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Luís Grave Rodrigues

20 de Abril, 2011 Luís Grave Rodrigues

Suicídio

19 de Abril, 2011 Luís Grave Rodrigues

Piss Christ

 

No passado domingo um grupo de quatro fervorosos católicos disfarçados com óculos escuros entrou numa galeria de arte em Avignon.

Depois de imobilizarem um segurança sob a ameaça de um martelo, quebraram uma pequena caixa de acrílico e rasgaram e destruíram a fotografia que se encontrava em exposição no seu interior.

Tratava-se de uma fotografia já de 1987 do famoso fotógrafo americano Andres Serrano, com o título «Piss Christ», que mostra um pequeno crucifixo imerso num copo de urina do próprio artista e faz parte de uma série de fotos de objectos religiosos imersos em líquidos orgânicos, como sangue ou leite.

Logo após a sua primeira exposição, esta foto foi objecto de ataques, da Austrália à Suécia, por parte mais variado tipo de intolerantes, e foi alvo de reacções negativas por parte dos energúmenos do costume que não sabem sequer respeitar uma obra de arte, desde a hierarquia católica à Frente Nacional francesa, passando por grupos neo-nazis.

Em homenagem ao artista, aqui fica uma reprodução dessa famosa obra de arte.

18 de Abril, 2011 Luís Grave Rodrigues

Páscoa

11 de Abril, 2011 Luís Grave Rodrigues

O que é ser católico?

 

Pegavam numa pessoa e atavam-lhe os braços e os pulsos atrás das costas.
Depois, com os braços assim para trás, suspendiam-na por uma corda presa ao tecto.

De seguida, com a vítima já com os braços desarticulados e a gritar de dor, acendiam-lhe uma fogueira por baixo. Mas com um lume não muito forte: somente algumas brasas, o suficiente para a ir fazendo grelhar, assim muito lentamente.
Algumas pessoas demoravam quatro ou cinco dias a morrer, no meio da maior agonia.


E foi assim que a Igreja Católica Apostólica Romana se tornou especialista em seres humanos.
Desde o Concílio de Niceia que a Igreja Católica se tornou sinónimo de ódio, de intolerância, de morte, de horror. A História da Igreja Católica não é mais do que um gigantesco banho de sangue.

Foram os que se opuseram à divindade de Cristo, foram os que puseram em causa a virgindade de Maria, foram os merovíngios, foram os cátaros, foram os templários, foram as bruxas, foram cientistas, foram artistas, foram os que ousaram pôr em causa um dogma, foram os homossexuais, foram os judeus, foram os muçulmanos, foram pagãos em terras distantes, foram apóstatas, foram os ateus…

Todos, ao longo de quase dois mil anos, torturados e chacinados, mortos de preferência no meio do maior sofrimento e de torturas que só a mente mais doentia poderia engendrar.

Com esta medonha História, que a define e caracteriza e que nem mil anos de pedidos de desculpa poderiam fazer esquecer e muito menos amnistiar, a Igreja Católica continua a ser uma organização absolutamente tenebrosa.
É típico da Igreja Católica a caracterização do sexo como algo de sujo e pecaminoso. Ainda hoje prefere a proibição do uso do preservativo a prescindir de um dogma bíblico da Idade do Bronze, mesmo que isso signifique a disseminação da SIDA e um incontável número de mortos.
A Igreja Católica é contra o aborto, mesmo em caso de perigo de vida para a mãe e, como se não bastasse já, desaconselhou a vacina do cancro do colo do útero.

E é por isso que não é mais do que simplesmente típico desta autêntica associação de malfeitores que vive da exploração do medo da morte, o escândalo da ocultação – e por isso a vergonhosa cumplicidade – de milhares de casos de pedofilia, a que o próprio Papa pelos vistos não é estranho.

O que é afinal ser católico?
Ser católico é partilhar uma História e comungar de uma ideologia e de uma filosofia com esta gente?
Se assim é, como pode alguém dotado de um mínimo de decência e lucidez intitular-se católico?

31 de Março, 2011 Luís Grave Rodrigues

SURPRESA!