto ficou sem resposta durante um ano.

3 – No artigo ora referido «A Igreja católica e os Ateus: do desgosto à solicitude», o virtuoso bispo reincide no ataque aos ateus, dissimulado pela piedade, capaz de derreter o coração dos devotos.  Ser-viu-lhe de pretexto o almoço de confraternização realizado em Coimbra, na sede da diocese de que foi longos anos titular, almoço com que um grupo de ateus quis celebrar o primeiro aniversário da criação da Associação Ateísta Portuguesa (AAP).

4 – A alegada simpatia «para com as pessoas com dificuldades em acreditarem em Deus ou que se dizem ateus» é desmentida pela compreensão de D. João Alves pelo ayatollah Khomeini e pela fatwa contra Salman Rushdie que o condenava à morte por delito de opinião (( V/ Diário de Coimbra de 18 de Março de 2001, pág. 5). A resposta à insólita solidariedade, medieval e intolerável, mereceu nas páginas honradas do Diário de Coimbra a repulsa do signatário deste texto, há oito anos.

5 – Para apreciar a piedade que a Igreja católica dedica aos ateus não é preciso recordar a Inquisição, basta evocar a peregrinação a Fátima de 13 de Maio de 2008, «contra o ateísmo», não a favor da fé.

6 – A AAP não duvida do desgosto que o ateísmo provoca no bispo emérito de Coimbra mas tem fun-dadas dúvidas, quanto à solicitude, sabendo que os ateus foram e continuam excomungados por uma embirração papal que não é preocupante em países democráticos.

7 – O Sr. Bispo continua, como há um ano, a fazer longas citações da encíclica “Gaudium et Spes” , convicto de que a encíclica de Paulo VI é uma fonte de prova inquestionável e aconselha a AAP a «aprofundar o estudo e reflexão do problema de Deus” que é o objectivo da teologia, a única ciência sem método nem objecto e um exclusivo dos crentes.

8 – O resumo do texto conciliar feito por D. João Alves para uso da Associação Ateísta Portuguesa onde, desta vez, teve o pudor de omitir que «…o ateísmo deve ser contado entre os fenómenos mais graves do nosso tempo…»,  corre o risco de ser tão útil para os ateus quanto o resumo do livro «A Desilusão de Deus», de Richard Dawkins, feito pela AAP para uso da Conferência Episcopal.

9 – Concordamos com Sr. Bispo quando afirma que a «Igreja Católica está firme e continua a ter influência razoável na sociedade portuguesa», excessiva a nosso ver, com mais de dois milhões de cristãos que todos os fins-de-semana vão à missa, ou seja, invoca a fidelidade de 20% dos portugueses para legitimar os privilégios de que goza a sua Igreja e as exigências em que reincide.

10 – Finalmente, a AAP regista a afirmação com que termina o seu artigo e que «…mostra com clareza que a Igreja respeita e compreende os sem fé em Deus e sem religião, desde que seriamente estudem estes problemas em busca da verdade». Caso contrário, imaginamos a solicitude com que trataria os ateus se a fé fosse obrigatória.

Apresentamos a V. Ex.ª, Senhor Director, as nossas cordiais saudações.
Associação Ateísta Portuguesa – Odivelas, 18 de Junho de 2009 *

* Publicada hoje no Diário de Coimbra

20 de Junho, 2009 Raul Pereira

Manutenção do site da AAP

Vários leitores do DA e sócios têm vindo a questionar-nos sobre o estado do site oficial da Associação Ateísta Portuguesa e do Fórum. Fica aqui uma breve explicação.

Devido a uma migração de servidores, a reformulação dos sites (DA incluído) não tem corrido como esperado. Está até a ser equacionada a instalação de um novo fórum, aberto a todos os que quiserem participar, embora mantendo uma secção reservada à direcção e sócios.
Agradecemos a compreensão de todos, estamos a trabalhar para resolver esta situação o mais rapidamente possível.

13 de Junho, 2009 Carlos Esperança

Comunicado da AAP na Lusa

Ensino: Associação Ateísta considera “injusto e imoral” que professores católicos possam leccionar outras matérias
13 de Junho de 2009, 00:25

Lisboa, 12 Jun (Lusa) – A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) considera “injusto e imoral” que os professores de religião católica, que são nomeados pelos bispos sem serem sujeitos a concurso, usem os anos de serviço enquanto docentes desta disciplina para leccionarem outras matérias.

Carlos Esperança, presidente da AAP, disse à agência Lusa que “não se compreende que professores sem concursos legais para outras disciplinas as possam ensinar.”

“Há professores (de Religião e Moral) que aproveitam o tempo de serviço a leccionar essa disciplina para depois passar à frente de professores com melhor qualificação para leccionar outra disciplina”, afirmou à Lusa Carlos Esperança.

13 de Junho, 2009 Carlos Esperança

Comunicado da Associação Ateísta Portuguesa sobre ERMC

À comunicação social:

COMUNICADO

Professores de moral ameaçam Estado com tribunal

Os Bispos portugueses enviaram, no dia 8 do corrente mês, um comunicado a Sócrates dizendo que os docentes católicos são discrimi-nados pela tutela, que os limita às aulas de moral e os impede de participar na gestão escolar.

1 – A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) discorda do ensino da Moral e da Religião Católicas (EMRC), ou de qualquer outra confissão, nas escolas públicas, por ofender o princípio da laicidade a que o Estado se encontra obrigado;

2 – Discorda, de forma ainda mais veemente, que o Estado presuma terem as dioceses a idoneidade para atribuir a competência para o EMRC, em concursos especiais e à margem das normas que regem os concursos dos outros professores;

3 – O comunicado da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) ao primeiro-ministro onde afirma que os docentes das aulas de Religião estão limitados às aulas de moral e impedidos de participar na gestão escolar é inaceitável pelas seguintes razões:
a)      Não é compreensível que professores sem concursos legais para outras disciplinas as possam ensinar;
b)      É inaceitável que, com base em concursos especiais, graças ao poder discricionário dos bispos, haja professores com direitos acrescidos (ao professor que tenha habilitação dupla para grupos disciplinares distintos é vedada a possibilidade de leccionar disciplinas de ambos em simultâneo);

Assim, a Associação Ateísta Portuguesa (AAP) considera abusiva a exigência episcopal de favorecer os pregadores da fé e aproveita para denunciar os casos de professores com classificações que não lhes permitem o acesso à profissão e que, depois de alguns anos de ensino de ERMC, lhes seja contado o tempo de serviço que os coloca à frente de colegas mais qualificados.

Este expediente, injusto e imoral, não pode ser consentido pelo Estado. A AAP repudia a nomeação eclesiástica de professores das escolas públicas e que o tempo de serviço das aulas de ERMC sirva para passarem à frente dos colegas sujeitos ao rigor de um concurso público.

A AAP não discute a religião dos senhores bispos mas contesta a moralidade desta reivindicação. É incompreensível que ainda haja aulas de religião e moral católica e que o Estado permita que se evan-gelize nas escolas públicas. É inaceitável que este proselitismo seja pago pelo erário público. E é um abuso que professores nomeados pelas igrejas, contratados sem cumprir os critérios exigidos aos seus colegas, reivindiquem tantos ou mais direitos que estes só por ensinarem uma religião.
Associação Ateísta Portuguesa – Odivelas, 12 de Junho de 2009

23 de Maio, 2009 Carlos Esperança

CONVITE – 1.º Aniversário da AAP

AAP – Almoço de convívio e troca de impressões em COIMBRA

Faz 1 ano no próximo dia 30 de Maio, Sábado, que a Associação Ateísta Portuguesa se constituiu. Dezassete dias antes tinha havido a peregrinação a Fátima, contra o ateísmo, presidida pelo criador de milagres e fabricante de santos e beatos – o cardeal Saraiva Martins. Algum tempo depois o patriarca Policarpo considerava o ateísmo a maior tragédia da actualidade.

São exagerados estes publicitários. Até nos quatro bispos que soltaram ao longo deste 1.º ano para afrontarem a Associação Ateísta Portuguesa (AAP).

É boa altura para o encontro de todos os ateus, agnósticos, cépticos e livres-pensadores que queiram reunir-se nesse dia em Coimbra onde se pode aproveitar para discutir um documento a pedir um atestado de apostasia às dioceses.

Local: Restaurante «O Cantinho dos Reis» – Terreiro da Erva, N. 16 – COIMBRA (Largo entre a Rua da Sofia e a Av. Fernão de Magalhães, tudo locais muito conhecidos em Coimbra)

Ementa: Refeição completa com bebidas incluídas.

Hora: 13H00

Preço – > 10 € (Habitualmente anda pelos 7 € e a comida é boa e variada)

INSCRIÇÕES: (até segunda-feira,  dia 25) para o e-mail da AAP.

[email protected]

Caros ateus e ateias, Deus provavelmente não existe, portanto venham fruir este almoço e esqueçam a última ceia.

Bem-vindos a Coimbra. Viva o livre-pensamento.

Saudações ateístas.

18 de Maio, 2009 Carlos Esperança

C O N V I T E – 1.º Aniversário da AAP

AAP – Almoço de convívio e troca de impressões em COIMBRA


Faz 1 ano no próximo dia 30 de Maio, Sábado
, que a Associação Ateísta Portuguesa se constituiu. Dezassete dias antes tinha havido a peregrinação a Fátima, contra o ateísmo, presidida pelo criador de milagres e fabricante de santos e beatos – o cardeal Saraiva Martins. Algum tempo depois o patriarca Policarpo considerava o ateísmo a maior tragédia da actualidade.

São exagerados estes publicitários. Até nos quatro bispos que soltaram ao longo deste 1.º ano para afrontarem a Associação Ateísta Portuguesa (AAP).

É boa altura para o encontro de todos os ateus, agnósticos, cépticos e livres-pensadores que queiram reunir-se nesse dia em Coimbra onde se pode aproveitar para discutir um documento a pedir um atestado de apostasia às dioceses.

Local: Restaurante «O Cantinho dos Reis» – Terreiro da Erva, N. 16 – COIMBRA (Largo entre a Rua da Sofia e a Av. Fernão de Magalhães, tudo locais muito conhecidos em Coimbra)

Ementa: Refeição completa com bebidas incluídas.

Hora: 13H00

Preço – > 10 € (Habitualmente anda pelos 7 € e a comida é boa e variada)

INSCRIÇÕES: (durante a próxima semana, até ao dia 22) para o e-mail da AAP.

[email protected]

Caros ateus e ateias, Deus provavelmente não existe, portanto venham fruir este almoço e esqueçam a última ceia.

Bem-vindos a Coimbra. Viva o livre-pensamento.

Saudações ateístas.