9 de Agosto, 2005 Palmira Silva
Fugas de Verão
Um dos clérigos islâmicos sobre quem pendia a possibilidade de uma acusação de traição, o Sheikh Omar Bakri Mohammed, saiu de Inglaterra para o Líbano no sábado informou ao Channel 4 News o seu braço direito Anjem Choudary.
“O que ele fez foi fazer a hirja (procurar santuário religioso) para outro lugar porque sentiu que era incapaz de praticar a sua religião.»
O que, dadas as novas medidas de prevenção do terrorismo a implementar no Outono pelo governo de Tony Blair é verdade. De facto, considerando que para Omar Bakri Mohammed praticar a sua religião significava apelar à jihad contra os infiéis, matando tantos quanto possível já que «O texto divino é claro quanto à necessidade de provocar ‘o máximo dano possível’. O operacional tem portanto de certificar-se de que mata o maior número de pessoas que pode matar. Se não o fizer, espera-o o fogo do Inferno.» não será mais possível praticar impunemente a sua religião no Reino Unido.
Choudary revelou ainda que «Ele acredita que foi declarada guerra aos muçulmanos neste país.» o que no caso de Bakri também é verdade se relembrarmos que o Ocidente declarou guerra aos terroristas e Bakri considera que ser terrorista é indissociável de ser muçulmano: «Eu sou um terrorista. Como muçulmano claro que sou um terrorista».