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Ricardo Alves

8 de Julho, 2010 Ricardo Alves

«Mamas sim, anticlericalismo não!»

Parece que o «atrevimento» da Playboy não pode incluir brincadeiras com Cristo: a Playboy decidiu fechar a edição portuguesa depois da homenagem a Saramago com modelos semi-nuas a contracenarem com Cristo.

É triste verificar que a censura vem de onde menos se espera, até de uma revista que alargou os limites do que era publicável e que, também por isso, fez nome em todo o mundo.

Os editores da Playboy portuguesa têm toda a minha solidariedade.

29 de Junho, 2010 Ricardo Alves

A Igreja do Google

Levando a sério a missão de informar os leitores deste blogue de alternativas espirituais às religiões tradicionais, venho apresentar a Igreja do Google (The Church of Google).

Provas de que o Google é Deus: é omnisciente, omnipresente, responde a todas as perguntas (buscas), e é potencialmente imortal.

Promessas: seremos imortais na cache do Google se deixarmos os nossos pensamentos na net.

Dez mandamentos: incluem não usar outros dispositivos de busca (Ela é uma deusa ciumenta), e não dar erros de ortografia durante as cerimónias de adoração.

Respostas aos críticos: aqui.

Feriado religioso: 14 de setembro (registo comercial da marca Google).

Templo: aqui mesmo.

Quem nunca orou que atire a primeira pedra.

28 de Junho, 2010 Ricardo Alves

Deixem a polícia trabalhar

O Joseph Ratzinger, que volta e meia diz para os media que a ICAR deve «colaborar com as autoridades civis», considera as investigações da polícia belga «procedimentos surpreendentes e deploráveis». Já o ministro belga diz que a actuação da polícia foi normal.

Pois é. «Colaboração» sim, mas sem consequências. É isso que B-16 quer.

21 de Junho, 2010 Ricardo Alves

Faltar à verdade

O Policarpo saiu-se com esta:
  • «A colocação de crucifixos nas salas de aulas das escolas do país, “acabou por ser espontânea e por ser sempre um pouco ao nível da decisão da comunidade local”». (Público)
Acontece que ele não deve ignorar que está a apelidar de «espontâneo» um acto decidido em lei por um Estado autoritário:
  • «Em todas as escolas públicas do ensino primário infantil e elementar existirá, por detrás e acima da cadeira do professor, um crucifixo, como símbolo da educação cristã determinada pela Constituição.
    O crucifixo será adquirido e colocado pela forma que o Governo, pelo Ministério da Educação Nacional, determinar.
    » (Lei nº 1:941, de 1936; ver a «Base XIII»)

A isto, chamo faltar à verdade (porque hoje estou bem disposto).

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9 de Junho, 2010 Ricardo Alves

Padre pedófilo sai da prisão e vai celebrar missa

Aconteceu em Espanha: cumprida a pena de prisão por abuso sexual e agressões a uma criança de dez anos, o sacerdote católico Luis José Beltrán Calvo saiu e foi dar missa. Não sofreu, e aparentemente não sofrerá, qualquer sanção eclesial. E nem sequer há garantias da hierarquia da ICAR de que se evite o seu contacto com crianças.

28 de Maio, 2010 Ricardo Alves

Cidade espanhola proíbe a burca

A primeira cidade da península ibérica em que o uso de véus integrais se vê restringido é Lérida. Fica proibido o uso da burca e do nicabe nos equipamentos sociais pertencentes ao município (que não tem competência para proibir o uso de véus integrais nas ruas).

Decididamente, a questão veio para ficar: proíbe-se a burca?

17 de Maio, 2010 Ricardo Alves

Rescaldo da visita de Ratzinger

  1. As «multidões» ficaram aquém das expectativas católicas. Na Praça do Comércio («Terreiro do Paço» para os católicos e para os monárquicos), estiveram entre 80 e 100 mil pessoas (eram esperadas «mais de 160 mil» ou até «200 mil»). Em Fátima era esperado meio milhão, terão aparecido 350 mil pessoas (incluindo dezenas de milhar de estrangeiros). Só no Porto a afluência (120 mil a 150 mil) ficou próxima das expectativas (150 mil a 200 mil).
  2. No dia 11, Policarpo disse que «a maioria católica (…) não tira o lugar a ninguém». A frase parece uma expressão de requintado cinismo, especialmente se considerarmos que se tinha acabado de cortar Lisboa ao meio para que Ratzinger circulasse a 40 km/h por avenidas vazias, parando boa parte do sistema de transportes e causando transtornos à maioria que não é católica praticante e que desejaria ter tido um dia normal de trabalho e afazeres (aconteceria o mesmo no Porto três dias depois). Não teria sido mais sensato fazer as cerimónias religiosas em estádios de futebol, minorando os transtornos causados, e abdicar da encenação (falhada) das ruas cheias de fiéis, minimizando também os incómodos à população? (mais…)