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Palmira Silva

14 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Holocausto

No rescaldo dos atentados em Londres as tentativas do governo britânico em conter o extremismo islâmico envolveram a formação de uma comissão de conselheiros muçulmanos que supostamente deveriam aconselhar Tony Blair no combate ao fundamentalismo terrorista.

Pela amostra dos conselhos e opinações dos conselheiros parece que estes estão menos preocupados em resolver o problema real no seio da respectiva comunidade e mais interessados em utilizar a posição a que foram promovidos para «retaliar» politicamente contra os «inimigos» do Islão. Principalmente os odiados judeus. Mas os maçons não escapam às diatribes destes conselheiros como indicam as ruminações de Ahmad Thomson, membro da associação de advogados islâmicos, que considera que Tony Blair decidiu participar na invasão do Iraque aconselhado por um grupo «sinistro» de judeus e maçons. Este grupo sinistro, que de acordo com o «presciente» conselheiro manobra na sombra os governos europeus e americano para instituir uma nova Ordem Mundial, pretendia controlar o Médio Oriente com o ataque a Saddam Hussein (aparentemente os tais sinistros manipuladores são igualmente pouco inteligentes porque o ataque ao Iraque foi completamente contraproducente para tais objectivos também porque o Iraque era o único governo laico da região e como tal só ameaçava com o seu exemplo as teocracias locais).

Outros conselheiros para a melhor forma de eliminar o terrorismo islâmico, nos quais se inclui Sir Iqbal Sacranie, o secretário-geral do Conselho Muçulmano de Inglaterra, pretendem que Tony Blair acabe com o Jewish Holocaust Memorial Day, que consideram ofensivo para os muçulmanos. Quiçá por considerarem, como o conselheiro Ahmad Thomson, que chama ao Holocausto a «grande mentira», que este foi muito exagerado pelos judeus. Entretanto Tony Blair fez saber ontem que não aceita a proposta!

O rabi Israel Meir Lau em resposta à proposta de abolição do Dia do Holocausto sob o pretexto de que é ofensivo para os muçulmanos considera que os fundamentalistas radicais islâmicos se sentem incomodados com o Holocausto devido ao papel infame de alguns dos seus líderes durante a Segunda Guerra Mundial. Especialmente o Grand Mufti de Jerusálem, Haj Muhammed Amin al-Husseini, tio e mentor espiritual e político de Rahman Abdel-Raouf Arafat al-Qudwa al-Husseini, mais conhecido pelo seu nome de guerra Yasser Arafat.

O Mufti, que passou boa parte da Segunda Guerra em Berlim como convidado especial de Hitler, colaborou activamente com o Führer. Pretendendo como única recompensa que depois de Hitler vencer a guerra (e eliminado todos os judeus europeus) exterminasse todos os judeus da Palestina, recrutou na Bósnia para as SS as notórias (pela negativa) «Hanjar troopers» uma companhia especial das Waffen SS que massacraram 90% dos judeus na Bósnia. Estes muçulmanos bósnios rapidamente cairam nas boas graças de Heinrich Himmler, que estabeleceu uma escola especial, a Mullah Military, em Dresden.

Em Março de 1942, al-Husseini falou ao mundo árabe por uma rádio de Roma dizendo «Se, Alá proíba, América e os seus aliados ganharem esta guerra então o mundo será o Inferno, Alá proíba. Mas Alá é demasiado justo e compassionado para permitir a vitória desses assassinos violadores».

No julgamento de Nuremberga, Dieter Wisliceny um dos colaboradores de Eichmann e subsquentemente executado como criminoso de guerra testemunhou que:

«O Mufti foi um dos iniciadores do extermínio sistemático dos judeus europeus e foi um colaborador e conselheiro de Eichmann e Himmler na execução deste plano. (…) Ele era um dos melhores amigos de Eichmann e incitava-o constantemente a acelerar as medidas de extermínio. Ouvi-o dizer que tinha visitado incógnito, acompanhado por Eichmann, a câmara de gás de Auschwitz».

13 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Testemunhas do Jeová em batalha legal

A empresa multi-bilionária Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania, Inc., a organização por trás da seita cristã vulgarmente conhecida por Testemunhas de Jeová, interpôs uma acção em Ontário, Canadá, contra um sítio da internet de um ex-membro da seita, Peter Mosier.

A página de Mosier é devotada à reprodução de citações de publicações antigas da Watch Tower o que, de acordo com a acção interposta, é «embaraçante» e tem causado danos às Testemunhas, nomeadamente abala a sua «reputação» e «boa vontade». De facto deve ser embaraçante ver a evolução dos dislates debitados pela Watch Tower ao longo dos anos, nomeadamente o falhanço das suas sucessivas previsões do fim do mundo ou as várias variantes (deliciosas!) de interpretação do «número da besta» ou 666.

Na realidade a página que a Watch Tower quer encerrar seria um tratado da estupidez humana em máximas hilariantes extraídas de publicações dos queixosos, que pretendem uma indemnização monetária para além do encerramento da página, não fora a consideração dos malefícios que estes alucinados infligiram ao longo dos anos nos pobres de espírito que seguiram os seus ensinamentos. A página contém colecções excelentemente documentadas de profecias falhadas, cronologias bíblicas em constante alteração, inversões radicais de doutrinas, conselhos médicos no mínimo bizarros, misoginia pura e dura, etc.

Não deixa de ser irónico que uma seita que é conhecida universalmente pela perseverança dos seus membros em tentar impingir a literatura da Watch Tower a todos os incautos que não lhes fechem imediatamente a porta na cara venha agora processar quem faz exactamente o mesmo. Claro que em relação a material «confidencial», ou seja apenas faz divulgação dos disparates das TJ que estas não querem ser do conhecimento geral.

Suponho que neste caso não há dúvidas de que podemos esperar mais uma decisão sensata proveniente de Ontário em relação a questões legais interpostas em nome da religião!

12 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Ontário rejeita tribunais religiosos

Dalton McGuinty, o governador de Ontário, afirmou à Canadian Press que Ontário não será a primeira jurisdição ocidental a permitir que «um conjunto de leis religiosas seculares chamadas Sharia regulem disputas familiares» e banirá todas as arbitrações religiosas na província.

O governador McGuinty anunciou que o seu governo avançará rapidamente com medidas que tornarão ilegais os tribunais religiosos existentes, cristãos e judaicos, possíveis ao abrigo do Acto de Arbitração de Ontario.

«Não existirá Sharia no Ontário. Não haverá arbitração religiosa no Ontário. Existirá apenas uma lei para todos os habitantes do Ontário».

Esperemos que esta seja a última vez que num país ocidental se discute sequer a possibilidade de uma aberração como a Sharia ser aplicada. E devemos agradecer a todos os que se mobilizaram contra a criminosa proposta de Syed Mumtaz Ali, que para além desta barbaridade pretendia ver punidos os apóstatas que preferissem seguir a lei canadiana em vez da Sharia. De acordo com a Sharia a punição para a apostasia é a pena de morte!

12 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Brown demite-se

Michael Brown, o controverso mas piedoso director do FEMA, Federal Emergency Management Agency, demitiu-se há umas horas. Não ficou claro se também se demitiu da sua posição de sub-secretário do Departamento de Segurança Interna, Department of Homeland Security, a agência que depois do 11 de Setembro preparou um plano de 426 páginas para coordenar todas as agências nacionais no caso de um desastre, natural ou terrorista, atingir os Estados Unidos. O plano foi revelado com pompa e circunstância em Janeiro último e naufragou com a subida do nível de água em New Orleans.

11 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Tumultos na Irlanda do Norte

Os piores tumultos que a Irlanda do Norte conheceu nos últimos anos têm agitado Belfast e arredores nas últimas horas. Mais uma vez, subjacentes à violência encontram-se motivos religiosos, neste caso uma procissão da Orange order, uma organização protestante, que remonta ao século XVII e que é, de certa forma, um símbolo da violência entre católicos e protestantes nesta parte do globo.

Sir Hugh Orde, o responsável da polícia da Irlanda do Norte, afirmou que a Orange Order tem uma responsabilidade considerável nos tumultos e nos ataques às autoridades. Acusações que os responsáveis da ordem consideram «inflamatórias»…

11 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Genocídio no Ruanda

Um padre católico belga, Guy Theunis, foi preso no aeroporto de Kigali, capital do Ruanda, pelo seu alegado papel no genocídio de 1994 que vitimou cerca de 800 000 Tutsis e Hutus moderados.

O procurador ruandês Emmanuel Rukangira disse à BBC que o padre Theunis é acusado de incitamento ao genocídio por ter reproduzido na sua revista «católica, o «Diálogo», artigos da publicação extremista Kangura. O editor da Kangura foi condenado a prisão perpétua pelo tribunal organizado pelas Nações Unidas para julgar os responsáveis pelo genocídio. Entre os quais se encontram vários padres e freiras católicos, já que alguns membros da hierarquia da Igreja Católica ruandesa tinham relações próximas com políticos extremistas e auxiliaram as milícias Hutu nos massacres.

Aliás, muitas das vítimas do genocídio foram chacinadas em igrejas e conventos. Por exemplo, na igreja de Nyange o padre Athanase Seromba preparou e supervisionou, juntamente com responsáveis locais, a matança de mais de 2000 tutsis que nela se tinham refugiado. A igreja foi arrasada por escavadoras com os fiéis lá dentro. Duas freiras, Gertrude Mukangango e Maria Kisito, foram condenadas em 2001 por um tribunal belga, a 15 e 12 anos de prisão, pelo seu envolvimento no massacre de 7000 Tutsis que se tinham refugiado no convento Sovu em Butare, no sul da Ruanda. Os refugiados foram reunidos num dos estábulos do convento e incinerados vivos com combustível cristãmente fornecido pelas duas freiras.

10 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Brownies e outros doces

Michael Brown foi nomeado por G. W. Bush para presidir à Federal Emergency Management Agency (FEMA) em 2003, quando o anterior director, Joe Allbaugh, que partilhou um quarto com Brown nos tempos de faculdade, foi destacado a tempo inteiro para a campanha de reeleição de Bush. Na altura ninguém pensou investigar por que razão Allbaugh pretendia que «o Presidente não poderia ter escolhido um melhor homem para ajudar… preparar e proteger a nação».

Depois do fiasco que tem sido a actuação do FEMA durante a catástrofe que sucedeu ao furacão Katrina muitos questionaram a adequabilidade do activista do Partido Republicano à frente deste organismo. E dois jornalistas da Time Magazine resolverem investigar o curriculum que o habilitava a tão importante cargo. Os resultados da investigação são… esclarecedores das razões que permitiram a tragédia que se abateu especialmente sobre uma das minhas cidades favoritas nos Estados Unidos, New Orleans. Aparentemente o curriculum de Brown foi …cozinhado em lume muito brando!

Por exemplo, numa nota de imprensa da Casa Branca (e no site da FEMA) era indicado que entre 1975 e 1978 Brown trabalhou para a câmara de Edmond, Oklahoma, uma cidadezinha insípida perdida no meio dos US com, no máximo, uns 50 000 habitantes à data, «supervisionando a divisão de serviços de emergência». Aparentemente nenhum dos supervisionados se apercebeu de tal já que, de acordo com Claudia Deakins, a chefe de relações públicas da câmara de Edmond, Brown era o assistente do presidente da câmara, basicamente tirava fotocópias e trazia cafés ao chefe! Mas «andava sempre de fato e camisa branca engomada» afirmou Bill Dashner, o presidente de câmara em causa.

De igual forma foi com surpresa que a Central State University reagiu à notícia que Brown é suposto ter sido um «Excepcional Professor de Ciência Política» nesta Universidade. Aparentemente foi uma gralha que transformou um excepcional estudante finalista em Ciência Política no correspondente professor no curriculum vitae do distinto (e mui devoto) Brown, gralha que por uma razão obscura se conseguiu imiscuir em sites oficiais.

Mas ninguém duvida que Brown fez parte da administração da…Associação Internacional de Cavalos Árabes. Enfim, foi forçado a pedir demissão por ter envolvido a empresa em vários processos judiciais devidos a problemas de supervisão e descontrole financeiro, mas isso são apenas pormenores. Assim como são pormenores as declarações do chefe de Brown numa firma de advogados de Oklahoma que este «não era sério e era algo superficial».

O que é realmente importante é que Brown é um bom republicano e, imprescíndivel, um bom cristão, cuja acção imediata após o Katrina foi a elaboração de uma lista piedosa de instituições para as quais os americanos deveriam dirigir as suas doações monetárias. Lista exclusivamente de organizações religiosas com duas honrosas excepções, uma das quais a Cruz Vermelha.

10 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Religião e política

De todo o mundo nos chegam exemplos da mistura explosiva, por vezes sangrenta, que resulta da imiscuição da religião na política. No entanto, também em todo o mundo, assistimos a um eclodir de movimentos fundamentalistas de religiões sortidas que, como requisito de todos os fundamentalismos caracterizados pela sua oposição visceral à laicidade do estado, querem subordinar a esfera pública aos seus ditames anacrónicos. Fundamentalismo a que a Igreja Católica, como há muito denunciamos no Diário Ateísta, não está imune, muito pelo contrário, como indicam claramente os recentes desenvolvimentos da eleição de Ratzinger. Desenvolvimentos em que se incluem, por exemplo, o apontar da laicidade como «inimigo da liberdade», a reconciliação, que também previmos, com o integrismo católico de Marcel Lefebvre e a escalada de negação do concílio Vaticano II.

Um dos últimos exemplos das tentativas de controle da política por grupos religiosos (ultra)fundamentalistas chega-nos da Nova Zelândia onde um secto cristão, a Irmandade Exclusiva (Exclusive Brethen), que no ano passado gastou mais de meio milhão de dólares em anúncios de jornais apoiando a reeleição de G. W. Bush, se empenha em fazer chegar o Partido Nacional ao governo neo-zelandês através de outra campanha milionária dirigida contra o Partido Trabalhista e os Verdes, um provável parceiro de coligação com os primeiros. Campanha em defesa dos «valores morais» cristãos (que incluem denegrir quem não os defende, claro) e com as já habituais acusações de destruição da família «tradicional». Um dos luxuosos panfletos distribuídos pessoalmente pelos membros da seita afirma mesmo que a agenda política dos trabalhistas e verdes pretende a «abominação» de «ver homens em vestidos e travestis nas casas de banho de mulheres».

Esperemos que a campanha difamatória da seita cristã tenha um efeito contraproducente nas eleições de 17 de Setembro, que as últimas projecções indicam estarem empatadas entre o Partido Nacional e os trabalhistas (com cerca de 40% cada). Num país em que no Census de 2001 26% da população se declarou ateísta e 17,2% simplesmente não indicou religião, uma campanha com estes contornos não terá certamente o sucesso da sua congénere nos Estados Unidos!

4 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Deometria ou matemática para crentes

Depois da teoria da Queda Inteligente a última sátira às IDiotias faz furor nos Estados Unidos: a deometria, o estudo de como o Criador criou pontos, linhas, ângulos, formas geométricas e determinou as relações entre estes. Num fabulosos artigo satírico somos informados que, de acordo com os aderentes a esta forma alternativa de introduzir a geometria nas salas de aulas, a deometria pretende apenas estabelecer o balanço numa área que removeu todos os vestígios da religião do «polígono público». Numa área essencial já que a etimologia de geometria, uma contracção de duas palavras gregas, geo (terra) e metron (medida), torna evidente que geometria deve ser de facto teometria uma vez que «O problema que se encontra é que não se pode medir a Terra sem atribuir a Deus a sua criação» explicou Mac Bresnahan, professor de matemática em Topeka High, Kansas, e treinador de golfe.

Bresnahan dá aulas de geometria na Topeka High há cerca de 30 anos e afirma que se sentia frustrado num campo que tem ignorado sistematicamente o papel do Criador: «Tenho ensinado os alunos como encontrar o centro de uma circunferência usando um compasso e se alguém levanta a mão e pergunta ‘bem, quem inventou a circunferência? Eu gostaria de dizer a verdade, que foi Deus, mas isso era contra a política de Topeka High».

Mas a política de Topeka High mudou, graças aos esforços dos membros cristãos da escola para que o Seu divino papel seja reconhecido em todos os curricula escolares, desde as aulas de ciências, que incluem desenho inteligente, passando pela deometria até à deoeconomia «o estudo da distribuição de recursos que assume que Deus é a ‘mão invísivel’ que energiza o motor da economia dos Estados Unidos».

Uma sátira a não perder! Assim como é imperdível a hilariante tentativa (não, apesar de o parecer, isto não é uma sátira) de enquadrar a mecânica quântica na «perspectiva cristã»! Aliás todo o sítio web da «Física Bíblica» é simplesmente surrealista!

3 de Setembro, 2005 Palmira Silva

Bush e Robertson

Depois do tele-evangélico Pat Robertson ter apelado ao assassínio do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em directo para milhões de teleespectadores e da sua meia «desculpa» que o não foi, dos apelos dos democratas para uma condenação vigorosa do pastor e da intenção anunciada pelo governo venezuelano de pedir uma acção legal e a sua eventual extradição, esperar-se-ia do governo de G. W. Bush uma reacção para além da imediata que considerou «desadequadas» as palavras de Robertson.

E ontem essa reacção surgiu! Mas de sinal contrário ao que todos esperariam! Ou seja, a administração Bush manifestou o seu apoio a Robertson quando colocou em segundo lugar (agora em terceiro) a organização presidida pelo «piedoso» pastor na lista da Federal Emergency Management Agency (FEMA), publicada online e nos jornais americanos, que indica as organizações recomendadas para recolha de donativos às vítimas do furacão Katrina.

«Como é que isto aconteceu? Isto dará milhões de dólares extra a Pat Robertson» já que «Estar na lista a partir do dia 1 ou 2 significa a diferença entre ter uma quantidade significativa de recursos financeiros para fazer o trabalho ou não o ter» afirmou Richard Walden, presidente da Operation USA, um grupo (secular) que tem desenvolvido trabalho de auxílio em situações destas desde 1979 e que não consta da lista. Aliás a lista de organizações para onde, segundo o FEMA, os americanos devem dirigir os seus donativos só apresenta mais uma instituição não ligada a grupos religiosos para além da Cruz Vermelha!

Considerando que apenas uma parte dos donativos recolhidos por este tipo de instituições de auxílio (religiosas) chega de facto às vítimas, nalguns casos apenas uma ínfima parte, Pat Robertson prepara-se para lucrar com a catástrofe que se abateu sobre a Louisina e Mississipi! Com o auxílio do seu velho amigo Bush!