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2 de Abril, 2010 palmirafsilva

Nem sei que diga, cada tiro cada melro?

O pregador da Casa Pontifícia, o franciscano Raniero Cantalamessa, a única pessoa autorizada a pregar em nome do Papa, comparou hoje as críticas ao comportamento da Igreja católica relativamente aos escândalos de pedofilia envolvendo padres, à «violência colectiva» sofrida pelos Judeus. Na homilia que se seguiu à leitura da Paixão de Cristo na basílica de São Pedro, Cantalamessa referiu que as acusações de encobrimento dirigidas à Igreja «lembram-me os aspectos mais vergonhosos do anti-semitismo».

As reacções de grupos judeus e de vítimas de abuso sexual a semelhante tolice umbiguista oscilaram entre a incredulidade e a fúria.

8 de Fevereiro, 2010 palmirafsilva

Mais pregadores do ódio

Os crimes de ódio são definidos nos Estados Unidos pelas leis federais que os identificam como crimes violentos motivados pela orientação sexual da vítima, cor da pele, identidade de género, incapacidade ou afins.  O recente Matthew Shepard Act, cujo  nome honra a memória do estudante homossexual de 21 anos torturado e assassinado em 1998, deixa isso bem claro assim como deixa bem claro que a legislação não se aplica às homilias de ódio de um qualquer homofóbico em nome de Deus:

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8 de Fevereiro, 2010 palmirafsilva

Esta gente passa-se big, big time!

An American Family Association radio show host has begun promoting legal sanctions for Americans engaging in “homosexual behavior”.

Bryan Fischer, que para além de integrar a associação que representa cerca de 2 milhões e meio de americanos dirige a Idaho Values Alliance, já louvou muito efusivamente o Uganda por resistir à «agenda» homossexual.  Não sei se o próximo passo será pedir a emulação das leis do país que lhe mereceu tantos encómios… e que foram inspiradas por seus comparsas na homofobia!

(em stereo na jugular)

8 de Fevereiro, 2010 palmirafsilva

Terrorista condenado a prisão perpétua

O terrorista que assassinou George R. Tiller em Maio do ano passado foi julgado e considerado culpado de homicídio de 1º grau. A sentença será lida na próximo dia 7 de Março e condenará Roeder a prisão perpétua. Mesmo assim, o terrorista está a ser investigado pelo FBI que tenta descobrir se Roeder agiu sozinho ou em conspiração com um dos muitos grupos de monstros sem pingo de moralidade que dão graças ao seu Deus pelo assassinato.

(em stereo na jugular)

8 de Fevereiro, 2010 palmirafsilva

Esta gente passa-se real big time!

A primeira capela  dedicada ao exorcismo numa basílica católica foi inaugurada hoje na cidade de Querétaro, na região central do México. A cerimónia de benzedura da «Capela das Almas» foi conduzida com a pompa e circunstância apropriadas a tão solene momento pelo bispo de Querétaro, Mario de Gasperín.

Não há dados precisos sobre o número de exorcismos realizados no país mas, segundo as autoridades eclesiásticas, só na capital ocorrem cerca de dez por mês, e, de acordo os entendidos nestas coisas do Demo,  as «possessões» estão a  aumentar. Não sei se está previsto auxílio da concorrência com mais prática nestas lides demoníacas, por exemplo a Liberty Gospel Church que presta serviços análogos noutro continente…

(em stereo na jugular)

18 de Outubro, 2009 palmirafsilva

As questões sobre a laicidade continuam a inflamar opiniões, como indicam os mais de 200 comentários que os posts «De afirmações extraordinárias sobre a laicidade e liberdade religiosa na 1ª República» e «Lixos muito tóxicos» mereceram conjuntamente.

Em relação ao tema em apreço nos dois posts, as pretensões extraordinárias do padre João Seabra sobre ter sido a Igreja que obrou «a verdadeira separação do Estado e da Igreja em 1911 e não o governo republicano», seria certamente desejável que os defensores insistentes desta pretensão imbecil tivessem assistido à conferência do cardeal-patriarca Policarpo «Laicidade e laicismo: Igreja, Estado e Sociedade», debitada em 10 de Outubro de 2007 no Centro Cultural de Belém (e da qual tenho uma cópia que posso fornecer aos interessados).

Mas poderão certamente ler o artigo de Vitor Neto «A Laicidade do Estado em Portugal», in Revista de História da Sociedade e da Cultura, nº 5, Coimbra, Centro de História da Sociedade e da Cultura, 2006, cujo resumo poderão consultar aqui. Quer este artigo quer a alocução cardeal frisam algo que deveria ser óbvio para todos com um mínimo de honestidade intelectual, que a tese do padre Seabra é completamente idiota: «Após a implantação da República assistiu-se a um movimento de laicização semelhante, em certa medida, ao que ocorreu em França. Tal encontrou uma forte resistência do episcopado, da maioria do baixo clero e da Santa Sé

Ainda em relação ao discurso cardeal referido, é no entanto curioso atentar numa confusão que continua a intrigar-me dois anos depois e que aparentemente baralha os devotos que debitam nonsense atrás de nonsense sobre o que seja laicidade, para eles entendida na versão supostamente «inclusiva» que o patriarcado nacional preferiria, na realidade nada mais que catolicismo.

Diz o Larousse, cuja autoridade não contesto, que o adjectivo grego laikos do qual deriva laicidade significa «o povo», isto é, seria a palavra de eleição para se referir a todo o conjunto de cidadãos sem excepções nem distinção de ideologias ou convicções. Pelo contrário, a sua versão latinizada, laicus, da qual derivaria o termo leigos que identifica os religiosos (prosélitos) que não pronunciaram votos, discrimina o povo original em função da sua religiosidade. O cardeal patriarca, na lição de sapiência sobre laicidade que me estonteou tanto quanto as afirmações do padre Seabra, afirmou que o vocábulo grego, não sei se pela sua inclusividade, seria o oposto do latinizado. Mais concretamente afirmou:

«Laicidade. A etimologia mais provável é o vocábulo grego “laikós”, que significa profano, em oposição ao que é sagrado. Em contextos culturais e religiosos em que todas as coisas eram consideradas sagradas, a afirmação da laicidade podia parecer chocante e, mesmo, escandalosa.»

Embora não tenha dúvidas, e muitos dos comentários aos supracitados posts o confirmem, que a afirmação da laicidade é chocante e escandalosa para alguns, deixou-me intrigada esta confusão do cardeal-patriarca, certamente muito mais erudito que eu nestas histórias de línguas mortas. Confusão que foi perpetuada na parte em que o dignitário-mor da Igreja de Roma em terras lusas explicitou a «diferença» entre laicidade e laicismo:

«Os “ismos” indicam um uso abusivo de uma dimensão defensável. Porque a laicidade, sobretudo em relação ao Estado, se afirmou ao longo de um processo dialéctico, muitas vezes recusado pela Igreja, que via nela uma ameaça à fé como atitude inspiradora do sentido de todas as coisas, os defensores da laicidade atacaram a Igreja considerando-a travão ao progresso, rejeitaram a ordem própria da fé, procuraram bani-la da sociedade, constituindo uma mundividência laica, que fundamenta a moral, inspira as leis, regula o viver comum da sociedade, tornando-se uma sabedoria laica, substituta da religião que, quando não foi proibida e perseguida, foi relegada para o estrito âmbito do privado e pessoal, sem direito a expressão na cidade. Ora um recto conceito de laicidade ressitua a dignidade e a transcendência da fé cristã. A este alargamento abusivo do âmbito da laicidade costuma chamar-se laicismo».

Não percebo muito bem o que seja laicidade quando não em relação em Estado e penso ser exactamente a contrária do que afirma Policarpo a distinção entre laicismo e laicidade , isto é, é apenas aquela que distingue entre conceito, laicismo, e praxis, laicidade. Mas este parágrafo explica o porquê da pseudo-confusão cardeal, ainda muito influencido pelas doutrinas teocráticas da Igreja de Roma, expressas, por exemplo, na encíclica Unam Sanctam, do Papa Bonifácio VIII celebrado pelo Vaticano no selo que ilustra o post, onde se afirma ser necessário para a salvação estar sujeito ao Papa em tudo, mesmo em questões políticas. Ou pelo conjunto de textos (Corpus Areopagiticum) do Pseudo-Dionísio Areopagita, que influenciaram fortemente o cristianismo medieval e cuja influência perdura até hoje.

Ou seja, o cardeal que reminesce sobre «O Reino de Israel», que reconhece ter sido «uma teocracia, embora com a pureza do Deus da Aliança, e os que exerciam o poder, juízes, reis e sacerdotes, faziam as vezes de Deus, sendo por Ele escolhidos e ungidos», execra o laicismo que se traduz numa «mundividência laica, que fundamenta a moral, inspira as leis, regula o viver comum da sociedade». Isto é, para a igreja, pelo menos em Portugal, laicidade é só a tal variante por que ululava há menos tempo ainda Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa e porta-voz do episcopado, na frase excelsa da laicidade clerical inclusiva: «depois do referendo sobre a IVG a sociedade portuguesa pensou que era laica».

Assim, em pleno século XXI, a Igreja nacional e os seus seguidores mais fanáticos, que se multiplicam em afirmações extraordinárias nas nossas caixas de comentários, continuam a confundir laicidade com catolicismo e a pretender que a verdadeira laicidade é aquela que impõe uma «mundividência católica, que fundamenta a moral, inspira as leis, regula o viver comum da sociedade». Isto é, confundem uma sociedade laica, no sentido grego da palavra, uma sociedade de todos e para todos, com a sua involução latina, uma sociedade católica imposta a todos!

28 de Julho, 2009 palmirafsilva

Cada país tem a Sarah palin que merece

Os padres das paróquias da Baixa resolveram tecer encómios a Pedro Santana Lopes no respectivo boletim paroquial e anunciar ao seu rebanho que apoiam Santana Lopes na corrida autárquica para Lisboa.

No último boletim das paróquias da Baixa-Chiado, o cónego Armando Duarte, que pressurosamente esclareceu ser apoiado no panegírico pelos restantes párocos, escreveu, completamente sem vergonha na cara, que «Este homem ama a Cidade! … Este homem é um homem de palavra!… Este homem tem visão!… Este homem tem vergonha!».

A elegia exclamativa do Santana Flopes cujas qualidades pudemos apreciar em todo o seu horror nos (felizmente para o país escassos) meses em que dirigiu o executivo que nos (des)governou, é explicada num parágrafo precedente:

«Em 2002, mal tomou posse, Santana Lopes recebeu-nos e aproveitou para nos dizer que queria ajudar na reabilitação das nossas igrejas».

Ou seja, dar lustro (e, principalmente, dinheiro) ao ego clerical é q.b. para apoiar efusivamente um político para o padre que seguramente secunda a frase excelsa da laicidade clerical inclusiva de Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa e porta-voz do episcopado, a propósito das ilusões nacionais sobre a nossa ser uma sociedade laica.

O facto de António Costa não se ter prestado a beija-mãos à Igreja nem a ter favorecido monetariamente, desfavorece, segundo o artigo do referido boletim paroquial, o candidato socialista. Pior ainda, para o referido senhor, que carpe estridentemente no mesmo tom do comissário político da Igreja que ululou, em prime time e numa entrevista transmitida na íntegra pela televisão pública, as invectivas do «estado militantemente ateu» e o laicismo desenfreado de alguns ministros, António Costa não acautela os melhores «interesses paroquiais»:

«Contudo, a nosso ver, em dois anos de mandato, António Costa nada alterou, antes agravou o impasse, tratando as paróquias e as irmandades, umas vezes como se fossem perigosos especuladores imobiliários e, outras vezes, como se fossem travões obscurantistas da cultura que interessa a uma Lisboa moderna e progressista.»

Não sei se em Lisboa se repete o que acontece em Itália – e em Roma em particular – em que a Igreja é de facto o maior especulador imobiliário do país, mas não tenho dúvidas, e se as tivesse o padre Serras Pereira rapidamente as tiraria, que as paróquias e irmandades são de facto demasiadas vezes travões obscurantistas á modernidade e ao progresso. Mas em particular espanta-me que a Igreja, pelo menos pelo que reflecte esta exortação ao voto em Santana Lopes destes seus excelsos representantes, continue no século XXI não só a considerar que a política existe para servir os interesses dessa mesma Igreja como a imiscuir-se descarada e indevidamente em assuntos em que deveria abster-se de pronunciar, em particular por razões tão vis.

E espanta-me que o interessado (ou será interesseiro?) padre não se aperceba que este manifesto anti- António Costa é no mínimo um tiro no pé que revela apenas que para a Igreja a política não passa de um leilão em que se arremata o voto ao melhor licitador.

em stereo na jugular.

4 de Junho, 2009 palmirafsilva

Um muito pequeno, mesmo muito pequeno, passo no bom caminho

Em 15 de Janeiro, a UNICEF revelou o relatório anual State of the World’s Children que indicava que uma em cada 35 mulheres em Timor-Leste morre de complicações relacionadas com a gravidez. Como comparação, na vizinha Austrália s probabilidade de uma grávida falecer por esse motivo são quase 400 vezes mais baixas, uma em cada 13 300.

Estas complicações relacionadas com a gravidezde que fala o relatório são muitas vezes consequências de abortos de vão de escada, como um relatório da East Timor and Indonesia Action Network (ETAN) relata. O relatório, publicado igualmente em Janeiro de 2009, indicava

«Forty per cent of all emergency obstetric care was managing and treating complications from early pregnancy losses, and doctors and midwives continued to be reluctant to speak with women about induced abortion.»

O relatório continuava explicando que:

«The study – funded and commissioned by The United Nations Population Fund – also recommended strategies to assist the reduction of morbidity and mortality associated with unwanted pregnancy and unsafe abortion.

Dr Belton said the law regulating termination of pregnancy in Timor-Leste was highly restrictive.

“The legal situation is complex and confusing for health professionals, given views on abortion are influenced by the Catholic context of the country,” she said.»

De facto, a Igreja Católica tem tanto poder em Timor que conseguiu derrubar, em Maio de 2005, um governo, o de Mari Alkatiri, por este ter tentado tornar facultativa a até então obrigatória disciplina de educação moral e religiosa católica.

O que aconteceu depois foi descrito em palavras não são minhas mas do «Notícias Lusófonas» – que transcrevia notícias da Lusa nunca utilizadas pela nossa imprensa nacional – onde na altura segui as notícias sobre o comportamento aberrante, anacrónico e anti-democrático da Igreja católica em Timor. Em particular o artigo «Igreja Católica quer que o caos passe ao Poder em Timor-Leste» é elucidativo do que aconteceu há 4 anos:
«Novas exigências da igreja católica timorense inviabilizaram hoje o fim da manifestação anti-governamental que há 16 dias mantém o país em suspenso. Exorbitando todas as suas funções num Estado de Direito, a Igreja parece apostada em levar o país para o caos, indiferente aos apelos do Vaticano e das instituições internacionais. Pediram a mão e o Governo cedeu, agora querem o braço, e depois se verá…»

O braço era, entre outras exigências, o braço de ferro habitual da ICAR, a exigência dos bispos timorenses de que o governo não despenabilizasse o aborto em nenhuma situação. Assim, em Timor o aborto continuou sendo sempre um crime, mesmo em caso de perigo de vida da gestante, pelo que, aliado à repulsão vaticânica sobre qualquer forma de contracepção, não espanta a elevadissima taxa de mortalidade de grávidas em Timor, uma das mais altas do Mundo.

Mas se em Maio de 2005 a Igreja venceu em todas as linhas, em Maio de 2009 a situação alterou-se ligeiramente, em particular no que respeita às exigências sobre a proibição total do aborto.

A revolução deu-se com o auxílio da ONU (via Unicef e UNFPA) e de ONGs locais como a Fokupers (Communication Forum for Women from the East ou a Alola Foundation, que aproveitaram a International Women for Peace Conference, realizada em princípios de Março, para pedir uma lei do aborto mais suave. Mais concretamente, pediram a despenalização do aborto em três circunstâncias: quando o a vida da mulher estivesse em risco e em caso de incesto ou violação.

Em Abril, quer a ONU quer o East Timor Law and Justice Bulletin (ETJL) explicavam a guerra inflamada movida pela Igreja contra a proposta, que começara a ser analisada no Parlamento timorense. O ETJL, no artigo “What happens when abortion is illegal” explica ainda que «o incesto é um problema social significativo em Timor Leste» e termina afirmando o que devia ser óbvio para todos:

«Public health laws should have their foundation in science and reason and not on religious dogmas; especially where laws informed by religion cause a social harm to emerge.»
Mas aparentemente os preconceitos religiosos, ou antes, o poder político da Igreja, é ainda muito forte e o novo código penal, que entrou em vigor no início da semana, apenas despenaliza o aborto para salvar a vida das mulheres, com algumas restrições. Como nos informa a Zenit, «assinala que a vida da mãe deve ser defendida com prioridade sobre a de seu filho não-nascido em uma situação de emergência. Também assinala que três médicos e os pais devem estar de acordo em “extrair o embrião de sua mãe”».

Os bispos timorenses, mais concretamente Alberto Ricardo da Silva de Dili e Basilio do Nascimento de Baucau, carpem estridentemente a imoralidade desta lei escandalosamente «anti-vida» que denunciaram numa nota pastoral enviada às respectivas dioceses. De facto, é completamente imoral esta revisão da lei que apenas permite o aborto para salvar a vida de uma parturiente … isto se três médicos e o marido estiverem de acordo, claro. Mas de qualquer forma é um avanço que nunca pensei possível há 4 anos, quando seguia o que se passava em Timor!

2 de Junho, 2009 palmirafsilva

Ética jornalística

jihad

Veja aqui uma compilação de vários momentos da jihad de O’Reilly contra Tiller.

O assassínio de George R. Tiller por um terrorista está a suscitar uma série de debates muito interessantes nos Estados Unidos. Um dos artigos que mais gostei de ler foi escrito por Susan Brooks Thistlethwaite, ex-presidente do Chicago Theological Seminary, que expõe as inconsistências éticas e morais dos chamados pró-vida – que na realidade não passam de anti-escolha por razões da zona pélvica.

Não acredito que seja possível que estas inconsistências se tornem aparentes para a maioria dos fundamentalistas que importunavam os transeuntes e ululavam em frente a uma Planned Parenthood em San Diego. A minha primeira impressão era que se tratava de loucos violentos que tinham escapado da ala psiquiátrica do hospital onde ia tentar explicar que a minha reacção positiva à tuberculina se devia a ter sido vacinada (repetidamente) contra a tuberculose.

Mas estas manifestações de loucura violenta ocorreram durante a administração Clinton quando, como nos recorda Cristina Page, a retórica de ódio da direita religiosa, nomeadamente nos media, acirrava e instigava os mais desequilibrados. Durante a administração de G.W. Bush, o grande cruzado em defesa da vida que os iraquianos, entre outros, conhecem e «admiram», o incitamento ao ódio contra os «assassinos abortistas» por parte dos media conservadores/religiosas foi mais suave, o que se repercutiu numa diminuição da actividade terrorista: não houve assassinatos de ginecologistas e apenas um ataque bombista a uma clínica.

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31 de Maio, 2009 palmirafsilva

Em defesa «intransigente» da vida…

Depois de várias tentativas, George R. Tiller foi assassinado hoje, mais um entre a lista crescente de médicos mortos por terroristas em nome da religião.

Update: A polícia do Kansas já prendeu o suspeito do assassinato de Tiller e em breve, espero, saberemos as motivações do assassino. Entretanto, os fanáticos do costume rejubilam

Update 2: O suspeito detido pela polícia é Scott Roeder, membro/simpatizante da Operation Rescue, uma organização que se descreve como «Operation Rescue/Operation Save America unashamedly takes up the cause of preborn children in the name of Jesus Christ. We employ only biblical principles. The Bible is our foundation; the Cross of Christ is our strategy; (…) abortion is preeminently a Gospel issue. The Cross of Christ is the only solution.» Pois….

em stereo na jugular